edição de 26 de março de 2018
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propmark.com.br<br />
ANO 53 - Nº <strong>26</strong>88 - <strong>26</strong> <strong>de</strong> março <strong>de</strong> <strong>2018</strong> R$ 15,00<br />
seb_ra/iStock<br />
Jornais faturam com<br />
safra <strong>de</strong> balanços<br />
Is event odis volore cusda quatem.<br />
A publicação Evel il mo obrigatória cus sunt laborit dos resultados aquae. Nam das archili empresas quuntem <strong>de</strong> in capital nes eost aberto recupta nos veliquostrum jornais e diários hici<strong>de</strong>m oficiais<br />
gera hit negócios qui dioria para qui os doluptas gran<strong>de</strong>s iur veículos, aliant enectas no primeiro pictumque trimestre. nam everumenis É mercado rem que et paris movimenta ommolup cerca <strong>de</strong><br />
R$ 600 tiunto milhões imoluptae no ano. dolumquam O Valor Econômico id mollantin tem re pla 70% estinum do share facipsu da chamada nture, ut publicida<strong>de</strong> libus, cum eaqui legal. bla pág. volo14<br />
Espm tEch NAscE dE<br />
OlhO Em INOVAçãO<br />
Presi<strong>de</strong>nte da instituição,<br />
Dalton Pastore,<br />
apresentou novo campus<br />
em São Paulo.<br />
Mais do que reforma<br />
na estrutura, local<br />
representa e abriga<br />
novo conceito. pág. 12<br />
VAzAmENtO dE dAdOs chEGA AO BRAsIl<br />
Ministério Público do DF investigará se<br />
usuários brasileiros do Facebook também<br />
tiveram dados roubados. Mark Zuckerberg<br />
foi à CNN falar sobre o escândalo. pág. 42<br />
REf+ GANhA VIENA E fRANGO AssAdO<br />
Agência conquistou a comunicação digital<br />
das duas gran<strong>de</strong>s re<strong>de</strong>s brasileiras <strong>de</strong> restaurantes.<br />
O sócio Ricardo Calfat fala sobre<br />
concorrências e outras conquistas. pág. 39<br />
JEAN lIN ApONtA<br />
fORtE pREssãO<br />
CEO global da Isobar<br />
afirma que indústria<br />
da comunicação está<br />
ávida por novos mo<strong>de</strong>los.<br />
Segundo ela,<br />
publicida<strong>de</strong> tradicional<br />
enfrenta gran<strong>de</strong><br />
pressão. pág. 28
“Resultado eu não tenho<br />
ar,<br />
mas <strong>de</strong>sempenho e<br />
trabalhar para isso, sim.”<br />
asileira,<br />
o Tite trabalha valores como<br />
<strong>de</strong>t<br />
, coragem e respeito.<br />
Valores que valem para o futebol e valem para a vida.<br />
Por isso o Itaú convocou o Tite.<br />
Não como um garoto-propaganda,<br />
mas para levar estes valores para<br />
além das quatro linhas <strong>de</strong> campo.<br />
Em sua pr<br />
odos os brasileiros,<br />
o técnico nos convida a jogar e viver com lealda<strong>de</strong>.<br />
Não fugir da responsabilida<strong>de</strong>.<br />
Não aceitar a zona <strong>de</strong> conforto.<br />
Não acreditar apenas na sorte, mas fazer por merecer.<br />
Porque juntos temos o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> mudar o jogo.<br />
Dentro e fora dos gramados.<br />
Um sentimento só_<br />
#issomudaojogo<br />
Assista à prele<br />
ão do Tite em itau.com.br
Patrocinador Oficial <strong>de</strong> Todas<br />
as Sele ões Brasileiras <strong>de</strong> Futebol_<br />
DM9
editorial<br />
Armando Ferrentini<br />
aferrentini@editorareferencia.com.br<br />
o StF e tite<br />
Nenhuma surpresa nos causou a <strong>de</strong>cisão do STF, na sua tumultuada sessão<br />
do último dia 22, ao <strong>de</strong>cidir pelo acolhimento do pedido <strong>de</strong> habeas corpus<br />
interposto pela <strong>de</strong>fesa <strong>de</strong> Lula da Silva, sem todavia entrar no mérito das<br />
suas razões. E, mesmo não o fazendo, <strong>de</strong>cidiu a Corte pelo impedimento da<br />
prisão do impetrante, até que seja julgado se proce<strong>de</strong>nte ou não o requerido,<br />
o que <strong>de</strong>verá ocorrer na próxima reunião do colendo, agendada para o dia 4<br />
<strong>de</strong> abril.<br />
Enquanto isso, nesta segunda-feira (<strong>26</strong>), a turma do TRF da 4ª Região, composta<br />
por três <strong>de</strong>sembargadores, apreciará o recurso interposto pela <strong>de</strong>fesa<br />
do mesmo réu, já con<strong>de</strong>nado em Primeira e Segunda Instâncias. Como os julgadores<br />
serão os mesmos que confirmaram a con<strong>de</strong>nação da Primeira Instância,<br />
tudo leva a crer que – não havendo fato novo no recurso – a <strong>de</strong>cisão será<br />
mantida.<br />
A partir daí, fica-se no aguardo da nova apreciação pelo STF e é exatamente<br />
aqui que pairam todas as dúvidas sobre a confirmação ou não da sentença que<br />
con<strong>de</strong>nou o ex-presi<strong>de</strong>nte da República a 145 meses <strong>de</strong> prisão.<br />
Pelo que se tem visto nas sessões do STF e pelo que se viu na noite do último<br />
dia 22, a opinião pública brasileira, indignada com graves erros cometidos por<br />
Lula da Silva e ao mesmo tempo também indignada com <strong>de</strong>terminados julgamentos<br />
<strong>de</strong> políticos e ex-políticos ligados ao ex-presi<strong>de</strong>nte da República,<br />
<strong>de</strong>monstra gran<strong>de</strong> temor pelo resultado da apreciação do mérito no pedido <strong>de</strong><br />
habeas corpus dos advogados <strong>de</strong> Lula.<br />
E é exatamente aqui que o caso exige uma reflexão: há isenção nos ministros<br />
da Alta Corte nomeados por Lula da Silva e sua sucessora? São sete ao todo,<br />
em um grupo <strong>de</strong> 11.<br />
No espaço <strong>de</strong>ste Editorial, analisamos inúmeras vezes questões como essas,<br />
chegando à conclusão que a indicação dos ministros do STF, que <strong>de</strong>vem ser<br />
aprovados em rápida sabatina no Congresso Nacional, estabelece um elo <strong>de</strong><br />
gratidão com o presi<strong>de</strong>nte da República.<br />
Gratidão essa que se revela quando o mais alto mandatário do país, mesmo<br />
após ter <strong>de</strong>ixado o cargo, vai a julgamento pela Alta Corte.<br />
Seria admissível se não estivessem mais lá os ministros por ele escolhidos.<br />
Ou, se a maioria absoluta dos ministros não houvesse sido indicada pelo réu.<br />
Não é o que ocorre no caso presente e em qualquer tribunal do mundo isso<br />
provocaria a <strong>de</strong>claração <strong>de</strong> suspeição por parte <strong>de</strong> cada membro do colegiado<br />
que tivesse sido indicado pelo réu. No caso presente, seria criado um impasse,<br />
sabemos disso, pois os ministros do STF não têm substitutos. Restaria ao réu<br />
ser julgado por apenas quatro <strong>de</strong>les, ou se criaria outra fórmula para a composição<br />
da Alta Corte nesse julgamento especial.<br />
O que não se po<strong>de</strong> admitir é o que vem ocorrendo, porque por mais isenção<br />
que os ministros escolhidos pelo réu apregoem, não só não é o que se tem visto<br />
na prática, como é até compreensível a quitação <strong>de</strong> uma dívida <strong>de</strong> gratidão,<br />
ainda que <strong>de</strong> forma digamos inconsciente.<br />
Não sabemos como terminará tudo isso, mas o caso em tela <strong>de</strong>veria servir para<br />
uma mudança radical na Constituição, alterando <strong>de</strong> forma substancial o sistema<br />
<strong>de</strong> escolha dos membros do STF. Por que não subirem os integrantes mais<br />
antigos do STJ ainda em exercício, no caso <strong>de</strong> vacâncias no STF?<br />
Ou, um pouco mais <strong>de</strong>morada, mas igualmente insuspeita, uma fórmula que<br />
possibilitasse aos magistrados fe<strong>de</strong>rais <strong>de</strong> segundo grau <strong>de</strong> jurisdição escolherem<br />
entre si, por votação secreta, aquele que preencherá a vaga existente<br />
no STF.<br />
Sem dúvida, <strong>de</strong>ve haver outras fórmulas mais isentas para a composição do<br />
STF. O que não po<strong>de</strong> prosseguir é o sistema atual, incompatível com a obrigatorieda<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> isenção que todo magistrado <strong>de</strong>ve possuir. E mais ainda os que<br />
compõem a mais alta corte da Justiça do país.<br />
***<br />
Como costumava repetir o saudoso Elóy Simões em suas colunas sobre publicida<strong>de</strong><br />
nos jornais <strong>de</strong> São Paulo, “disco” <strong>de</strong> palmas (disco entre aspas como alerta<br />
aos jovens leitores) para a campanha do Itaú ressaltando a importância <strong>de</strong><br />
ter um Tite não apenas dirigindo a seleção brasileira <strong>de</strong> futebol, como também<br />
distribuindo suas palavras e seu jeito <strong>de</strong> ser, que <strong>de</strong>veriam servir <strong>de</strong> exemplo<br />
(e servirão) para todos os brasileiros, principalmente os que comandam o país.<br />
Em um dos anúncios da campanha, a frase-chave para o país: “Porque juntos<br />
temos o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> mudar o jogo. Dentro e fora dos gramados”.<br />
***<br />
Ví<strong>de</strong>o <strong>de</strong> palmas para a gestão <strong>de</strong> Dalton Pastore na condução executiva da<br />
ESPM, a mais tradicional escola da comunicação do marketing e da propaganda,<br />
além <strong>de</strong> outras disciplinas correlatas, do país.<br />
Na gestão <strong>de</strong> Pastore, em tempo recor<strong>de</strong>, a ESPM inaugurou, na última semana,<br />
a sua unida<strong>de</strong> Tech na Rua Joaquim Távora (SP), já consi<strong>de</strong>rada, pelos<br />
experts que a visitaram nos últimos dias, padrão <strong>de</strong> ensino no setor.<br />
A inauguração da Tech suce<strong>de</strong>u a outra iniciativa louvável da ESPM, ao criar<br />
sua biblioteca pública aberta para o passeio da Rua Dr. Alvaro Alvim, também<br />
em São Paulo, on<strong>de</strong> os interessados – inclusive o público anônimo que passa<br />
por lá – po<strong>de</strong>m retirar livros e levar para casa, sem nenhum tipo <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação<br />
na retirada.<br />
Inovar também é confiar, em um país que tanto necessita <strong>de</strong>ssas qualida<strong>de</strong>s.<br />
***<br />
Na dura batalha pela sobrevivência da mídia impressa, nosso editor Paulo<br />
Macedo foi ouvir executivos comerciais dos gran<strong>de</strong>s jornais, como Estadão,<br />
Folha e Valor, que revelaram o aperfeiçoamento da busca por anunciantes sazonais,<br />
como os que têm a obrigatorieda<strong>de</strong> legal <strong>de</strong> publicarem seus balanços...<br />
na mídia impressa. E esse trabalho <strong>de</strong> foco específico redundou neste<br />
fechamento <strong>de</strong> trimestre em uma receita (somados os três jornalões) <strong>de</strong> aproximadamente<br />
R$ 600 milhões.<br />
É apenas um dos muitos caminhos que po<strong>de</strong>m e <strong>de</strong>vem ser explorados pela<br />
mídia impressa, no caso os jornais, cada qual <strong>de</strong>scobrindo seu segmento on<strong>de</strong><br />
é imbatível.<br />
O fantasma da mídia digital, sem dúvida, gerou uma crise para os impressos,<br />
mas a criativida<strong>de</strong> <strong>de</strong>stes, aliada à sua longevida<strong>de</strong> na maioria dos casos, provocará<br />
uma recuperação <strong>de</strong> receita, que também virá com o auxílio da vulnerabilida<strong>de</strong><br />
do digital diante das fakes, como já se percebe e comenta.<br />
Só para lembrar, quando surgiu a TV, a opinião pública, em sua gran<strong>de</strong> maioria,<br />
anteviu o fim do rádio, que todavia se reinventou e hoje está mais sólido<br />
que no passado.<br />
***<br />
Este Editorial é em homenagem ao juiz <strong>de</strong> Direito Sergio Moro, que nesta segunda-feira<br />
(<strong>26</strong>), será o entrevistado do Roda Viva da TV Cultura.<br />
4 <strong>26</strong> <strong>de</strong> março <strong>de</strong> <strong>2018</strong> - jornal propmark
conexões<br />
Idosos<br />
“Meus cumprimentos à autora e à<br />
equipe do PROPMARK pela oportunida<strong>de</strong><br />
e pertinência da reportagem<br />
Idosos continuam invisíveis para<br />
a publicida<strong>de</strong>. É indiscutível que o<br />
bom atendimento a esse segmento<br />
cada vez maior do mercado só po<strong>de</strong>rá<br />
trazer altas recompensas aos<br />
anunciantes e suas agências.”<br />
José Roberto Penteado<br />
São Paulo - SP<br />
“Agra<strong>de</strong>cemos pela reportagem<br />
que envolveu as informações do<br />
Instituto Locomotiva.”<br />
Ana Paula Soares<br />
São Paulo - SP<br />
Disqus (comentários no site <strong>de</strong> 17<br />
a 23 <strong>de</strong> março)<br />
Post: Aos 30 anos, Hino<strong>de</strong> estreia<br />
na mídia<br />
“Hino<strong>de</strong> veio mudar nossa história.”<br />
Marcos<br />
“Essa é a empresa que mais cresce<br />
no seu segmento.”<br />
Edson Arruda<br />
Post: Com campanha lúdica, Cacau<br />
Show quer resgatar a magia<br />
da Páscoa<br />
“Estou curiosa em saber se o personagem<br />
principal tem uma mera semelhança<br />
com Willy Wonka, do filme<br />
‘A Fantástica Fábrica <strong>de</strong> Chocolate’.”<br />
Bia<br />
Post: População acima dos 50<br />
anos é <strong>de</strong>safio para a publicida<strong>de</strong><br />
“Outro mercado totalmente abandonado<br />
pelas marcas é o <strong>de</strong> pessoas<br />
com <strong>de</strong>ficiência. No Brasil, segundo<br />
o IBGE, são 45 milhões e possuem<br />
uma renda <strong>de</strong> 2,2 bilhões/ano. Também<br />
conforme uma pesquisa da Hid<strong>de</strong>n<br />
Human Capital, esse consumidor<br />
tem quase o dobro do po<strong>de</strong>r <strong>de</strong><br />
compra dos adolescentes e 17 vezes<br />
o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> gastos dos pré-adolescentes,<br />
os dois grupos <strong>de</strong>mográficos<br />
mais procurados pelo marketing comercial.”<br />
Eduardo Vergeiro Sabiá<br />
“A ilustração é uma reprodução do<br />
estereótipo da iconografia para os<br />
idosos: alguém curvado <strong>de</strong> bengala.<br />
Aliás, não dá para chamar ninguém<br />
com 50 anos <strong>de</strong> idoso. Tenho certeza<br />
que a própria autora não se sente<br />
assim.”<br />
Marcio Ehrlich<br />
“Em 2009, produzi uma série para a<br />
TV chamada ‘É a Vovozinha’, que fazia<br />
um retrato da terceira ida<strong>de</strong> sem<br />
estereótipos. Hoje, nove anos <strong>de</strong>pois,<br />
ela ainda se mostra muito atual. Queremos<br />
fazer outra temporada, mas as<br />
marcas teriam interesse?”<br />
Nelson Enohata<br />
Post: O que você precisa saber<br />
para começar a semana <strong>de</strong> 19/3<br />
“O ruivo da Vivo, que agora é da Nextel,<br />
que agora é moreno. Definitivamente,<br />
a melhor parte.”<br />
Morgana Brites<br />
Post: Sabrina Frota assume mídia<br />
da Artplan no Rio<br />
“Que boa notícia.”<br />
Clovis Borges<br />
Facebook<br />
Post: Esporte Interativo terá série<br />
sobre maiores camisas <strong>de</strong>z do<br />
Brasil<br />
“Os cara estão crescendo.”<br />
Diogo Ferreira<br />
Post: Meta<strong>de</strong> da geração Z no<br />
Brasil vê smartphone como melhor<br />
amigo<br />
“Triste, né?!”<br />
Ivana A Vendramim Oliveira<br />
Post: Genial Investimentos patrocina<br />
MyNews<br />
“Seria um ponto <strong>de</strong> luz neste imenso<br />
túnel chamado vida?”<br />
Fran Catozzo<br />
Post: ESPM inaugura campus voltado<br />
para tecnologia<br />
“Amigos da amada ESPM, adorei o<br />
conceito e as instalações. Quem <strong>de</strong>ra<br />
pudéssemos ter esta realida<strong>de</strong> em<br />
nossos tempos.”<br />
Acácio Luiz Costa<br />
Post: População acima dos 50<br />
anos é <strong>de</strong>safio para a publicida<strong>de</strong><br />
“Se não sabem fazer uma propaganda<br />
para mulher sem ser machista,<br />
imagina para os idosos!”<br />
Valeska Santos<br />
última Hora<br />
CONCORRÊNCIA<br />
A Casas Bahia faz<br />
concorrência para escolher<br />
produtora para os filmes<br />
da Super Casas Bahia, que<br />
ocorrerá simultaneamente<br />
em São Paulo e no Rio <strong>de</strong><br />
Janeiro. Participam do<br />
processo Bossa Nova, Open<br />
Filmes, Maria Bonita e<br />
Mixer. Apresentação das<br />
propostas será dia <strong>26</strong> <strong>de</strong><br />
agosto. Resultado sai em<br />
setembro. As participantes<br />
foram pré-selecionadas pela<br />
direção <strong>de</strong> criação e pelo<br />
<strong>de</strong>partamento <strong>de</strong> RTV da<br />
Y&R, que cuida da conta.<br />
TROFÉU<br />
Sergio Gordilho (Africa)<br />
e Hugo Rodrigues<br />
(WMcCann) receberão a<br />
Esfinge Roberto Duailibi<br />
pela Alap, no Festival <strong>de</strong><br />
Gramado.<br />
dorinHo<br />
CONQUISTA<br />
A Sagarana vai aten<strong>de</strong>r aos<br />
pontos <strong>de</strong> venda cash&carry<br />
(atacarejo) da linha Nestlé<br />
Professionals. São 60 lojas.<br />
“O <strong>de</strong>safio da concorrência<br />
foi fazer com que o<br />
consumidor interagisse<br />
mais com as gôndolas<br />
Nestlé Professionals e o PDV<br />
abarcasse uma tecnologia<br />
que criasse um awareness<br />
maior sobre os benefícios<br />
da linha”, explica Suzana<br />
Vilhena, diretora <strong>de</strong><br />
atendimento da agência,<br />
que é especializada em<br />
ativações nos PDV.<br />
CONSUMO<br />
A PwC Brasil mostra no<br />
próximo dia 3 resultados do<br />
estudo Global Consumer<br />
Insights <strong>2018</strong>, que avaliou<br />
os hábitos e expectativas <strong>de</strong><br />
consumo <strong>de</strong> 22 mil pessoas.<br />
6 <strong>26</strong> <strong>de</strong> março <strong>de</strong> <strong>2018</strong> - jornal propmark
mercaDo<br />
Li<strong>de</strong> <strong>de</strong>bate avanços da tecnologia<br />
que turbinam os negócios do varejo<br />
6º Fórum Li<strong>de</strong>, realizado no Guarujá, <strong>de</strong>stacou o fenômeno da<br />
conectivida<strong>de</strong> e as mudanças <strong>de</strong> comportamento do consumidor<br />
Alisson Fernán<strong>de</strong>z<br />
Com o propósito <strong>de</strong> <strong>de</strong>bater<br />
os <strong>de</strong>safios, estratégias e<br />
o futuro do setor varejista, alguns<br />
dos principais lí<strong>de</strong>res empresariais<br />
do país marcaram<br />
presença no 6º Fórum Li<strong>de</strong> do<br />
Varejo, que ocorreu entre os últimos<br />
dias 16 e 18, no Guarujá,<br />
litoral <strong>de</strong> São Paulo.<br />
A iniciativa do Li<strong>de</strong> (Grupo<br />
<strong>de</strong> Lí<strong>de</strong>res Empresariais), que<br />
tem realização do Grupo Doria,<br />
<strong>de</strong>stacou a importância e influência<br />
da tecnologia nos negócios<br />
e a mudança <strong>de</strong> comportamento<br />
do consumidor.<br />
“O fenômeno da conectivida<strong>de</strong><br />
e a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> empo<strong>de</strong>ramento<br />
dos consumidores,<br />
que atualmente po<strong>de</strong>m consultar<br />
produtos, preços e tomar<br />
suas <strong>de</strong>cisões pela internet, ou<br />
até mesmo <strong>de</strong>ntro das lojas físicas,<br />
chamam a atenção do setor.<br />
Vemos aqui como a tecnologia<br />
po<strong>de</strong> turbinar os negócios<br />
tradicionais”, diz Luiz Fernando<br />
Furlan, chairman do Li<strong>de</strong>.<br />
Com um consumidor cada<br />
vez mais multicanal, as companhias<br />
buscam trazer facilida<strong>de</strong>s<br />
na integração <strong>de</strong> seus<br />
canais e uma experiência mais<br />
assertiva, seja no digital ou nas<br />
lojas físicas.<br />
“O varejo na América Latina<br />
vem se transformando muito<br />
nos últimos 15 anos. Acreditamos<br />
que o sucesso está na<br />
combinação da loja física com<br />
o digital, pois o cliente não elege<br />
o seu canal <strong>de</strong> vendas e, sim,<br />
o produto e a marca que <strong>de</strong>seja.<br />
Depois ele vai escolher o canal<br />
para a compra. Para o futuro,<br />
enxergamos que as lojas físicas<br />
precisam ser mais eficientes e<br />
a experiência do consumidor<br />
melhorada. Queremos que as<br />
nossas lojas sejam um centro<br />
<strong>de</strong> experiência para os nossos<br />
consumidores, que seja o lugar<br />
on<strong>de</strong> eles possam apren<strong>de</strong>r a<br />
tirar a melhor performance dos<br />
nossos produtos. Essa é a missão<br />
da marca em conjunto com<br />
A sexta edição da premiação no Fórum Li<strong>de</strong> do Varejo contemplou 27 empresas do segmento<br />
o varejo”, diz Mario Laffitte,<br />
vice-presi<strong>de</strong>nte da Samsung na<br />
América Latina.<br />
PDV<br />
Já Eco Moliterno, CCO da Accenture<br />
Interactive na América<br />
Latina, que também participou<br />
do encontro, afirma que “se<br />
quisermos falar com o ‘omniconsumidor’<br />
tem-se <strong>de</strong> enten<strong>de</strong>r<br />
que todo ponto é um ponto<br />
<strong>de</strong> venda. “O tradicional PDV<br />
precisa ser ressignificado, pois<br />
atualmente todo mundo tem<br />
um PDV no bolso. A letra P agora<br />
não é mais <strong>de</strong> ponto e, sim,<br />
<strong>de</strong> personalizar. Para acabar<br />
com essa volatilida<strong>de</strong> do consumidor<br />
precisamos entretê-lo<br />
e personalizar tudo o que for<br />
possível para atrair esse consumidor.<br />
Com relação à letra D, é<br />
o digitalizar. As marcas precisam<br />
contar algo a mais do que<br />
já é visto nas lojas físicas e criar<br />
uma experiência diferenciada.<br />
É isso que vai atrair e pren<strong>de</strong>r<br />
o consumidor. E o V não tem<br />
<strong>de</strong> mudar, pois precisa ven<strong>de</strong>r.<br />
Mas agora é preciso potencializar<br />
o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong>sse ven<strong>de</strong>dor.<br />
Fornecer a ele mais dados dos<br />
consumidores para que eles<br />
possam oferecer as melhores<br />
informações e tendências. Então,<br />
o PDV significa personalizar,<br />
digitalizar e ven<strong>de</strong>r, mas<br />
tudo se resume na experiência<br />
que o consumidor vai ter”.<br />
É um fato que o consumidor<br />
já não faz mais distinção entre<br />
loja física e digital. Para Cedric<br />
Burel, presi<strong>de</strong>nte da Decathlon,<br />
atualmente todos as pessoas<br />
são omniconsumidores.<br />
“Não conheço ninguém que<br />
não pesquise antes na internet<br />
os produtos que <strong>de</strong>seja adquirir.<br />
Para criar mais engajamento<br />
e fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong> com os consumidores<br />
precisamos realizar<br />
mais experiências com eles.<br />
Na Decathlon, executamos em<br />
nossas lojas diversos eventos<br />
esportivos durante o ano para<br />
que a marca seja o parceiro i<strong>de</strong>al<br />
para o esporte do consumidor”,<br />
diz.<br />
Já para Fre<strong>de</strong>rico Trajano,<br />
presi<strong>de</strong>nte do Magazine Luiza,<br />
o mercado está no meio <strong>de</strong> uma<br />
revolução digital. “Mais <strong>de</strong> 68%<br />
da população já está conectada.<br />
Fotos: Divulgação<br />
“No muNdo<br />
iNteiro os preços<br />
oNliNe são mais<br />
atraeNtes do que<br />
Nas lojas físicas”<br />
8 <strong>26</strong> <strong>de</strong> março <strong>de</strong> <strong>2018</strong> - jornal propmark
O celular tem sido um gran<strong>de</strong><br />
instrumento <strong>de</strong> inclusão digital.<br />
Acreditamos que o e-commerce<br />
vai crescer ainda mais,<br />
porém, ele precisa da loja física,<br />
pois sozinho não vai crescer.<br />
Não acredito em nenhuma<br />
operação <strong>de</strong> varejo no mundo<br />
que não trabalhe com este processo<br />
<strong>de</strong> multicanalida<strong>de</strong>. No<br />
Magazine Luiza, nunca separamos<br />
o e-commerce da empresa<br />
convencional. A minha missão<br />
é transformar com tecnologia o<br />
varejo tradicional e, para isso,<br />
temos inserido um processo <strong>de</strong><br />
automatização <strong>de</strong> vendas em<br />
nossas lojas”, completa.<br />
Questionado sobre as ameaças<br />
e o nível <strong>de</strong> competitivida<strong>de</strong><br />
que o digital traz para as lojas<br />
físicas, Trajano afirmou que<br />
os preços precisam ser bons<br />
para o cliente e para a loja. “No<br />
mundo inteiro os preços online<br />
são mais atraentes do que nas<br />
lojas físicas. Acredito que em<br />
cinco anos vamos ter os mesmos<br />
preços praticados na internet<br />
nas lojas”, finaliza.<br />
Premiação<br />
A edição <strong>de</strong>ste ano também<br />
homenageou os trabalhos do<br />
setor que mais contribuíram<br />
para o mercado brasileiro.<br />
A cerimônia <strong>de</strong>stacou nove<br />
Eco Moliterno, que <strong>de</strong>u novo significado ao PDV<br />
José Galló, que ganhou homenagem especial por sua trajetória na Renner<br />
categorias e contemplou uma<br />
homenagem especial a José<br />
Galló, presi<strong>de</strong>nte da Renner,<br />
por sua trajetória <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 25<br />
anos à frente da companhia.<br />
“Prefiro pensar que o prêmio<br />
seja para o varejo e não para<br />
mim. Sempre digo que um prêmio<br />
reconhece o passado, mas<br />
não garante o futuro. Então,<br />
vamos para o próximo prêmio.<br />
Lembro-me que antigamente<br />
as pessoas não acreditavam no<br />
varejo. A minha gran<strong>de</strong> ban<strong>de</strong>ira<br />
foi mostrar que uma empresa<br />
familiar podia dar certo e<br />
tínhamos capacida<strong>de</strong>. Hoje, o<br />
varejo cresce, evolui e se <strong>de</strong>staca.<br />
Com toda a sincerida<strong>de</strong><br />
do mundo, divido esse prêmio<br />
com o varejo e os varejistas”,<br />
comentou Galló ao receber o<br />
seu troféu.<br />
No total, foram premiadas<br />
27 empresas: Cacau Show,<br />
Carrefour, Casa Bauducco, Decathlon,<br />
Drogaria São Paulo,<br />
Spicy, GPA, McDonald’s, Shopping<br />
Eldorado, Etna, Ricardo<br />
Eletro, Ultrafarma, BrMalls,<br />
Havan, Shopping Anália Franco,<br />
Shopping Iguatemi Fortaleza,<br />
Shopping Morumbi, Hirota<br />
