EXAME 91
Num período de incertezas o fim é sempre uma certeza presente. Esta é a última edição da EXAME. Fica um agradecimento especial aos nossos leitores, que sempre nos inspiraram ao longo destas 91 edições, onde produzimos mais de 7500 páginas sobre a realidade económica moçambicana e internacional. Nesta última edição abordamos a temática do investimento directo estrangeiro. Se no curto prazo está já a reflectir os efeitos da menor capacidade de investimento das empresas, no longo prazo África enfrenta outros desafios, como o menor retorno esperado de alguns projectos e o da relocalização das cadeias de produção. Mas Moçambique é já um destino prioritário do IDE no continente. E é muito bem vindo.
Num período de incertezas o fim é sempre uma certeza presente. Esta é a última edição da EXAME. Fica um agradecimento especial aos nossos leitores, que sempre nos inspiraram ao longo destas 91 edições, onde produzimos mais de 7500 páginas sobre a realidade económica moçambicana e internacional.
Nesta última edição abordamos a temática do investimento directo estrangeiro. Se no curto prazo está já a reflectir os efeitos da menor capacidade de investimento das empresas, no longo prazo África enfrenta outros desafios, como o menor retorno esperado de alguns projectos e o da relocalização das cadeias de produção. Mas Moçambique é já um destino prioritário do IDE no continente. E é muito bem vindo.
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CAPA INVESTIMENTO<br />
INVESTIMENTO QUE VEM DO FRIO<br />
A Rússia não é um investidor de peso em África, ainda, mas<br />
tem procurado reforçar a aproximação ao continente e<br />
encontrar novas oportunidades de investimento.<br />
A Cimeira Rússia-África, em 2019, foi o gatilho desta nova<br />
era. O volume de investimento russo no continente é geralmente<br />
reduzido, mas há excepções. Em 2019, por exemplo,<br />
o Congo recebeu IDE russo de 779 milhões de dólares,<br />
quando a Lukoil, o maior investidor externo do país, comprou<br />
25% da Marine XII, com um projecto já em fase de<br />
exploração.<br />
Outras empresas russas estão em África, como a estatal Alrosa,<br />
em Angola, Botswana e Zimbabwe, a Renova (registada nas<br />
Bahamas), que está no sector mineiro no Gabão, Moçambique<br />
e África do Sul, ou a também estatal operadora nuclear Rosatom,<br />
que investe no Egipto e na Nigéria.<br />
A cimeira de 2019 conduziu à assinatura de vários novos projectos<br />
de investimento:<br />
▸A empresa estatal de segurança informática Avomatika<br />
(integrada na Rostec Corporation) assinou um contrato com<br />
a operadora móvel angolana Movicel para proteger a sua<br />
infra-estrutura tecnológica.<br />
▸O EFKO Group e a United Oil (Egipto) assinaram um acordo<br />
de intenções para a criação de uma joint venture para a construção<br />
de uma fábrica de 300 milhões USD.<br />
▸A Rosatom e o governo do Ruanda assinaram um acordo<br />
para a construção de um centro de ciência nuclear e tecnologia<br />
em Kigali.<br />
▸A estatal Uralchem, registada no Chipre, e o grupo angolano<br />
Opaia (que actua na construção civil, energia solar, água,<br />
turismo, agricultura e outras indústrias) assinaram um memorando<br />
de entendimento para a construção de uma fábrica de<br />
ureia e amoníaco em Angola, no valor de mil milhões de dólares.<br />
▸O banco estatal russo VEB assinou um acordo para a construção<br />
de uma refinaria em Marrocos, no valor de 2,2 mil<br />
milhões de dólares.<br />
RÚSSIA:<br />
Tem procurado reforçar a<br />
aproximação ao continente africano<br />
28 | Exame Moçambique