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COLETÂNEA ELAS NAS LETRAS

A «ELAS nas Letras» nasce da iniciativa da Pastoral da Mulher Marginalizada de realizar uma incursão na Literatura, para além de sua militância em prol das mulheres em situação de violência, abandono e prostituição. O modelo da coletânea segue o projeto «Antologias Solidárias», comandado pela escritora Sada Ali, cujos primeiros parceiros foram, em 2015, a Academia Barretense de Cultura (ABC) e a Casa Transitória «André Luiz», beneficiária da venda da 1ª edição das Antologias Solidárias, em 2016. As «Antologias» seguintes foram lançadas em Ribeirão Preto, junto à UGT (Memorial da Classe Operária) e em Barretos, junto ao Fundo Social de Solidariedade, além de mais uma obra em parceria com a ABC. Agora é hora das mulheres assumirem, mais uma vez, o protagonismo e, através das letras, deixarem sua mensagem de empoderamento e luta.

A «ELAS nas Letras» nasce da iniciativa da Pastoral da Mulher Marginalizada de realizar uma incursão na Literatura, para além de sua militância em prol das mulheres em situação de violência, abandono e prostituição.
O modelo da coletânea segue o projeto «Antologias Solidárias», comandado pela escritora
Sada Ali, cujos primeiros parceiros foram, em 2015,
a Academia Barretense de Cultura (ABC) e a Casa Transitória «André Luiz»,
beneficiária da venda
da 1ª edição das Antologias Solidárias, em 2016.
As «Antologias» seguintes foram lançadas em Ribeirão Preto, junto à UGT (Memorial da Classe Operária) e em Barretos, junto ao Fundo Social de Solidariedade, além de mais uma obra em parceria com a ABC.
Agora é hora das mulheres assumirem, mais uma vez, o protagonismo e, através das letras, deixarem sua mensagem de empoderamento e luta.

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96 ELAS no lugar de fala, escrita, exercício político privado e público

de o golpe de Estado em 2016 — destacadamente às empregadas domésticas.

Até mesmo políticas públicas e a Secretaria, direcionadas às mulheres,

foram desprezadas. O mapeamento da violência às mulheres no

Brasil e as casas de atendimento às mulheres violentadas, que estavam

funcionando regularmente até 2015, após 2016 cessaram.

Dados de 2019 apontam, no primeiro trimestre, mais de 200 mulheres

assassinadas no Brasil. Uma mulher morta a cada 2 horas, vítima

de violência. Uma em cada 4 mulheres já sofreu violência. 21 casos de

feminicídio registrados na primeira semana de janeiro de 2019; até o

final daquele mês, foram 119 mortes e 60 atentados.

Em 2020, estes números aumentaram.

Já está sendo considerado inevitável o termo epidemia de feminicídio

no Brasil. Os próprios parceiros são os maiores suspeitos das agressões,

atentados, assassinatos. Desde 1° de janeiro de 2019, no Brasil, o representante

maior do Poder Executivo considera a mulher uma fraquejada

que merece até ser estuprada ou eliminada.

Quantas Marias da Penha mais serão atacadas pelos seus maridos...

Quantas Marielles mais serão executadas?

Dignidade e Direitos da Pessoa Humana são princípios fundamentais da

Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH) desde 10 de dezembro

de 1948, aprovada pela Organização das Nações Unidas (ONU)

– e o Brasil é signatário. Então, se concordou e assinou, deveria seguir.

A dignidade da pessoa humana, qualquer que seja seu gênero, é um

princípio fundamental do Brasil, e significa que é um objetivo a ser

cumprido pelo Estado através da ação dos seus governos. O respeito

aos direitos fundamentais é essencial para garantir o exercício da dignidade

humana.

Findando a Ditadura Militar (1964-1985), buscou-se dar espaço à

democracia e ao protagonismo da mulher. Em 1984, a Secretaria do

Planejamento do Município de São Paulo fez o Manual Direitos da Mulher

a partir da Declaração Universal dos Direitos Humanos e conforme as

leis brasileiras.

A paraibana Luiza Erundina foi a primeira mulher a ser prefeita da

tradicional e conservadora cidade de São Paulo, eleita legitimamente

em 1989.

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