Food Express, Ma<strong>de</strong>ro, Zôdio,<br />
Eataly, Riachuelo, Via Varejo,<br />
Amaro, Magazine Luiza e Polishop,<br />
além da Renner.<br />
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MERCAdO<br />
“O coaching<br />
é normal em<br />
gran<strong>de</strong>s marcas”<br />
Conceito em alta, o coaching nada mais é<br />
do que um processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento<br />
pessoal, muito voltado para solucionar<br />
questões profissionais. A <strong>de</strong>finição é <strong>de</strong><br />
Rodrigo Goecks, sócio da consultoria Adigo, que usa<br />
conceitos <strong>de</strong> antroposofia para treinar li<strong>de</strong>ranças.<br />
“As empresas nos procuram porque querem mudar<br />
alguma coisa. A gente tem uma série <strong>de</strong> caminhos<br />
para fazer isso. O coaching é um <strong>de</strong>les”. Segundo<br />
Goecks, o coaching é um processo normal <strong>de</strong>ntro das<br />
gran<strong>de</strong>s empresas porque existe forte preocupação<br />
com a formação dos lí<strong>de</strong>res. Ele <strong>de</strong>staca ainda que<br />
as habilida<strong>de</strong>s técnicas per<strong>de</strong>ram relevância na<br />
era da Inteligência Artificial. “As habilida<strong>de</strong>s<br />
comportamentais estão fazendo a diferença”. Veja<br />
a seguir os principais trechos <strong>de</strong> sua entrevista.<br />
kelly dores<br />
TRANSFORMAÇÃO<br />
A Adigo tem todos os tipos e<br />
perfis <strong>de</strong> clientes, atuando basicamente<br />
na transformação,<br />
mudança, estratégia e cultura<br />
da empresa. Hoje em dia um pilar<br />
forte é o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong><br />
li<strong>de</strong>ranças. Dentro disso, temos<br />
o coaching, assessment, para<br />
mapear e <strong>de</strong>senvolver as li<strong>de</strong>ranças<br />
<strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma empresa.<br />
Trabalhamos com multinacionais<br />
como Bosch até uma Porto<br />
Seguro, que é uma empresa tipicamente<br />
familiar, apesar <strong>de</strong> não<br />
ser mais bem assim. Aliás, atuamos<br />
nesse processo.<br />
PROCESSO NORMAL<br />
As empresas nos procuram<br />
porque querem mudar alguma<br />
coisa. Temos uma metodologia<br />
própria muito experencial, que<br />
tem a visão integrada do ser<br />
humano. A gente enten<strong>de</strong> que<br />
a transformação das empresas<br />
<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da transformação dos<br />
grupos, do indivíduo. Depen<strong>de</strong>ndo<br />
da empresa, a gente tem<br />
uma série <strong>de</strong> caminhos para<br />
fazer isso. O coaching é um <strong>de</strong>les.<br />
O coaching é um processo<br />
normal, estruturado <strong>de</strong>ntro das<br />
gran<strong>de</strong>s empresas. Qualquer<br />
diretor, gerente e assistente <strong>de</strong><br />
RH sabe o que é e contrata um<br />
coach, que custa <strong>de</strong> R$ 1.200 a<br />
R$ 1.600 a hora.<br />
TiMidEz<br />
TNós trabalhamos com poucos<br />
clientes, mas com profundida<strong>de</strong>.<br />
Para nós, não faz muita<br />
diferença essa polêmica que<br />
ocorreu na novela (O Outro Lado<br />
do Paraíso, da Globo, gerou discussão<br />
ao mostrar que a hipnose<br />
seria um dos recursos <strong>de</strong> coaching)<br />
porque não afeta o mundo<br />
corporativo. O coaching, na<br />
verda<strong>de</strong>, é um processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento<br />
pessoal. Vou dar<br />
um exemplo clássico. Fui coach<br />
<strong>de</strong> um presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> uma empresa<br />
que tinha dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
falar em público. Ele sempre foi<br />
querido pelos funcionários, mas<br />
era muito tímido. Tinha dificulda<strong>de</strong>s.<br />
Se essa dificulda<strong>de</strong> é fruto<br />
<strong>de</strong> um problema <strong>de</strong> trauma <strong>de</strong><br />
infância, por exemplo, isso o coaching<br />
não trata. Isso é terapia.<br />
Agora, enten<strong>de</strong>r esse problema<br />
e trazer uma estratégia conjunta<br />
para que ele supere isso, o coaching<br />
trata. É uma metodologia,<br />
a gente diagnostica, traça metas,<br />
avalia e retroalimenta.<br />
AÇÃO<br />
O coaching é ação, diferentemente<br />
da terapia. Existem casos<br />
Rodrigo Goecks: “Temos uma metodologia própria muito experencial”<br />
“Hoje em dia,<br />
as Habilida<strong>de</strong>s<br />
técnicas<br />
são menos<br />
importantes”<br />
extremos que a gente não trabalha<br />
com coaching e indicamos<br />
a terapia. Isso é raro, mas po<strong>de</strong><br />
ocorrer. Com o coaching, as pessoas<br />
saem da sessão com o <strong>de</strong>ver<br />
<strong>de</strong> casa. Por exemplo, um <strong>de</strong>ver<br />
<strong>de</strong> casa para uma pessoa tímida<br />
como o caso que mencionei<br />
po<strong>de</strong> ser ir até a mesa <strong>de</strong> tal pessoa<br />
e conversar com ela sobre<br />
<strong>de</strong>terminado assunto. Porque<br />
para ele, como é tímido, é muito<br />
mais fácil chamar as pessoas<br />
para falar em sua mesa, na sua<br />
zona <strong>de</strong> conforto. Po<strong>de</strong> ser um<br />
passo para ele começar a superar<br />
esse <strong>de</strong>safio. O diagnóstico é<br />
um processo <strong>de</strong> mergulho em si.<br />
É preciso enten<strong>de</strong>r quem é esse<br />
indivíduo, o que move ele, quais<br />
são as suas crenças e valores. A<br />
partir daí, a gente cria um plano<br />
<strong>de</strong> ação. O objetivo é o <strong>de</strong>senvolvimento<br />
profissional.<br />
hAbiLidAdES<br />
Antigamente, uma pessoa,<br />
para ser gerente ou diretor,<br />
precisava ser um bom técnico.<br />
Hoje em dia, as habilida<strong>de</strong>s técnicas<br />
são menos importantes.<br />
As habilida<strong>de</strong>s socioemocionais<br />
são muito mais importantes,<br />
porque as habilida<strong>de</strong>s técnicas<br />
são <strong>de</strong> fácil resolução. Já as habilida<strong>de</strong>s<br />
interpessoais, comportamentais,<br />
estão fazendo a diferença<br />
hoje.<br />
iNTELigêNCiA ARTiFiCiAL<br />
Saiu agora no Fórum Mundial<br />
que das <strong>de</strong>z principais competências<br />
para 2030, oito são<br />
comportamentais. O LinkedIn<br />
fez uma pesquisa em que havia<br />
60% <strong>de</strong> insatisfação em competências<br />
comportamentais <strong>de</strong>ntro<br />
das empresas. Isso é um movimento<br />
que já vem ocorrendo há<br />
algum tempo e agora fica cada<br />
vez mais claro porque temos Inteligência<br />
Artificial. O que uma<br />
máquina faz vale por 20, 30,<br />
100 funcionários, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo<br />
da área. Já existe, por exemplo,<br />
processo <strong>de</strong> inteligência artificial<br />
para fazer processo <strong>de</strong> pré-<br />
-seleção <strong>de</strong> currículos.<br />
bRANdiNg<br />
Muitas vezes as agências fazem<br />
um trabalho <strong>de</strong> branding,<br />
mas a cultura da organização não<br />
acompanha. Fica algo só para<br />
fora, porque <strong>de</strong>ntro não se realiza.<br />
Várias empresas que fizeram<br />
rebranding nos procuram para<br />
fazer isso virar realida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro<br />
das organizações. A gente entra<br />
como parceiro das agências,<br />
neste caso. Talvez uma solução<br />
para as empresas <strong>de</strong> propaganda<br />
é se associar a empresas como a<br />
Adigo para fazer trabalhos conjuntos.<br />
jornal propmark - <strong>26</strong> <strong>de</strong> março <strong>de</strong> <strong>2018</strong> 11
MErCadO<br />
ESPM aposta em mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong> com<br />
novo campus <strong>de</strong> tecnologia em SP<br />
ESPM Tech conta com incubadora e espaço <strong>de</strong> coworking para alunos<br />
<strong>de</strong>senvolverem business plan, unindo marketing e gestão <strong>de</strong> negócios<br />
JÉSSICA OLIVEIRA<br />
ESPM está focada em ter a<br />
A tecnologia a serviço da formação<br />
<strong>de</strong> profissionais para o<br />
mercado. A instituição inaugurou<br />
no último dia 20 o campus<br />
ESPM Tech, em São Paulo. O espaço<br />
está sendo reformado e as<br />
mudanças na estrutura física<br />
visam fortalecer um conceito e<br />
incentivar o trabalho em equipe,<br />
a convivência, o aprendizado<br />
por projetos e a troca <strong>de</strong> experiência,<br />
i<strong>de</strong>ias e iniciativas.<br />
Dalton Pastore, presi<strong>de</strong>nte<br />
da ESPM, explica que falta reformar<br />
apenas três andares, que<br />
vão abrigar, a partir <strong>de</strong> agosto, o<br />
curso <strong>de</strong> graduação <strong>de</strong> Tech e<br />
o coworking, exclusiva para os<br />
alunos. “Muito mais do que um<br />
prédio, é um conceito <strong>de</strong> uma<br />
forma nova <strong>de</strong> educação. Criamos<br />
um jeito para facilitar o<br />
ensino e o aprendizado, trabalhar<br />
em conjunto, por projeto,<br />
com metodologias ativas. São<br />
os novos caminhos e formatos<br />
da educação. Queremos privilegiar<br />
essas formas”, afirma.<br />
Os andares já reformados incluem<br />
os que abrigam a biblioteca,<br />
a sala <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nação e<br />
dos professores, além das salas<br />
<strong>de</strong> aula, que têm assentos que<br />
se encaixam conforme a necessida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> trabalho em grupo.<br />
As salas dispõem também <strong>de</strong><br />
tecnologia para o professor projetar<br />
o material <strong>de</strong> aula do celular<br />
para a tela e pare<strong>de</strong>s em que<br />
po<strong>de</strong>m ser feitas anotações.<br />
Cada sala po<strong>de</strong> ser patrocinada<br />
por uma empresa. O valor<br />
é 100% <strong>de</strong>stinado ao fundo <strong>de</strong><br />
bolsas da ESPM. As contrapartidas<br />
incluem batizar a sala e ter<br />
anúncios em mídias como a revista<br />
da instituição.<br />
FOCO NO TECH<br />
Além das mudanças físicas,<br />
o conceito ‘tech’ incrementou<br />
o portfólio <strong>de</strong> cursos mais clássicos<br />
com matérias. Também<br />
foi criado um portfólio <strong>de</strong> cursos<br />
<strong>de</strong> tecnologia. O profissio-<br />
Dalton Pastore apresentou o ESPM Tech como um conceito: privilegiar as novas formas <strong>de</strong> ensinar e apren<strong>de</strong>r<br />
nal conta que tem um especial<br />
apreço pelo curso <strong>de</strong> gradução<br />
Tech porque une tecnologia,<br />
marketing e gestão <strong>de</strong> negócios.<br />
O novo campus também terá<br />
a incubadora e espaço <strong>de</strong> coworking<br />
para os alunos <strong>de</strong>senvolverem<br />
business plan. “Esse<br />
prédio está lançando o conceito<br />
Tech, algo que muitas universida<strong>de</strong>s,<br />
notadamente nos Estados<br />
Unidos, têm. É uma coisa<br />
que estava faltando um pouco<br />
no Brasil. Esse conceito inclui<br />
ter o nosso curso <strong>de</strong> graduação<br />
<strong>de</strong> Tech, com novos cursos <strong>de</strong><br />
pós-graduação e atualização<br />
profissional no portfólio, aos<br />
mais tradicionais foram agregados<br />
tecnologia e foram criados<br />
novos cursos <strong>de</strong> tecnologia.<br />
Esse prédio foi criado para <strong>de</strong>senvolver<br />
esses cursos”, diz.<br />
Ainda segundo Pastore, o<br />
local não tem brinca<strong>de</strong>iras<br />
tecnológicas nem coisas “que<br />
chegam e <strong>de</strong>saparecem”, mas<br />
um ambiente <strong>de</strong> aprendizado<br />
mo<strong>de</strong>rno. “Todo <strong>de</strong>senvolvimento<br />
<strong>de</strong> arquitetura foi feito<br />
para favorecer as metodologias<br />
ativas, o trabalho em conjunto,<br />
o aprendizado entre pares, a<br />
discussão <strong>de</strong> casos e projetos”.<br />
BOa rECEPÇÃO<br />
Integrante do conselho<br />
da ESPM, o publicitário Luiz<br />
Lara, fundador e chairman da<br />
Lew’Lara\TBWA, acredita que<br />
com a inauguração do ESPM<br />
Tech, a escola, na gestão do Pastore,<br />
e <strong>de</strong> Armando Ferrentini,<br />
como presi<strong>de</strong>nte do conselho,<br />
dá mais um passo para ser a lí<strong>de</strong>r<br />
da economia criativa. “Isso<br />
ao trazer na pós-graduação<br />
cursos <strong>de</strong> inteligência artificial,<br />
<strong>de</strong> robótica e da nova economia,<br />
que está sendo impactada<br />
<strong>de</strong> forma exponencial pela tecnologia.<br />
E do lado da graduação<br />
trazendo os alunos da ESPM<br />
Tech com salas <strong>de</strong> aula mo<strong>de</strong>rnas<br />
e integradas. É uma nova<br />
era da ESPM para ser a gran<strong>de</strong><br />
Fotos: Marçal Neto/Divulgação<br />
“Muito Mais do<br />
que uM prédio, é<br />
uM conceito <strong>de</strong><br />
uMa forMa nova <strong>de</strong><br />
educação. criaMos<br />
uM jeito para<br />
facilitar o ensino<br />
e o aprendizado”<br />
12 <strong>26</strong> <strong>de</strong> março <strong>de</strong> <strong>2018</strong> - jornal propmark
Luiz Fernando Garcia, professor da ESPM, e Luiz Lara prestigiaram a inauguração<br />
Abaetê Azevedo, da Rapp, Antonio Jacinto Matias, do Itaú, e o consultor Efraim Kapulski<br />
lí<strong>de</strong>r e emuladora da economia<br />
criativa, indo além do impacto<br />
que teve e tem na li<strong>de</strong>rança e<br />
na formação <strong>de</strong> novos profissionais<br />
para o mercado, unindo<br />
marketing, administração <strong>de</strong><br />
empresas, jornalismo, ciências<br />
sociais, relações internacionais<br />
e agora o tech. No ESPM Tech, a<br />
gente respira tecnologia”.<br />
Também presente na inauguração,<br />
a executiva Sandra<br />
Martinelli, presi<strong>de</strong>nte-executiva<br />
da ABA (Associação Brasileira<br />
<strong>de</strong> Anunciantes), ex-aluna <strong>de</strong><br />
pós-graduação da instituição,<br />
comemorou as novida<strong>de</strong>s. Segundo<br />
ela, a ESPM avança todos<br />
os dias, com inovação nas suas<br />
ativida<strong>de</strong>s, no jeito <strong>de</strong> ser e fazer.<br />
“Nunca vi tantas inovações<br />
nesses últimos anos e estão totalmente<br />
alinhadas com a ABA.<br />
No ano passando contribuímos<br />
com uma bolsa <strong>de</strong> estudo e estamos<br />
fazendo um projeto <strong>de</strong><br />
longo prazo, o ABA Aca<strong>de</strong>my,<br />
<strong>de</strong> aproximação com os jovens<br />
profissionais. Este ano no Prêmio<br />
ESPM ABA Fiat, a Fiat vai<br />
passar um briefing para os alunos<br />
<strong>de</strong> pós-gradução e selecionar<br />
as três melhores soluções.<br />
O anúncio dos vencedores será<br />
feito no ABA Summit. Eu nunca<br />
vi a ESPM tão próxima do<br />
mercado, da indústria que ela<br />
representa. Ela não está mais<br />
só no meio acadêmico. E nós<br />
da ABA, que representamos a<br />
indústria <strong>de</strong> anunciantes, estamos<br />
próximos da ESPM. Tem<br />
um feliz casamento em que<br />
todo mundo ganha”.<br />
An_meiapag_PM_7º_Encontro_Midias_21,7x15,5cm.indd 3 21/03/18 11:39<br />
jornal propmark - <strong>26</strong> <strong>de</strong> março <strong>de</strong> <strong>2018</strong> 13
meRcado<br />
SusanneB/iStock<br />
Publicação <strong>de</strong> balanços em jornais<br />
movimenta cerca <strong>de</strong> R$ 600 milhões<br />
Safra dos <strong>de</strong>monstrativos financeiros ocorre no primeiro trimestre do<br />
ano e é exigência da Lei 6.404/76; tendência é <strong>de</strong> crescimento do negócio<br />
Paulo Macedo<br />
meio jornal celebra o primeiro<br />
trimestre <strong>de</strong> cada<br />
O<br />
ano com a chamada safra <strong>de</strong><br />
balanços. Empresas <strong>de</strong> capital<br />
aberto têm <strong>de</strong> cumprir<br />
exigência prevista na Lei<br />
6.404, <strong>de</strong> 1976, e publicar nos<br />
diários oficiais e em jornais<br />
<strong>de</strong> gran<strong>de</strong> circulação seus <strong>de</strong>monstrativos<br />
financeiros. Neste<br />
ano, o maior <strong>de</strong>les foi da<br />
Neoenergia, principal grupo<br />
privado do segmento <strong>de</strong> energia,<br />
cujo balanço exigiu espaço<br />
<strong>de</strong> 60 páginas. O mercado <strong>de</strong><br />
publicida<strong>de</strong> legal movimenta,<br />
anualmente, um volume<br />
<strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> R$ 600 milhões,<br />
com tendência <strong>de</strong> crescimento,<br />
e tem agências especializadas<br />
nesse formato <strong>de</strong> comunicação<br />
como a Luz Publicida<strong>de</strong>, em<br />
ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1971.<br />
Os jornais econômicos estão<br />
no foco do plano <strong>de</strong> mídia das<br />
empresas, mas no momento o<br />
principal é o Valor Econômico,<br />
título do portfólio da Infoglobo,<br />
que concentra 70% do<br />
share dos balanços. Anteriormente,<br />
a disputa envolvia periódicos<br />
especializados, como o<br />
Jornal do Commércio, a Gazeta<br />
Mercantil e o Diário do Comércio,<br />
mas agora a busca pela preferência<br />
das empresas passou<br />
a envolver os jornais <strong>de</strong> gran<strong>de</strong><br />
circulação.<br />
Porém, para garantir um<br />
balanço nas suas páginas, os<br />
Pestana, do Estadão, fala que acordo com a Austin Ratings amplia as informações<br />
Divulgação<br />
14 <strong>26</strong> <strong>de</strong> março <strong>de</strong> <strong>2018</strong> - jornal propmark
meRcado<br />
veículos precisam ativar uma<br />
estratégia B2B nas assembleias<br />
gerais dos acionistas realizadas<br />
um mês após a publicação,<br />
como exige a regra da Comissão<br />
<strong>de</strong> Valores Mobiliários e<br />
a Lei das S/As. Ou seja, a mídia<br />
é <strong>de</strong>finida um ano antes,<br />
nesse encontro dos acionistas<br />
que <strong>de</strong>liberam e aprovam os<br />
investimentos e os gastos para<br />
o exercício do ano fiscal. Os<br />
jornais fazem campanhas <strong>de</strong><br />
marketing direto com foco nos<br />
executivos que participam da<br />
reunião que <strong>de</strong>fine o budget<br />
dos balanços que serão veiculados<br />
no primeiro trimestre <strong>de</strong><br />
2019.<br />
“Temos uma área que cuida<br />
<strong>de</strong>sse mercado, que tem peculiarida<strong>de</strong>s<br />
muito particulares.<br />
São agências que aten<strong>de</strong>m<br />
exclusivamente a esse tipo <strong>de</strong><br />
cliente, cujo processo <strong>de</strong>cisório<br />
é muito mais complexo do que<br />
o tradicional. No Estadão, temos<br />
uma estratégia que inclui<br />
visitas às empresas e uma campanha<br />
publicitária que mostra<br />
os benefícios <strong>de</strong> veicular o balanço<br />
conosco. Este ano, nós fizemos<br />
um acordo com a Austin<br />
Rating, agência classificadora<br />
<strong>de</strong> riscos, para a produção <strong>de</strong><br />
um relatório comparativo entre<br />
dados financeiros <strong>de</strong> outras<br />
empresas do mesmo setor com<br />
23 indicadores financeiros,<br />
com o propósito <strong>de</strong> alavancar<br />
esse mercado”, disse Flávio<br />
Pestana, diretor-executivo comercial<br />
do Grupo Estado, que<br />
edita o Estadão. “Publicamos<br />
257 balanços este ano, entre os<br />
quais do Carrefour, Porto Seguro<br />
e Drogasil. Também queremos<br />
humanizar esses dados,<br />
trazendo para o projeto a nossa<br />
área <strong>de</strong> broadcasting”, acrescentou<br />
Pestana.<br />
Os balancetes também são<br />
uma espécie <strong>de</strong> termômetro<br />
da recuperação da economia<br />
brasileira. “Estamos percebendo,<br />
nos números das empresas<br />
e em nosso volume <strong>de</strong> trabalho,<br />
que o país vem se recuperando.<br />
O volume <strong>de</strong> serviço em todos<br />
os nossos escritórios é gran<strong>de</strong>”,<br />
explica o executivo Marcos<br />
Luz, sócio da Luz Publicida<strong>de</strong>.<br />
Ele ainda acrescenta: “Além da<br />
obrigatorieda<strong>de</strong> legal, é cada<br />
vez mais necessário que as<br />
empresas tenham transparência<br />
em seus atos societários e<br />
em suas <strong>de</strong>monstrações financeiras,<br />
essa conduta mostra não<br />
só ao mercado financeiro, mas<br />
também a toda a socieda<strong>de</strong>, o<br />
quanto <strong>de</strong>terminada empresa é<br />
competitiva e ao mesmo tempo<br />
mantém uma conduta responsável<br />
com as suas obrigações,<br />
sejam elas tributárias, regulatórias<br />
e trabalhista. Com essa<br />
atitu<strong>de</strong>, as empresas acabam<br />
fortalecendo as suas respectivas<br />
marcas. Nesse ponto, os<br />
jornais são o principal elo entre<br />
as empresas e a socieda<strong>de</strong>”, observa<br />
Luz.<br />
Transparência e credibilida<strong>de</strong><br />
também é o que enfatiza<br />
Marcelo Rech, presi<strong>de</strong>nte da<br />
ANJ (Associação Nacional <strong>de</strong><br />
Jonais), vice-presi<strong>de</strong>nte editorial<br />
do Grupo RBS e vice-presi<strong>de</strong>nte<br />
do Fórum Mundial <strong>de</strong><br />
Editores.<br />
“Imagine um balanço divulgado<br />
em re<strong>de</strong>s sociais, conhecidas<br />
hoje como centros distribuidores<br />
<strong>de</strong> notícias falsas?<br />
É difícil distinguir se aquele<br />
material que circula nas re<strong>de</strong>s é<br />
verídico, parcialmente verídico<br />
ou falso, uma vez que é muito<br />
simples se produzir ou distorcer<br />
um balanço ou edital, por<br />
exemplo. Uma <strong>de</strong>sinformação<br />
<strong>de</strong>liberada distribuída em re<strong>de</strong><br />
po<strong>de</strong> afetar a cotação das ações<br />
<strong>de</strong> uma empresa. O mesmo<br />
efeito tem notícias falsas criadas<br />
para atingir reputações <strong>de</strong><br />
empresas e, portanto, seu valor<br />
<strong>de</strong> mercado. Os jornais <strong>de</strong>sfrutam<br />
do mais alto conceito <strong>de</strong><br />
credibilida<strong>de</strong> no público e nos<br />
diferentes segmentos da socieda<strong>de</strong>.<br />
É por isso que são o meio<br />
i<strong>de</strong>al para divulgação <strong>de</strong> balanços,<br />
atas e editais. Para os jornais,<br />
os anúncios trazem, além<br />
<strong>de</strong> receita e prestígio, a oportunida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> cumprir esse papel<br />
histórico <strong>de</strong> propiciar transparência<br />
a quem <strong>de</strong>ve prestar<br />
contas públicas. É por isso que<br />
editais e licitações públicas são<br />
publicados nos jornais em todo<br />
o mundo. Um edital que fica<br />
oculto na floresta digital, assim<br />
como o balanço <strong>de</strong> uma gran<strong>de</strong><br />
empresa, não aten<strong>de</strong> ao pré-requisito<br />
<strong>de</strong> publicida<strong>de</strong> no sentido<br />
original da palavra – dar visibilida<strong>de</strong><br />
pública a um fato <strong>de</strong><br />
interesse da socieda<strong>de</strong>”, afirma<br />
Rech.<br />
Como lí<strong>de</strong>r <strong>de</strong> mercado, o<br />
Valor, nas palavras <strong>de</strong> Marcos<br />
Aleixo, gerente nacional <strong>de</strong><br />
comunicação com investidores,<br />
que também cuida das estratégias<br />
<strong>de</strong> matéria legal <strong>de</strong> O<br />
Globo, já está com uma campanha<br />
para atrair balanços para a<br />
Benez <strong>de</strong>staca volume <strong>de</strong> circulação da Folha e engajamento do Agora na classe média<br />
“Os jOrnais<br />
<strong>de</strong>sfrutam dO mais<br />
altO cOnceitO <strong>de</strong><br />
credibilida<strong>de</strong><br />
nO públicO e<br />
nOs diferentes<br />
segmentOs da<br />
sOcieda<strong>de</strong>. É pOr<br />
issO que sãO O<br />
meiO i<strong>de</strong>al para<br />
divulgaçãO<br />
<strong>de</strong> balançOs,<br />
atas e editais”<br />
safra do ano que vem. Publicar<br />
um balanço, como o da Neoenergia,<br />
exige uma operação<br />
industrial diferenciada para<br />
impressão antecipada e horário<br />
exclusivo para o encarte. Tanto<br />
o Valor como O Globo também<br />
estão buscando alternativas<br />
que vão além do impresso.<br />
“Des<strong>de</strong> 2010 temos o Canal<br />
Valor RI, que disponibiliza<br />
as principais informações<br />
financeiras das empresas na<br />
plataforma digital. Como é<br />
um conteúdo produzido integralmente<br />
pelo cliente, apenas<br />
fazemos a transmissão. Fazemos<br />
um trabalho constante<br />
<strong>de</strong> acompanhamento dos<br />
clientes: os últimos resultados,<br />
comparativos perante os<br />
concorrentes e <strong>de</strong>sempenho<br />
<strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> seu segmento <strong>de</strong> negócios.<br />
O que nos possibilita<br />
maior assertivida<strong>de</strong> na apresentação<br />
do nosso portfólio <strong>de</strong><br />
Aleixo: “Canal Valor RI disponibiliza as informações financeiras das empresas”<br />
Fotos: Divulgação<br />
16 <strong>26</strong> <strong>de</strong> março <strong>de</strong> <strong>2018</strong> - jornal propmark
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Tels.: (21) 2534-4310 • (11) 3767-7205<br />
A Canal Extra tem a<br />
maior audiência entre<br />
as revistas encartadas<br />
em jornais no Brasil.<br />
63 %<br />
Se interessam por<br />
moda e beleza.<br />
62 %<br />
Buscam novida<strong>de</strong>s<br />
sobre <strong>de</strong>coração.<br />
PORQUE ESTÁ<br />
CHEIA DE EDIÇÕES<br />
ESPECIAIS.<br />
1.400.000<br />
Leitores<br />
65<br />
Mulheres<br />
83<br />
%<br />
%<br />
Classes B e C<br />
Fonte: leitores impresso Kantar Ibope Media Target Group In<strong>de</strong>x BR TG 2017 II (2016 2s + 2017 1s) v1.0 - Pessoas,com projeção Brasil base IVC.
