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14 ed Revista Completa

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con, defumados, filés de atum em azeite com<br />

tomate seco e azeitona,.etc. ), bacalhau (em<br />

azeite e alho, com grão de bico, e bochechas<br />

de bacalhau, fígado de bacalhau defumado,<br />

etc.), sardinhas (ao natural, em azeite, em<br />

molho tomate, em molho picante, em molho<br />

de limão, filés de sardinha, defumados,<br />

filés de sardinha em azeite extra virgem, etc.),<br />

cavalinha, carapau, arenques, salmões (lascas,<br />

ralado, filés de salmão em azeite com alcaparras),<br />

tilápias, ovas de peixes, camarões,<br />

caranguejos ou patas de caranguejo, siris,<br />

polvos, lulas (anéis, recheadas, etc.), mexilhões,<br />

vieiras, enguias, rãs, algas, patês, etc.<br />

A abrangência de espécies que se adaptam<br />

ao processo de enlatamento e a praticidade<br />

dos produtos desenvolvidos, fazem<br />

com que este segmento tenha importância<br />

significativa no campo da nutrição humana.<br />

Por outro lado existem espécies marinhas<br />

que não se adaptam ao processo de enlatamento<br />

porque a estrutura molecular se desintegra<br />

quando submetido a severas condições<br />

de tratamento térmico. Com relação ao<br />

mercado brasileiro observa-se um perfil diferente<br />

do mundial existindo praticamente somente<br />

duas espécies comercializadas, onde a<br />

sardinha representa ~76% e o atum ~22%<br />

(os ~2% representam outras espécies como<br />

mexilhão, salmão, cavalinha, arenque, patês,<br />

etc.)<br />

Para tentar mudar esse cenário, a Embrapa<br />

realizou a prospecção de espécies<br />

nativas, como alternativa para o processo de<br />

enlatamento para a indústria de conservas de<br />

pescado. Entre os resultados, observou-se<br />

uma boa aceitação de mercado e intenção<br />

de compras das espécies de peixe nativo (tilápia,<br />

tambaqui, matrinxã, cachapinta, pacu,<br />

jundiá, rã), dinamizando o setor das indústrias<br />

de conservas a partir da introdução de<br />

novas espécies e criação de novos nichos de<br />

mercado, uma vez que a indústria demanda<br />

por um peixe nativo que seja proveniente de<br />

cultivo e com produção em escala. Esses estudos<br />

sugerem a introdução dessa tecnologia<br />

(conservas) na aquicultura através de pequenas<br />

unidades de processamento de pescado.<br />

No entanto, no mercado nacional, essas<br />

espécies ainda não foram introduzidas na indústria<br />

conserveira, uma vez que esses novos<br />

produtos (espécies) não estão sendo incluídos<br />

nas gôndolas dos supermercados. Talvez<br />

a necessidade de estudos de viabilidade<br />

econômica ainda seja necessária, por parte<br />

dos pesquisadores e das indústrias, pois pelos<br />

estudos de viabilidade técnica, bem como a<br />

disponibilidade de matéria-prima (produção<br />

em grande escala), principalmente oriundo<br />

da aquicultura permitem a inclusão de novas<br />

espécies.<br />

Para que os produtos enlatados sejam seguros,<br />

os fabricantes de pescado em conserva<br />

devem certificar-se de que o tratamento<br />

térmico ao qual estão sendo submetidos seja<br />

suficiente para eliminar todos os microrganismos<br />

patogênicos responsáveis pela deterioração.<br />

A esterilização a quente objetiva a<br />

inativação de bactérias e enzimas presentes<br />

no pescado. As enzimas são inativadas a uma<br />

temperatura relativamente baixa, porém, deve-se<br />

imprimir um tratamento térmico mais<br />

forte para as bactérias, ou seja, temperaturas<br />

relativamente elevadas por determinados<br />

períodos, especialmente se são capazes de<br />

formar esporos. Dessa maneira, a temperatura<br />

e a duração do processo devem ser suficientes<br />

para a destruição dos esporos mais<br />

resistentes ao calor.<br />

Considerações Finais<br />

A agregação de valor e a diversificação de<br />

produtos são os dois lados de uma mesma<br />

mo<strong>ed</strong>a que devem ser inseridas em nossas<br />

indústrias de pescado, principalmente nas de<br />

conserva (enlatados). Há uma necessidade<br />

crescente de produtos de pescado seguro e<br />

saudável com alta qualidade sensorial e pode<br />

ser atendida pela pesca e aquicultura. A tecnologia<br />

continuará a desempenhar um papel<br />

importante no negócio de agregação de valores,<br />

como as conservas (enlatados) com<br />

novas espécies, novos cortes, novos molhos,<br />

novos produtos (defumado, fermentado,<br />

marinado), dentre outros.<br />

SET/OUT 2018<br />

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