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COLETÂNEA ELAS NAS LETRAS

A «ELAS nas Letras» nasce da iniciativa da Pastoral da Mulher Marginalizada de realizar uma incursão na Literatura, para além de sua militância em prol das mulheres em situação de violência, abandono e prostituição. O modelo da coletânea segue o projeto «Antologias Solidárias», comandado pela escritora Sada Ali, cujos primeiros parceiros foram, em 2015, a Academia Barretense de Cultura (ABC) e a Casa Transitória «André Luiz», beneficiária da venda da 1ª edição das Antologias Solidárias, em 2016. As «Antologias» seguintes foram lançadas em Ribeirão Preto, junto à UGT (Memorial da Classe Operária) e em Barretos, junto ao Fundo Social de Solidariedade, além de mais uma obra em parceria com a ABC. Agora é hora das mulheres assumirem, mais uma vez, o protagonismo e, através das letras, deixarem sua mensagem de empoderamento e luta.

A «ELAS nas Letras» nasce da iniciativa da Pastoral da Mulher Marginalizada de realizar uma incursão na Literatura, para além de sua militância em prol das mulheres em situação de violência, abandono e prostituição.
O modelo da coletânea segue o projeto «Antologias Solidárias», comandado pela escritora
Sada Ali, cujos primeiros parceiros foram, em 2015,
a Academia Barretense de Cultura (ABC) e a Casa Transitória «André Luiz»,
beneficiária da venda
da 1ª edição das Antologias Solidárias, em 2016.
As «Antologias» seguintes foram lançadas em Ribeirão Preto, junto à UGT (Memorial da Classe Operária) e em Barretos, junto ao Fundo Social de Solidariedade, além de mais uma obra em parceria com a ABC.
Agora é hora das mulheres assumirem, mais uma vez, o protagonismo e, através das letras, deixarem sua mensagem de empoderamento e luta.

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Glaucia Chiarelli

Aline,

Oi amiga! Desculpa o sumiço!

A semana foi muito corrida. Tá tudo bem, mas é que não deu pra

falar de novo por aqui. Eu machuquei o olho e tava nervosa. Menina,

você não acredita o quanto eu sou estabanada: tava descendo do ônibus,

daí eu caí, bati o olho na lixeira, escorreguei, fui pro chão e machuquei

bem esse dedo do meio.

Mas tá tudo bem, viu? Nossa, fiquei tão nervosa. Tô te contando

isso pra quando você vir aqui não achar que foi o Roberto. Ele não faz

mais isso. Eu que não sei como me machuco tanto, rsrs.

De: <anamaria2001@gnet.com.br>

Para: <alinegsilva.@gnet.com.br>

quinta, 6 de fev, às 9h

Aline,

Amiga, quando puder liga aqui! Tô sozinha em casa. Eu tô com

muito sono, não dormi direito esta noite, mas queria muito falar com

você.

Mas olha: não se preocupe, viu? Tá tudo bem.

Beijos

De: <anamaria2001@gnet.com.br>

Para: <alinegsilva.@gnet.com.br>

quinta, 6 de fev, às 20h

Aline,

Ai amiga, eu tô desesperada! Tava tudo bem esses dias. Eu machuquei

descendo do ônibus, mas fora isso tudo tranquilo. Aqui em casa

eu tava fazendo tudo direitinho. Eu pensei bastante e resolvi fazer a

minha parte. Tudo. Sem dar motivo nenhum pra falar, porque aí, se

acontecesse algo, não seria mais minha culpa. Mas eu acabei fazendo

tudo errado de novo!

Eu fiz tudo na hora que ele não tava em casa. Eu fiz os meninos ficarem

quietos (assim, sabe como é criança: tinha hora que eles gritavam

mesmo, mas eu dei uma controlada). Eu fiz a janta certinho pra não

dar motivo, mas Aline... não teve jeito! Eu falei de novo da minha mãe.

Eu esqueci que ele tava nervoso com o trabalho e perguntei da minha

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