meRcado<br />
produtos e serviços”, <strong>de</strong>staca<br />
Aleixo.<br />
O Globo exibiu nas suas páginas<br />
balanços <strong>de</strong> Furnas, Banco<br />
Itaú, Banco Votorantim, Banco<br />
Daycoval, Petrobras, Celg e Safra.<br />
“A novida<strong>de</strong> é que O Globo<br />
está com balanços inéditos, resultado<br />
da sinergia com o Valor”,<br />
diz Aleixo. “Há um pacote<br />
com custo especial para quem<br />
é cliente do Valor Econômico.<br />
Desta forma, a empresa po<strong>de</strong><br />
usufruir <strong>de</strong> uma plataforma<br />
<strong>de</strong> leitores muito maior, tanto<br />
no impresso como no digital.<br />
Lembrando que, além da cobertura,<br />
este pacote proporciona<br />
acesso ao público do Valor,<br />
que é formado por empresários<br />
e C-levels; e <strong>de</strong> O Globo, que<br />
tem um público muito qualificado”,<br />
acrescenta o executivo.<br />
No caso da Folha <strong>de</strong> S.Paulo,<br />
o foco estratégico é propor às<br />
empresas a alteração <strong>de</strong> fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong><br />
nas reuniões <strong>de</strong> acionistas.<br />
“Oferecendo todos os<br />
benefícios da Folha na mídia<br />
impressa (preço competitivo,<br />
maior circulação e número <strong>de</strong><br />
leitores) e digital (maior site<br />
<strong>de</strong> notícias em tempo real em<br />
língua portuguesa). Atualmente,<br />
o que as empresas buscam<br />
no mercado é a melhor relação<br />
custo/benefício, que se soma<br />
a fatores como a credibilida<strong>de</strong><br />
do veículo em que as suas <strong>de</strong>monstrações<br />
são divulgadas,<br />
agregando assim valores importantes<br />
como a transparência,<br />
o alcance e a cobertura que<br />
uma marca <strong>de</strong> notícias como a<br />
Folha po<strong>de</strong> proporcionar”, diz<br />
Marcelo Benez, diretor-executivo<br />
comercial da Folha.<br />
Quais são os diferenciais<br />
que o Grupo Folha oferece para<br />
garantir a inclusão dos seus<br />
jornais no planejamento das<br />
empresas? Benez respon<strong>de</strong>:<br />
“A safra <strong>de</strong> balanços teve um<br />
início positivo para o grupo,<br />
tanto para o Agora São Paulo<br />
quanto para a Folha <strong>de</strong> S.Paulo,<br />
nos dois primeiros meses <strong>de</strong><br />
<strong>2018</strong>. Sobre os diferenciais,<br />
como jornal popular, o Agora<br />
São Paulo segue lí<strong>de</strong>r <strong>de</strong> vendas<br />
nas bancas, é consi<strong>de</strong>rado<br />
o jornal da classe média, que,<br />
mesmo em tempos <strong>de</strong> outros<br />
títulos com distribuição gratuita,<br />
ven<strong>de</strong> aproximadamente 80<br />
mil exemplares diariamente.<br />
Em relação aos diferenciais da<br />
A publicação dos balanços nos jornais é obrigatória e o Valor concentra participação <strong>de</strong> 70% do segmento <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong> legal<br />
“um edital que<br />
fica OcultO na<br />
flOresta digital,<br />
assim cOmO O<br />
balançO <strong>de</strong> uma<br />
gran<strong>de</strong> empresa,<br />
nãO aten<strong>de</strong> aO<br />
prÉ-requisitO <strong>de</strong><br />
publicida<strong>de</strong> nO<br />
sentidO Original<br />
da palavra – dar<br />
visibilida<strong>de</strong><br />
pública a um fatO<br />
<strong>de</strong> interesse da<br />
sOcieda<strong>de</strong>”<br />
Folha, este é o 32º ano <strong>de</strong> li<strong>de</strong>rança<br />
entre os jornais brasileiros.<br />
É o maior, mais influente<br />
e o jornal ‘mais nacional’ do<br />
país, alcança a maior e mais<br />
qualificada audiência do Brasil<br />
(incluindo a edição impressa e<br />
sua versão digital) e sua audiência<br />
é composta por leitores<br />
empresários, investidores, formadores<br />
<strong>de</strong> opinião, resultando<br />
na transparência e maior visibilida<strong>de</strong><br />
das <strong>de</strong>monstrações<br />
financeiras das gran<strong>de</strong>s empresas.<br />
Além dos 20,2 milhões<br />
<strong>de</strong> leitores mensais em todas<br />
as plataformas, a Folha acaba<br />
<strong>de</strong> amplificar a sua ferramenta<br />
<strong>de</strong> divulgação, através do novo<br />
aplicativo da versão impressa,<br />
que disponibiliza seu conteúdo<br />
Marcos Luz, da Luz Publicida<strong>de</strong>, afirma que estratégia começa assim que a safra termina<br />
através da edição digital e po<strong>de</strong><br />
ser vista <strong>de</strong> forma irrestrita pelos<br />
assinantes da Folha, através<br />
<strong>de</strong> computadores e dispositivos<br />
móveis. Além disso, disponibilizamos<br />
no site da Folha, no<br />
canal <strong>de</strong> economia, uma seção<br />
exclusiva para os fatos relevantes,<br />
sincronizados com a CVM<br />
em tempo real”.<br />
Assim como os jornais, as<br />
agências com expertise em publicida<strong>de</strong><br />
legal iniciam a estratégia<br />
<strong>de</strong> prospecção. “Quando<br />
encerramos uma safra, imediatamente<br />
já iniciamos a preparação<br />
para próxima, pontualmente<br />
aumentamos o número <strong>de</strong><br />
colaboradores em nossa área<br />
<strong>de</strong> produção/revisão”, diz Marcos<br />
Luz. “Des<strong>de</strong> nossa fundação,<br />
em 1971, sempre tivemos<br />
a honra <strong>de</strong> ter gran<strong>de</strong>s grupos<br />
como clientes, mas, por questões<br />
éticas e respeito a todos os<br />
nossos clientes, preferimos não<br />
citar uma ou outra empresa individualmente,<br />
o que po<strong>de</strong>mos<br />
dizer é que aten<strong>de</strong>mos gran<strong>de</strong><br />
parte das maiores empresas do<br />
país. Em sua gran<strong>de</strong> maioria,<br />
os balanços são apenas impressos,<br />
mas cada vez mais temos<br />
clientes e jornais disponibilizando<br />
as <strong>de</strong>monstrações financeiras<br />
em seus respectivos sites”,<br />
prosseguiu o sócio da Luz.<br />
Globo<br />
Segundo o balanço divulgado<br />
pelo Grupo Globo, a sua<br />
receita líquida foi <strong>de</strong> R$ 14,8<br />
bilhões, com redução <strong>de</strong> 3%<br />
em relação ao ano <strong>de</strong> 2016. De<br />
acordo com comunicado da<br />
Globo Comunicações e Participações<br />
S/A, o endividamento<br />
total do grupo fechou com R$<br />
2,9 bilhões no ano passado.<br />
O cronograma <strong>de</strong> pagamento<br />
<strong>de</strong>sses débitos vai até 2027.<br />
Fotos: Divulgação<br />
18 <strong>26</strong> <strong>de</strong> março <strong>de</strong> <strong>2018</strong> - jornal propmark
mercaDo<br />
Dia da Água prioriza <strong>de</strong>bate sobre<br />
acesso da população a fonte limpa<br />
35 milhões <strong>de</strong> brasileiros não têm acesso à água, segundo dados<br />
apresentados no Fórum Mundial, na semana passada, em Brasília<br />
Claudia Penteado<br />
conceito <strong>de</strong> sustentabilida<strong>de</strong><br />
foi introduzido<br />
O<br />
no início dos anos 1980, pelo<br />
pensador ambiental Lester<br />
Brown, fundador do Worldwatch<br />
Institute. Anos <strong>de</strong>pois,<br />
surgiu a noção <strong>de</strong> “<strong>de</strong>senvolvimento<br />
sustentável”, que vem<br />
a ser basicamente satisfazer as<br />
necessida<strong>de</strong>s do presente sem<br />
comprometer a capacida<strong>de</strong> das<br />
gerações futuras para suprir as<br />
próprias necessida<strong>de</strong>s.<br />
As muitas <strong>de</strong>finições inspiram,<br />
sem dúvida, mas nada<br />
ensinam sobre como <strong>de</strong> fato<br />
construir uma socieda<strong>de</strong> sustentável,<br />
e é sobre isso que empresas<br />
e pessoas se <strong>de</strong>batem<br />
continuamente, em eventos<br />
como a 8ª edição do Fórum<br />
Mundial da Água, realizado semana<br />
passada, em Brasília.<br />
Lá se discutiu, entre outras<br />
questões essenciais relativas à<br />
água, uma realida<strong>de</strong> impressionante:<br />
a <strong>de</strong> que pelo menos 35<br />
milhões <strong>de</strong> brasileiros simplesmente<br />
não têm acesso a uma<br />
fonte <strong>de</strong> água limpa. Talvez<br />
nunca antes empresas e organizações<br />
governamentais tenham<br />
trabalhando tanto em projetos<br />
para tentar ajudar a reduzir<br />
esse gap.<br />
A semana em que se comemorou<br />
o Dia Mundial da Água<br />
(22) também foi, ironicamente,<br />
uma semana <strong>de</strong> inúmeros<br />
episódios <strong>de</strong> alagamentos pelo<br />
país, e o período escolhido por<br />
diversas empresas para anunciar<br />
projetos voltados para<br />
acesso ou preservação. A Coca-<br />
-Cola, por exemplo, inaugurou<br />
fontes <strong>de</strong> água mineral da marca<br />
Crystal, iniciativa que permite<br />
que pessoas e comunida<strong>de</strong>s<br />
vizinhas tenham acesso às fontes<br />
<strong>de</strong> captação <strong>de</strong> água. Até o<br />
fim do ano, estarão disponíveis<br />
para a população oito <strong>de</strong>las em<br />
São Paulo, no Rio <strong>de</strong> Janeiro,<br />
Goiás, Minas Gerais e Alagoas.<br />
O programa Água + Acesso faz<br />
parte da plataforma Água +,<br />
Ambev tem sistema <strong>de</strong> reutilização <strong>de</strong><br />
efluentes e integra o Projeto Bacias, para<br />
recuperar e preservar bacias. Empresa<br />
patrocina Coalizão Cida<strong>de</strong>s pela Água<br />
que tem ainda as linhas <strong>de</strong> ação<br />
+Eficiência e +Disponibilida<strong>de</strong>.<br />
O presi<strong>de</strong>nte da empresa, Henrique<br />
Braun, disse que água é<br />
um assunto extremamente importante<br />
para a Coca-Cola.<br />
“O tema começou a ser discutido<br />
mais recentemente, especialmente<br />
<strong>de</strong>pois da crise<br />
hídrica da região Su<strong>de</strong>ste. Água<br />
é a sustentabilida<strong>de</strong> do nosso<br />
negócio. Nosso programa atua<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> a eficiência até a disponibilida<strong>de</strong>”,<br />
explica Andréa Mota,<br />
diretora <strong>de</strong> sustentabilida<strong>de</strong> da<br />
Coca-Cola Brasil.<br />
Para esquentar a pauta sobre<br />
o tema no Fórum da Água em<br />
Brasília, foi exibido por lá o web<br />
documentário Terra Molhada,<br />
produzido pela Conspira+ e a<br />
Coca-Cola Brasil. São cinco episódios<br />
que contam a relação <strong>de</strong><br />
comunida<strong>de</strong>s rurais com a chuva<br />
e a busca <strong>de</strong> soluções para o<br />
acesso à àgua.<br />
“O tema cOmeçOu a<br />
ser discutidO mais<br />
recentemente,<br />
especialmente<br />
<strong>de</strong>pOis da crise<br />
hídrica da regiãO<br />
su<strong>de</strong>ste”<br />
Fotos: Divulgação<br />
A P&G anunciou na semana<br />
passada mais um projeto do<br />
seu programa Água Pura para<br />
Crianças, que leva água potável<br />
para comunida<strong>de</strong>s carentes no<br />
Amazonas e no Vale do Jequitinhonha.<br />
A empresa assumiu<br />
o compromisso <strong>de</strong> oferecer 15<br />
bilhões <strong>de</strong> litros <strong>de</strong> água limpa<br />
até 2020. O programa distribui<br />
globalmente sachês do tamanho<br />
<strong>de</strong> um saquinho <strong>de</strong> chá,<br />
uma tecnologia simples <strong>de</strong><br />
usar, chamada “Purificador <strong>de</strong><br />
20 <strong>26</strong> <strong>de</strong> março <strong>de</strong> <strong>2018</strong> - jornal propmark
Água P&G”. Na semana passada,<br />
a P&G anunciou uma parceria<br />
com o Walmart Brasil: até o<br />
próximo dia 22, para cada produto<br />
da empresa vendido no<br />
Walmart Brasil, a P&G vai doar<br />
um dia <strong>de</strong> água limpa para o seu<br />
programa.<br />
A Ambev tem entre as suas<br />
priorida<strong>de</strong>s projetos <strong>de</strong> preservação<br />
da água, reaproveita<br />
a chamada “água <strong>de</strong> serviço”<br />
(que não é usada na produção<br />
<strong>de</strong> bebidas) em seus processos,<br />
tem um sistema <strong>de</strong> reutilização<br />
<strong>de</strong> efluentes e integra o Projeto<br />
Bacias, para recuperar e preservar<br />
importantes bacias hidrográficas<br />
no país. A empresa é a<br />
principal patrocinadora da Coalizão<br />
Cida<strong>de</strong>s pela Água, li<strong>de</strong>rada<br />
pela ONG The Nature Conservancy,<br />
e está alinhada com<br />
os objetivos <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento<br />
sustentável da ONU para garantir<br />
a gestão sustentável da<br />
água, além <strong>de</strong> fazer parte do<br />
CEO Water Mandate, iniciativa<br />
estabelecida pelo Pacto Global<br />
da ONU que reúne empresas<br />
comprometidas com o problema<br />
da escassez <strong>de</strong> água e da<br />
falta <strong>de</strong> saneamento em todo o<br />
mundo. Por meio da plataforma<br />
Saveh (sistema <strong>de</strong> autoavaliação<br />
<strong>de</strong> eficiência hídrica),<br />
compartilha gratuitamente seu<br />
sistema <strong>de</strong> gestão hídrica com<br />
outras empresas.<br />
campanhas<br />
A Stella Artois e a Water.org,<br />
organização cofundada pelo<br />
ator Matt Damon, realizam no<br />
Brasil, entre este mês e abril,<br />
ações especiais para a campanha<br />
#1calice5anos, que preten<strong>de</strong><br />
ajudar mais <strong>de</strong> 1 milhão<br />
<strong>de</strong> pessoas no Brasil a terem<br />
acesso a água potável em <strong>2018</strong>.<br />
A ação se dá através da venda<br />
<strong>de</strong> cálices no site da marca<br />
Cena <strong>de</strong> terra Molhada, que conta a relação <strong>de</strong> comunida<strong>de</strong>s rurais com a chuva e a busca <strong>de</strong> soluções para o acesso a àgua<br />
Stella Artois e Water.org, organização cofundada por Matt Damon, realizam ações especiais para a campanha #1calice5anos<br />
“nãO adianta<br />
inventar, a água<br />
é insubstituível.<br />
ecOnOmize, Ou vai<br />
sObrar só O pó”<br />
<strong>de</strong> cerveja ou nas re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> supermercado,<br />
que equivalem a<br />
cinco anos <strong>de</strong> água potável<br />
doada para famílias ao redor<br />
do mundo. Entre as ações promovidas<br />
está a parceria com o<br />
canal Off, da Globosat, exibindo<br />
vinhetas com cenas <strong>de</strong> mulheres<br />
que atravessam caminhos<br />
árduos e áridos para obter água,<br />
e intervenções em diversas plataformas,<br />
nas quais imagens<br />
que contêm água são interrompidas<br />
antes <strong>de</strong> terminar <strong>de</strong><br />
carregar, simulando o esforço e<br />
o tempo que algumas famílias<br />
passam para conseguir água<br />
potável. A criação é da CP+B.<br />
A própria P&G lançou no<br />
Dia Mundial da Água, para divulgar<br />
o seu sachê Água Pura<br />
para Crianças, uma estratégia<br />
<strong>de</strong> bran<strong>de</strong>d content que<br />
foi criada pela Integer\Out-<br />
Promo, em que o influenciador<br />
Vlad, do canal Área Secreta,<br />
participa <strong>de</strong> um experimento<br />
no Parque do Ibirapuera, em<br />
São Paulo, mostrando a ação <strong>de</strong><br />
um sachê purificando <strong>de</strong>z litros<br />
<strong>de</strong> água contaminada em 30<br />
minutos. A marca Água Mineral<br />
Puríssima apresentou a campanha<br />
Água em Pó, criada pela<br />
Agência/renca, <strong>de</strong> Cuiabá, Mato<br />
Grosso. A invenção do produto<br />
fictício que promete dar um fim<br />
ao problema da falta d’água <strong>de</strong>fendia<br />
a economia e o não <strong>de</strong>sperdício.<br />
Todas as peças criadas<br />
levavam ao site www.aguaempo.com.br,<br />
cujo ví<strong>de</strong>o mostrava<br />
o conceito da campanha: “Não<br />
adianta inventar, a água é insubstituível.<br />
Economize, ou vai<br />
sobrar só o pó”.<br />
P&G e Walmart Brasil são parceiras em programas para levar água limpa para crianças<br />
Campanha do produto fictício Água em Pó<br />
jornal propmark - <strong>26</strong> <strong>de</strong> março <strong>de</strong> <strong>2018</strong> 21
mercAdo<br />
Anunciantes se autorregulamentam<br />
sobre o uso <strong>de</strong> propaganda infantil<br />
Monitoramento realizado pela KPMG atesta a<strong>de</strong>rência <strong>de</strong> até 100%<br />
ao Compromisso pela Publicida<strong>de</strong> Responsável para Crianças<br />
Felipe Turlão<br />
especial para o propMArK<br />
Engajados no Compromisso<br />
pela Publicida<strong>de</strong> Responsável<br />
para Crianças, executivos<br />
<strong>de</strong> algumas das principais empresas<br />
<strong>de</strong> alimentos do Brasil<br />
apresentaram na semana passada<br />
os primeiros resultados <strong>de</strong><br />
um monitoramento in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte<br />
conduzido pela consultoria<br />
KPMG sobre o uso <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong><br />
voltada para as crianças.<br />
Os signatários do acordo se<br />
comprometem a não anunciar<br />
produtos que não atendam aos<br />
critérios nutricionais preestabelecidos<br />
para crianças menores<br />
<strong>de</strong> 12 anos.<br />
Criado em <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong><br />
2016, o movimento já reúne as<br />
empresas Coca-Cola, Ferrero,<br />
General Mills, Grupo Bimbo,<br />
Kellogg, Mars, McDonald’s,<br />
Mon<strong>de</strong>lez, Nestlé, PepsiCo e<br />
Unilever. As marcas foram monitoradas<br />
pela KPMG, que estabeleceu<br />
um sistema que está<br />
sendo calibrado há mais <strong>de</strong> um<br />
ano pela equipe comandada<br />
pelo sócio-diretor Ricardo Zibas,<br />
e aplicado em datas com<br />
maior incidência <strong>de</strong> anúncios<br />
para crianças, como Páscoa,<br />
férias e Natal. Os resultados<br />
apontam que, da amostra <strong>de</strong><br />
peças analisadas, houve 100%<br />
<strong>de</strong> a<strong>de</strong>rência ao compromisso<br />
entre as peças <strong>de</strong>sses anunciantes<br />
veiculadas na televisão.<br />
O índice é <strong>de</strong> 97%, em cinema;<br />
e 98,6%, na internet. “A<br />
mídia programática provoca alguns<br />
<strong>de</strong>svios no digital, mas já<br />
estamos instruindo as agências,<br />
em um trabalho <strong>de</strong> educação,<br />
para que todos os indicadores<br />
cheguem a 100%. Os objetivos<br />
são construir marcas para o futuro<br />
e pensar nos resultados no<br />
longo prazo”, afirmou Oduvaldo<br />
Viana, diretor <strong>de</strong> marketing<br />
da Mars Brasil.<br />
Além <strong>de</strong> garantir a perfeição<br />
dos indicadores e educar agências,<br />
os envolvidos com o Compromisso<br />
<strong>de</strong>sejam multiplicar<br />
Ricardo Zibas, Grazielle Parenti e Oduvaldo Viana: movimento é fundamental para educação <strong>de</strong> agências e anunciantes<br />
a base <strong>de</strong> empresas participantes.<br />
“Agora que acertamos as<br />
regras <strong>de</strong> como vamos operar,<br />
e a métrica da KPMG, estamos<br />
prontos para a expansão e queremos<br />
adicionar empresas <strong>de</strong><br />
todos os tamanhos ao projeto”,<br />
afirma Grazielle Parenti, diretora<br />
<strong>de</strong> assuntos corporativos<br />
e governamentais da Mon<strong>de</strong>lez<br />
Brasil.<br />
O movimento Compromisso<br />
pela Publicida<strong>de</strong> Responsável<br />
para Crianças tem interlocução<br />
com o po<strong>de</strong>r público, entida<strong>de</strong>s<br />
como Alana, ABA (Associação<br />
Brasileira <strong>de</strong> Anunciantes) e o<br />
Conar (Conselho Nacional <strong>de</strong><br />
Autorregulamentação Publicitária),<br />
visando a autorregulamentação<br />
do mercado em<br />
relação à publicida<strong>de</strong> infantil,<br />
gerando uma conscientização<br />
sobre o tema. “Defen<strong>de</strong>mos<br />
que a publicida<strong>de</strong> não po<strong>de</strong> ser<br />
100% restringida, já que temos<br />
a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> educar e instruir<br />
as pessoas. Acreditamos<br />
“Os ObjetivOs<br />
sãO cOnstruir<br />
marcas para O<br />
futurO e pensar<br />
nOs resultadOs<br />
nO lOngO prazO”<br />
Divulgação<br />
no direito constitucional à liberda<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> expressão e temos<br />
conversas abertas com outras<br />
entida<strong>de</strong>s para termos uma autorregulação<br />
do mercado”, explica<br />
Grazielle.<br />
Movimento fundamental<br />
nesse sentido, a educação <strong>de</strong><br />
agências e <strong>de</strong>mais anunciantes<br />
será reforçada em <strong>2018</strong>, através<br />
<strong>de</strong> um trabalho <strong>de</strong> conscientização.<br />
“Enten<strong>de</strong>mos nosso papel<br />
nisso. Temos compromisso<br />
<strong>de</strong> promover diálogo para <strong>de</strong>spertar<br />
hábitos mais saudáveis”,<br />
analisa Oduvaldo Viana. Vale<br />
ressaltar que, além da publicida<strong>de</strong>,<br />
algumas das empresas<br />
envolvidas também estão em<br />
outras discussões amplas com<br />
o governo, como a da redução<br />
voluntária <strong>de</strong> soja e gordura<br />
trans nos alimentos, e pesquisas<br />
e inovação, sob o guarda-<br />
-chuva do Movimento Nacional<br />
pela Saú<strong>de</strong> e Bem-Estar, que<br />
visa unir empresas do setor <strong>de</strong><br />
bebidas e alimentos.<br />
22 <strong>26</strong> <strong>de</strong> março <strong>de</strong> <strong>2018</strong> - jornal propmark
opinião<br />
A publicida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
produtos infantis<br />
tem regras, o<br />
resto é fake news<br />
keport/iStock<br />
Marici Ferreira<br />
Talvez você já tenha lido em algum lugar<br />
que a publicida<strong>de</strong> infantil no Brasil<br />
é proibida. Caso trabalhe divulgando<br />
produtos infantis, se pegou pensando se é<br />
um fora da lei. Isso ocorre porque, infelizmente,<br />
num mundo com tanta informação,<br />
as campanhas <strong>de</strong> <strong>de</strong>sinformação parecem<br />
fazer mais sucesso do que os fatos. A realida<strong>de</strong><br />
não dá audiência. Publicida<strong>de</strong> <strong>de</strong> produtos<br />
infantis é permitida no Brasil e tem<br />
regras muito claras e rígidas para punir os<br />
abusos.<br />
O sistema adotado em nosso país é misto,<br />
combinando as normas <strong>de</strong> autorregulamentação<br />
do Conar com regulação fe<strong>de</strong>ral<br />
por meio da Constituição, Código <strong>de</strong> Defesa<br />
do Consumidor e Estatuto da Criança e do<br />
Adolescente. Dentro do Código <strong>de</strong> Autor-<br />
-regulamentação Publicitária do Conar, as<br />
normas que regem a publicida<strong>de</strong> infantil<br />
fazem parte do Capítulo 2, Seção 11, Artigo<br />
37. O anexo H disciplina a publicida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
alimentos e bebidas não-alcoólicas, <strong>de</strong>finindo<br />
cuidados especiais para<br />
esse público. Algumas empresas,<br />
