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COLETÂNEA ELAS NAS LETRAS

A «ELAS nas Letras» nasce da iniciativa da Pastoral da Mulher Marginalizada de realizar uma incursão na Literatura, para além de sua militância em prol das mulheres em situação de violência, abandono e prostituição. O modelo da coletânea segue o projeto «Antologias Solidárias», comandado pela escritora Sada Ali, cujos primeiros parceiros foram, em 2015, a Academia Barretense de Cultura (ABC) e a Casa Transitória «André Luiz», beneficiária da venda da 1ª edição das Antologias Solidárias, em 2016. As «Antologias» seguintes foram lançadas em Ribeirão Preto, junto à UGT (Memorial da Classe Operária) e em Barretos, junto ao Fundo Social de Solidariedade, além de mais uma obra em parceria com a ABC. Agora é hora das mulheres assumirem, mais uma vez, o protagonismo e, através das letras, deixarem sua mensagem de empoderamento e luta.

A «ELAS nas Letras» nasce da iniciativa da Pastoral da Mulher Marginalizada de realizar uma incursão na Literatura, para além de sua militância em prol das mulheres em situação de violência, abandono e prostituição.
O modelo da coletânea segue o projeto «Antologias Solidárias», comandado pela escritora
Sada Ali, cujos primeiros parceiros foram, em 2015,
a Academia Barretense de Cultura (ABC) e a Casa Transitória «André Luiz»,
beneficiária da venda
da 1ª edição das Antologias Solidárias, em 2016.
As «Antologias» seguintes foram lançadas em Ribeirão Preto, junto à UGT (Memorial da Classe Operária) e em Barretos, junto ao Fundo Social de Solidariedade, além de mais uma obra em parceria com a ABC.
Agora é hora das mulheres assumirem, mais uma vez, o protagonismo e, através das letras, deixarem sua mensagem de empoderamento e luta.

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Pelo fato de ser mulher, suportou seu destino passivamente, parecendo

que lhe roubaram suas possibilidades, que escorregou da juventude

para a maturidade sem ter tomado consciência disso.

Descobre que seu marido, meio e ocupações não eram dignos de si;

sente-se incompreendida.

Simone de Beauvoir, “O Segundo Sexo – Livro 1: Fatos e Mitos”.

4ª Edição. São Paulo: Difusão Europeia do Livro, 1970.

Porque o ideal de mulher branca, sedutora mas não puta, bem casada

nas não nula, que trabalha mas sem tanto sucesso para não esmagar

seu homem, magra mas não neurótica com a comida, que continua

indefinidamente jovem sem se deixar desfigurar por cirurgias

plásticas, uma mamãe realizada que não se deixa monopolizar pelas

fraldas e pelos deveres de casa, boa dona de casa sem virar empregada

doméstica, culta mas não tão culta quanto um homem; essa mulher

branca e feliz, cuja imagem nos é esfregada o tempo todo na cara, essa

mulher com a qual deveríamos nos esforçar para parecer — tirando

o fato de que elas devam ficar de saco cheio com qualquer coisa —,

devo dizer que jamais a conheci, em lugar algum. Acredito até que ela

nem mesmo exista.

Virginie Despentes, “Teoria King Kong”.

1ª Edição. São Paulo: N-1 Edições, 2016.

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