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COLETÂNEA ELAS NAS LETRAS

A «ELAS nas Letras» nasce da iniciativa da Pastoral da Mulher Marginalizada de realizar uma incursão na Literatura, para além de sua militância em prol das mulheres em situação de violência, abandono e prostituição. O modelo da coletânea segue o projeto «Antologias Solidárias», comandado pela escritora Sada Ali, cujos primeiros parceiros foram, em 2015, a Academia Barretense de Cultura (ABC) e a Casa Transitória «André Luiz», beneficiária da venda da 1ª edição das Antologias Solidárias, em 2016. As «Antologias» seguintes foram lançadas em Ribeirão Preto, junto à UGT (Memorial da Classe Operária) e em Barretos, junto ao Fundo Social de Solidariedade, além de mais uma obra em parceria com a ABC. Agora é hora das mulheres assumirem, mais uma vez, o protagonismo e, através das letras, deixarem sua mensagem de empoderamento e luta.

A «ELAS nas Letras» nasce da iniciativa da Pastoral da Mulher Marginalizada de realizar uma incursão na Literatura, para além de sua militância em prol das mulheres em situação de violência, abandono e prostituição.
O modelo da coletânea segue o projeto «Antologias Solidárias», comandado pela escritora
Sada Ali, cujos primeiros parceiros foram, em 2015,
a Academia Barretense de Cultura (ABC) e a Casa Transitória «André Luiz»,
beneficiária da venda
da 1ª edição das Antologias Solidárias, em 2016.
As «Antologias» seguintes foram lançadas em Ribeirão Preto, junto à UGT (Memorial da Classe Operária) e em Barretos, junto ao Fundo Social de Solidariedade, além de mais uma obra em parceria com a ABC.
Agora é hora das mulheres assumirem, mais uma vez, o protagonismo e, através das letras, deixarem sua mensagem de empoderamento e luta.

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Rosa Carneiro 125

Disse-lhe que iria procurar um emprego. Como era agrônomo, achou

que seria fácil. Mas não. Seu histórico era muito ruim. Ninguém queria

aceitá-lo. Resolveu partir para a cidade maior, Jundiaí.

Depois de enviar muitos currículos conseguiu uma entrevista.

Esperou por semanas. Já desiludido, recebeu uma ligação telefônica:

estava empregado e faria o que mais gostava — cuidar de terras,

plantações, colheitas.

Ana preocupou-se com a separação, mas logo tentou transferir-se

para uma escola em Jundiaí. Conseguiu uma sala numa estadual. Começaria

lecionar na nova escola em fevereiro. Teria mais de dois meses

para procurar uma casa e mudar. Nhá Joana iria morar com eles.

Tudo iria dar certo: Haroldo trabalhando na fazenda, ela na escola

e nhá Joana cuidando de Rafael.

Compraram alguns móveis, utensílios para cozinha e começaram

uma vida nova do nada.

Mas Ana estava preocupada: não estava feliz. Salvara seu amor, pai

de seu filho e construíra um tão sonhado lar. Viviam felizes os três com

a ajuda de nhá Joana, mas tinha medo da recaída, pois as más línguas

diziam que era normal.

Acordou de seus devaneios e, feliz, sentiu que tudo exalava felicidade.

O ano seguia calmo, a família unida, Rafael crescendo... Deixou

o livro de lado e se fixou em seu garoto, que continuava brincando de

bola no gramado.

Convidou Rafael e a mim para entramos e seguimos para a cozinha.

Preparararia o jantar.

Naquela noite, Haroldo não apareceu, à tardinha, como era de costume,

nem mais tarde, nem no outro dia... Eu estava com Ana e senti

sua angustia.

Preparou-se e seguiu para São Paulo: agora, sabia onde encontrar

Haroldo.

Nunca desistiria dele.

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