por inciativa própria, adotam<br />
normas <strong>de</strong> conduta ainda<br />
mais rigorosas. Seguindo o Artigo<br />
37 do Código do Conar e as<br />
normas próprias <strong>de</strong> cada empresa,<br />
sua criativida<strong>de</strong> é o limite.<br />
Além <strong>de</strong>ssa respeitável vigilância,<br />
ao todo, o Brasil possui<br />
hoje 22 normas que restringem<br />
a publicida<strong>de</strong> dirigida à criança, mais do<br />
que o Reino Unido, com 16 normas, e os Estados<br />
Unidos, com 15.<br />
“Publicida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> Produtos<br />
infantis é<br />
Permitida no<br />
brasil e tem<br />
regras”<br />
Mesmo assim, a indústria <strong>de</strong> comunicação,<br />
no geral, e a <strong>de</strong> licenciamento, no específico,<br />
convivem diariamente com a disseminação<br />
<strong>de</strong> notícias falsas (fake news),<br />
alegando que todo esse arcabouço foi substituído<br />
pela Resolução 163, <strong>de</strong> 2014, do Conanda<br />
(Conselho Nacional dos Direitos da<br />
Criança e do Adolescente). Essa é uma das<br />
tantas mentiras que <strong>de</strong>stroem setores produtivos<br />
do nosso país. Conforme já apontou<br />
a Advocacia-Geral da União (AGU), para<br />
começar, o Conanda não tem po<strong>de</strong>res <strong>de</strong><br />
legislador. Essa é uma responsabilida<strong>de</strong> do<br />
Congresso, que tem avaliado a questão da<br />
comunicação com o público infantojuvenil<br />
em suas comissões especiais, mas sem<br />
qualquer <strong>de</strong>cisão até o momento. Ou seja,<br />
o Conanda é apenas um órgão consultivo<br />
ligado à Secretaria <strong>de</strong> Diretos Humanos da<br />
Presidência da República e suas resoluções<br />
são, quando muito, “conselhos” e não instrumentos<br />
normativos.<br />
Como se isso não bastasse, a resolução<br />
do Conanda é inconstitucional porque é totalmente<br />
incompatível com o regramento<br />
da legislação em vigor, que, muito diferente<br />
<strong>de</strong> banir a publicida<strong>de</strong> dirigida às crianças<br />
e adolescentes, regulamenta e disciplina<br />
os casos que são consi<strong>de</strong>rados abusivos.<br />
Enquanto o Código <strong>de</strong> Defesa do Consumidor<br />
consi<strong>de</strong>ra abusiva a publicida<strong>de</strong> que se<br />
aproveite da <strong>de</strong>ficiência <strong>de</strong> julgamento e<br />
experiência da criança (Artigo 37, § 2º), o<br />
Estatuto da Criança e do Adolescente proíbe,<br />
nas publicações dirigidas às crianças e<br />
adolescentes, anúncios <strong>de</strong> bebidas alcoólicas,<br />
tabaco, armas e munições. Tudo isso,<br />
como se vê, está muito longe da ampla e<br />
irrestrita vedação da publicida<strong>de</strong> infantil,<br />
como se preten<strong>de</strong> fazer crer, mas visa, sim,<br />
garantir que a criança seja protegida<br />
contra abusos.<br />
Os autores das fake news não<br />
enten<strong>de</strong>m que, ao promover inverda<strong>de</strong>s,<br />
estão <strong>de</strong>sequilibrando<br />
um mercado formado por empresas<br />
responsáveis, que respeitam<br />
as regras, movimentando quase<br />
R$ 20 bilhões por ano, gerando<br />
720 mil empregos diretos e indiretos,<br />
além <strong>de</strong> R$ 6,4 bilhões em salários<br />
e R$ 2,2 bilhões em tributos, segundo estudo<br />
da consultoria GO Associados sobre<br />
os impactos no mercado <strong>de</strong> licenciamento.<br />
Se os produtos infantis fossem proibidos,<br />
no momento seguinte teríamos<br />
criminosos explorando proprieda<strong>de</strong>s<br />
intelectuais, entre elas as representadas<br />
pelos personagens infantis, em produtos<br />
piratas sem nenhuma garantia <strong>de</strong> segurança,<br />
sem recolhimento <strong>de</strong> imposto ou<br />
geração <strong>de</strong> empregos. Para combater as<br />
fake news, o melhor que o mercado publicitário<br />
po<strong>de</strong> fazer é agir com responsabilida<strong>de</strong><br />
e conhecer e respeitar o que prescreve<br />
o Código <strong>de</strong> Autorregulamentação<br />
Publicitária. A regra é clara: na discussão<br />
sobre a publicida<strong>de</strong> <strong>de</strong> produtos infantis,<br />
não vale tudo.<br />
Marici Ferreira é presi<strong>de</strong>nte da Abral<br />
(Associação Brasileira <strong>de</strong> Licenciamento)<br />
marici@abral.org.br<br />
24 <strong>26</strong> <strong>de</strong> março <strong>de</strong> <strong>2018</strong> - jornal propmark
Beyond the line<br />
SonerC<strong>de</strong>m/iStock<br />
Busca do Zeitgeist 2 –<br />
A missão<br />
Há jovens - millennials - que ficam mergulhados<br />
em telas, com pouco contato social<br />
Alexis Thuller PAgliArini<br />
Na semana passada, ocupei este espaço<br />
para refletir sobre a busca dos sinais<br />
mais evi<strong>de</strong>ntes e relevantes dos nossos<br />
tempos. Qual é o nosso Zeitgeist – ou Genius<br />
Saeculli – do latim Espírito Guardião<br />
do Século? Retomo o tema em função <strong>de</strong><br />
dois fatos: a repercussão do SXSW e alguns<br />
comentários <strong>de</strong> amigos que prezo muito<br />
sobre o tema. Primeiro, o SXSW. De tudo<br />
o que li ou ouvi, me restou uma conclusão<br />
marcante, <strong>de</strong>corrente do evento: os sinais<br />
dos nossos tempos são difusos e caóticos,<br />
<strong>de</strong> difícil i<strong>de</strong>ntificação e interpretação.<br />
Quem esperava voltar com respostas do<br />
gran<strong>de</strong> festival, se frustrou, trazendo novas<br />
questões, em vez <strong>de</strong> esclarecimentos.<br />
Afinal, como encontrar um conjunto minimamente<br />
organizado <strong>de</strong> sinais em meio<br />
a tantas e multifacetadas manifestações?<br />
De uns tempos para cá, alguns espertos começaram<br />
a ocupar o vácuo <strong>de</strong>ixado por essa<br />
dificulda<strong>de</strong> para criar alguns conceitos<br />
para satisfazer profissionais sequiosos por<br />
<strong>de</strong>finições que os ajudassem a criar estratégias<br />
<strong>de</strong> marketing mais assertivas para<br />
seus planos.<br />
Aí vieram os tais conceitos: Baby Boomers,<br />
a Geração X, a Y e a Z. Por falta <strong>de</strong><br />
abecedário, passaram a cunhar expressões<br />
como millennials. E por trás <strong>de</strong> cada uma<br />
<strong>de</strong>ssas expressões, uma tentativa <strong>de</strong> emoldurar<br />
toda uma geração. Mas há alguns fenômenos<br />
que variam muito <strong>de</strong> país a país,<br />
<strong>de</strong> estado a estado, <strong>de</strong> cida<strong>de</strong> a cida<strong>de</strong>, <strong>de</strong><br />
bairro a bairro, <strong>de</strong> tribo a tribo (no sentido<br />
figurado).<br />
Embora a gente encontre McDonald’s,<br />
Starbucks e outras re<strong>de</strong>s internacionais por<br />
todo canto do mundo, o que nos dá a sensação<br />
<strong>de</strong> uniformida<strong>de</strong> internacional, basta<br />
nos aprofundarmos no tecido social para<br />
percebermos gran<strong>de</strong>s diferenças. Apesar<br />
<strong>de</strong> frequentarem os mesmos Starbucks por<br />
aí, brasileiros e americanos se comportam<br />
<strong>de</strong> forma muito diferente.<br />
Brasileiros, <strong>de</strong> uma maneira geral (olha<br />
eu caindo na tentação <strong>de</strong> <strong>de</strong>finir todos os<br />
brasileiros...), ficam amigões íntimos rapidinho,<br />
abraçando e beijando pessoas que<br />
acabam <strong>de</strong> conhecer. Já os americanos ficam<br />
num discreto aperto <strong>de</strong> mão, mesmo<br />
<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> muita convivência.<br />
Há jovens - millennials - que ficam mergulhados<br />
em telas, com pouco contato social<br />
(contato físico, olho no olho – não máquina<br />
a máquina). De fato, esse número é<br />
cada vez maior. Mas há outros grupos expressivos,<br />
que resistem a essa banalização<br />
dos contatos virtuais.<br />
Há jovens totalmente focados na conquista<br />
<strong>de</strong> dinheiro, a qualquer custo. Há<br />
outros que já não querem carro ou roupas<br />
<strong>de</strong> grife. Ao contrário, preferem a simplicida<strong>de</strong><br />
e os prazeres mais naturais da vida.<br />
Há os que se entopem <strong>de</strong> salgadinhos<br />
cheios <strong>de</strong> conservantes e aromatizantes e<br />
outros que a<strong>de</strong>rem a uma comida mais natural,<br />
orgânica ou ao veganismo.<br />
Crescem as re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> junk foods, mas<br />
crescem também as <strong>de</strong> opções mais naturais.<br />
Haja vista o crescimento exponencial<br />
da Whole Foods nos EUA, recentemente<br />
adquirida por Jeff “Amazon” Bezos. Com<br />
relação à ida<strong>de</strong>, numa outra ponta da socieda<strong>de</strong>,<br />
há os mais velhos. Que incrível<br />
mudança ocorreu nas últimas décadas no<br />
comportamento da conhecida “terceira<br />
ida<strong>de</strong>”! Na minha infância, essa classe era<br />
caracterizada pelo pijama e os chinelos.<br />
O que observamos hoje são sessentões e<br />
setentões com muito mais disposição e<br />
ativida<strong>de</strong> do que muitos jovens, que adotam<br />
uma vida mais caseira, focada em<br />
games e re<strong>de</strong>s sociais. Estamos na era das<br />
contradições.<br />
Por um lado, uma cruzada ferrenha pelos<br />
direitos humanos e <strong>de</strong> igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> raça,<br />
<strong>de</strong> gênero, <strong>de</strong> cor... Por outro, um recru<strong>de</strong>scimento<br />
nas limitações às migrações e na<br />
intolerância social e religiosa. Países antes<br />
amigáveis, agora mostram-se xenófobos e<br />
restritivos. Basta ver a obsessão do dirigente<br />
do maior país do mundo em “proteger”<br />
sua gente com muros (físicos e alfan<strong>de</strong>gários).<br />
Minha conclusão neste segundo artigo<br />
<strong>de</strong>dicado ao mesmo tema só po<strong>de</strong>ria<br />
confirmar o que já afirmei no primeiro.<br />
Que dificulda<strong>de</strong> em ter o tal Zeitgeist<br />
<strong>de</strong>sses nossos tempos, não?<br />
Alexis Thuller Pagliarini é superinten<strong>de</strong>nte<br />
da Fenapro (Fe<strong>de</strong>ração Nacional <strong>de</strong> Agências<br />
<strong>de</strong> Propaganda)<br />
alexis@fenapro.org.br<br />
jornal propmark - <strong>26</strong> <strong>de</strong> março <strong>de</strong> <strong>2018</strong> 25
STORYTELLER<br />
dundanim/iStock<br />
Nojo<br />
É o que estou sentindo hoje, navegando<br />
pelo Facebook como quem entra no<br />
IML e se <strong>de</strong>para com as vítimas da vida<br />
LuLa Vieira<br />
ês?! Ninguém assistiu ao formidá-<br />
enterro <strong>de</strong> tua última quimera.<br />
“Vvel<br />
Somente a ingratidão — esta pantera — foi<br />
tua companheira inseparável! Acostuma-te<br />
à lama que te espera! O Homem, que, nesta<br />
terra miserável, mora entre feras, sente<br />
inevitável necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> também ser fera.<br />
Toma um fósforo, acen<strong>de</strong> teu cigarro! O<br />
beijo, amigo, é a véspera do escarro. A mão<br />
que afaga é a mesma que apedreja. Se a alguém<br />
causa inda pena a tua chaga, apedreja<br />
essa mão vil que te afaga, escarra nessa<br />
boca que te beija!”<br />
Augusto dos Anjos, autor <strong>de</strong>ste poema<br />
(Versos Íntimos), não tinha Facebook, nem<br />
internet, nem ao menos televisão ou rádio.<br />
Mas a <strong>de</strong>scrença no ser humano perpassa<br />
por toda sua obra.<br />
Contra a polícia, o Temer, a Globo, o PT.<br />
Fizeram do cadáver da pobre mulher um<br />
palanque. Até a reforma da Previdência e<br />
as leis trabalhistas entraram na pauta, assim<br />
como reclamar dos que calaram e dos<br />
que falaram, dos que se omitiram e dos que<br />
choraram em público. Todos quiseram se<br />
tornar proprietários do <strong>de</strong>funto, numa necrofilia<br />
insuportável.<br />
Essa morta me pertence e só eu sei como<br />
pranteá-la era o resumo <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> parte<br />
dos posts no Face.<br />
Pessoas que eu conheço, e até me pareciam<br />
razoáveis, não tiveram vergonha em<br />
exibir sua burrice, pequenez e ignorância,<br />
termos que não são redundantes e adjetivam<br />
várias características do cérebro e da<br />
alma.<br />
E não sejamos injustos: pequenos, burros<br />
e ignorantes po<strong>de</strong>m vestir toga ou jaleco,<br />
exibir “doutor” antes do nome ou carregarem<br />
sobrenomes <strong>de</strong> avenidas.<br />
É como me sinto hoje, navegando pelo<br />
Facebook como quem entra no IML e se <strong>de</strong>para<br />
com as vítimas da vida exibindo sem<br />
pudor suas entranhas podres, suas malcheirosas<br />
intimida<strong>de</strong>s num misto <strong>de</strong> sangue<br />
e merda.<br />
Confesso que, mesmo com 70 anos <strong>de</strong><br />
ida<strong>de</strong>, não supunha o quanto as pessoas<br />
po<strong>de</strong>m carregar <strong>de</strong> malda<strong>de</strong>, inveja, ódio e<br />
preconceito <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> si. E como escrevem<br />
mal, pensam mal e se explicam mal!<br />
O ressentimento, a generalização e o<br />
primarismo viram posts pestilentos, irresponsáveis<br />
diante do que po<strong>de</strong>m fazer <strong>de</strong><br />
pernicioso contra outras pessoas, entida<strong>de</strong>s<br />
e o próprio país.<br />
O caso da vereadora assassinada, amorosa<br />
criatura para todos que a conheceram,<br />
virou pretexto para os mais <strong>de</strong>svairados<br />
comentários, caminho para se distribuir<br />
preconceitos e ódios <strong>de</strong> todo tipo.<br />
E assim vamos para as eleições, assim<br />
são as opiniões sobre a violência, <strong>de</strong>ssa forma<br />
se preten<strong>de</strong> modificar o panorama político<br />
do país.<br />
Ainda que na maioria das vezes vinda<br />
<strong>de</strong> militares reformados ou <strong>de</strong> vivan<strong>de</strong>iras,<br />
alguns fardados não se fizeram <strong>de</strong> rogados<br />
em distribuir sandices, ódios e rastaquerices.<br />
O único alento que tenho hoje, quando<br />
me sento para escrever a coluna, é que tenho<br />
conseguido garimpar opiniões sensatas<br />
entre a montanha <strong>de</strong> sandices. Mesmo<br />
<strong>de</strong> pessoas com as quais não concordo,<br />
consigo perceber boa-fé e bom propósito.<br />
E, por uma tremenda coincidência, estou<br />
lendo um livro sobre a Ida<strong>de</strong> Média e<br />
vendo o quanto, apesar <strong>de</strong> tudo, a humanida<strong>de</strong><br />
evoluiu para melhor.<br />
Claro que meia hora <strong>de</strong> noticiário na TV,<br />
uma rápida leitura nos jornais ou alguns<br />
minutos no Facebook são capazes <strong>de</strong> causar<br />
um enorme <strong>de</strong>sânimo. Mas passa, como<br />
tudo passa, só por isso que continuamos. A<br />
não ser os que foram mortos.<br />
Lula Vieira é publicitário, diretor da<br />
Mesa Consultoria <strong>de</strong> Comunicação,<br />
radialista, escritor, editor e professor<br />
lulavieira@grupomesa.com.br<br />
<strong>26</strong> <strong>26</strong> <strong>de</strong> março <strong>de</strong> <strong>2018</strong> - jornal propmark
maRketing & negócios<br />
swissmediavison/iStock<br />
Refrescar a marca e<br />
recuperar mercados<br />
A sabedoria, aliás, está no bom senso da<br />
integração das mídias, do off e do online<br />
rafael sampaio<br />
Agora que o pior da crise parece estar<br />
passando e as coisas começam a se<br />
movimentar positivamente, uma <strong>de</strong>cisão<br />
importante em termos <strong>de</strong> marketing e publicida<strong>de</strong><br />
é <strong>de</strong>finir estratégias para retomar<br />
volume e rentabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> negócios e até<br />
mesmo aproveitar novas oportunida<strong>de</strong>s.<br />
Não é difícil, neste ponto, inclusive<br />
diante das profundas transformações pelas<br />
quais os mercados vêm passando e com<br />
certeza vão se acelerar, haver a opção por<br />
movimentos revolucionários, abandonando<br />
os ativos mercadológicos e <strong>de</strong> comunicação<br />
construídos ao longo dos anos para<br />
se partir em direção a experiências totalmente<br />
inovadoras.<br />
Não se <strong>de</strong>ve esquecer, porém, que nem<br />
toda a organização está preparada para<br />
dar saltos tão gran<strong>de</strong>s, os chamados frogleaps,<br />
nem todos os mercados vão migrar<br />
em gran<strong>de</strong>s volumes e velocida<strong>de</strong> tão rápida<br />
em direção a práticas futuristas. Não se<br />
<strong>de</strong>ve cruzar os braços e seguir na mesma<br />
toada apática, porém. É preciso haver alguma<br />
movimentação. E uma boa alternativa<br />
é refrescar a marca e recuperar mercados.<br />
O que passa pela renovação da imagem, do<br />
tom e linguagem da marca, pela adoção <strong>de</strong><br />
conteúdos mais alinhados com o mundo<br />
atual.<br />
Mas, na maioria das vezes, estamos falando<br />
<strong>de</strong> renovar, não <strong>de</strong> revolucionar. De<br />
mo<strong>de</strong>rnizar sem abandonar a cultura da<br />
marca, sem <strong>de</strong>s<strong>de</strong>nhar seus valores e a<br />
franquia já conquistada pelo tempo <strong>de</strong> sua<br />
existência vitoriosa. É preciso muito cuidado<br />
com o digital, em todos os aspectos,<br />
pois a digitalização é uma obrigação, mas<br />
seu ritmo <strong>de</strong> incorporação <strong>de</strong>ve ser pensado<br />
e implementado com cuidado.<br />
Não se po<strong>de</strong> esquecer das mídias tradicionais,<br />
especialmente a TV. A sabedoria,<br />
aliás, está no bom senso da integração das<br />
mídias, do off e do online. E, principalmente,<br />
passa por aumentar a pressão <strong>de</strong> mídia,<br />
por recuperar o share-of-voice <strong>de</strong> antes,<br />
tanto para retomar o seu espaço na mente<br />
<strong>de</strong> prospects e consumidores como para<br />
estabelecer <strong>de</strong> modo sólido a imagem renovada<br />
da marca.<br />
No campo das práticas das ações <strong>de</strong><br />
marketing, não se <strong>de</strong>ve esquecer que recuperar<br />
mercados po<strong>de</strong> ser mais fácil e eficaz<br />
que buscar novos. Para isso é essencial<br />
analisar quais mercados/segmentos foram<br />
perdidos e por quê. Em seguida, é fundamental<br />
avaliar as mudanças necessárias<br />
– inclusive acrescendo linhas e operações<br />
alternativas.<br />
Na sequência, é a hora <strong>de</strong> consi<strong>de</strong>rar sobre<br />
quais mercados vale a pena retomar,<br />
sobre quais os mercados limítrofes aos<br />
territórios já conquistados (ontem e hoje)<br />
valem ser objetivados e trabalhados. Em<br />
essência, o melhor caminho é, via <strong>de</strong> regra,<br />
o <strong>de</strong> adicionar, mais do que o <strong>de</strong> substituir.<br />
Definidos esses movimentos substantivos<br />
para os negócios, é preciso avaliar o que<br />
fazer no campo simbólico da comunicação<br />
em geral e da publicida<strong>de</strong> em particular.<br />
Empregando a receita exposta no início<br />
<strong>de</strong>ste texto, é o momento <strong>de</strong> refrescar a<br />
marca, para que ela se coadune com a estratégia<br />
<strong>de</strong> recuperação/expansão <strong>de</strong> mercados<br />
adotada. Essa é uma tarefa a ser feita<br />
a quatro mãos, cliente e agência, pois ele<br />
sabe <strong>de</strong> seus negócios, <strong>de</strong> seus ativos competitivos<br />
e limitações. E ela geralmente<br />
enten<strong>de</strong> mais da história, da cultura e dos<br />
predicados da marca – os que <strong>de</strong>vem ser<br />
mantidos e os que precisam ser renovados.<br />
Po<strong>de</strong> haver o concurso <strong>de</strong> consultorias<br />
que tragam conhecimento e expertise adicional,<br />
fora da caixa ou mo<strong>de</strong>rnizadora,<br />
mas se <strong>de</strong>ve terceirizar o que tem <strong>de</strong> ser<br />
feito pelos principais envolvidos na continuida<strong>de</strong><br />
da gestão dos negócios e da marca.<br />
Não se <strong>de</strong>ve jamais <strong>de</strong>sprezar a capacida<strong>de</strong><br />
sinérgica <strong>de</strong> construção do sucesso passado<br />
do cliente e da agência. Se essa conquista já<br />
se alcançou uma ou mais vezes na história,<br />
ela tem boa chance <strong>de</strong> voltar a ocorrer.<br />
Rafael Sampaio é consultor em propaganda<br />
rafael.sampaio@uol.com.br<br />
jornal propmark - <strong>26</strong> <strong>de</strong> março <strong>de</strong> <strong>2018</strong> 27
entrevista<br />
Jean Lin<br />
CEO global da re<strong>de</strong> <strong>de</strong> agências Isobar<br />
ninguém sabe<br />
<strong>de</strong> on<strong>de</strong> virá a<br />
inovação<br />
CEO global da re<strong>de</strong> <strong>de</strong> agências Isobar, do<br />
grupo Dentsu Aegis Network (DAN), a<br />
chinesa Jean Lin gerencia uma equipe<br />
<strong>de</strong> 5,5 mil pessoas em mais <strong>de</strong> 45 países.<br />
Seu mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> li<strong>de</strong>rança é bastante peculiar na<br />
publicida<strong>de</strong>, já que ela fica baseada em Xangai,<br />
abrindo mão da presença em mercados como<br />
Nova York, Paris ou Londres, como é comum em<br />
outras re<strong>de</strong>s. Ela afirma que enxerga o mundo<br />
como um lugar sem fronteiras e busca construir<br />
equipes baseada em valores como a diversida<strong>de</strong>,<br />
não apenas <strong>de</strong> gênero, e tem cabeça aberta para<br />
encontrar soluções para clientes <strong>de</strong> qualquer lugar<br />
do mundo. Foi apontada pelo Festival <strong>de</strong> Cannes<br />
como presi<strong>de</strong>nte do júri <strong>de</strong> Digital Craft em <strong>2018</strong>,<br />
repetindo a função que já havia ocupado na<br />
categoria Cyber, em 2015. Nesta entrevista, Jean<br />
Lin, uma das principais li<strong>de</strong>ranças da nova geração<br />
da publicida<strong>de</strong> mundial, fala sobre a reinvenção <strong>de</strong><br />
uma indústria ávida por novos mo<strong>de</strong>los.<br />
Felipe Turlão<br />
especial para o propMArK<br />
O setor <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong> enfrenta<br />
um momento <strong>de</strong>safiador no mundo,<br />
com receitas <strong>de</strong> alguns gran<strong>de</strong>s<br />
grupos em instabilida<strong>de</strong>. Como lidar<br />
com esse momento?<br />
O mo<strong>de</strong>lo tradicional <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong><br />
enfrenta gran<strong>de</strong> pressão<br />
e também acho que a indústria<br />
precisa acompanhar o que<br />
está ocorrendo com os clientes.<br />
Não acho que seja questão <strong>de</strong><br />
apertar um botão e mudar tudo<br />
nas agências. Só que mais <strong>de</strong><br />
