TOP 100 As Maiores Empresas do Atermarket
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<strong>Maiores</strong> distribui<strong>do</strong>res de peças automóvel 2017<br />
ra<strong>do</strong>ra de Valor Acrescenta<strong>do</strong> Bruto e<br />
quem mais lucrou. J.P.L.R. 1, Unipessoal<br />
é a maior emprega<strong>do</strong>ra e as TRW e Sofrapa<br />
as maiores exporta<strong>do</strong>ras.<br />
A empresa líder até 2013, MCoutinho<br />
Peças, ocupa, este ano, a segunda posição,<br />
com uma faturação de 40.650 milhões<br />
de euros, que inclui os resulta<strong>do</strong>s<br />
da AZ Auto, que, apesar de funcionar<br />
como empresa autónoma no merca<strong>do</strong><br />
da distribuição, está integrada financeiramente<br />
na MCoutinho Peças. Em<br />
terceiro lugar, está a Centrauto, com<br />
uma faturação de 40.426 milhões de<br />
euros. Depois <strong>do</strong> pódio, aparece a Vauner<br />
Trading, seguin<strong>do</strong>-se, no <strong>TOP</strong> 10,<br />
Create Business, Euro Tyre, Autozitânia,<br />
J.P.L.R. 1, Unipessoal, TRW Automotive<br />
e AS Parts.<br />
Para a análise <strong>do</strong> desempenho <strong>do</strong>s <strong>100</strong><br />
maiores distribui<strong>do</strong>res de peças entre<br />
2016 e 2017, coloca-se em comparação<br />
os da<strong>do</strong>s financeiros destas <strong>100</strong> empresas<br />
em 2017, com os indica<strong>do</strong>res das <strong>100</strong><br />
empresas para as quais existem informação<br />
financeira relativa a 2016 (o que<br />
permite, assim, a comparação direta de<br />
desempenho entre os <strong>do</strong>is anos. Desta<br />
forma, usan<strong>do</strong> esta meto<strong>do</strong>logia, observa-se<br />
um aumento de 7% no volume de<br />
negócios global das <strong>100</strong> maiores empresas<br />
de distribuição de peças entre 2016 e<br />
2017, que, sen<strong>do</strong> inferior ao crescimento<br />
<strong>do</strong> ano anterior, continua numa fase de<br />
crescimentos eleva<strong>do</strong>s.<br />
O número de colabora<strong>do</strong>res <strong>do</strong> <strong>TOP</strong> <strong>100</strong><br />
aumentou 6% em relação a 2016, ten<strong>do</strong><br />
si<strong>do</strong> cria<strong>do</strong>s 226 novos empregos. A<br />
atividade exporta<strong>do</strong>ra é importante no<br />
setor, representan<strong>do</strong> 7,1% da faturação.<br />
O desempenho <strong>do</strong> <strong>TOP</strong> <strong>100</strong> nesta edição<br />
mostra sinais positivos, a começar pelos<br />
indica<strong>do</strong>res de rentabilidade, to<strong>do</strong>s eles<br />
a subir. Por um la<strong>do</strong>, a rentabilidade das<br />
vendas (rácio entre o resulta<strong>do</strong> operacional<br />
e as vendas) manteve a trajetória<br />
ascendente iniciada em 2012, desta feita<br />
dan<strong>do</strong> um salto significativo entre 2016<br />
e 2017.<br />
O registo positivo mantém-se noutros<br />
indica<strong>do</strong>res, nomeadamente os que medem<br />
a sustentabilidade financeira das<br />
organizações. A começar pela liquidez<br />
geral (relação entre o ativo corrente e<br />
o passivo corrente). Este indica<strong>do</strong>r, que<br />
mede a capacidade de uma companhia<br />
fazer face às suas responsabilidades de<br />
curto prazo, foi um <strong>do</strong>s responsáveis pela<br />
recuperação da maioria das empresas<br />
<strong>do</strong> ranking.<br />
No que toca à liquidez geral, é notória<br />
a evolução positiva nos últimos anos, o<br />
mesmo acontecen<strong>do</strong> com a autonomia<br />
financeira, um <strong>do</strong>s rácios mais analisa<strong>do</strong>s<br />
pela banca, porque indica a capacidade<br />
que as empresas têm em fazer face<br />
