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SCMedia News | Revista | Junho 2020

A revista dos profissionais de logística e supply chain.

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SCM Supply Chain Magazine 37<br />

Política<br />

A<br />

centralização das compras foi um<br />

conselho bastante comum entre os<br />

profissionais. Dando o exemplo de<br />

Itália, o país centralizou e simplificou<br />

radicalmente os seus processos de compras<br />

de equipamentos de emergência, ficando<br />

a aquisição de ventiladores ao encargo da<br />

agência nacional de procurement. A procura é<br />

imensa, e é preciso obter uma maior dimensão<br />

e poder de compra para conseguir competir<br />

com outros países e cidades que também os<br />

procuram, conseguindo ao mesmo tempo<br />

melhores preços e sustentar várias entidades<br />

ao mesmo tempo.<br />

Ana Cristina Calderón, especialista em<br />

compras públicas da divisão fiscal da IDB,<br />

explica que já existem diversos casos na<br />

América, dando como exemplo a República<br />

Dominicana, onde as compras são centralizadas<br />

no ministério da saúde, ou das Honduras, e<br />

onde estas são feitas através de uma comissão<br />

de emergência. A profissional também<br />

recomenda que as compras públicas sejam<br />

incluídas nas políticas fiscais e de gestão na<br />

primeira fase da emergência.<br />

João Osório, do Instituto dos Mercados<br />

Públicos do Imobiliário e da Construção (IMPIC),<br />

também incluiu o testemunho de Portugal, no<br />

que tocou a impedir a manipulação de preços<br />

por parte das farmácias e outros operadores<br />

económicos como parte do seu quadro legal<br />

de aquisições de emergência.<br />

Outra das ideias defendidas neste tópico foi<br />

a transparência de dados, sendo importante<br />

que esta esteja incluída nas regulações<br />

de emergência. Os legisladores devem<br />

deixar claras as compras para responder ao<br />

Covid-19 e que estas informações devem<br />

estar disponíveis para os cidadãos de forma<br />

a evitar perdas de informação importantes<br />

e poderem responsabilizar os fornecedores.<br />

No caso da Colômbia, apesar de os contratos<br />

serem concedidos directamente, todas as<br />

informações devem ser publicadas em formato<br />

aberto na plataforma electrónica de compras<br />

do Governo.<br />

No caso da Ucrânia, as compras relativas ao<br />

Covid-19 ficaram excluídas das leis regulares,<br />

segundo explica Viktor Nestulia, da Open<br />

Contracting Partnership, mas as entidades<br />

compradoras devem relatar e publicar os seus<br />

pedidos no prazo de um dia após a assinatura<br />

do contrato, o que trouxe melhorias ao nível<br />

dos procedimentos de compras.<br />

Neste momento os governos vêem-se forçados a tomar<br />

decisões a um ritmo muito acelerado, o que não lhes<br />

deixa muito tempo para pensar

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