50% dos 100 maiores anunciantes<br />
do mundo estão diminuindo<br />
a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> parcerias com<br />
que trabalham, o que indica que<br />
há algo errado. Por outro lado,<br />
o marketing está no momento<br />
certo para pensar em criar, distribuir<br />
e otimizar experiências<br />
engajadoras, com qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
entrega. A maturida<strong>de</strong> do mercado<br />
permite que novas coisas<br />
possam ser realizadas. Estamos<br />
diante <strong>de</strong> um mar aberto, com<br />
tempesta<strong>de</strong>s <strong>de</strong> vez em quando.<br />
Digo a nossa equipe que não<br />
po<strong>de</strong>mos nos ver como todos<br />
em um gran<strong>de</strong> barco, mas como<br />
pessoas em barcos menores e se<br />
ajustando conforme a necessida<strong>de</strong><br />
do cliente para ajudá-lo a<br />
enfrentar as tormentas.<br />
As agências precisam transformar<br />
seus mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> negócios, assim<br />
como empresas <strong>de</strong> outras indústrias<br />
já precisaram fazer?<br />
Sem dúvida. A transformação<br />
digital é uma necessida<strong>de</strong><br />
para todas as indústrias. Nenhuma<br />
empresa consegue impactar<br />
a vida das pessoas se não<br />
se adaptar. As agências preci-<br />
sam manter sua relevância. Há<br />
uma correlação entre empresas<br />
digitalmente preparadas e crescimento<br />
sustentável no futuro.<br />
Você li<strong>de</strong>ra a re<strong>de</strong> Isobar a partir<br />
da Ásia. O que essa região traz <strong>de</strong><br />
impacto a um mercado acostumado<br />
com as visões <strong>de</strong> Nova York e<br />
Londres, por exemplo?<br />
De fato, a Ásia vive um momento<br />
bom. E se torna mais importante<br />
para a indústria <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong>.<br />
Mas vivemos em um<br />
mundo mais conectado, com<br />
marcas mais globais. Não faz<br />
sentido termos uma visão <strong>de</strong><br />
“headquarter”, concentrando a<br />
li<strong>de</strong>rança a partir <strong>de</strong> apenas um<br />
lugar. Precisamos <strong>de</strong> uma atuação<br />
mais ágil dos escritórios,<br />
mas com visão global que permita<br />
criar influência e ajudar<br />
clientes <strong>de</strong> todo mundo. No geral,<br />
a Ásia não tem a maturida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> outros mercados, mas o espírito<br />
<strong>de</strong> inovação a faz muito forte.<br />
Todos as regiões têm pontos<br />
fortes. A inovação e a criativida<strong>de</strong><br />
po<strong>de</strong>m vir <strong>de</strong> qualquer lugar<br />
e precisamos ter a mente aberta<br />
para a diversida<strong>de</strong>. Temos, por<br />
exemplo, muita coisa boa dos<br />
Estados Unidos e dos países<br />
emergentes. A melhor coisa da<br />
inovação é que não sabemos <strong>de</strong><br />
on<strong>de</strong> ela virá.<br />
Como analisa o <strong>de</strong>senvolvimento<br />
do mercado chinês, que ganhou<br />
gran<strong>de</strong> relevância para a publicida<strong>de</strong><br />
nos últimos anos?<br />
A China vive um bom momento,<br />
mas tem um mo<strong>de</strong>lo que<br />
não po<strong>de</strong> ser adotado em outros<br />
lugares. Tem gran<strong>de</strong>s players,<br />
como o Alibaba, e um mercado<br />
em que há uma gran<strong>de</strong> conexão<br />
entre social, mobile, conteúdo e<br />
as transações comerciais. Quando<br />
saio na rua, não levo minha<br />
carteira, com dinheiro ou cartões<br />
<strong>de</strong> crédito, já que os pagamentos<br />
po<strong>de</strong>m ser feitos direto<br />
pelo celular. Essa visão mobile<br />
first é algo que muda todo o ce-<br />
nário do mercado, dando mais<br />
espaço para o e-commerce e o<br />
social commerce oferecerem<br />
experiências melhores para os<br />
consumidores. Há uma gran<strong>de</strong><br />
transformação no mercado que<br />
está mudando o cenário tradicional<br />
rapidamente.<br />
A Isobar trabalha sobre o conceito<br />
<strong>de</strong> humanida<strong>de</strong> aumentada, que<br />
faz referência à realida<strong>de</strong> aumentada.<br />
O que vocês propõem com<br />
essa i<strong>de</strong>ia?<br />
Vivemos num mundo em<br />
que a tecnologia mudou nossas<br />
vidas, mas, no final das contas,<br />
a realida<strong>de</strong> aumentada é o que<br />
vai realmente ajudar a melhorar<br />
nossas vidas. As interfaces<br />
tecnológicas se tornarão mais<br />
naturais e instintivas, automatizando<br />
tarefas repetitivas e dando<br />
mais tempo para se praticar<br />
a criativida<strong>de</strong> e compaixão. A<br />
interface <strong>de</strong> voz, por exemplo,<br />
já está ajudando as pessoas a<br />
navegarem <strong>de</strong> maneira diferente<br />
do que tocando na tela, <strong>de</strong><br />
forma mais humana. Isso traz<br />
gran<strong>de</strong> impacto à forma como<br />
criamos, com auxílio <strong>de</strong> elementos<br />
sociais e inteligência<br />
artificial.<br />
Como lidar com um dos gran<strong>de</strong>s<br />
problemas da indústria no momento,<br />
a falta <strong>de</strong> li<strong>de</strong>ranças femininas?<br />
O que ocorre na publicida<strong>de</strong><br />
não é diferente <strong>de</strong> qualquer outra<br />
indústria. É um <strong>de</strong>safio para<br />
todos na socieda<strong>de</strong>. Não vai melhorar<br />
tão rápido quanto gostaríamos,<br />
mas precisamos ter uma<br />
atenção especial à falta <strong>de</strong> mulheres,<br />
especialmente em um<br />
mercado como o <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong>,<br />
que precisa <strong>de</strong> inovação em tudo<br />
o que faz. A diversida<strong>de</strong> na força<br />
<strong>de</strong> trabalho é fundamental para<br />
as empresas avançarem, seja relacionado<br />
ao gênero ou mesmo<br />
à nacionalida<strong>de</strong>. Quanto mais<br />
diversificada uma equipe, mais<br />
rápido a criativida<strong>de</strong> e a inovação<br />
se farão percebidas. Claro que a<br />
“A trAnsformAção digitAl<br />
é umA necessidA<strong>de</strong> pArA<br />
todAs As indústriAs”<br />
28 <strong>26</strong> <strong>de</strong> março <strong>de</strong> <strong>2018</strong> - jornal propmark
questão <strong>de</strong> gênero é um bom caminho<br />
para se começar, porque<br />
o mundo tem 50% <strong>de</strong> mulheres<br />
e é natural que elas tenham esse<br />
mesmo peso nas equipes e na li<strong>de</strong>rança.<br />
No mercado internacional, há indícios<br />
<strong>de</strong> perda <strong>de</strong> confiança <strong>de</strong><br />
anunciantes no trabalho das agências,<br />
especialmente na publicida<strong>de</strong><br />
digital. Como retomar esses laços e<br />
requalificar a relação?<br />
A confiança é como um casamento,<br />
que precisa oferecer<br />
valor para os dois lados. Acho<br />
que a busca por agilida<strong>de</strong> fez<br />
a velocida<strong>de</strong> da inovação ser<br />
muito rápida e todos ainda estão<br />
apren<strong>de</strong>ndo o potencial da<br />
tecnologia. É preciso uma gran<strong>de</strong><br />
mudança <strong>de</strong> princípios, políticas<br />
e <strong>de</strong> ambiente <strong>de</strong> negócios<br />
na publicida<strong>de</strong> atual, para que<br />
agências e anunciantes restabeleçam<br />
a confiança no outro.<br />
A questão-chave é criar um entendimento<br />
comum sobre como<br />
adicionar a tecnologia à publicida<strong>de</strong><br />
e como melhorar o ambiente<br />
<strong>de</strong> negócios, com suas<br />
práticas e culturas. Não existe<br />
um caminho fácil para resolver<br />
a questão, mas é um passo que<br />
<strong>de</strong>vemos começar a dar.<br />
Que eventos mantêm gran<strong>de</strong> relevância<br />
para o mercado publicitário?<br />
Há muitos festivais, com diferentes<br />
pontos <strong>de</strong> vistas, que<br />
são complementares. O Cannes<br />
Lions é um indicador <strong>de</strong> tendências<br />
e segue muito importante<br />
para essa indústria em<br />
todo mundo. Serei presi<strong>de</strong>nte<br />
do júri <strong>de</strong> Digital Craft e teremos<br />
muitas questões interessantes<br />
para discutir, como o impacto<br />
da tecnologia para criar experiências<br />
na vida das pessoas, a<br />
privacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> dados no mundo<br />
digital, que é uma questão<br />
muito atual, e o crescimento<br />
da importância do craft em um<br />
mundo em que os consumidores<br />
sentem cheiros, sabores e<br />
<strong>de</strong>mais sensações para se engajarem<br />
com as marcas. Cannes se<br />
reinventou para esta edição e<br />
quer olhar para frente, mas sem<br />
per<strong>de</strong>r a essência <strong>de</strong> ser o lugar<br />
que escolhe os gran<strong>de</strong>s trabalhos<br />
criativos do mundo. Entre<br />
Divulgação<br />
os eventos, também tenho gostado<br />
muito do DMexco, na Europa,<br />
que se tornou interessante<br />
por uma série <strong>de</strong> aspectos.<br />
Cresce a importância <strong>de</strong> categorias<br />
com foco em craft no Festival<br />
<strong>de</strong> Cannes?<br />
O Digital Craft é mais relevante<br />
que nunca em uma economia<br />
digital. É importante<br />
o festival equilibrar gran<strong>de</strong>s<br />
i<strong>de</strong>ias com uma parte técnica<br />
acima da média, porque é só<br />
com essa integração que conseguimos<br />
entregar experiências<br />
que integrem marcas e pessoas<br />
e resolvam problemas importantes<br />
<strong>de</strong> negócios dos clientes,<br />
fortalecendo suas marcas. Ter<br />
um craft qualificado impacta a<br />
forma como as pessoas enxergam,<br />
sentem e experienciam<br />
uma <strong>de</strong>terminada marca.<br />
Como andam as operações da Isobar<br />
no Brasil e no mundo?<br />
Apesar <strong>de</strong> um ano <strong>de</strong> 2017 que<br />
foi difícil para toda a indústria da<br />
publicida<strong>de</strong> no mundo, conseguimos<br />
manter um crescimento<br />
orgânico da operação. Queremos<br />
oferecer uma solução completa<br />
aos clientes, que integrem as<br />
experiências que inspiram os<br />
consumidores, conectando marcas,<br />
produtos, serviços e todos<br />
os outros elementos na mesma<br />
transação. Sobre o Brasil, é claro<br />
que houve uma crise, como<br />
em outros lugares do mundo.<br />
Mas vemos a situação econômica<br />
como temporária, tanto que<br />
estamos ampliando as ofertas<br />
<strong>de</strong> serviços nesse mercado. Um<br />
exemplo é que fomos a primeira<br />
re<strong>de</strong> do Brasil a adquirir uma<br />
consultoria <strong>de</strong> negócios, a Cosin<br />
Consulting. Também adotamos<br />
“cAnnes se<br />
reinventou<br />
pArA estA<br />
edição e quer<br />
olhAr pArA<br />
frente”<br />
uma estrutura nova, com CEO<br />
e CCO (em <strong>de</strong>zembro, Rodrigo<br />
Andra<strong>de</strong> se tornou o novo COO<br />
no DAN e CEO da Isobar Brasil.<br />
Rui Branquinho, por sua vez, assumiu<br />
como CCO do DAN Brasil<br />
e da Isobar). Consi<strong>de</strong>ro que nossa<br />
operação brasileira está muito<br />
bem preparada para o futuro.<br />
jornal propmark - <strong>26</strong> <strong>de</strong> março <strong>de</strong> <strong>2018</strong> 29
quem fez<br />
Cristiane Marsola cristiane@propmark.com.br<br />
Sorria, meu bem<br />
Já dizia a vovó: a gente só dá valor quando<br />
per<strong>de</strong>. E quando se trata <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> bucal, esse<br />
ditado é implacável. O filme Com e Sem,<br />
criado pela Talent Marcel para a Odontoprev,<br />
mostra o quanto a vida sem sorriso (ou escon<strong>de</strong>ndo<br />
os <strong>de</strong>ntes) po<strong>de</strong> ser mais difícil do que<br />
o dia a dia com a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> dar gargalhadas<br />
sem medo <strong>de</strong> mostrar os <strong>de</strong>ntes.<br />
TalenT marcel<br />
odontoprev<br />
Fotos: divulgação<br />
Título: Com e Sem; produto: institucional; criação:<br />
Marcelo Sato e Denis Scorsato; produtora <strong>de</strong> imagem:<br />
Companhia <strong>de</strong> Cinema; direção <strong>de</strong> cena:<br />
Thiago Vieira; produtora <strong>de</strong> som: Ritmika Audio<br />
Arts; aprovação do cliente: Robert Wieselberg, Karla<br />
Longo e A<strong>de</strong>lia Lerias.<br />
coiSa <strong>de</strong> menina<br />
O app Chama, que conecta reven<strong>de</strong>dores<br />
<strong>de</strong> botijões <strong>de</strong> gás aos clientes, aproveitou<br />
o mês <strong>de</strong> março para apresentar a história<br />
<strong>de</strong> uma mulher inspiradora. A marca promoveu<br />
um encontro entre a entregadora<br />
<strong>de</strong> gás Fernanda e a chef <strong>de</strong> cozinha Izabel<br />
Alvares. Enquanto preparam uma refeição,<br />
elas trocam experiências.<br />
africa Zero<br />
chama<br />
Título: Mulheres que Inspiram; produto: institucional;<br />
criação: Lais Delcelo e Junior Alves; produtora<br />
<strong>de</strong> imagem: Sweet Filmes; direção <strong>de</strong><br />
cena: Rafael Carvalho; produtora <strong>de</strong> som: Comando<br />
S; aprovação do cliente: Otávio Tranchesi<br />
e Ana Luiza Milanesi.<br />
trolagem<br />
A Bauducco resolveu fazer uma pegadinha<br />
com os consumidores em sua página do Facebook,<br />
em ação criada pela W3Haus. Como<br />
parte da ação <strong>de</strong> lançamento da Colomba Pascal<br />
sabor Snickers, a marca divulgou que lançaria<br />
um produto com 200% mais uvas-passas<br />
e respon<strong>de</strong>u com memes a cada interação<br />
dos usuários. Algum tempo <strong>de</strong>pois, Snickers<br />
Brasil respon<strong>de</strong>u no mesmo post que Bauducco<br />
<strong>de</strong>veria estar com fome.<br />
W3Haus<br />
Bauducco<br />
Título: Bauducco Páscoa; produto: Colomba Pascal;<br />
criação: Enzo Roncari, Jason Dessoy e Rafael Figueiredo;<br />
aprovação do cliente: André Britto, Roberto<br />
Pasqualoni, Flávia Mantovani e Giovana Barbosa.<br />
30 <strong>26</strong> <strong>de</strong> março <strong>de</strong> <strong>2018</strong> - jornal propmark
cabelão<br />
O cabelo po<strong>de</strong>roso e cheio <strong>de</strong> orgulho da atriz Tais Araújo<br />
é o protagonista <strong>de</strong> um dos filmes da campanha da nova<br />
linha Elseve Óleo Extraordinário Cachos, da WMcCann<br />
para L’Oréal. Ao todo são quatro ví<strong>de</strong>os. A comunicação<br />
ainda conta com peças estreladas pela Miss Brasil 2016,<br />
Raíssa Santana; pela atriz Érika Januza e pela youtuber<br />
Nathalie Barros. Além dos filmes para TV, há peças para<br />
digital e para mídia exterior. O tema da campanha são<br />
os produtos lançados recentemente, <strong>de</strong>senvolvidos especialmente<br />
para os cabelos cacheados e crespos, que<br />
voltaram à moda após um período em que a chapinha<br />
reinava na cabeça das brasileiras. O mote da campanha<br />
é Meu cabelo é cheio, sim! De orgulho!.<br />
Wmccann<br />
L’oréaL paris<br />
Título: Orgulho dos Cachos; produto: Elseve Óleo Extraordinário<br />
Cachos; criação: Leônidas Pires, Sabrina Villar, Rafael Dyer,<br />
Carlos Andrekowisk e Giulio Pinotti; produtora <strong>de</strong> imagem:<br />
Paranoid; direção <strong>de</strong> cena: Paulo Vainer, Brendo e Gonfiantini;<br />
produtora <strong>de</strong> som: Sonido; aprovação do cliente: Patrícia<br />
Borges, Renata Guberfain, Flavia Mello e Mariana Rosa.<br />
crédito<br />
A linha <strong>de</strong> financiamento do BNDES para<br />
as médias, pequenas e microempresas é<br />
o tema da campanha criada pela nova/sb.<br />
O objetivo é acabar com a imagem que alguns<br />
empresários tem <strong>de</strong> que o BNDES não<br />
é para eles. A campanha tem peças para TV<br />
e rádio, além <strong>de</strong> tutorias no digital.<br />
nova/sB<br />
Bn<strong>de</strong>s<br />
Título: BNDES Giro; produto: institucional; criação:<br />
Leandro Euzébio, Fabiano Pinheiro, André Pessoa<br />
e Caio Grafiett; produtora <strong>de</strong> imagem: Damasco<br />
Filmes; diretor <strong>de</strong> cena: Ricardo Santini; produtora<br />
<strong>de</strong> som; aprovação do cliente: Marco Antônio<br />
Nunes, Simone Carvalho, Débora Sereno e João<br />
Meireles.<br />
Futebol<br />
Depois do fiasco da Copa passada, os<br />
torcedores brasileiros precisam resgatar<br />
a auto-estima e para isso o Itaú convocou<br />
o discurso motivacional do técnico<br />
Tite no filme Preleção.<br />
Dm9DDB<br />
Banco itaú<br />
Título: Preleção; produto: institucional; criação:<br />
Paulo Coelho, Marcelo Maciel, Bernardo<br />
Correa, Xan Arakawa, André Dalmédico, Cristiano<br />
Bernardo, Aricio Fortes, Renato Barreto,<br />
Rafael Campos e Guigo Oliva; produtora <strong>de</strong><br />
filme: Saigon; direção <strong>de</strong> cena: Vellas; produtora<br />
<strong>de</strong> som: Antfood; aprovação do cliente:<br />
Eduardo Tracanella, Thiago Cesar Silva, Lilian<br />
Glaisse, Leticia Banheti, Gabriel Barreto,<br />
Luca Beer e Stephanie Fernan<strong>de</strong>s.<br />
jornal propmark - <strong>26</strong> <strong>de</strong> março <strong>de</strong> <strong>2018</strong> 31
inspiração<br />
o monge nadador e o criativo<br />
A musculatura exata para o exercício criativo é como na<br />
prática esportiva: requer disciplina, treinamento e muita<br />
repetição. Enquanto corre, Felipe Luchi <strong>de</strong>senvolve i<strong>de</strong>ias<br />
32 <strong>26</strong> <strong>de</strong> março <strong>de</strong> <strong>2018</strong> - jornal propmark
Paulo Barros/Divulgação<br />
Felipe Luchi é sócio e<br />
CCO da Lew’Lara\TBWA<br />
Felipe luchi<br />
especial para o pROpMARK<br />
Eu já tive chefe que, todos os dias, às 17h, pegava<br />
seis latas <strong>de</strong> cerveja e sentava em sua<br />
mesa para trabalhar até umas 22h. Também já<br />
tive chefe que era triatleta e, quando eu chegava<br />
à agência pela manhã, ele já tinha nadado,<br />
corrido ou pedalado mais do que eu o mês inteiro.<br />
Prefiro ter o esporte na minha vida, mas não<br />
julgo quem não o tem. Cada um é feliz à sua<br />
maneira. E, cá pra mim, tenho certeza <strong>de</strong> que<br />
quem pratica esporte odiando o que está fazendo<br />
não tem os mesmos benefícios <strong>de</strong> que quem<br />
o faz morrendo <strong>de</strong> amor. Eu sou <strong>de</strong>sses, morro<br />
<strong>de</strong> amor.<br />
Escolhi virar o chefe que, quando as equipes<br />
chegam, já fez muito mais ativida<strong>de</strong> física<br />
do que eles imaginam. E acredito, do fundo do<br />
meu coração, que ser um atleta amador faz <strong>de</strong><br />
mim um profissional melhor.<br />
Existem vários paralelos entre tudo aquilo<br />
que o esporte e a profissão exigem <strong>de</strong> nós. Disciplina,<br />
método, autoconhecimento e resiliência<br />
são os mais óbvios.<br />
Mas ao longo do tempo eu <strong>de</strong>scobri uma vantagem<br />
inesperada: eu trabalho melhor enquanto<br />
corro ou nado. Percebi que, por não estar no<br />
escritório, sem a <strong>de</strong>manda das equipes e dos<br />
clientes pela minha atenção e pelo meu tempo,<br />
e sentindo prazer por estar praticando os esportes<br />
que curto tanto − no meu caso, natação e<br />
corrida −, meu raciocínio fica mais leve e mais<br />
rápido, faço associações que não fiz durante as<br />
reuniões e chego a soluções que eu não enxergava<br />
antes.<br />
Não sou médico para me atrever a justificar<br />
esse achado com o maior fluxo <strong>de</strong> sangue no<br />
cérebro oxigenando as i<strong>de</strong>ias durante a ativida<strong>de</strong><br />
física. Tampouco, acredite, sou daqueles<br />
que acha legal pensar em trabalho 24 horas por<br />
dia nos 7 dias da semana. Na verda<strong>de</strong>, repudio<br />
isso. Mas, sem que eu controlasse, esse método<br />
foi ocorrendo e hoje não me incomoda nem um<br />
pouco. Passei a fazer esporte para me encontrar<br />
com o trabalho e não para fugir <strong>de</strong>le.<br />
O esporte me faz acordar mais cedo todos os<br />
dias e dormir muito melhor, mesmo quando as<br />
preocupações do trabalho insistem em tentar<br />
me manter acordado às 4 da manhã. Obriga-me<br />
a não pular refeições o que, consequentemente,<br />
me faz ter uma agenda mais organizada e a<br />
focar quando um problema precisa ser objetivamente<br />
resolvido.<br />
Também tive <strong>de</strong> apren<strong>de</strong>r algumas questões<br />
fisiológicas para ren<strong>de</strong>r mais durante os treinos.<br />
A principal <strong>de</strong>las é como o corpo estoca diferentes<br />
tipos <strong>de</strong> energia, seja para os movimentos<br />
rápidos seja para os esforços <strong>de</strong> longa duração.<br />
Como sócio criativo da Lew’Lara\TBWA, sou<br />
o principal responsável em promover junto a<br />
todas as equipes da agência, e aos nossos clientes,<br />
a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> que criativida<strong>de</strong> po<strong>de</strong> mudar o<br />
jogo. Um caso claro <strong>de</strong> doping autorizado.<br />
Essa tarefa exige resistência para as i<strong>de</strong>ias<br />
que precisam <strong>de</strong> uma insistência absurda para<br />
serem aprovadas. Em outros casos, precisa <strong>de</strong><br />
explosão para aproveitar uma oportunida<strong>de</strong><br />
que surgiu diante <strong>de</strong> nós.<br />
Bagagem cultural, interesse genuíno pelo<br />
cliente e conhecimento <strong>de</strong> marketing são fundamentais<br />
em propaganda. Mas enten<strong>de</strong>r que<br />
a natureza da criativida<strong>de</strong> varia e precisamos<br />
recrutar a musculatura certa, conforme os problemas<br />
dos nossos clientes, é o que nos faz vencer<br />
o jogo.<br />
Pensei nisso correndo no parque.<br />
Fotos: Roberto Lemos/Divulgação<br />
Paralelos<br />
A criativida<strong>de</strong> po<strong>de</strong> mudar o jogo. Nadar (foto à esquerda)<br />
e correr (fotos acima) são ativida<strong>de</strong>s que ativam a mente na<br />
busca por soluções. É o maior fluxo <strong>de</strong> sangue no cérebro<br />
que a prática esportiva garante na hora <strong>de</strong> oxigenar i<strong>de</strong>ias.<br />
O importante é fazer tudo com amor. Tanto na rotina do<br />
trabalho como nas ativida<strong>de</strong>s físicas. Assim, o fluxo é melhor.<br />
jornal propmark - <strong>26</strong> <strong>de</strong> março <strong>de</strong> <strong>2018</strong> 33
QUEM LIDERA<br />
NÃO ESPERA<br />
AS MUDANÇAS,<br />
FAZ ACONTECER.<br />
18 a 21 <strong>de</strong> abril<br />
Sheraton Reserva do Paiva Hotel<br />
Recife - Pernambuco<br />
O maior encontro empresarial do País reúne autorida<strong>de</strong>s e li<strong>de</strong>ranças para<br />
<strong>de</strong>baterem uma agenda propositiva sobre temas <strong>de</strong> impacto socioeconômico e o<br />
futuro do Brasil. Além <strong>de</strong> uma imersão no Porto Digital, um dos mais importantes<br />
