14 ed Revista Completa
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Novos rumos<br />
“Eu sempre gostei de fazer pesquisa e sonhava<br />
em fazer doutorado fora do país. Fiz duas tentativas,<br />
em 2000 e 2005 para trabalhar com peixes<br />
marinhos na Terra Nova e depois lagostas, na<br />
Tasmânia, mas não consegui auxílio. A crise no setor<br />
em 2005 deu um empurrão para eu retomar os<br />
meus planos de fazer doutorado e pretendia fazer<br />
com uma pesquisa aplicada. Quando conheci o Albert<br />
Tacon e p<strong>ed</strong>i para ser seu orientado no Hawaii<br />
ele me encorajou a fazer no Brasil sob a orientação<br />
do Daniel Lemos, a coorientação dele e o apoio da<br />
Guabi. Deu certo e graças a Deus, e aos amigos que<br />
surgiram no caminho, como o Oceanógrafo Ricardo<br />
Ota, foi uma experiência produtiva e gratificante,<br />
apesar de sofrer com a distância da família e com<br />
a troca do escritório e as viagens pelos trabalhos<br />
hidráulicos, elétricos e as inúmeras coletas de fezes<br />
de camarão no laboratório. No final do doutorado<br />
fui aprovado no concurso da Escola Agrícola de<br />
Jundiaí (EAJ), que é a Unidade de Ciências Agrárias<br />
da UFRN e faço parte do corpo docente dos cursos<br />
Técnico em Aquicultura e Engenharia de Alimentos<br />
e oriento alunos destes cursos e da Engenharia de<br />
Aquicultura e colaboro com duas pós-graduações”.<br />
Experiências internacionais<br />
“Graças ao inglês, e sempre reforço isso com<br />
os meus filhos e alunos, pude aproveitar, através<br />
do trabalho, experiências internacionais muito<br />
enriquec<strong>ed</strong>oras. Estas experiências iniciaram em<br />
2002 quando eu era gerente de uma das indústrias<br />
da Valença da Bahia Maricultura, e consegui o<br />
apoio do Vice-Presidente, o saudoso Mário Aurélio<br />
da Cunha Pinto, para participar do International<br />
Boston Seafood Show e buscar importadores para os<br />
nossos produtos. Esta experiência ampliou a minha<br />
visão sobre o mercado do pescado. Em 2003 fiz<br />
parte da delegação brasileira na reunião do Comitê<br />
para Pescado e Produtos Pesqueiros do CODEX<br />
(comitê conjunto FAO/OMS para alimentos) na<br />
Noruega, Entre 2004 e 2006 tive a oportunidade<br />
de representar o setor em eventos no Chile, Japão,<br />
França e Inglaterra e de volta à academia participei<br />
dos congressos da WAS no México e nos Estados<br />
Unidos. Entre 20<strong>14</strong> e 2017 integrei a equipe<br />
do projeto SUSAQUA-BRAZIL, uma iniciativa de<br />
pesquisadores da Noruega e do Brasil para avaliar<br />
as possibilidades e desafios para desenvolver uma<br />
indústria da maricultura verde e sustentável no<br />
Brasil aproveitando a experiência da Noruega para<br />
ajudar o país a desenvolver o seu potencial. Em<br />
Laboratório.<br />
2015 participei da Seafood Expo North America<br />
e em 2017 fiz parte da delegação brasileira que<br />
participou do Seminário Sobre Produção Aquícola<br />
e Desenvolvimento Pesqueiro na China e pudemos<br />
visitar empresas e centros de pesquisa. Foi uma<br />
experiência técnica e cultural muito rica que nos<br />
fez admirar e respeitar o desenvolvimento da<br />
China.<br />
Trabalho atual<br />
“Trabalho na Escola Agrícola de Jundiaí (EAJ),<br />
que é a Unidade de Ciências Agrárias da UFRN. A<br />
EAJ foi fundada a 69 anos, antes mesmo da UFRN<br />
que completa 60 anos este ano. Trabalho no que<br />
gosto e com um grupo unido e atuante em diferentes<br />
áreas da aquicultura. Sou chefe do Laboratório<br />
de Tecnologia do Pescado onde desenvolvemos projetos<br />
de agregação de valor, controle de qualidade<br />
e aproveitamento de resíduos e coordeno o Laboratório<br />
de Nutrição de Organismos Aquáticos cujas<br />
linhas de pesquisa compreendem a determinação<br />
do valor nutricional de ingr<strong>ed</strong>ientes para ração, desenvolvimento<br />
de dietas para melhorar as características<br />
dos produtos, balanço iônico e sistemas de<br />
cultivo para tilápias e camarão marinho”.<br />
Projetos atuais<br />
“Meus projetos são incubar empresas na área<br />
de aquicultura e incentivar o empreend<strong>ed</strong>orismo,<br />
produzir peixes e camarões na estação de aquicultura<br />
da EAJ com alta tecnologia para atender as<br />
aulas práticas, pesquisas e produzir um pequeno<br />
exc<strong>ed</strong>ente para ajudar a manter a nossa estrutura.<br />
Construir a planta piloto para processamento<br />
de pescado na EAJ e melhorar as nossas estruturas<br />
para a realização aulas práticas, pesquisas e<br />
cursos. Publicar e, acima de tudo, colocar bons<br />
profissionais no mercado, sejam empreendendo,<br />
trabalhando em empresas ou atuando no ensino,<br />
pesquisa e extensão”.<br />
Rodrigo Carvalho daqui há 30 anos...<br />
“Estarei viajando, curtindo os netos, escrevendo<br />
artigos, colaborando com pesquisas d<strong>ed</strong>icadas à<br />
aquicultura e quem sabe, produzindo ou processando<br />
pescado.<br />
SET/OUT 2018<br />
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