EXAME 91
Num período de incertezas o fim é sempre uma certeza presente. Esta é a última edição da EXAME. Fica um agradecimento especial aos nossos leitores, que sempre nos inspiraram ao longo destas 91 edições, onde produzimos mais de 7500 páginas sobre a realidade económica moçambicana e internacional. Nesta última edição abordamos a temática do investimento directo estrangeiro. Se no curto prazo está já a reflectir os efeitos da menor capacidade de investimento das empresas, no longo prazo África enfrenta outros desafios, como o menor retorno esperado de alguns projectos e o da relocalização das cadeias de produção. Mas Moçambique é já um destino prioritário do IDE no continente. E é muito bem vindo.
Num período de incertezas o fim é sempre uma certeza presente. Esta é a última edição da EXAME. Fica um agradecimento especial aos nossos leitores, que sempre nos inspiraram ao longo destas 91 edições, onde produzimos mais de 7500 páginas sobre a realidade económica moçambicana e internacional.
Nesta última edição abordamos a temática do investimento directo estrangeiro. Se no curto prazo está já a reflectir os efeitos da menor capacidade de investimento das empresas, no longo prazo África enfrenta outros desafios, como o menor retorno esperado de alguns projectos e o da relocalização das cadeias de produção. Mas Moçambique é já um destino prioritário do IDE no continente. E é muito bem vindo.
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GLOBAL EUROPA<br />
CIMEIRA:<br />
Os líderes europeus aprovaram<br />
um megapacote financeiro<br />
para a recuperação da União<br />
A BAZUKA<br />
EUROPEIA<br />
Com a economia da Zona Euro a afundar-se 12% no segundo<br />
trimestre e o desemprego a disparar, a União Europeia<br />
acabou por mutualizar a emissão de dívida, o que é inédito,<br />
para financiar a recuperação, e por armar uma bazuca<br />
de 1824,3 mil milhões de euros para acudir às economias<br />
dos Estados-membros até 2027<br />
LUÍS FARIA<br />
A<br />
União Europeia parecia<br />
não conseguir que os<br />
seus membros chegassem<br />
a um acordo financeiro<br />
para combater os efeitos<br />
devastadores da pandemia sobre a economia<br />
do bloco económico, à semelhança<br />
do que aconteceu na crise financeira de<br />
2008. Ao contrário dos Estados Unidos,<br />
de várias potências asiáticas e mesmo de<br />
alguns dos seus Estados-membros, que<br />
se anteciparam e já injectaram milhares<br />
de milhões de euros nas economias,<br />
como é o caso da Alemanha, a União<br />
mostrava-se bloqueada, com alguns dos<br />
países “contribuintes” a colocarem grandes<br />
reticências em financiarem, a fundo<br />
perdido, ou seja, através de subvenções,<br />
em milhares de milhões, os seus parceiros<br />
do “Sul”, nomeadamente Itália, Espanha<br />
e Portugal.<br />
“Os cidadãos europeus estão à espera de<br />
um forte plano de recuperação. O mundo<br />
está a observar-nos”, declarou Ursula<br />
von der Leyen, presidente da Comissão<br />
60 | Exame Moçambique