parques <strong>de</strong> inovação da América Latina.<br />
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Realização:<br />
Colaboração: Mídia Partners: Fornecedores Oficiais:
arena do eSPorte<br />
Danúbia Paraizo danubia@propmark.com.br<br />
Fotos: Divulgação<br />
.<br />
endorfina criativa<br />
UFC Solidário<br />
O Rio <strong>de</strong> Janeiro volta a ser palco do UFC em 12 <strong>de</strong> maio. Na luta principal, Amanda Nunes<br />
(centro) <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>rá o cinturão <strong>de</strong> peso-galo contra a americana Raquel Pennington (à esquerda).<br />
A noite também terá o encontro <strong>de</strong> duas lendas do MMA masculino. Vitor Belfort<br />
dividirá o octógono com Lyoto Machida (à direita). Os ingressos para o evento já estão à<br />
venda, mas os fãs interessados em acompanhar seus ídolos gratuitamente po<strong>de</strong>rão participar<br />
<strong>de</strong> uma campanha solidária em parceria com a re<strong>de</strong> <strong>de</strong> supermercados Guanabara.<br />
Para assistir à tradicional pesagem dos atletas, basta que o torcedor doe um quilo <strong>de</strong> alimento<br />
não perecível para uma das entida<strong>de</strong>s participantes. Site do UFC traz lista dos pontos<br />
<strong>de</strong> troca cadastrados. Serão disponibilizados seis mil ingressos. Ao final da ação, a re<strong>de</strong><br />
varejista se compromete a dobrar o volume arrecadado. Para marcar início do projeto, 40<br />
crianças beneficiadas participaram semana passada <strong>de</strong> um “aulão” aos pés do Cristo.<br />
Amo surfar tanto<br />
quanto amo trabalhar<br />
com propaganda. Até<br />
porque, no fundo, os dois são bem<br />
parecidos. A cada dia o mar é único,<br />
as marés mudam, as ondulações<br />
chegam e vão. E você precisa estar<br />
na sua melhor forma para pegar<br />
aquela onda que vai fazer tudo<br />
valer a pena. O tédio não existe,<br />
só a superação. Surfar e trabalhar<br />
em criação é estar preparada para<br />
se surpreen<strong>de</strong>r”<br />
Juliana Patera,<br />
diretora <strong>de</strong> criação da Publicis<br />
PiCa<strong>de</strong>iro<br />
O universo do circo foi o tema escolhido como pano <strong>de</strong> fundo para o lançamento do<br />
Mizuno Wave Knit no Brasil. O novo calçado conta com uma malha elástica <strong>de</strong> tricô que<br />
garante mais flexibilida<strong>de</strong> e estabilida<strong>de</strong>. Para comunicar a novida<strong>de</strong>, a marca convidou<br />
influenciadores digitais para comparecerem ao Circo Spacial, em São Paulo, para uma aula<br />
<strong>de</strong> elástico acrobático. Os convidados também participaram <strong>de</strong> um <strong>de</strong>safio que testou o<br />
<strong>de</strong>sempenho e a velocida<strong>de</strong> do calçado. A ativação foi i<strong>de</strong>alizada pela Milk, responsável<br />
pelo marketing esportivo e PR da marca. Já a ambientação e a comunicação do espaço<br />
tiveram criação da Moma, agência que adaptará a campanha para o mercado local.<br />
BraSileiragem<br />
Como estratégia para o lançamento dos<br />
uniformes 1 e 2 da Seleção Brasileira, a<br />
Nike promoveu no domingo (25) o Dia da<br />
Brasileiragem, evento aberto ao público, na<br />
Avenida Paulista, em SP. A ativação trouxe<br />
histórias <strong>de</strong> inspiração no esporte tendo a<br />
música e outros elementos culturais como<br />
referência. Ronaldinho Gaúcho e Bebeto<br />
estiveram presentes. Já Thiago Silva (à<br />
frente), Daniel Alves (à esq.) e Marquinhos<br />
(à dir.) são algumas das estrelas que divulgam<br />
os uniformes.<br />
36 <strong>26</strong> <strong>de</strong> março <strong>de</strong> <strong>2018</strong> - jornal propmark
agências<br />
DM9DDB renova gestão e mostra<br />
força criativa em recentes projetos<br />
Campanhas para<br />
Itaú e J&J ativam<br />
novo momento do<br />
negócio, que está<br />
sob o comando<br />
<strong>de</strong> Marcio Oliveira<br />
e Paulo Coelho<br />
há dois meses<br />
O técnico Tite com Paulo Coelho, agachado <strong>de</strong> óculos, com profissionais da DM9DDB que participaram do filme Preleção<br />
“O primeirO<br />
semestre está<br />
sendO muitO fértil<br />
e issO é O melhOr<br />
indicadOr <strong>de</strong> que<br />
a agência entrOu<br />
em um nOvO ciclO”<br />
Johnson & Johnson apresenta o conceito Saú<strong>de</strong> todo dia, que também terá ação promocional com prêmios<br />
Fotos: Divulgação<br />
Paulo Macedo<br />
Em processo <strong>de</strong> reestruturação<br />
há cerca <strong>de</strong> dois meses,<br />
a DM9DDB começa a ter o tom<br />
dos copresi<strong>de</strong>ntes Marcio Oliveira<br />
e Paulo Coelho. A intenção<br />
é buscar inspiração no passado<br />
<strong>de</strong> criativida<strong>de</strong> que sempre<br />
norteou a operação da marca,<br />
opção que lhe garantiu clientes<br />
e prêmios. Dois projetos, nas<br />
palavras <strong>de</strong> Coelho, começam a<br />
materializar o novo momento:<br />
Itaú e Johnson & Johnson. E, em<br />
ambos os casos, Nizan Guanaes,<br />
fundador da agência, tem participação.<br />
O projeto do Itaú para a Copa<br />
do Mundo na Rússia foi conquistado<br />
por meio <strong>de</strong> pitch promovido<br />
pelo anunciante com a<br />
Africa e a DPZ&T. A campanha<br />
é estrelada pelo treinador Tite,<br />
da seleção brasileira, e o primeiro<br />
comercial mostra alguns dos<br />
seus princípios, como serieda<strong>de</strong>,<br />
trabalho, meritocracia e coletivida<strong>de</strong>.<br />
Coelho conheceu Tite na<br />
passagem <strong>de</strong> Marcelo Passos, ex-<br />
-DM9DDB, que atuou no marketing<br />
do Corinthians.<br />
“Temos uma relação <strong>de</strong> confiança<br />
e a sua postura coinci<strong>de</strong><br />
com a do Itaú, que incentiva o<br />
resgate <strong>de</strong> valores, sem jeitinho.<br />
Ele gostou tanto do projeto que<br />
abriu mão <strong>de</strong> outros contratos<br />
para se <strong>de</strong>dicar à campanha do<br />
banco. O filme Preleção é apenas<br />
o começo, mas vem mais por aí.<br />
Nós não sabemos quantos filmes<br />
vão ser veiculados. Vai chegar<br />
uma hora que a Africa <strong>de</strong>ve assumir<br />
o projeto, mas seguindo o<br />
conceito criado por nós”, disse<br />
Coelho.<br />
O pipeline da DM9DDB contempla<br />
a veiculação <strong>de</strong> 17 campanhas<br />
até o fim <strong>de</strong> abril. “Pegamos<br />
um ritmo que engrenou<br />
e não vai parar. O primeiro semestre<br />
está sendo muito fértil<br />
e isso é o melhor indicador <strong>de</strong><br />
que a agência entrou em um<br />
novo ciclo”, explica Coelho, que<br />
também cita a nova campanha<br />
da Johnson & Johnson, Saú<strong>de</strong><br />
todo dia, cujo filme Diariamente<br />
foi lançado no domingo (25)<br />
no Fantástico, com uma versão<br />
<strong>de</strong> 90 segundos. Nizan, Ana<br />
Castelo Branco e Arício Fortes<br />
fizeram uma adaptação na letra<br />
da canção Diariamente, <strong>de</strong><br />
Marisa Monte. “A J&J tem liga<br />
com a saú<strong>de</strong>. Ela ven<strong>de</strong> saú<strong>de</strong>”,<br />
resumiu Coelho. O executivo<br />
José Cirilo, diretor <strong>de</strong> marketing<br />
da empresa, afirma que a<br />
DM9DDB também estará à frente<br />
da promoção Saú<strong>de</strong> todo dia,<br />
prêmio todo dia, cujo start será<br />
no próximo dia 2 <strong>de</strong> abril, com<br />
os casais Marcio Garcia e Andrea<br />
Santa Rosa e Bruno Gagliasso e<br />
Giovana Ewbank, <strong>de</strong>sta vez com<br />
prêmios diários <strong>de</strong> R$ 1 mil e <strong>de</strong><br />
R$ 1 milhão em <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong>ste<br />
ano.<br />
jornal propmark - <strong>26</strong> <strong>de</strong> março <strong>de</strong> <strong>2018</strong> 37
AGênciAs<br />
Publicis Groupe apresenta planos<br />
para chegar à li<strong>de</strong>rança em 2020<br />
Arthur Sadoun, chairman e CEO do grupo, afirmou que dará mais<br />
atenção ao posicionamento <strong>de</strong> consultoria <strong>de</strong> negócios aos clientes<br />
Claudia Penteado<br />
Arthur Sadoun, chairman e<br />
CEO do Publicis Groupe,<br />
terceiro maior grupo <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong><br />
do mundo, anunciou<br />
alguns dos passos que preten<strong>de</strong><br />
dar para chegar à li<strong>de</strong>rança<br />
da indústria até 2020. Durante<br />
o Investor Day, em Londres, na<br />
semana passada, Sadoun apontou<br />
claramente alguns caminhos:<br />
a atenção maior ao posicionamento<br />
<strong>de</strong> consultoria <strong>de</strong><br />
negócios para os clientes.<br />
O foco será, a partir <strong>de</strong> agora<br />
mais do que nunca, com suas<br />
empresas, as áreas <strong>de</strong> dados,<br />
conteúdo e consultoria & tecnologia,<br />
oferecendo o que ele consi<strong>de</strong>ra<br />
uma nova proposta para o<br />
mercado, baseada em marketing<br />
e transformação <strong>de</strong> negócios.<br />
A contratação recente <strong>de</strong> Nick<br />
Law (ex-R/GA) para li<strong>de</strong>rar criativamente<br />
todas as empresas do<br />
grupo representa este novo approach,<br />
segundo o executivo.<br />
“Haverá poucos vencedores.<br />
Mas porque a mudança está no<br />
nosso DNA e tomamos algumas<br />
atitu<strong>de</strong>s em tempo hábil,<br />
acreditamos que estamos no<br />
caminho do sucesso. Nós precisamos<br />
acelerar as mudanças<br />
e dar aos nossos clientes o que<br />
eles precisam no futuro”, disse<br />
Sadoun.<br />
O plano para os próximos<br />
três anos se chama Sprint to<br />
the future (que seria algo como<br />
Corrida para o futuro) e baseia-<br />
-se em três pilares. O primeiro<br />
é a oferta da agência no engajamento<br />
one-to-one com consumidores,<br />
em escala.<br />
“Sabemos que atingir consumidores<br />
em todos os momentos<br />
<strong>de</strong> sua jornada é o santo graal, e<br />
o que vai garantir o sucesso dos<br />
clientes no mundo digital. Que<br />
se torna possível se o marketing<br />
e a TI convergirem, para conectar<br />
dados, conteúdo e tecnologia.<br />
E nós sabemos exatamente<br />
como entregar isso com nossa<br />
plataforma PeopleCloud”, afirmou<br />
Sadoun.<br />
Arthur Sadoun, chairman e CEO do Publicis Groupe: “Queremos crescer organicamente 4% até 2020”<br />
O executivo <strong>de</strong>stacou ainda<br />
o processo intitulado criativida<strong>de</strong><br />
dinâmica, que garante a<br />
qualquer i<strong>de</strong>ia criativa se transformar<br />
em conteúdo personalizado.<br />
“Sabemos como ajudar os<br />
clientes a transformarem seus<br />
mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> negócio e se adaptarem<br />
ao novo mundo através<br />
do processo <strong>de</strong> ‘digital business<br />
transformation’”, <strong>de</strong>stacou.<br />
O segundo pilar do plano<br />
Sprint to the Future se baseia<br />
na aceleração da transformação<br />
<strong>de</strong> uma empresa multinacional<br />
em uma plataforma para<br />
se adaptar às necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />
clientes, em escala. Dentro<br />
<strong>de</strong>la, seis ações se farão necessárias:<br />
colocar o cliente no<br />
centro; quebrar barreiras e silos<br />
<strong>de</strong>ntro do grupo; dividir as áreas<br />
em dados, conteúdo e tecnologia;<br />
construir apenas um<br />
mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> entrega no mundo<br />
com foco em dados, criativida<strong>de</strong>,<br />
tecnologia, conteúdo e<br />
produção digital; implantar a<br />
“não estamos<br />
procurando<br />
<strong>de</strong>sculpas ou<br />
enterrando<br />
nossas cabeças<br />
na areia”<br />
Alê Oliveira<br />
re<strong>de</strong> Marcel, que conectará os<br />
colaboradores do grupo (em<br />
2020, 90% das pessoas estarão<br />
conectadas), e investir tanto<br />
em treinamento como em um<br />
ambicioso plano <strong>de</strong> aquisições<br />
com foco em dados, conteúdo,<br />
tecnologia e consultoria.<br />
O terceiro pilar do plano é<br />
entregar lucros para os investidores,<br />
claro. Sadoun fala que<br />
o grupo espera acelerar o valor<br />
das ações nos próximos três<br />
anos. “Conseguimos entregar<br />
bons resultados em 2017 e, agora,<br />
precisamos repetir isso pelos<br />
próximos três anos. Queremos<br />
crescer organicamente 4%<br />
até 2020. A intenção também<br />
é ampliar nossa margem <strong>de</strong> lucros<br />
entre 30 e 50 pontos, anualmente,<br />
até 2020”, disse.<br />
Isso tudo significará reduzir<br />
custos. “É tempo <strong>de</strong> <strong>de</strong>safios na<br />
indústria e não estamos procurando<br />
<strong>de</strong>sculpas ou enterrando<br />
nossas cabeças na areia. Estamos<br />
agindo”, falou.<br />
38 <strong>26</strong> <strong>de</strong> março <strong>de</strong> <strong>2018</strong> - jornal propmark
AgênciAs<br />
REF+ conquista a comunicação<br />
digital <strong>de</strong> Frango Assado e Viena<br />
Empresa cresceu 27,5% no ano passado e vai fechar o primeiro trimestre<br />
<strong>de</strong>ste ano com novas contas e planos <strong>de</strong> expansão para América Latina<br />
KELLY DORES<br />
Observando o número elevado<br />
<strong>de</strong> concorrências no<br />
mercado publicitário, Ricardo<br />
Calfat, sócio e COO da REF+, fala<br />
sobre sua mais nova conquista:<br />
as contas digitais <strong>de</strong> Frango<br />
Assado e Viena, marcas que<br />
pertencem ao Grupo IMC. “Eu<br />
sinto que o mercado está mais<br />
confiante. O ano passado foi<br />
um ano <strong>de</strong> muitas concorrências.<br />
Acho que foi recor<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
concorrências. Ouvi um número<br />
<strong>de</strong> que foram mais <strong>de</strong> 300”,<br />
diz Rico, como é mais conhecido<br />
no mercado. “A concorrência,<br />
querendo ou não, é um<br />
mal necessário para a agência.<br />
Ela te sacrifica, é custosa, puxa<br />
energia, porque numa concorrência<br />
<strong>de</strong> três, quatro agências,<br />
que é o básico, você tem 25% <strong>de</strong><br />
chance <strong>de</strong> ganhar. Todo mundo<br />
participa para ganhar”.<br />
A REF+ vai cuidar <strong>de</strong> toda<br />
comunicação digital <strong>de</strong> Viena<br />
e Frango Assado, contas que<br />
estavam na Inkuba e Zoly. Viena<br />
é uma das maiores re<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />
restaurantes do Brasil e possui<br />
mais <strong>de</strong> 40 anos. Frango Assado,<br />
que tem 65 anos <strong>de</strong> história,<br />
está posicionada como a principal<br />
re<strong>de</strong> <strong>de</strong> estabelecimentos<br />
multisserviços do estado <strong>de</strong><br />
São Paulo, com 25 lojas.<br />
Outra recente conta da agência<br />
é a porção digital <strong>de</strong> Despegar.com<br />
na América Latina, que<br />
levou o executivo a contratar<br />
<strong>de</strong>z profissionais latinos, como<br />
mexicanos e chilenos, para<br />
montar um hub latino na REF+.<br />
“Minha i<strong>de</strong>ia é crescer para a<br />
América Latina. Já temos uma<br />
operação gran<strong>de</strong> para Despegar.<br />
Em fevereiro ganhamos a<br />
conta total. A gente tem o Decolar.com<br />
em todo o Brasil e na<br />
América Latina, e tinha a conta<br />
offline <strong>de</strong> Despegar. Eles fizeram<br />
concorrência e ganhamos<br />
o digital também na região”.<br />
Segundo Rico, que tem como<br />
sócios Renato Pereira, Eduardo<br />
Barros e Fernando Calfat, 2017<br />
Ricardo Calfat, sócio e COO da REF+: “Minha i<strong>de</strong>ia é crescer para a América Latina”<br />
foi um ano <strong>de</strong> crescimento. “A<br />
agência cresceu 27,5%, ficamos<br />
entre as cinco agências que<br />
mais cresceram em negócios.<br />
Para este ano, as projeções são<br />
<strong>de</strong> que <strong>2018</strong> ten<strong>de</strong> a ser melhor.<br />
No ano passado, lançamos<br />
o Grupo REF, que é formado<br />
pela Black Door (produtora),<br />
4PR (agência <strong>de</strong> PR que tem<br />
também como sócio Alexandre<br />
Spínola) e a REF+. Estou vendo<br />
Divulgação<br />
agora todas as empresas. A 4PR<br />
triplicou <strong>de</strong> tamanho, porque é<br />
uma startup e cresce muito”.<br />
A REF+, como a maioria das<br />
agências, está diversificando<br />
os negócios. “Os negócios são<br />
complementares entre agência,<br />
produtora e PR. Para Barilla,<br />
por exemplo, fazemos re<strong>de</strong>s sociais,<br />
PR, conteúdo, criação <strong>de</strong><br />
campanhas e produção”, diz.<br />
O executivo conta também<br />
“Estamos<br />
divErsificando<br />
os sErviços.<br />
o mErcado dE<br />
agência dE 15 anos<br />
atrás Era outro.<br />
HojE o nEgócio<br />
complicou E sE<br />
divErsificou”<br />
que a agência está com três<br />
youtubers e com projeto para<br />
apresentar mais dois ao mercado.<br />
“Fazemos toda parte <strong>de</strong><br />
conteúdo e negociação com<br />
as marcas. Esse é outro passo<br />
bacana. Estamos diversificando<br />
os serviços. O mercado <strong>de</strong><br />
agência <strong>de</strong> 15 anos atrás era outro.<br />
Hoje o negócio complicou e<br />
se diversificou”.<br />
MERcADO LiVRE<br />
Rico se anima ao falar do<br />
trabalho <strong>de</strong>senvolvido para o<br />
Mercado Livre, cliente reconquistado<br />
em 2016. Ele <strong>de</strong>staca<br />
que 2017 foi um ano incrível da<br />
REF+ com o Mercado Livre e<br />
fala sobre os resultados.<br />
“Ganhamos Top of Mind com<br />
eles. Mercado Livre teve no Natal<br />
422% <strong>de</strong> aumento em vendas;<br />
194% <strong>de</strong> crescimento em<br />
Black Friday; 115% no Dia das<br />
Mães e 142% no Dia dos Pais”,<br />
comemora. “Além disso, a campanha<br />
<strong>de</strong> Natal do Mercado Livre<br />
foi a mais vista no YouTube<br />
em <strong>de</strong>zembro e a segunda mais<br />
vista durante 2017. Este ano já<br />
estamos a todo vapor com eles.<br />
Criamos para a marca o manifesto<br />
#FreteAbusivoNão, que<br />
está sendo o maior sucesso e é<br />
contra o aumento no frete dos<br />
Correios”. A REF+ aten<strong>de</strong> também<br />
Movida e VR Benefícios,<br />
entre outros clientes.<br />
jornal propmark - <strong>26</strong> <strong>de</strong> março <strong>de</strong> <strong>2018</strong> 39
digital<br />
ronniechua/iStock<br />
Informações privadas <strong>de</strong> 50 milhões <strong>de</strong> pessoas foram utilizadas em propaganda política; estão previstas investigações nos Estados Unidos, Europa e até mesmo no Brasil<br />
Vazamentos no Facebook reacen<strong>de</strong>m<br />
<strong>de</strong>bate sobre segurança e privacida<strong>de</strong><br />
Escândalo envolvendo consultoria que atuou na campanha <strong>de</strong> Donald<br />
Trump tem reflexos no Brasil, com apurações do Ministério Público do DF<br />
Danúbia Paraizo<br />
cobertura <strong>de</strong> tecnologia tomou conta<br />
A do noticiário no Brasil e no mundo na<br />
semana passada, em meio às <strong>de</strong>núncias sobre<br />
o vazamento <strong>de</strong> dados privados <strong>de</strong> 50<br />
milhões <strong>de</strong> usuários do Facebook. Tão grave<br />
quanto a obtenção in<strong>de</strong>vida foi a informação<br />
<strong>de</strong> que o conteúdo foi utilizado para<br />
fins políticos e po<strong>de</strong> ter influenciado diretamente<br />
no resultado da eleição presi<strong>de</strong>ncial<br />
norte-americana no ano passado e até<br />
mesmo na saída do Reino Unido da União<br />
Europeia, no chamado Brexit, também em<br />
2017.<br />
A <strong>de</strong>núncia <strong>de</strong> um ex-funcionário da<br />
Cambridge Analytica, empresa <strong>de</strong> análise<br />
<strong>de</strong> dados responsável pela obtenção in<strong>de</strong>vida,<br />
e pelas re<strong>de</strong>s sociais da campanha do<br />
então candidato à presidência dos EUA,<br />
Donald Trump, chegou como um tsunami.<br />
Criou problemas judiciais, políticos, institucionais<br />
e econômicos nesta que já é consi<strong>de</strong>rada<br />
por especialistas uma das maiores<br />
crises <strong>de</strong> reputação da companhia <strong>de</strong> Mark<br />
Zuckerberg.<br />
Como efeito imediato ao escândalo, a<br />
re<strong>de</strong> social teve perdas <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> US$ 60<br />
bilhões em valor <strong>de</strong> mercado na Bolsa <strong>de</strong><br />
Nova York, além <strong>de</strong> imensurável queda<br />
<strong>de</strong> confiança, o que levou seu fundador à<br />
principal re<strong>de</strong> <strong>de</strong> TV nos Estados Unidos<br />
para reconhecer a responsabilida<strong>de</strong> e pedir<br />
<strong>de</strong>sculpas pelo episódio. Mas não será<br />
apenas à CNN que o executivo precisará dar<br />
satisfações. Autorida<strong>de</strong>s norte-americanas<br />
e europeias já pediram a presença do empresário<br />
à Justiça para explicar a obtenção<br />
<strong>de</strong> dados por parte da Cambridge Analytica.<br />
Um dos países com maior número <strong>de</strong><br />
“Como efeito Colateral,<br />
não po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>ixar<br />
as plataformas <strong>de</strong><br />
teCnonologia Como<br />
<strong>de</strong>tentoras totalitárias<br />
<strong>de</strong>ssas informações”<br />
42 <strong>26</strong> <strong>de</strong> março <strong>de</strong> <strong>2018</strong> - jornal propmark
Pedro Pablo Kuczynski/Divulgação<br />
Zuckerberg foi à CNN na semana passada se <strong>de</strong>sculpar<br />
usuários na re<strong>de</strong> social, o Brasil também<br />
anunciou que vai abrir investigações sobre<br />
o caso. Isso porque a consultoria <strong>de</strong><br />
marketing político Ponte Estratégia, do publicitário<br />
André Torretta, operava <strong>de</strong>s<strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro<br />
passado como braço da Cambridge<br />
Analytica no Brasil. Segundo a BBC, o Ministério<br />
Público do Distrito Fe<strong>de</strong>ral instaurou<br />
inquérito civil para apurar se dados <strong>de</strong><br />
brasileiros também foram obtidos.<br />
Torretta explicou que a sua empresa estava<br />
tendo problemas em tropicalizar a metodologia<br />
<strong>de</strong> sua parceira, e que não tinha<br />
acesso aos dados <strong>de</strong>la. Optou então por <strong>de</strong>senvolver<br />
paralelamente o próprio método<br />
<strong>de</strong> segmentação e gestão <strong>de</strong> canais, levando<br />
em consi<strong>de</strong>ração a cultura e o comportamento<br />
do brasileiro. Segundo o executivo,<br />
assim que recebeu informações sobre o<br />
vazamento, ele encerrou contrato com sua<br />
parceira. Ainda assim, o publicitário <strong>de</strong>ve<br />
ser notificado para prestar esclarecimentos<br />
à Justiça.<br />
“Há questões Como<br />
a transparênCia na<br />
regulamentação <strong>de</strong><br />
CampanHas publiCitárias<br />
