edição de 26 de março de 2018

mercaDo
Lide debate avanços da tecnologia
que turbinam os negócios do varejo
6º Fórum Lide, realizado no Guarujá, destacou o fenômeno da
conectividade e as mudanças de comportamento do consumidor
Alisson Fernández
Com o propósito de debater
os desafios, estratégias e
o futuro do setor varejista, alguns
dos principais líderes empresariais
do país marcaram
presença no 6º Fórum Lide do
Varejo, que ocorreu entre os últimos
dias 16 e 18, no Guarujá,
litoral de São Paulo.
A iniciativa do Lide (Grupo
de Líderes Empresariais), que
tem realização do Grupo Doria,
destacou a importância e influência
da tecnologia nos negócios
e a mudança de comportamento
do consumidor.
“O fenômeno da conectividade
e a capacidade de empoderamento
dos consumidores,
que atualmente podem consultar
produtos, preços e tomar
suas decisões pela internet, ou
até mesmo dentro das lojas físicas,
chamam a atenção do setor.
Vemos aqui como a tecnologia
pode turbinar os negócios
tradicionais”, diz Luiz Fernando
Furlan, chairman do Lide.
Com um consumidor cada
vez mais multicanal, as companhias
buscam trazer facilidades
na integração de seus
canais e uma experiência mais
assertiva, seja no digital ou nas
lojas físicas.
“O varejo na América Latina
vem se transformando muito
nos últimos 15 anos. Acreditamos
que o sucesso está na
combinação da loja física com
o digital, pois o cliente não elege
o seu canal de vendas e, sim,
o produto e a marca que deseja.
Depois ele vai escolher o canal
para a compra. Para o futuro,
enxergamos que as lojas físicas
precisam ser mais eficientes e
a experiência do consumidor
melhorada. Queremos que as
nossas lojas sejam um centro
de experiência para os nossos
consumidores, que seja o lugar
onde eles possam aprender a
tirar a melhor performance dos
nossos produtos. Essa é a missão
da marca em conjunto com
A sexta edição da premiação no Fórum Lide do Varejo contemplou 27 empresas do segmento
o varejo”, diz Mario Laffitte,
vice-presidente da Samsung na
América Latina.
PDV
Já Eco Moliterno, CCO da Accenture
Interactive na América
Latina, que também participou
do encontro, afirma que “se
quisermos falar com o ‘omniconsumidor’
tem-se de entender
que todo ponto é um ponto
de venda. “O tradicional PDV
precisa ser ressignificado, pois
atualmente todo mundo tem
um PDV no bolso. A letra P agora
não é mais de ponto e, sim,
de personalizar. Para acabar
com essa volatilidade do consumidor
precisamos entretê-lo
e personalizar tudo o que for
possível para atrair esse consumidor.
Com relação à letra D, é
o digitalizar. As marcas precisam
contar algo a mais do que
já é visto nas lojas físicas e criar
uma experiência diferenciada.
É isso que vai atrair e prender
o consumidor. E o V não tem
de mudar, pois precisa vender.
Mas agora é preciso potencializar
o poder desse vendedor.
Fornecer a ele mais dados dos
consumidores para que eles
possam oferecer as melhores
informações e tendências. Então,
o PDV significa personalizar,
digitalizar e vender, mas
tudo se resume na experiência
que o consumidor vai ter”.
É um fato que o consumidor
já não faz mais distinção entre
loja física e digital. Para Cedric
Burel, presidente da Decathlon,
atualmente todos as pessoas
são omniconsumidores.
“Não conheço ninguém que
não pesquise antes na internet
os produtos que deseja adquirir.
Para criar mais engajamento
e fidelidade com os consumidores
precisamos realizar
mais experiências com eles.
Na Decathlon, executamos em
nossas lojas diversos eventos
esportivos durante o ano para
que a marca seja o parceiro ideal
para o esporte do consumidor”,
diz.
Já para Frederico Trajano,
presidente do Magazine Luiza,
o mercado está no meio de uma
revolução digital. “Mais de 68%
da população já está conectada.
Fotos: Divulgação
“No muNdo
iNteiro os preços
oNliNe são mais
atraeNtes do que
Nas lojas físicas”
8 26 de março de 2018 - jornal propmark