aos seus investimentos sem recorrerem<br />
a capital alheio.<br />
Verifica-se, também, a dificuldade das<br />
empresas distribui<strong>do</strong>ras de peças obterem<br />
prazos de entrega curtos <strong>do</strong>s fabricantes<br />
de peças, o que obriga as empresas<br />
a investir em profundidade no seu stock<br />
para poderem ter uma taxa de serviço<br />
elevada. Quanto mais pequena é a empresa,<br />
maior é a dificuldade da rotação<br />
<strong>do</strong> seu inventário. O maior investimento<br />
das empresas deste setor é feito nos seus<br />
inventários. Por isso, é tão importante a<br />
sua gestão.<br />
Os recebimentos continuam a ser uma<br />
das maiores preocupações da atividade<br />
económica em geral. E o ano de 2017<br />
voltou a apresentar algumas dificuldades,<br />
ten<strong>do</strong> muitas empresas aumenta<strong>do</strong><br />
este rácio.<br />
No geral, existe uma clara melhoria na<br />
gestão <strong>do</strong> negócio de peças em relação<br />
aos anos anteriores. Mas será que os<br />
modelos atuais de gestão espelham a<br />
transformação digital necessária para os<br />
desafios que o futuro reserva?<br />
No início de uma nova era tecnologicamente<br />
mais evoluída, é necessário estar<br />
prepara<strong>do</strong> para enfrentar os desafios<br />
da transformação digital, explorar as<br />
oportunidades da era digital, desenvolver<br />
novos negócios e conquistar novos<br />
merca<strong>do</strong>s. <strong>As</strong> plataformas digitais são<br />
incontornáveis. Porém, a maioria das<br />
empresas não tem uma estratégia digital<br />
para o seu negócio nem compreende a<br />
profundidade das mudanças em curso,<br />
bem como o seu impacto nos negócios<br />
e no capital humano. To<strong>do</strong>s necessitam<br />
de se preparar para a transformação digital<br />
e para a reinvenção <strong>do</strong>s modelos de<br />
negócio, pois quem perder o comboio da<br />
transformação digital não sobreviverá<br />
no merca<strong>do</strong> global. E para acompanhar<br />
esta mudança radical, não basta ter um<br />
website bem desenha<strong>do</strong> e alimentar as<br />
plataformas digitais para tu<strong>do</strong> acontecer<br />
naturalmente, incluin<strong>do</strong> os resulta<strong>do</strong>s.<br />
É necessário desenvolver uma visão de<br />
futuro que defina objetivos concretos<br />
e possa ser partilhada com os recursos<br />
chave da empresa, dan<strong>do</strong> prioridade à<br />
formação digital desses recursos. Se queremos<br />
competir no merca<strong>do</strong> usan<strong>do</strong> plataformas<br />
digitais, temos de saber escolher<br />
os melhores profissionais e utilizar<br />
da<strong>do</strong>s para maximizar uma comunicação<br />
eficaz e assertiva. Da mesma forma,<br />
o segre<strong>do</strong> da personalização qualificada<br />
será falar menos e melhor, com as pessoas<br />
certas, na altura adequada. Ou seja,<br />
será a criação de conteú<strong>do</strong>s digitais<br />
personaliza<strong>do</strong>s, adequa<strong>do</strong>s a um perfil<br />
comercialmente relevante, exploran<strong>do</strong> a<br />
oportunidade da sua difusão.<br />
Para além disto, acresce que as novas<br />
gerações substituíram o desejo de posse<br />
pelo de usufruto, o que explica o sucesso<br />
global das empresas de aluguer de<br />
automóveis partilha<strong>do</strong>s (car sharing).<br />
Tu<strong>do</strong> é vendi<strong>do</strong> como um serviço. <strong>As</strong><br />
pessoas não querem ter, querem poder<br />
usar quan<strong>do</strong> precisam. Isto obrigará a<br />
repensar to<strong>do</strong> o negócio. ◆<br />
Top <strong>100</strong> Aftermarket 2018<br />
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