que eu adoraria ver”<br />
rios <strong>de</strong>vem estar cientes dos riscos <strong>de</strong> segurança<br />
que correm. “As informações fornecidas<br />
nas re<strong>de</strong>s sociais po<strong>de</strong>m ter utilização<br />
comercial ou para outras finalida<strong>de</strong>s, uma<br />
vez que a pessoa concorda em participar<br />
ao se submeter positivamente aos termos<br />
<strong>de</strong> uso. O usuário possui gran<strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong>,<br />
assim como a própria plataforma,<br />
que precisa garantir a inviolabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ssas<br />
informações”, ressalta.<br />
Nenhuma das tarefas é tão simples. Do<br />
lado do usuário, é política padrão do Facebook<br />
para seus <strong>de</strong>senvolvedores o pedido<br />
Segurança e tranSparência<br />
No último dia 17, as edições dos jornais<br />
The New York Times e The Guardian traziam<br />
<strong>de</strong>núncias do cientista da computação<br />
Christopher Wylie, ex-funcionário da<br />
Cambridge Analytica. O cana<strong>de</strong>nse explicou<br />
que as informações privadas dos usuários<br />
foram obtidas em 2014 por meio <strong>de</strong> um<br />
aplicativo no Facebook. Nele, as pessoas<br />
respondiam algumas perguntas em troca<br />
<strong>de</strong> receberem ao final do teste seu perfil psicológico.<br />
O Facebook alega que o projeto tinha<br />
fins acadêmicos e orientou a Cambridge<br />
Analytica a se <strong>de</strong>sfazer da base <strong>de</strong> dados,<br />
algo que não foi realizado. As informações<br />
foram cruzadas a fim <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminar perfis<br />
eleitorais mais propensos a receber propaganda<br />
política, beneficiando a campanha<br />
<strong>de</strong> Trump e os favoráveis ao Brexit.<br />
Bruno Prado, CEO da UPX Technologies<br />
e especialista em segurança digital, explica<br />
que apesar <strong>de</strong>, no inci<strong>de</strong>nte, as informações<br />
terem sido obtidas <strong>de</strong> forma ilegal, os usuá<strong>de</strong><br />
autorização para o acesso aos dados dos<br />
usuários, mas esses documentos são excessivamente<br />
técnicos e longos, levando gran<strong>de</strong><br />
parte das pessoas a simplesmente aceitar<br />
os termos sem <strong>de</strong> fato ler o conteúdo.<br />
Para Marcelo Sousa, presi<strong>de</strong>nte nacional da<br />
Associação Brasileira dos Agentes Digitais<br />
(Abradi), a <strong>de</strong>cisão do consumidor é sempre<br />
soberana e <strong>de</strong>ve ser respeitada. Nesse<br />
sentido, a entida<strong>de</strong> <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> como boa prática<br />
entre os <strong>de</strong>senvolvedores <strong>de</strong> serviços<br />
digitais maior transparência, inclusive,<br />
nos processos <strong>de</strong> comunicação com o usuário.<br />
“Reconhecemos que esses processos<br />
<strong>de</strong> autorização po<strong>de</strong>m ser mais simples e<br />
transparentes para os usuários, mas o mercado<br />
brasileiro já caminha nesse sentido.<br />
Ao mesmo tempo, é preciso cuidado com<br />
certas restrições. Como efeito colateral, não<br />
po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>ixar as plataformas <strong>de</strong> tecnonologia<br />
como <strong>de</strong>tentoras totalitárias <strong>de</strong>ssas<br />
informações, porque senão as marcas serão<br />
reféns e terão como única alternativa ter <strong>de</strong><br />
anunciar nessas re<strong>de</strong>s”.<br />
A discussão é longa e passa certamente<br />
pela regulamentação, algo admitido pelo<br />
próprio Zuckerberg em entrevista à CNN.<br />
“Há questões como a transparência na regulamentação<br />
<strong>de</strong> campanhas publicitárias<br />
que eu adoraria ver”.<br />
jornal propmark - <strong>26</strong> <strong>de</strong> março <strong>de</strong> <strong>2018</strong> 43
diGital<br />
Google reforça vigilância para dar<br />
mais segurança a dados <strong>de</strong> usuários<br />
Executivo no Brasil <strong>de</strong>staca esforços da plataforma para criar ambiente<br />
saudável e assumir responsabilida<strong>de</strong> em ser guardiã das informações<br />
Danúbia Paraizo<br />
Há duas semanas, o Google<br />
anunciou o levantamento<br />
sobre seus esforços em monitorar<br />
e extrair anúncios fraudulentos<br />
ou que oferecessem<br />
algum risco aos usuários. Foram<br />
removidos da plataforma<br />
mais <strong>de</strong> três bilhões <strong>de</strong> propagandas<br />
abusivas em 2017,<br />
o que, segundo Fabio Coelho,<br />
presi<strong>de</strong>nte do Google Brasil,<br />
revela parte do trabalho feito<br />
pela companhia em contribuir<br />
para um ambiente digital mais<br />
saudável.<br />
Mas os esforços não param<br />
por aí. Outra parte fundamental<br />
nessa discussão passa<br />
obrigatoriamente pela responsabilida<strong>de</strong><br />
dos players <strong>de</strong> tecnologia<br />
na utilização <strong>de</strong> dados<br />
dos usuários. No Google, por<br />
exemplo, ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> navegação<br />
e preferências do usuário<br />
po<strong>de</strong>m ser utilizadas como insights<br />
para empresas pensarem<br />
abordagens mais assertivas<br />
para en<strong>de</strong>reçar mensagens aos<br />
targets.<br />
Durante o Google Think<br />
<strong>2018</strong>, evento que discutiu como<br />
as gran<strong>de</strong>s companhias orientadas<br />
por dados têm alcançado<br />
bons resultados, sobretudo<br />
combinando a inteligência<br />
data-driven ao mobile, Coelho<br />
falou ao PROPMARK sobre a<br />
responsabilida<strong>de</strong> da empresa<br />
em ser guardiã <strong>de</strong>sse gigantesco<br />
volume <strong>de</strong> dados. Segundo<br />
o executivo, a plataforma já<br />
levantou mais <strong>de</strong> um bilhão <strong>de</strong><br />
interesses <strong>de</strong> usuários, informações<br />
que servem como base<br />
para marcas que <strong>de</strong>sejam melhorar<br />
sua experiência com seu<br />
público. “Essas informações<br />
precisam ser usadas da maneira<br />
mais responsável possível para<br />
que a gente possa melhorar as<br />
experiências digitais das pessoas.<br />
Isso passa por um entendimento<br />
do que é buscado, como<br />
é buscado, em quais plataformas,<br />
por quanto tempo essa<br />
informação po<strong>de</strong> se utilizada e<br />
a forma como isso vai ser utilizado”,<br />
<strong>de</strong>stacou Coelho.<br />
Para o executivo, todos esses<br />
cuidados são feitos para<br />
que seja preservado o “ativo<br />
mais precioso” da companhia.<br />
“O mais importante que nós<br />
temos é a confiança das pessoas<br />
em usarem nossas plataformas.<br />
Mas essa confiança tem<br />
um caráter opcional. Elas po<strong>de</strong>m<br />
também escolher usar [os<br />
serviços do Google] navegando<br />
logadas, o que vai melhorar sua<br />
experiência, ou navegar anônimas,<br />
se não quiserem <strong>de</strong>ixar<br />
nenhum rastro digital”.<br />
Chamando a atenção para a<br />
necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um esforço coletivo<br />
para um ambiente mais<br />
seguro na internet, Coelho <strong>de</strong>staca<br />
que o Google tem feito o<br />
possível para contribuir com<br />
Divulgação<br />
Fabio Coelho: “Google terá levantamento <strong>de</strong> melhores empresas orientadas por dados”<br />
“A gente está Aqui<br />
pArA AmplificAr<br />
o potenciAl dAs<br />
coisAs boAs<br />
e minimizAr<br />
As ruins”<br />
o cenário, mas é preciso um<br />
amadurecimento do ecossistema<br />
como um todo. “O que a<br />
gente gostaria, e acho que há<br />
um gran<strong>de</strong> movimento, que vai<br />
muito além do Google, é que o<br />
ambiente digital seja mais saudável,<br />
on<strong>de</strong> as pessoas possam<br />
se sentir mais confortáveis”.<br />
Nesse sentido, o executivo<br />
reforça as estratégias já disponíveis,<br />
tais como ferramentas,<br />
processos e políticas que permitem<br />
um acompanhamento e<br />
possível remoção <strong>de</strong> conteúdos<br />
in<strong>de</strong>sejados. “A internet amplifica<br />
o potencial <strong>de</strong> todas as<br />
coisas. A gente está aqui para<br />
amplificar o potencial das coisas<br />
boas e minimizar as ruins”,<br />
concluiu.<br />
Revolução data-dRiven<br />
Em sua apresentação no<br />
Google Think <strong>2018</strong>, o executivo<br />
<strong>de</strong>stacou o quanto empresas<br />
orientadas por dados têm diferencial<br />
competitivo em relação<br />
às <strong>de</strong>mais. Ao mesmo tempo,<br />
chamou a atenção para o fato<br />
<strong>de</strong> meta<strong>de</strong> <strong>de</strong>las ainda estarem<br />
em estágio inicial na utilização<br />
<strong>de</strong> dados para boas experiências<br />
<strong>de</strong> negócios. Levantamento<br />
feito pelo Google em parceria<br />
com a Boston Consulting<br />
Group na Europa revelou que<br />
empresas mais maduras na<br />
transformação digital aumentaram<br />
em até 30% sua eficiência<br />
e tiveram crescimento <strong>de</strong><br />
20% em sua receita.<br />
A i<strong>de</strong>ia é que pesquisa semelhante<br />
seja feita no Brasil para<br />
medir o impacto nos negócios<br />
locais. “Em breve teremos o panorama<br />
<strong>de</strong> como está o estágio<br />
<strong>de</strong> maturida<strong>de</strong> em relação a ser<br />
data-driven no Brasil. A i<strong>de</strong>ia<br />
é tentar empo<strong>de</strong>rar as empresas<br />
e os profissionais que trabalham<br />
no mercado para que,<br />
juntos, criemos um sistema<br />
mais forte, mais eficiente. Esse<br />
estudo vai revelar caminhos<br />
para aumentar a maturida<strong>de</strong><br />
no uso <strong>de</strong> dados em gran<strong>de</strong>s<br />
categorias”, finalizou Coelho.<br />
44 <strong>26</strong> <strong>de</strong> março <strong>de</strong> <strong>2018</strong> - jornal propmark
mídia<br />
Globo faz mudanças no Cartola FC,<br />
que atraiu mais <strong>de</strong> 9 milhões em 2017<br />
Game eletrônico<br />
bateu recor<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
participação na edição<br />
do ano passado<br />
Reprodução<br />
Alisson Fernán<strong>de</strong>z<br />
comentarista esportivo e ex-jogador<br />
O brasileiro Caio Ribeiro, a jornalista Monique<br />
Cardone e o “Cartolouco” Lucas Strabko<br />
foram os responsáveis por anunciar as<br />
mudanças na temporada <strong>2018</strong> do Cartola<br />
FC, jogo eletrônico <strong>de</strong> futebol no estilo fantasy<br />
games, <strong>de</strong>senvolvido pelo Grupo Globo<br />
para o Campeonato Brasileiro.<br />
O projeto, lançado em 2005, bateu recor<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> participações na última edição e<br />
atraiu mais <strong>de</strong> nove milhões <strong>de</strong> usuários<br />
cadastrados sendo que, <strong>de</strong>sse total, mais<br />
<strong>de</strong> 300 mil são cartoleiros Pro, ou seja, assinam<br />
o game para ter mais recursos.<br />
“A nossa preocupação não é apenas olhar<br />
para o Cartola FC como um negócio. É claro<br />
que ele é um negócio, mas também alimenta<br />
todo um ecossistema. Há dados que mostram<br />
que o cartoleiro consome muito mais<br />
informações <strong>de</strong> futebol em nossas plataformas<br />
do que qualquer outro consumidor. É<br />
um jogo para divertir, entreter e engajar as<br />
pessoas”, afirma Marcos Botelho, gerente<br />
<strong>de</strong> produto do Grupo Globo.<br />
Entre as novida<strong>de</strong>s, o usuário po<strong>de</strong>rá<br />
nesta temporada escolher o capitão do seu<br />
time, que terá a pontuação dobrada. A escolha<br />
é obrigatória, portanto não será possível<br />
salvar a escalação sem selecionar o capitão.<br />
Além disso, algumas outras pontuações<br />
também sofreram mudanças, como finalização<br />
<strong>de</strong>fendida, finalização para fora, gol<br />
contra, roubada <strong>de</strong> bola, pênalti perdido e<br />
finalização na trave.<br />
Os filmes para a campanha <strong>de</strong>ste ano<br />
foram criadas pela própria equipe <strong>de</strong> marketing<br />
da Globo e contam com o apoio das<br />
outras empresas do grupo na TV aberta, fechada<br />
e plataformas digitais. “Estamos trabalhando<br />
fortemente a campanha. Dificilmente<br />
alguém que goste <strong>de</strong> esporte não vai<br />
ser impactado por alguma peça do Cartola<br />
FC”, diz Botelho.<br />
As cotas <strong>de</strong> patrocínio do Cartola FC ainda<br />
não foram fechadas, mas são oferecidas<br />
primeiramente aos patrocinadores do futebol<br />
da emissora. “Até o momento, estamos<br />
com algumas ações em <strong>de</strong>senvolvimento,<br />
mas ainda não po<strong>de</strong>mos divulgar, pois não<br />
temos certeza se vamos conseguir implementar.<br />
Mas provavelmente teremos novida<strong>de</strong>s<br />
ao longo do ano”, diz Botelho.<br />
Caio Ribeiro, Monique Cardone e Lucas Strabko, o “Cartolouco”, anunciam as novida<strong>de</strong>s do Cartola FC <strong>2018</strong><br />
jornal propmark - <strong>26</strong> <strong>de</strong> março <strong>de</strong> <strong>2018</strong> 45
Mídia<br />
SBT valoriza relação com o público<br />
que prestigia sua programação<br />
Campanha <strong>de</strong>staca que o volume <strong>de</strong> audiência só garante resultados se<br />
houver um vínculo sólido da re<strong>de</strong> com aqueles que sintonizam seu sinal<br />
nova campanha do SBT , iniciada<br />
pela Publicis e conclu-<br />
A<br />
ída pela WMcCann, apresenta<br />
a assinatura Mais do que contar<br />
pontos, falamos com pessoas e<br />
traduz ao público e ao mercado<br />
o que representa a audiência da<br />
emissora. A TV aberta sempre<br />
teve como diretriz <strong>de</strong> anunciar<br />
os pontos <strong>de</strong> audiência <strong>de</strong> cada<br />
atração, mas, para a emissora,<br />
falar <strong>de</strong> pessoas mostra mais a<br />
relevância que o meio tem e fortalece<br />
o vínculo com o público,<br />
que aparece como protagonista<br />
da comunicação. O público está<br />
no comando do controle remoto.<br />
Temos uma audiência <strong>de</strong> alta<br />
escala e abrangência, que prioriza<br />
diariamente o prime time da<br />
TV aberta em diversos cantos<br />
do país. Mas, ao mesmo tempo<br />
que queremos transmitir esse<br />
volume expressivo, buscamos<br />
mostrar o quanto valorizamos a<br />
relação com cada indivíduo que<br />
nos assiste”, <strong>de</strong>staca José Roberto<br />
Maciel, CEO da emissora.<br />
A mudança na forma <strong>de</strong> comunicar<br />
a audiência teve início<br />
no fim <strong>de</strong> 2017, com a campanha<br />
<strong>de</strong> fim <strong>de</strong> ano da emissora, que<br />
trouxe personalida<strong>de</strong>s do casting<br />
como Eliana, Celso Portiolli,<br />
Patricia Abravanel e Maisa Silva,<br />
entre outros, agra<strong>de</strong>cendo pessoalmente<br />
a cada uma das pessoas<br />
que acompanham o SBT na<br />
TV e no digital.<br />
Na campanha, o SBT traz diferentes<br />
pessoas que assistem<br />
à programação da emissora,<br />
passando por diversas atrações<br />
como programas jornalísticos,<br />
infantojuvenis, <strong>de</strong> entretenimento<br />
e auditório. Em cada história,<br />
a emissora chama a pessoa<br />
em questão pelo nome, incluindo<br />
a mesma como parte integrante<br />
da cifra <strong>de</strong> milhares <strong>de</strong><br />
pessoas que correspon<strong>de</strong>m à audiência<br />
do programa. A campanha<br />
conta ainda com peças para<br />
mídia impressa, digital e cross.<br />
MapaOOH apresenta métricas para<br />
mobiliário urbano crescer volume<br />
JCDecaux, Clear Channel e Otima investem R$ 12 milhões para oferecer<br />
dados comparativos com outros meios e dar consistência à exibição<br />
exposição pública à publicida<strong>de</strong><br />
nos equipamentos<br />
A<br />
<strong>de</strong> mídia OOH (Out of Home) é<br />
alto, mas em comparação com<br />
outros meios <strong>de</strong> comunicação<br />
o share na divisão do bolo dos<br />
investimentos dos anunciantes<br />
é baixo. Por esse motivo, as empresas<br />
Otima, Clear Channel e<br />
JCDecaux resolverem <strong>de</strong>senvolver<br />
métricas para dar consistência<br />
aos planos <strong>de</strong> mídia que contemplam<br />
seus equipamentos <strong>de</strong><br />
mobiliário urbano, inicialmente<br />
no Rio e São Paulo.<br />
O resultado é o MapaOOH,<br />
que contou com um aporte financeiro<br />
<strong>de</strong> R$ 12 milhões. O<br />
trabalho contou com a expertise<br />
do consórcio formado por Ipsos<br />
Brasil, Ipsos do Reino Unido,<br />
MGE Data, Telefonica e Logit.<br />
Campanha conjunta da Publicis e WMcCann para mostrar que engajamento é essencial<br />
Foram realizadas mais <strong>de</strong> 17 mil<br />
entrevistas para capturar os trajetos<br />
da população da Gran<strong>de</strong><br />
São Paulo e do Gran<strong>de</strong> Rio, resultando<br />
em quase 80 mil percursos<br />
analisados e uma estimativa<br />
segura dos dados <strong>de</strong> audiência.<br />
Quem informa é Sérgio Viriato,<br />
gerente do MapaOOH. “Consi<strong>de</strong>rando<br />
todo o inventário cadastrado<br />
no sistema, mais <strong>de</strong> 59%<br />
da população <strong>de</strong> São Paulo vê<br />
uma face <strong>de</strong> mídia exterior pelo<br />
menos uma vez por semana e no<br />
Rio este índice é <strong>de</strong> 55%. Em média,<br />
cada uma <strong>de</strong>ssas pessoas é<br />
impactada 86 vezes por semana<br />
em São Paulo e 173 vezes no Rio.<br />
São mais <strong>de</strong> 490 milhões <strong>de</strong> impactos<br />
por semana em São Paulo<br />
e mais <strong>de</strong> 495 milhões no Rio”,<br />
finaliza Viriato.<br />
Divulgação<br />
Empresas <strong>de</strong> mobiliário urbano criam métricas para colaborar com planos <strong>de</strong> mídia<br />
Divulgação<br />
46 <strong>26</strong> <strong>de</strong> março <strong>de</strong> <strong>2018</strong> - jornal propmark
mídIa<br />
Walmart leva seu tabloi<strong>de</strong> <strong>de</strong> ofertas<br />
para Facebook com projeto da Isobar<br />
Agência <strong>de</strong>senvolve modo exclusivo para o formato Canvas, que permite<br />
acesso dos clientes da re<strong>de</strong> às promoções no feed da plataforma digital<br />
André Svartman, do Walmart: “Medida garante mais ofertas <strong>de</strong> preço para os clientes”<br />
edição <strong>de</strong> tabloi<strong>de</strong>s impressos<br />
continua sendo chave<br />
A<br />
na interação das re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> varejo<br />
com seus clientes. No Walmart,<br />
por exemplo, a tiragem<br />
semanal é <strong>de</strong> cinco milhões<br />
<strong>de</strong> exemplares, que <strong>de</strong>stacam<br />
ofertas <strong>de</strong> preço e promoções<br />
pontuais. Esse instrumento <strong>de</strong><br />
comunicação vai continuar como<br />
ativo da marca, mas a partir<br />
<strong>de</strong> agora vai disponibilizar, no<br />
feed <strong>de</strong> notícias dos usuários<br />
do Facebook, o acesso a um<br />
volume muito maior <strong>de</strong> produtos<br />
com preços diferenciados.<br />
O formato usado foi o Canvas,<br />
que serviu <strong>de</strong> base da equipe<br />
<strong>de</strong> profissionais da Isobar para<br />
<strong>de</strong>senvolver o Tabloi<strong>de</strong> Digital,<br />
que, com um único click, exibe<br />
em tempo real os produtos<br />
disponíveis nas gôndolas. No<br />
futuro, po<strong>de</strong> haver redução das<br />
ofertas na mídia impressa.<br />
De acordo com André Svartman,<br />
diretor-geral <strong>de</strong> marketing<br />
do Walmart, a estratégia<br />
vai possibilitar que as negociações<br />
com preços mais agressivos<br />
sejam colocadas imediatamente<br />
no ar. “A distribuição<br />
dos impressos nos faróis e nas<br />
próprias lojas tem uma função<br />
estratégica, mas é preciso direcionar<br />
para outros canais. Cada<br />
vez mais estamos digitalizando<br />
a nossa operação e esse novo<br />
mo<strong>de</strong>lo vai garantir mais agilida<strong>de</strong>”,<br />
afirmou o executivo.<br />
A autonomia que o mo<strong>de</strong>lo<br />
concebido para o Facebook traz<br />
vai dinamizar a interação com<br />
os consumidores. “O projeto<br />
surgiu <strong>de</strong>ssa necessida<strong>de</strong> específica<br />
<strong>de</strong> divulgação <strong>de</strong> vários<br />
itens ao mesmo tempo. Tivemos<br />
muitos briefs com a agência<br />
e pesquisamos vários benchmarks<br />
internacionais. O valor<br />
é que essa estratégia multicanal<br />
aten<strong>de</strong> a uma necessida<strong>de</strong> local<br />
do Walmart. Essa extensão<br />
foi pensada para seguir o comportamento<br />
<strong>de</strong> consumo cada<br />
vez mais conectado, levando<br />
em consi<strong>de</strong>ração que todas as<br />
estratégias <strong>de</strong> negócios precisam<br />
integrar os canais digitais.<br />
Agora conseguimos comunicar<br />
as nossas ofertas a um novo<br />
contingente <strong>de</strong> clientes, que<br />
passa a ter ainda mais motivos<br />
para visitar os nossos pontos<br />
<strong>de</strong> vendas com as promoções<br />
na tela do celular”, acrescentou<br />
Svartman.<br />
Durante a semana <strong>de</strong> testes,<br />
a interação média dos consumidores<br />
com o mo<strong>de</strong>lo digital<br />
foi <strong>de</strong> 48 segundos, tempo<br />
consi<strong>de</strong>ravelmente maior que<br />
média <strong>de</strong> exposição <strong>de</strong> ofertas<br />
utilizada pelo varejo na TV.<br />
Além disso, 18,6% das pessoas<br />
contempladas na fase <strong>de</strong><br />
testes foram até a uma loja da<br />
re<strong>de</strong> após serem impactadas<br />
com o anúncio.<br />
“Utilizar a<br />
tecnologia para<br />
aUtomatizar<br />
Um formato<br />
tradicional do<br />
varejo, como o<br />
tabloi<strong>de</strong>, é Um<br />
diferencial”<br />
Divulgação<br />
“Fazer isto na plataforma do<br />
Facebook reforça este caráter<br />
<strong>de</strong> inovação: utilizar a tecnologia<br />
para automatizar um formato<br />
tradicional do varejo, como<br />
o tabloi<strong>de</strong>, é um diferencial<br />
que entrega, além <strong>de</strong> inovação,<br />
muita eficiência para o cliente”,<br />
explica Rodrigo Andra<strong>de</strong>,<br />
CEO da Isobar. Esta ação é um<br />
excelente exemplo da visão<br />
<strong>de</strong> brand commerce da Isobar,<br />
não apenas <strong>de</strong> inovação em mídia,<br />
mas com o compromisso<br />
<strong>de</strong> proporcionar aos consumidores<br />
uma nova experiência da<br />
inspiração à transação. Complementa<br />
ainda ao dizer que a<br />
peça é “100% automatizada e<br />
fica pronta em cerca <strong>de</strong> 30 minutos”.<br />
jornal propmark - <strong>26</strong> <strong>de</strong> março <strong>de</strong> <strong>2018</strong> 47
