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Jornal das Oficinas 172

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IMPACTOS<br />

LATERAIS<br />

Lateral de carroçaria com reforço de pilar B e sem ele<br />

Exterior e interior da zona de união entre pilar B e estribo<br />

Substituição do pilar B através de abertura de acesso ou<br />

desmontagem do tejadilho<br />

Travessas de piso de habitáculo<br />

rado. Mas se o estribo estiver completamente<br />

deformado, principalmente<br />

porque não dispõe de reforço<br />

de ultraelevado limite elástico, tal<br />

implicará a sua substituição parcial.<br />

A substituição do piso do habitáculo<br />

em secção parcial apenas é permitida<br />

por alguns fabricantes. Noutros casos,<br />

mudar o piso completo acarreta<br />

custos desproporcionados. Também<br />

lateral, alguns veículos com o reforço<br />

do estribo em aço de ultraelevado limite<br />

elástico podem apresentar grandes<br />

deformações. Inclusivamente,<br />

alcançar até o piso de habitáculo. Na<br />

reparação, o estribo e o reforço deste,<br />

até chegar ao piso, são sempre substituídos.<br />

Em veículos com proteção do<br />

estribo, o piso pode apresentar deformações<br />

economicamente reparáveis,<br />

embora o estribo seja substituído.<br />

3. O tejadilho não costuma apresentar<br />

alterações, visto que o impacto ocorre,<br />

geralmente, contra a frente de outro<br />

veículo, pelo que a deformação está<br />

centrada na zona baixa <strong>das</strong> portas e<br />

no estribo. Mas o tejadilho pode ser<br />

um grande problema se os reforços do<br />

pilar B se introduzirem por baixo. No<br />

caso de ser necessária a substituição,<br />

terá de ser desmontado e ser instalado<br />

um tejadilho novo. Para evitar este<br />

aumento dos custos de reparação, há<br />

fabricantes que permitem realizar<br />

uma abertura no montante do tejadilho<br />

para se poder aceder ao reforço<br />

do pilar sem ter de tocar no tejadilho.<br />

Poucos fabricantes permitem cortar<br />

o reforço do pilar B em secção, ligando<br />

uma secção nova através de uma<br />

união que utiliza um reforço interno<br />

entre as duas partes a unir.<br />

4. O piso do habitáculo também é<br />

afetado por danos significativos.<br />

Neste caso, há que optar entre reparar<br />

ou substituir. Uma decisão<br />

complicada caso não se desmonte o<br />

veículo para verificar o seu estado.<br />

O estado do estribo pode fornecer<br />

informações a esse respeito. Se não<br />

perdeu a sua linearidade, é muito<br />

provável que o piso possa ser repahá<br />

que ter em conta a presença de<br />

travessas do piso do habitáculo em<br />

aço de ultraelevado limite elástico.<br />

Pela sua rigidez, tendem a transmitir<br />

os esforços do impacto, desalinhando<br />

o túnel do habitáculo, o que implica<br />

operações de estiramento.<br />

Processo de reparação<br />

A reparação começa com o estiramento<br />

em bancada para devolver ao pilar B<br />

a sua posição original. É a forma apropriada<br />

de atuar, visto que estas peças<br />

são as que provocam a maior parte<br />

dos danos nas adjacentes, com limites<br />

elásticos inferiores. O facto de se proceder<br />

ao seu estiramento em bancada<br />

para as levar à sua posição, não indica<br />

que sejam manti<strong>das</strong>, mas sim que<br />

se utilizam para diminuir o nível dos<br />

danos nas peças mais próximas.<br />

Em seguida, desmontam-se to<strong>das</strong> as<br />

peças não reparáveis devido à extensão<br />

dos seus danos: estribos, laterais<br />

e reforços <strong>das</strong> laterais, entre outras.<br />

Quanto às peças de ultraelevado limite<br />

elástico, na maioria dos casos<br />

devem ser retira<strong>das</strong> para permitir o<br />

acesso às restantes peças do interior.<br />

No trabalho com peças de ultraelevado<br />

limite elástico, existem algumas<br />

considerações:<br />

Substituição do piso do habitáculo em secção parcial<br />

Estiramento em bancada do pilar B l<br />

1. Uma peça de ultraelevado limite<br />

elástico, uma vez desmontada, deve<br />

ser substituída por uma nova. As desmontagens,<br />

principalmente a eliminação<br />

do ponteado, provocam danos<br />

irrecuperáveis.<br />

2. São peças que devem ser substituí<strong>das</strong><br />

integralmente. Não é aconselhável<br />

executar secções parciais pelo<br />

facto de não haver um procedimento<br />

de união de qualidade que garanta<br />

um comportamento mecânico similar<br />

ao de uma peça sem secções. Este<br />

tipo de materiais é muito sensível às<br />

eleva<strong>das</strong> temperaturas, perdendo as<br />

suas características mecânicas. Eis os<br />

métodos de união mais utilizados:<br />

A. Soldadura por pontos de resistência<br />

com correntes superiores a 14.000<br />

A e pressões em pinça de 500 daN.<br />

B. Soldadura de tampão em olhais<br />

através de soldadura MIG Brazing<br />

(CuSi3).<br />

Em resumo, as peças produzi<strong>das</strong> com<br />

aços de ultraelevado limite elástico<br />

modificaram os procedimentos de trabalho<br />

em oficina, pelo que é essencial a<br />

formação dos bate-chapas e a atualização<br />

dos equipamentos (de corte, eliminação<br />

do ponteado, soldadura por<br />

pontos ou soldadura MIG Brazing). l<br />

58 Março I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com

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