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EXAME 91

Num período de incertezas o fim é sempre uma certeza presente. Esta é a última edição da EXAME. Fica um agradecimento especial aos nossos leitores, que sempre nos inspiraram ao longo destas 91 edições, onde produzimos mais de 7500 páginas sobre a realidade económica moçambicana e internacional. Nesta última edição abordamos a temática do investimento directo estrangeiro. Se no curto prazo está já a reflectir os efeitos da menor capacidade de investimento das empresas, no longo prazo África enfrenta outros desafios, como o menor retorno esperado de alguns projectos e o da relocalização das cadeias de produção. Mas Moçambique é já um destino prioritário do IDE no continente. E é muito bem vindo.

Num período de incertezas o fim é sempre uma certeza presente. Esta é a última edição da EXAME. Fica um agradecimento especial aos nossos leitores, que sempre nos inspiraram ao longo destas 91 edições, onde produzimos mais de 7500 páginas sobre a realidade económica moçambicana e internacional.
Nesta última edição abordamos a temática do investimento directo estrangeiro. Se no curto prazo está já a reflectir os efeitos da menor capacidade de investimento das empresas, no longo prazo África enfrenta outros desafios, como o menor retorno esperado de alguns projectos e o da relocalização das cadeias de produção. Mas Moçambique é já um destino prioritário do IDE no continente. E é muito bem vindo.

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CAPA DOING BUSINESS<br />

das terras privadas). A importância da regulação<br />

é destacada no Doing Business 2020, que dá conta<br />

de vinte e duas reformas implementadas nas vinte<br />

principais economias do ranking. Desde 2003/2004,<br />

segundo o documento, as vinte economias com<br />

melhor desempenho levaram a cabo 464 alterações<br />

regulatórias.<br />

Nas economias africanas, o documento destaca<br />

pela positiva os casos da Nigéria e do Togo.<br />

Este país, em boa parte inspirado pelo exemplo do<br />

Ruanda, tem vindo a implementar medidas e reformas<br />

para facilitar o início de um negócio, registo<br />

de propriedade e obtenção de crédito. Nesta edição<br />

do Doing Business ficou no 97.º lugar, para<br />

onde trepou a toda a velocidade a partir do 137.º,<br />

onde estava em 2019. “Na África Subsariana, o<br />

Togo representa um ‘ponto brilhante’. A região<br />

continua a ser uma das que tem desempenho mais<br />

fraco na facilidade de fazer negócios”, assinala o<br />

documento. Em média, a pontuação dos países da<br />

região é de 51,8, que compara com 78,4 das economias<br />

de elevado rendimento da OCDE e 63 da<br />

média mundial. Ainda assim, face ao ano passado,<br />

as economias subsarianas melhoraram face a 2019<br />

(ver tabelas nestas páginas).<br />

O Gana e a Nigéria encurtaram o tempo necessário<br />

para a obtenção de uma ligação eléctrica, num ano<br />

em que, na África Subsariana, apesar de se manterem<br />

os apagões em muitos países, tem havido um<br />

esforço por parte das empresas fornecedoras para<br />

que haja “progressos significativos” neste capítulo.<br />

Nos países do Norte de África, o relatório assinala<br />

melhorias nos registos de propriedade.<br />

PORT LOUIS:<br />

Capital das Maurícias,<br />

o melhor país africano<br />

para fazer negócios<br />

CHINA MELHORA AMBIENTE<br />

DE NEGÓCIOS E IDE<br />

(IDE em milhões de USD)<br />

A China tem vindo a melhorar no DB, afirmando-se<br />

como o segundo destino de IDE mundial.<br />

DB<br />

141225<br />

IDE<br />

ÁFRICA DO SUL CAPTA<br />

MAIS INVESTIMENTO<br />

(IDE em milhões de USD)<br />

Na SADC, a África do Sul liderou a captação<br />

de IDE em 2019<br />

País Posição DB 2019 IDE 2019<br />

Maurícias 13 472,3<br />

África do Sul 84 4 624,4<br />

Botswana 87 260,9<br />

Seicheles 100 125,5<br />

Namíbia 104 - 17,4<br />

Malawi 109 97,9<br />

Lesoto 122 117,6<br />

Moçambique 138 2 211,7<br />

Zimbabwe 140 280,0<br />

Tanzânia 141 1 112,4<br />

Madagáscar 161 227,3<br />

Angola 177 - 4 098,5<br />

Essuatini (ex-Suazilândia) nd 130,2<br />

Fonte: DB2020 E 2019.<br />

138305<br />

136315<br />

133711 135577<br />

46,0 78 78 84 90<br />

2019 2018 2017 2016 2015<br />

MOÇAMBIQUE, 8.º NA SADC<br />

Moçambique ficou nesta edição na 138.ª posição,<br />

caindo três face a 2019 e ficando a doze lugares em<br />

relação ao melhor de sempre, em 2011, quando o<br />

país ficou em 126.º no ranking. Entre os países da<br />

SADC, Moçambique ficou em 8.º lugar, numa lista<br />

liderada pelas Maurícias, que passou da 20.ª posição,<br />

em 2019, para a 13.ª, em 2020.<br />

O país melhorou marginalmente a sua pontuação<br />

nos critérios iniciar um negócio (de 67,6 para<br />

69,3) e procedimentos para licenças de construção,<br />

obter electricidade e no registo de propriedade,<br />

assim como na resolução de insolvências e contratar<br />

trabalhadores. No resto, piorou ou manteve. b<br />

36 | Exame Moçambique

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