EXAME 91
Num período de incertezas o fim é sempre uma certeza presente. Esta é a última edição da EXAME. Fica um agradecimento especial aos nossos leitores, que sempre nos inspiraram ao longo destas 91 edições, onde produzimos mais de 7500 páginas sobre a realidade económica moçambicana e internacional. Nesta última edição abordamos a temática do investimento directo estrangeiro. Se no curto prazo está já a reflectir os efeitos da menor capacidade de investimento das empresas, no longo prazo África enfrenta outros desafios, como o menor retorno esperado de alguns projectos e o da relocalização das cadeias de produção. Mas Moçambique é já um destino prioritário do IDE no continente. E é muito bem vindo.
Num período de incertezas o fim é sempre uma certeza presente. Esta é a última edição da EXAME. Fica um agradecimento especial aos nossos leitores, que sempre nos inspiraram ao longo destas 91 edições, onde produzimos mais de 7500 páginas sobre a realidade económica moçambicana e internacional.
Nesta última edição abordamos a temática do investimento directo estrangeiro. Se no curto prazo está já a reflectir os efeitos da menor capacidade de investimento das empresas, no longo prazo África enfrenta outros desafios, como o menor retorno esperado de alguns projectos e o da relocalização das cadeias de produção. Mas Moçambique é já um destino prioritário do IDE no continente. E é muito bem vindo.
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CARTADODIRECTOR<br />
IRIS DE BRITO<br />
DIRECTORA<br />
DA RACIONALIDADE DO ACTOR<br />
À VELHA ARTE DE SUN TZU<br />
PODEMOS DECIDIR<br />
COMO DESEJAMOS<br />
SER RECORDADOS<br />
Ao abordar a temática do investimento directo<br />
estrangeiro (IDE), nada é mais pertinente (na<br />
óptica do investidor) do que a aferição do<br />
ambiente interno e externo, seja com recurso às análises<br />
SWOT e PESTEL, seja através de outras quaisquer<br />
ferramentas disponíveis. A actual conjuntura aponta para um ambiente de<br />
incerteza nos próximos tempos... a “tempestade à vista”, que representa um risco<br />
acrescido para investidores e empresários. É, por conseguinte, uma altura em que<br />
o processo de tomada de decisão deve ser assente na racionalidade do actor/decisor.<br />
A retracção generalizada do IDE a que faz referência o relatório da UNCTAD,<br />
World Investment Report 2020, não deixa de ser um reflexo dessa racionalidade.<br />
Ou, como diria Sun Tzu em A Arte da Guerra: “Concentre-se nos pontos fortes,<br />
reconheça as fraquezas, agarre as oportunidades e proteja-se contra as ameaças.”<br />
São, por vezes, decisões difíceis que devem ser tomadas com responsabilidade, de<br />
um modo consciente. As peculiaridades dos tempos que atravessamos, os desafios<br />
e adversidades que enfrentamos, levam vários autores a sugerirem o aparecimento<br />
de uma “nova ordem global” após a pandemia imposta pela COVID-19,<br />
enquanto outros referem-se a uma “nova normalidade”. Para muitos será, sem<br />
dúvida, o virar de uma página da história. É o caso da <strong>EXAME</strong> Moçambique. É<br />
o virar da página de uma longa e maravilhosa história; de uma deliciosa jornada.<br />
Face ao actual cenário e após muita ponderação e debate interno, chegámos à<br />
difícil (mas racional) decisão de não dar continuidade à publicação da <strong>EXAME</strong><br />
Moçambique. Foram ponderadas soluções alternativas ao término da publicação<br />
que implicariam, de uma ou de outra forma, a alteração do actual formato e/<br />
ou características da revista. E a <strong>EXAME</strong> é uma marca. Uma referência. E é com<br />
o sentido de responsabilidade para com os nossos leitores, parceiros e, acima de<br />
tudo, toda a equipa que fez deste um projecto de sucesso, que saímos do mercado<br />
moçambicano sem alterar uma vírgula à nossa imagem de marca. Diz-nos ainda<br />
Sun Tzu que “um Estado que pereceu nunca poderá ser reavivado, nem um homem<br />
que morreu poderá ser ressuscitado”. Mas enquanto simples agentes de um mercado<br />
em plena transformação, podemos decidir como desejamos ser recordados.<br />
E é esta a imagem que gostaríamos de deixar, esperando que sintam (muitas)<br />
saudades nossas.<br />
Do ponto de vista pessoal, foi uma grande honra e um grande privilégio fazer<br />
parte desta marca e servir esta equipa. Uma equipa de excelência, coesa, incansável.<br />
Um capital intelectual de elevado valor que continuará a servir Moçambique.<br />
Enquanto directora da <strong>EXAME</strong> Moçambique endereço os meus agradecimentos<br />
a todos os leitores e parceiros que nos acompanharam durante esta maravilhosa<br />
e desafiante jornada, apesar de não tão longa quanto gostaríamos. Enquanto<br />
membro desta fantástica e competente equipa, e porque nas ameaças podem<br />
encontrar-se oportunidades, acredito que possamos surpreender num futuro<br />
não muito longínquo.<br />
Assim sendo, só me resta deixar um grande e emotivo até breve.<br />
Khanimambo Moçambique. Estamos juntos!b<br />
Edifício Rovuma, Rua da Sé, n.º 114,<br />
Escritório 109<br />
MAPUTO, MOÇAMBIQUE<br />
geral@examemocambique.co.mz<br />
Directora: Iris de Brito<br />
Director Executivo: Luis Faria<br />
(luis.faria@luisfaria.com)<br />
Arte: Pedro Bénard<br />
Colaboradores Regulares:<br />
Valdo Mlhongo,<br />
Thiago Fonseca (crónica),<br />
Edilson Tomás (fotografia),<br />
Colaboraram nesta edição:<br />
Almerinda Romeira, André Pipa, Milton Ngunza,<br />
Ricardo David Lopes.<br />
Direitos Internacionais:<br />
<strong>EXAME</strong> Brasil (texto e imagens),<br />
AFP, Graphic News e IStockPhoto<br />
Coordenação Geral: Marta Cordeiro (projecto),<br />
Inês Reis (arte)<br />
Multimédia e Internet: Plot.<br />
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REDACÇÃO<br />
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Produção: Ana Miranda<br />
Número de registo: 09/GABINFO - DEC/2012<br />
Tiragem: 10 mil exemplares<br />
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Moçambique: Flotsan, Bairro Patrice Lumumba,<br />
Rua “A” Casa 242, Matola<br />
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Portugal: VASP, MLP Quinta do Grajal, Venda Seca<br />
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Impressão: Minerva Print<br />
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Maputo<br />
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6 | Exame Moçambique
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