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14 ed Revista Completa

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Reprodução do molusco<br />

de areia Mesodesma<br />

mactroides (Reeve, 1854)<br />

em laboratório<br />

Juan Jethro Silva Santos*<br />

Luis Alberto Romano<br />

Laboratório de Patologia de Organismos Aquáticos<br />

Universidade F<strong>ed</strong>eral do Rio Grande - FURG<br />

Rio Grande, RS<br />

*juanjethrosantos@gmail.com<br />

Juliana Portella Bernardes<br />

Carlos Henrique Araujo de Miranda Gomes<br />

Laboratório de Moluscos Marinhos – LMM<br />

Universidade F<strong>ed</strong>eral de Santa Catarina – UFSC<br />

Florianópolis, SC<br />

A família Mesodesmatidae está representada<br />

por moluscos de areia que apresentam importância<br />

socioeconômica em diversas regiões do mundo,<br />

sendo apontadas como promissoras para aquicultura<br />

(Silva Santos et al., 2016), como as espécies “toheroa”<br />

Paphies ventricosa e “pipi” Paphies australis da Nova<br />

Zelândia (R<strong>ed</strong>fearn, 1982; Hooker, 1997; Gadomski<br />

et al., 2015) e da “macha” Mesodesma donacium no<br />

Chile e Peru (Uriarte, 2008; Ayerbe et al., 2017).<br />

No decorrer dos anos, pesquisas referentes a estas<br />

espécies estão sendo desenvolvidas, almejando<br />

informações que visem estabelecer protocolos de<br />

cultivo em laboratório (Hooker, 1997; Gadomski et<br />

al., 2015; Ayerbe et al., 2017).<br />

O marisco branco, Mesodesma mactroides (Reeve,<br />

1854), que possui sinônimo científico de Amarilladesma<br />

mactroides (Reeve, 1854), é uma espécie representante<br />

da família Mesodesmatidae, nativa do litoral do<br />

Brasil, Uruguai e Argentina distribuindo-se desde Ilha<br />

Grande, no Rio de Janeiro, até o sul da província<br />

de Buenos Aires, na Argentina (Rios, 1994). Esta<br />

espécie é dióica, sem dimorfismo sexual, e habita de<br />

forma agregada zonas entremarés de praias arenosas<br />

de regimes subtropicais e temperados, podendo<br />

se enterrar até mais de 20 cm de profundidade<br />

(Coscarón, 1959; Bergonci, 2005) (Figura 1).<br />

Estes animais são comercialmente explorados<br />

(Herrmann et al., 2011), assim como outros moluscos<br />

de areia, com extrações baseadas na retirada dos<br />

estoques naturais. Possuindo um valor histórico como<br />

recurso pesqueiro (Coscarón, 1959; McLachlan &<br />

Defeo, 2018), utilizados para alimentação humana<br />

(Figura 2) e para atividades recreativas, como isca de<br />

pesca (Bastida et al., 1991).<br />

SET/OUT 2018<br />

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