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edição de 17 de outubro de 2016

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i<strong>de</strong>iaS<br />

Slow Food avalia carne e conclui:<br />

alguma coisa está fora da or<strong>de</strong>m<br />

Terra Madre, em Turim, reuniu mais <strong>de</strong> sete mil ativistas <strong>de</strong> 143<br />

países, com a participação do presi<strong>de</strong>nte da Itália, Sérgio Matarella.<br />

Houve <strong>de</strong>bates em torno da “soberania alimentar”<br />

Lisovsk<br />

Sabores com garfo e faca: em 2015, o maior consumo per capita <strong>de</strong> carne vermelha do mundo foi do Brasil<br />

MARISA FURTADO*<br />

Especial para o PROPMARK<br />

Milhões <strong>de</strong> hectares <strong>de</strong> pastos,<br />

milhões <strong>de</strong> investimentos<br />

em marketing, milhões<br />

<strong>de</strong> brasileiros que agora po<strong>de</strong>m<br />

comer uma carninha e “estamos”<br />

uma potência no consumo<br />

<strong>de</strong> carne. Em 2015, o maior<br />

consumo per capita <strong>de</strong> carne<br />

vermelha do mundo foi nosso.<br />

Já em matéria <strong>de</strong> frango, ficamos<br />

com o segundo lugar, consumindo<br />

mais “carne branca”<br />

que China e Europa juntas! A<br />

nossa predileção pelo sabor suíno<br />

nos <strong>de</strong>ixa na quinta posição.<br />

O CHURRASQUINHO<br />

DO DOMINGO,<br />

A PICANHA DO<br />

BOTECO E O BIFE<br />

NOSSO DE CADA<br />

DIA TÊM DE<br />

DEIXAR DE SER<br />

GULA PARA VIRAR<br />

DEGUSTAÇÃO, UMA<br />

IGUARIA, DE VEZ EM<br />

QUANDO. A CARNE<br />

DEVE VOLTAR A SER<br />

MITO NA VIDA<br />

Moendo tudo, surge um sistema<br />

bilionário, com agropecuaristas<br />

e seus jatinhos, campanha internacional<br />

como melhor carne<br />

do mundo, escândalos políticos,<br />

cachês milionários, inovações<br />

gourmet e por aí vai. Mas<br />

talvez seja a hora <strong>de</strong> começar a<br />

tirar o carro da frente dos bois.<br />

De 22 a 26 <strong>de</strong> setembro foi<br />

realizada em Turim, na Itália, a<br />

sétima edição do Terra Madre,<br />

encontro que reuniu mais <strong>de</strong><br />

sete mil ativistas <strong>de</strong> 143 países<br />

do movimento Slow Food. Sob<br />

o mantra “ame a terra”, o evento<br />

tomou conta dos parques, praças,<br />

museus, castelos, teatros e<br />

até da residência real, em mais<br />

<strong>de</strong> 950 ativida<strong>de</strong>s entre <strong>de</strong>bates,<br />

palestras, shows, filmes e exposição<br />

com centenas <strong>de</strong> representantes<br />

da produção artesanal <strong>de</strong><br />

iguarias dos cinco continentes.<br />

Houve mais <strong>de</strong> 500 mil visitantes.<br />

O Terra Madre teve a presença<br />

do presi<strong>de</strong>nte da Itália, Sérgio<br />

Matarella, que reconheceu a<br />

importância da iniciativa em nível<br />

global e <strong>de</strong>clarou que “todo<br />

mundo só tem a ganhar com a<br />

soberania alimentar”. O movimento<br />

Slow Food foi criado em<br />

1986, na própria cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Turim,<br />

por Carlo Petrini e a partir<br />

34 <strong>17</strong> <strong>de</strong> <strong>outubro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark

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