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REVISTA PÓS-VENDA 50

Na edição de novembro da REVISTA PÓS-VENDA, o destaque vai para o dossier de repintura e para o 3.º “À Conversa com as oficinas”. A antevisão do salão Mecânica 2019 e a reportagem do Equip Auto estão também em evidência, assim como a personalidade do mês, Pedro Pinheiro, da SafetyKleen. Tudo isto e muito mais na edição n.º 50 da PÓS-VENDA.

Na edição de novembro da REVISTA PÓS-VENDA, o destaque vai para o dossier de repintura e para o 3.º “À Conversa com as oficinas”. A antevisão do salão Mecânica 2019 e a reportagem do Equip Auto estão também em evidência, assim como a personalidade do mês, Pedro Pinheiro, da SafetyKleen. Tudo isto e muito mais na edição n.º 50 da PÓS-VENDA.

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68<br />

WWW.POS<strong>VENDA</strong>.PT NOVEMBRO 2019<br />

P<br />

PERSONALIDADE<br />

Perfil<br />

Pedro Pinheiro começou a sua carreira<br />

como Key Account na Mobil, tendo<br />

passado depois pela Total, onde foi<br />

gestor de produto, diretor de marketing<br />

e, mais tarde, responsável do setor<br />

automóvel. Em 2009 surgiu o desafio<br />

de integrar a Saftykleen, onde é<br />

atualmente diretor-geral.<br />

10 anos tínhamos uma taxa de retenção de<br />

clientes que não chegava aos 80% e hoje<br />

em dia trabalhamos com 94%. Atualmente,<br />

no setor automóvel temos cerca de 2<strong>50</strong>0<br />

operadores B2B. Se considerarmos os locais<br />

onde temos equipamentos ou prestamos<br />

serviços dentro do setor automóvel,<br />

chegamos aos <strong>50</strong>00 locais. É um negócio<br />

muito capilar, e é essa a nossa força.<br />

Como avalia o mercado em que a<br />

Safetykleen está?<br />

Depende da área de negócio que estamos<br />

a falar. No nosso core business, as máquinas<br />

de limpeza de peças, foi a Safetykleen<br />

que criou este mercado e onde tudo o que<br />

é inovação e crescimento tem sido feito<br />

através da Safetykleen. Surgiram algumas<br />

empresas a fazer o mesmo. Mas neste negócio<br />

é importante sermos consistentes ao<br />

longo dos anos, porque assenta no serviço,<br />

não é só vender uma máquina. E aqui<br />

diria que ainda não chegámos a <strong>50</strong>% do<br />

mercado potencial, por isso há espaço para<br />

todos. Na parte do mercado da assessoria,<br />

a Safetykleen ainda tem muito para crescer,<br />

nomeadamente nos grandes clientes. E há<br />

uma necessidade premente. O conceito de<br />

assessoria é muito abrangente, e ainda não<br />

somos suficientemente conhecedores para<br />

saber qual a dimensão do mercado potencial<br />

de assessoria ambiental em Portugal.<br />

Existem oportunidades ao nível do ambiente<br />

e recolha de resíduos nas oficinas?<br />

Nos resíduos somos um operador relativamente<br />

pequeno. O resíduo tem várias<br />

fases no seu processo. Na parte da recolha<br />

de A para B, onde se recolhe o produto,<br />

depois é feita a separação e é enviado<br />

para o destino final, para ser tratado, somos<br />

uma empresa forte, porque já temos<br />

uma capilaridade montada. Mas existem<br />

operadores de muito maior dimensão, se<br />

olharmos para a nossa faturação nesta área<br />

comparativamente.<br />

Privilegiamos<br />

o nosso canal<br />

de vendas<br />

Qual a sua opinião sobre a evolução que<br />

existe nas oficinas nacionais em matéria<br />

ambiental?<br />

Existe uma sensibilização, um sentido de<br />

responsabilidade e de compromisso ambiental<br />

que nada tem que ver com o que<br />

existia há 10 anos. Outra coisa é o tempo<br />

que demora e o custo da mudança e a capacidade<br />

que as empresas têm de absorver<br />

essa mudança. Ainda existe alguma ideia<br />

de impunidade. Existe um sentimento de<br />

fiscalidade sem critério, o que leva a uma<br />

desresponsabilização e a um sentimento<br />

no setor de que há fiscalidade para uns e<br />

não há para outros. E isso pode desequilibrar<br />

a balança da competitividade. Esse<br />

é o principal fator de “sofrimento” para<br />

aquilo que se passa atualmente no setor.<br />

Como se poderia resolver este problema?<br />

Passa muito pela sensibilização, responsabilização<br />

e por haver comunicação com os<br />

principais interlocutores do mercado. As<br />

associações representam uma grande parte<br />

do mercado. Se houver uma vontade real<br />

de atuar, e um dialogo efectivo pelos canais<br />

próprios, obrigara à organização, associação<br />

e ordenação do sector, e deixará<br />

cada vez mais isolados os que nao querem<br />

fazer parte do processo.<br />

A remoção dos filtros de partículas,<br />

por exemplo, afeta a atividade da<br />

Safetykleen?<br />

Olhamos para isso do ponto de vista de<br />

ser um problema para o cliente final, ter<br />

de substituir o FAP. E, por isso, contribuímos<br />

para a solução: permitir que, por<br />

um valor mais reduzido, o FAP possa ser<br />

recondicionado (limpo) e o cliente não ter<br />

de adquirir um novo. Na Safetykleen, recolhemos<br />

e entregamos como resíduo, às<br />

entidades que depois os reciclam.<br />

O futuro vai trazer os veículos elétricos<br />

e híbridos, que geram menos resíduos.<br />

Este fator preocupa uma empresa como<br />

a Safetykleen?<br />

Temos o efeito parque, e por isso é algo<br />

que ainda vai demorar, mas a tendência<br />

está lá. Já está a fazer algum efeito, e um<br />

dos efeitos que sentimos em Portugal é<br />

que a carga fiscal sobre estes veículos irá<br />

eventualmente mudar. Ainda não há certezas<br />

sobre aquilo que vai ser a tecnologia<br />

dominante. Pessoalmente, penso que o hidrogénio<br />

seria o caminho a seguir. Numa<br />

primeira fase, estamos a minimizar algumas<br />

perdas através da nossa presença na<br />

indústria, a montante. Em segundo lugar,<br />

temos o efeito parque, e em terceiro<br />

lugar, as marcas vão ter de redefinir o<br />

seu conceito de pós-venda e nós lá estaremos.<br />

Terão de redefinir a cadeia de valor,<br />

e teremos de ver de que forma nos vamos<br />

integrar. Trabalhamos com a Tesla, desde<br />

que veio para a Península Ibérica, assim<br />

como muitas das outras marcas, pelo que<br />

estaremos atentos.<br />

Que desafios existem a curto e médio<br />

prazo para a atividade da Safetykleen?<br />

Na nossa atividade, aquilo que é imprescindível<br />

é a estabilidade económica. Se existir,<br />

temos espaço para continuar a investir e a<br />

crescer no mercado. Temos projetos para<br />

abrir uma delegação na zona centro, porque<br />

continuamos a crescer e precisamos<br />

de espaço logístico, garantindo a nossa<br />

qualidade de serviço. Mas isso só é possível<br />

com estabilidade, tanto económica,<br />

como política.

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