SCMedia News | Revista | Junho 2020
A revista dos profissionais de logística e supply chain.
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<strong>Junho</strong> <strong>2020</strong><br />
[as equipas de supply chain]<br />
neste contexto ganharam<br />
um protagonismo e uma<br />
relevância que em situações<br />
normais não são tão visíveis<br />
João Trindade, Danone<br />
significativamente, sobretudo para as equipas<br />
de supply chain que “neste contexto ganharam<br />
um protagonismo e uma relevância que em<br />
situações normais não são tão visíveis”, refere o<br />
responsável.<br />
Tendo como principal prioridade a saúde<br />
e segurança dos colaboradores, clientes e<br />
população, a Danone pôs em prática, logo<br />
no início, o plano de contingência “que<br />
compreende um conjunto de medidas que visa<br />
a protecção de todos e em todas as fases da<br />
cadeia de produção e distribuição, bem como o<br />
normal fornecimento do produto”, defende João<br />
Trindade.<br />
Para os colaboradores internos, algumas das<br />
medidas de segurança implementadas visaram<br />
a colocação de dispensadores com álcool-gel<br />
junto das entradas do escritório juntamente<br />
com as indicações de boas práticas de higiene<br />
e, aos operadores logísticos, impôs-se o uso<br />
de máscara a colaboradores, visitas e parceiros<br />
de negócio que acedessem às plataformas.<br />
Nas fábricas, uma das regras é a permanente<br />
formação sobre os riscos e mitigação do<br />
contágio.<br />
Além das alterações no comportamento<br />
de consumo, que provoca instabilidade nas<br />
previsões da procura e se reflecte nos principais<br />
KPI’s da cadeia de abastecimento, a Danone<br />
viu-se perante outro desafio: a instabilidade<br />
dos recursos humanos na região da Azambuja<br />
graças ao surto que lá se instalou, “esta<br />
instabilidade impacta não apenas o nosso<br />
armazém, mas também os dos nossos principais<br />
clientes, o que levou a que tivéssemos de<br />
implementar planos de acção com o intuito de<br />
minimizar potenciais consequências no ponto<br />
de venda”, explica o head of supply chain.<br />
Contudo, rapidamente tomaram medidas:<br />
aumentaram o número de pessoas no armazém,<br />
bem como as coberturas do inventário, tiveram<br />
a necessidade de incrementar pontualmente<br />
os lead times a alguns clientes e fizeram<br />
a preparação de algumas encomendas<br />
directamente das suas fábricas em Espanha.<br />
A Nestlé foi outra das marcas muito<br />
procuradas pelos portugueses durante o<br />
confinamento, o que resultou num ajuste aos<br />
planos de produção nas fábricas de Avanca e<br />
do Porto, bem como de outras localizadas na<br />
Europa. “O volume das nossas entregas neste<br />
período subiu entre 20 a 25% e ultrapassámos<br />
o nosso maior volume de entrega diária dos<br />
últimos 40 anos”, afirma Jörg Deubel que faz<br />
parte da direcção de supply chain da Nestlé<br />
Portugal.<br />
Contudo, a empresa teve de aplicar medidas<br />
de segurança muito rigorosas na fábrica de<br />
Avanca devido ao cerco sanitário imposto em<br />
Ovar, em Março. Colocaram, de um dia para o<br />
outro, 130 trabalhadores em casa e reduziram<br />
momentaneamente os turnos de produção<br />
priorizando bens essenciais e aplicando<br />
os planos de contingência. Já no centro de<br />
distribuição de Avanca, 40% da mão-de-obra<br />
ficou confinada devido ao cerco sanitário.<br />
Ainda assim, activaram, em apenas 10 dias, um