we<br />
mkt<br />
KuzminSemen/iStock<br />
Paul Bocuse<br />
“Não existe amor mais sincero<br />
do que aquele pela comida”.<br />
Bernard Shaw<br />
Francisco alberto Madia <strong>de</strong> souza<br />
valorização, glamourização e glória<br />
A dos chefs <strong>de</strong> cozinha é um acontecimento<br />
relativamente recente. Coisa dos<br />
últimos 50 anos. Antes, reverenciava-se a<br />
culinária <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminados países por suas<br />
características específicas. Depois, toda<br />
a atenção concentrava-se no restaurante,<br />
na marca do restaurante, não existia nem<br />
curiosida<strong>de</strong> nem preocupação em conhecer<br />
e valorizar o chef. Aquele que comandava,<br />
em ambiente inóspito, esfumaçado,<br />
caótico, <strong>de</strong> on<strong>de</strong> saíam iguarias maravilhosas,<br />
pratos <strong>de</strong>liciosos e memoráveis.<br />
Tudo começou há pouco mais <strong>de</strong> 50 anos,<br />
com o gran<strong>de</strong> mestre da cozinha francesa,<br />
Paul Bocuse. Que morreu no dia 20 <strong>de</strong> janeiro,<br />
aos 91 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>.<br />
Além <strong>de</strong> ser um craque, dois <strong>de</strong> seus principais<br />
discípulos vieram para o Brasil, aqui<br />
se instalaram e prosperaram, sem jamais<br />
<strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> enaltecer a maior virtu<strong>de</strong> do mestre.<br />
A capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> montar equipes extraordinárias,<br />
<strong>de</strong> estimular todos os talentos<br />
que iniciaram suas carreiras trabalhando<br />
sob a sua orientação. Assim, Paul Bocuse,<br />
além <strong>de</strong> mudar a forma como pessoas e imprensa<br />
passaram a ver os restaurantes, foi<br />
o responsável por mudar a história <strong>de</strong>sse<br />
negócio em nosso país. Mandou para cá,<br />
aten<strong>de</strong>ndo aos pedidos <strong>de</strong> seus amigos e<br />
clientes, dois <strong>de</strong> seus melhores seguidores:<br />
Clau<strong>de</strong> Troisgros e Laurent Suau<strong>de</strong>au. Ouvidos<br />
na madrugada <strong>de</strong> sua morte pelo Estadão,<br />
os dois se manifestaram sob a morte<br />
do mestre e mentor.<br />
Clau<strong>de</strong> Troigros: “Mr. Paul foi meu padrinho<br />
a vida inteira. Des<strong>de</strong> os oito anos <strong>de</strong><br />
ida<strong>de</strong>, quando assinei o meu primeiro contrato<br />
<strong>de</strong> trabalho no L’Auberge du Pont <strong>de</strong><br />
Collonges, ele acreditou em mim e sempre<br />
me apoiou...”.<br />
Laurent Suau<strong>de</strong>au: “Eu o levo pessoalmente<br />
no meu dia a dia. Ele era um homem<br />
que confiava no jovem, em sua capacida<strong>de</strong>,<br />
que gostava <strong>de</strong> ver o progresso das pessoas<br />
e chancelava o talento profissional, não importava<br />
raça, cor, origem ou crença. Sabia<br />
<strong>de</strong>tectar com muita força o talento em cada<br />
pessoa que encontrava”.<br />
Em síntese, sem Paul Bocuse não teríamos<br />
uma geração <strong>de</strong> fantásticos chefes<br />
<strong>de</strong> cozinha brasileiros, hoje reconhecidos<br />
mundialmente. Dentre suas lições e legados,<br />
Bocuse dizia, “Clássica ou mo<strong>de</strong>rna,<br />
há só uma cozinha: a boa”. Ou: “Cozinha<br />
boa é toda aquela on<strong>de</strong> e quando você levanta<br />
a tampa da panela sai aquele cheiro<br />
irresistível e nos leva a experimentar”. Ou:<br />
“Cozinha é a paz do mundo”.<br />
Por muitos motivos e razões fiz do <strong>de</strong>scanso<br />
<strong>de</strong> um gênio, Paul Bocuse, minha<br />
reflexão <strong>de</strong>sta semana com vocês, empresários<br />
e profissionais que me honram com<br />
sua leitura.<br />
1 – Porque muitos <strong>de</strong> vocês ou já está ou<br />
consi<strong>de</strong>ra um dia entrar para o negócio <strong>de</strong><br />
restaurantes;<br />
2 – Porque é essencial conhecermos as<br />
pessoas, os lí<strong>de</strong>res, os visionários, que mudaram<br />
toda a história <strong>de</strong> um setor, categoria,<br />
negócio;<br />
3 – Porque Paul Bocuse sempre foi referência<br />
<strong>de</strong> empresário consciente. Que enten<strong>de</strong>u<br />
que tudo o que <strong>de</strong>veria mover sua<br />
jornada era a busca <strong>de</strong> felicida<strong>de</strong> pela realização<br />
<strong>de</strong> um trabalho <strong>de</strong> excepcional qualida<strong>de</strong>;<br />
que, e para tanto, precisava ter junto<br />
a si pessoas cordiais, afáveis, talentosas;<br />
que a<strong>de</strong>rissem <strong>de</strong> corpo, coração e alma a<br />
causa a que se propôs.<br />
Precisava hastear uma ban<strong>de</strong>ira. E o fez.<br />
A da cozinha <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>, capaz <strong>de</strong> apaziguar<br />
os ânimos, aproximar as pessoas, possibilitar<br />
momentos <strong>de</strong> total prazer e maior<br />
felicida<strong>de</strong> em ambientes acolhedores, serviço<br />
irrepreensível e pratos memoráveis. E<br />
termino <strong>de</strong>ixando com vocês uma última<br />
frase do gênio Paul Bocuse: “Devemos trabalhar<br />
como se fôssemos morrer com 100<br />
anos ou mais e viver como se não houvesse<br />
amanhã”. A propósito, já <strong>de</strong>cidiu on<strong>de</strong> vai<br />
almoçar hoje? Isso mesmo, como se não<br />
houvesse amanhã?<br />
Francisco Alberto Madia <strong>de</strong> Souza<br />
é consultor <strong>de</strong> marketing<br />
famadia@madiamm.com.br<br />
50 <strong>26</strong> <strong>de</strong> março <strong>de</strong> <strong>2018</strong> - jornal propmark
curtAs<br />
ABA elege João Branco<br />
para presidir entida<strong>de</strong><br />
no próximo biênio<br />
O executivo João Branco, diretor <strong>de</strong><br />
marketing do McDonald’s, foi eleito<br />
presi<strong>de</strong>nte da diretoria nacional da ABA<br />
(Associação Brasileira <strong>de</strong> Anunciantes), no<br />
último dia 22, para um mandato <strong>de</strong> dois<br />
anos. Branco assume oficialmente no dia<br />
24 abril e concorreu com chapa única.<br />
O executivo do McDonald’s já havia<br />
substituído Juliana Nunes na função, no<br />
ano passado, quando a profissional renunciou<br />
ao cargo por ter <strong>de</strong>ixado a função<br />
executiva na Brasil Kirin.<br />
Sandra Martinelli permanece como<br />
presi<strong>de</strong>nte-executiva da entida<strong>de</strong> que<br />
representa os interesses dos anunciantes.<br />
O Conselho Superior tem João Campos,<br />
da PepsiCo Alimentos, como presi<strong>de</strong>nte,<br />
e Sérgio Pompílio, da Johnson & Johnson,<br />
como copresi<strong>de</strong>nte.<br />
Marçal Neto/Divulgação<br />
O presi<strong>de</strong>nte da diretoria nacional da ABA, João Branco, com a presi<strong>de</strong>nte-executiva da entida<strong>de</strong>, Sandra Martinelli<br />
GrEy tEM CoMaNDo úNICo<br />
Divulgação<br />
Marcia Esteves respon<strong>de</strong> pela presidência da Grey<br />
Marcia Esteves, que dividia o comando<br />
da Grey Brasil com Rodrigo Jatene havia<br />
pouco mais <strong>de</strong> um ano, passa a respon<strong>de</strong>r<br />
sozinha pela presidência da agência. Jatene<br />
assumirá nova posição na re<strong>de</strong>, ainda<br />
não informada pela empresa.<br />
A profissional chegou à Grey em 2014<br />
e, um ano <strong>de</strong>pois, tornou-se COO, à frente<br />
das áreas <strong>de</strong> relações com clientes, atendimento,<br />
planejamento, mídia e projetos.<br />
“Fico muito orgulhoso em ter uma jovem<br />
mulher li<strong>de</strong>rando a Grey no Brasil. Marcia<br />
já provou que não tem medo <strong>de</strong> encarar<br />
<strong>de</strong>safios e vem mostrando sua capacida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> se adiantar ao mercado”, diz Eduardo<br />
Maruri, CEO da Grey América Latina.<br />
INtEGração traz EfICIêNCIa<br />
O estudo AdReaction <strong>2018</strong> - a arte da<br />
integração, da Kantar Millward Brown,<br />
mostra que as campanhas com conteúdo<br />
integrado e adaptado para os canais são<br />
57% mais eficientes quando comparadas<br />
a campanhas sem nenhuma integração.<br />
Esta edição do estudo buscou enten<strong>de</strong>r<br />
como maximizar o impacto <strong>de</strong> marca<br />
<strong>de</strong> campanhas multicanais. De acordo<br />
com a pesquisa, 84% dos brasileiros<br />
têm conseguido i<strong>de</strong>ntificar publicida<strong>de</strong><br />
aparecendo em mais lugares hoje do que<br />
há três anos e encaram isso como algo<br />
positivo.<br />
DavID CoMEMora CrESCIMENto<br />
A David anota crescimento na sua<br />
operação brasileira, que tem a li<strong>de</strong>rança<br />
<strong>de</strong> Sylvia Panico. A agência da holding<br />
WPP contabilizou, em 2017, um faturamento<br />
bruto <strong>de</strong> R$ 841,57 milhões e está<br />
listada em 34º lugar no ranking do Kantar<br />
Ibope Media. Recentemente, a agência<br />
anunciou as conquistas das contas da<br />
Nestlé e do Banco ABC Brasil. Sua carteira<br />
<strong>de</strong> negócios exibe ainda marcas como<br />
Coca-Cola, Burger King, Dicico e Makro.<br />
A agência também tem escritórios em<br />
Buenos Aires e Miami.<br />
WEBEDIa faz EvENto ProPrIEtárIo<br />
MurilloShooow e BiDa, narradores da Copa IGN<br />
Divulgação<br />
Um dos jogos eletrônicos mais populares<br />
do mundo, o PlayerUnknown’s Battlegrounds<br />
terá competição própria no Brasil.<br />
A Copa IGN terá disputa <strong>de</strong> 30 equipes e<br />
leva o nome <strong>de</strong> seu organizador, o site IGN<br />
Brasil, plataforma <strong>de</strong>dicada à cobertura <strong>de</strong><br />
games do grupo Webedia. Essa é a primeira<br />
competição <strong>de</strong> e-sports proprietária do<br />
grupo, que até então se <strong>de</strong>dicava a projetos<br />
para marcas, como o torneio Overwatch<br />
Old Spice Tournament para a P&G, no ano<br />
passado. Com o projeto, a Webedia quer<br />
ampliar as oportunida<strong>de</strong>s e os pontos <strong>de</strong><br />
contato das marcas com o público gamer e,<br />
<strong>de</strong> quebra, contribuir com a profissionalização<br />
do mercado <strong>de</strong> e-sports.<br />
Diretor e Jor na lis ta Res pon sá vel<br />
Ar man do Fer ren ti ni<br />
Editora-chefe: Kelly Dores<br />
Editores: Neu sa Spau luc ci, Paulo Macedo,<br />
Alê Oliveira (Fotografia)<br />
Editora-assistente: Cristiane Marsola<br />
Repórteres: Alisson Fernán<strong>de</strong>z (SP),<br />
Danúbia Paraizo (SP), Jéssica Oliveira (SP),<br />
Claudia Penteado (RJ)<br />
Editor <strong>de</strong> Arte: Adu nias Bis po da Luz<br />
Assistente <strong>de</strong> Arte: Lucas Boccatto<br />
Revisor: José Carlos Boanerges<br />
Site: propmark.com.br<br />
Redação: Rua Fran çois Coty, 228<br />
CEP 01524-030 – São Pau lo-SP<br />
Tels: (11) 2065-0772 e 2065-0766<br />
e- mail: re da cao@prop mark. com.br<br />
Departamento Comercial<br />
Gerentes: Mel Floriano<br />
mel@editorareferencia.com.br<br />
Tel.: (11) 2065-0748<br />
Monserrat Miró<br />
monserrat@editorareferencia.com.br<br />
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Diretor Executivo: Tiago A. Milani Ferrentini<br />
tferrentini@editorareferencia.com.br<br />
Departamento <strong>de</strong> Assinaturas<br />
Coor<strong>de</strong>nadora: Regina Sumaya<br />
regina-sumaya@editorareferencia.com.br<br />
Assinaturas/Renovação/<br />
Atendimento a assinantes<br />
assinatura@editorareferencia.com.br<br />
São Paulo (11) 2065-0738<br />
Demais estados: 0800 704 4149<br />
O PrO PMar k é uma pu bli ca ção da Edi to ra re fe rên cia Ltda.<br />
rua Fran çois Coty, 228 - São Pau lo - SP<br />
CEP: 01524-030 Tel.: (11) 2065-0766<br />
as ma té rias as si na das não re pre sen tam ne ces sa ria men te a<br />
opi nião <strong>de</strong>s te jor nal, po <strong>de</strong>n do até mes mo ser con trá rias a ela.<br />
jornal propmark - <strong>26</strong> <strong>de</strong> março <strong>de</strong> <strong>2018</strong> 51
supercenas<br />
Paulo Macedo paulo@propmark.com.br<br />
FRIENDSHIP<br />
Lí<strong>de</strong>r <strong>de</strong> vendas no mercado colombiano, com market share<br />
<strong>de</strong> 47% do portfólio local da Ambev, a cerveja Poker tem<br />
campanha <strong>de</strong>senvolvida pela DDB sob direção-geral <strong>de</strong><br />
criação <strong>de</strong> Leo Macias (na foto acima, à direita), publicitário<br />
que construiu carreira no mercado brasileiro em agências<br />
como a DM9 e a Publicis, e há dois anos retornou ao seu país<br />
natal para comandar a agência da holding Omnicom. Nessa<br />
ação, Macias e sua equipe contaram com a participação do<br />
casca-grossa Chuck Norris em dois comerciais gravados na<br />
cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Cartagena. Na Colômbia, o mês <strong>de</strong> março é reservado<br />
para a celebração da amiza<strong>de</strong>. Daí o conceito A cerveja<br />
dos amigos, afinal regar uma boa conversa com uma gelada<br />
à mesa é uma receita que dá pano pra manga. “Fizemos<br />
uma campanha na qual em cada uma das tampinhas da cerveja<br />
sairia um número <strong>de</strong> celular, ao adicionar esse número<br />
ao seu grupo <strong>de</strong> amigos <strong>de</strong> WhatsApp, a pessoa <strong>de</strong>scobriria<br />
que seu amigo tinha ganho algo na promoção: o amigo engraçado,<br />
o amigo DJ, o amigo festeiro, o amigo jogador <strong>de</strong><br />
futebol etc. E o amigo Chuck Norris”, justificou Macias.<br />
O veterano ator Chuck Norris é a atração da campanha da DDB Colômbia para a cerveja Poker<br />
52 <strong>26</strong> <strong>de</strong> março <strong>de</strong> <strong>2018</strong> - jornal propmark
Fotos: Divulgação<br />
A jornalista Natália Leite leva o conhecimento que adquiriu na gestão do site Escola <strong>de</strong> Você para o programa Superpo<strong>de</strong>rosas<br />
EMPODERAMENTO<br />
Sócia da jornalista Ana Paula Padrão na plataforma digital Escola<br />
<strong>de</strong> Você, Natália Leite está à frente do programa matinal da Band<br />
Superpo<strong>de</strong>rosas, que traz a essência do projeto que li<strong>de</strong>ra na internet,<br />
que contabiliza 400 mil seguidores. A i<strong>de</strong>ia é aproveitar esse<br />
volume e ampliar o interesse pela segunda tela a partir da gra<strong>de</strong> da<br />
emissora. “A escolha do nome se <strong>de</strong>u pensando nessa nova mulher,<br />
da nova classe média, que está fazendo a diferença e vem<br />
transformando o Brasil. É essa mulher que trabalha cada vez mais,<br />
tem enorme importância na renda das famílias e impacta o país<br />
economicamente”, disse Natália ao blogueiro Miguel Arcanjo Prado<br />
(blogdoarcanjo.blogosfera.uol.com.br). A atração é exibida ao<br />
vivo <strong>de</strong> segunda a sexta, no horário das 10h às 11h.<br />
CONCORRÊNCIA<br />
Algumas agências <strong>de</strong>sistiram <strong>de</strong> participar do processo seletivo<br />
para contratação <strong>de</strong> agência <strong>de</strong> comunicação da Vale: Tribal Worldwi<strong>de</strong>,<br />
Z+ e F/Nazca Saatchi & Saatchi. Permanecem na concorrência<br />
Artplan, Wie<strong>de</strong>n + Kennedy, NBS, Agência 3 (com a participação<br />
<strong>de</strong> Michel Lent), Ogilvy Brasil e J. Walter Thompson. A verba<br />
anual reservada pelo anunciante é <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> R$ 10 milhões.<br />
IMOBILIÁRIO<br />
Cantor, compositor e empresário. Sim, além da gestão da própria<br />
carreira em parceria com Dody Sirena, Roberto Carlos<br />
também está empreen<strong>de</strong>ndo no mercado imobiliário. Des<strong>de</strong><br />
2011, o Rei está à frente da incorporadora Emoções e se prepara<br />
para lançar, em Goiânia, no próximo mês <strong>de</strong> maio, um empreendimento<br />
resi<strong>de</strong>ncial em terreno localizado no bairro Jardim<br />
Goiás, com vista para o Parque Flamboyant e a Praça das Artes,<br />
área nobre da capital <strong>de</strong> Goiás. A Emoções une os sócios Roberto<br />
Carlos, o empresário Ubirajara Guimarães, Dody Sirena e seu<br />
irmão Jaime Sirena. No total, a empresa já <strong>de</strong>senvolveu 350 mil<br />
metros quadrados, com VGV (Valor Geral <strong>de</strong> Vendas) estimado<br />
em R$ 1,2 bilhão nos estados <strong>de</strong> São Paulo e Sergipe. O nome<br />
da empresa é inspirado na famosa canção <strong>de</strong> Roberto Emoções.<br />
O rei Roberto Carlos, com seu empresário<br />
Dody Sirena, à esquerda, Ubirajara<br />
Guimarães e Jaime Sirena, sócios<br />
da Emoções Incorporadora<br />
TRABALHO<br />
Dados da OIT mostram<br />
que aci<strong>de</strong>ntes e doenças<br />
do trabalho representam<br />
4% do PIB, o que<br />
ultrapassa o valor <strong>de</strong><br />
R$ 200 bilhões por ano<br />
no Brasil.<br />
ELEIÇÕES<br />
O Estadão lançou o site BR<br />
18 <strong>de</strong>dicado à cobertura<br />
política ao país. A<br />
colunista Vera Magalhães<br />
e os repórteres José Fucs e<br />
Marcelo <strong>de</strong> Moraes fazem<br />
parte da equipe.<br />
RESULTADO<br />
O resultado da parceria <strong>de</strong><br />
três anos entre a Allianz<br />
e o Instituto Ayrton<br />
Senna ren<strong>de</strong>u assistência<br />
educacional a 45 mil<br />
crianças em 660 cida<strong>de</strong>s.<br />
FAKE<br />
Os boatos a respeito<br />
<strong>de</strong> Marielle Franco,<br />
assassinada no Rio,<br />
mostram bem como será<br />
o clima <strong>de</strong> fake news nas<br />
eleições <strong>2018</strong>.<br />
EFEITO<br />
Depois <strong>de</strong> Mariana, que<br />
praticamente tornou o Rio<br />
doce sem vida, o Brasil<br />
convive com o <strong>de</strong>sastre<br />
<strong>de</strong> Barcarena. A Norsk<br />
Hydro foi multada em<br />
R$ 40 mi, mas o dano já<br />
está consumado.<br />
PRIVACIDADE<br />
O Facebook rompeu com<br />
SCL Strategic e Cambridge<br />
Analytica por uso<br />
in<strong>de</strong>vido <strong>de</strong> dados dos<br />
seus usuários. Viola sua<br />
política <strong>de</strong> privacida<strong>de</strong>.<br />
jornal propmark - <strong>26</strong> <strong>de</strong> março <strong>de</strong> <strong>2018</strong> 53
última página<br />
SensorSpot/iStock<br />
Sim, marielle<br />
ainda<br />
Stalimir Vieira<br />
Enquanto houver algum resquício <strong>de</strong><br />
consciência <strong>de</strong> que não é pouca coisa<br />
o assassinato <strong>de</strong> alguém que <strong>de</strong>nunciava<br />
um dos aspectos mais cruéis do vácuo <strong>de</strong><br />
po<strong>de</strong>r em que o Brasil se encontra – a arbitrarieda<strong>de</strong><br />
e a violência <strong>de</strong> agentes públicos<br />
contra os marginalizados – o nome<br />
<strong>de</strong> Marielle <strong>de</strong>ve, sim, ser lembrado. Não<br />
sou ingênuo, no entanto, a ponto <strong>de</strong> não<br />
acreditar que a tendência venha a ser o arrefecimento<br />
da comoção. Mas não serei eu<br />
quem vai iniciar esse processo <strong>de</strong> banalização<br />
da violência.<br />
Como escrevo para um veículo<br />
especializado, gostaria<br />
<strong>de</strong> trazer uma reflexão sobre<br />
o ocorrido para o âmago<br />
dos nossos negócios. Ultimamente<br />
tem sido moda as<br />
marcas <strong>de</strong>finirem e fazerem<br />
os seus “manifestos”, assunto<br />
<strong>de</strong> reuniões entre o marketing<br />
e as agências. Normalmente,<br />
esses manifestos<br />
“do bem” gravitam em torno<br />
<strong>de</strong> causas <strong>de</strong> senso comum.<br />
E permitem que se posicionem<br />
sobre temas “controversos”,<br />
como i<strong>de</strong>ologia <strong>de</strong> gênero, por<br />
exemplo. Ótimo, melhor do que nada, mesmo<br />
que pisando em ovos, com muita pesquisa<br />
e cálculo <strong>de</strong> risco. Ou seja, sempre se faz<br />
necessário afinar direitinho o tom, <strong>de</strong> modo a<br />
<strong>de</strong>finir os limites que cabem para a intervenção<br />
das marcas em certos temas, sem sacrifício<br />
<strong>de</strong> sua “neutralida<strong>de</strong>” vocacional. Afinal,<br />
não importa <strong>de</strong> que bolso venha o dinheiro,<br />
ven<strong>de</strong>r é sempre bom. Essas amarras da natureza<br />
do ofício tradicionalmente colocaram<br />
o publicitário naquela fronteira entre o gênio<br />
mercenário e o fútil útil.<br />
“Essas amarras<br />
da naturEza<br />
do ofício<br />
tradicionalmEntE<br />
colocaram o<br />
publicitário<br />
naquEla<br />
frontEira EntrE o<br />
gênio mErcEnário<br />
E o fútil útil”<br />
O assassinato da vereadora Marielle e do<br />
motorista An<strong>de</strong>rson foi o fato mais significativo<br />
ocorrido recentemente. Ter acontecido<br />
no centro do Rio <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong>u a ele<br />
a amplificação necessária para se fazer tão<br />
notório e chocante.<br />
A imprensa nacional e a internacional,<br />
estarrecidas, trataram o assassinato com<br />
o horror (a única posição, humanamente,<br />
aceitável) necessário para que fosse percebido<br />
no seu padrão <strong>de</strong> absurdo. E a nós,<br />
igualmente especialistas em comunicação,<br />
que papel coube diante da barbárie? Nada,<br />
aparentemente. Pois trabalhamos com a<br />
elaboração e não com a indignação. No máximo,<br />
nos mobilizam “oportunida<strong>de</strong>s” que<br />
rendam algum humor.<br />
Como não acompanho<br />
a mídia carioca no <strong>de</strong>talhe,<br />
então, pergunto se ocorreu<br />
algum anúncio “manifesto”<br />
<strong>de</strong> marca comprometida<br />
com o Rio, só para ficar no<br />
óbvio. Essa ausência completa,<br />
a se confirmar, revela<br />
o tipo <strong>de</strong> “reação” típico <strong>de</strong><br />
quem não tem nada com<br />
isso, quase todos nós, que<br />
não somos favelados, traficantes,<br />
policiais, políticos,<br />
militantes, milicianos, enfim,<br />
não somos nenhum dos<br />
“outros” que vivem esse “problema” no<br />
seu cotidiano.<br />
Daí, ser temerário assumir algum posicionamento<br />
aberto. Se até ao “criativo”<br />
presi<strong>de</strong>nte da República ocorreu simplesmente<br />
um prosaico “inadmissível” (sério,<br />
Temer?), o que dizer <strong>de</strong> quem não tem nenhum<br />
compromisso, sequer funcional, em<br />
falar? Outro dia, li o <strong>de</strong>poimento <strong>de</strong> um<br />
publicitário venezuelano sobre a situação<br />
por lá: “As coisas não são bem assim como<br />
falam, a Venezuela é um gran<strong>de</strong> país e logo<br />
vai superar essa crise”. Certamente, na cabeça<br />
<strong>de</strong>le, quem está fugindo para Roraima<br />
são “os outros”.<br />
Stalimir Vieira é diretor da Base Marketing<br />
stalimircom@gmail.com<br />
54 <strong>26</strong> <strong>de</strong> março <strong>de</strong> <strong>2018</strong> - jornal propmark
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