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fala, corretor | automóvel<br />
O importante<br />
é diversificar<br />
A carteira de automóvel<br />
sempre foi a principal<br />
aposta de grande<br />
parte dos corretores de<br />
seguros. Mas, em tempos<br />
de crise econômica<br />
e decréscimo nas<br />
vendas de automóveis,<br />
o profissional da<br />
corretagem se preocupa<br />
com a queda da carteira.<br />
Se por um lado essas<br />
questões pesam, por<br />
outro apenas 30%<br />
dos carros no Brasil<br />
têm seguro. Há como<br />
expandir ou é preciso<br />
tirar a carteira do<br />
protagonismo do seguro?<br />
Os produtos ditos<br />
populares, com menor<br />
valor de prêmio podem<br />
ajudar o corretor?<br />
Procuramos saber como<br />
está esse ramo na visão<br />
dos corretores:<br />
Amanda Cruz<br />
“Apesar do crescimento dos demais<br />
ramos nos últimos anos, o carro-chefe<br />
ainda é o automóvel. Estamos investindo<br />
em outros produtos como uma forma de<br />
nos diferenciarmos, visto que a carteira<br />
é muito disputada e bancos e concessionárias<br />
estão investindo cada vez mais<br />
nessa área.<br />
Os produtos populares não interferiram<br />
em nada, acredito que esse tipo de<br />
seguro tenha mais impacto nas capitais<br />
e nós atuamos no interior do estado<br />
de São Paulo. Nessa região, a queda no<br />
preço do produto é muito pequena e, no<br />
final das contas, a economia comparada<br />
à diminuição de coberturas e benefícios<br />
acaba não compensando”<br />
Giovana Menegon,<br />
da Menegon Seguros<br />
“Devido à grande concorrência no<br />
mercado, o foco da corretora não é o<br />
produto auto. Embora operemos com<br />
uma equipe de consultores comerciais<br />
para atender essa demanda, não dependemos<br />
da receita oriunda desse produto.<br />
Hoje, a carteira de auto contribui<br />
com 37% do faturamento bruto em<br />
nosso fluxo de caixa. Acreditamos que o<br />
“mix” de produto garante uma sustentabilidade<br />
no longo prazo, a dependência<br />
de um único produto é muito arriscado<br />
para qualquer empreendimento.<br />
O corretor precisa diversificar a<br />
carteira, atuando em outros ramos e<br />
buscando o equilíbrio.<br />
Já os microsseguros contribuíram de<br />
forma positiva à popularização do seguro.<br />
Isso é de extrema importância. Dar<br />
acesso a esse público que não consome<br />
seguro é estrategicamente muito bom<br />
para os corretores e para as companhias,<br />
pois atingirá uma fatia do mercado que<br />
ainda não está em nossa carteira. Porém,<br />
é preciso uma organização de todas as<br />
partes para uma atuação voltada para<br />
produtos, serviços, coberturas e não para<br />
preço, custo e valor. Enfim, o mercado<br />
está à disposição. O que precisamos é<br />
saber aproveitar essa oportunidade da<br />
melhor forma possível”.<br />
Rene Gustavo Oliveira,<br />
da Radium Soluções em Seguros<br />
“O seguro auto é, sim, nosso principal<br />
ramo, mas em termos, de faturamento.<br />
Não é mais o ramo que temos como<br />
foco. A criação de seguros mais baratos<br />
não afeta nossa carteira. Não temos visto<br />
muita adesão por parte dos clientes, pois<br />
a diferença de preço é muito pequena<br />
em comparação ao seguro convencional<br />
e muitos benefícios são perdidos.”<br />
Junior Esteves,<br />
da Bagueira Corretora de Seguros<br />
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