SCMedia News | Revista | Setembro 2020
A revista dos profissionais de logística e supply chain.
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setembro <strong>2020</strong><br />
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potencial de venda e qualitativamente<br />
com uma oferta ampla e diversificada que<br />
satisfaça as necessidades de consumo do perfil<br />
dos nossos clientes”, afirma ainda Helena<br />
Guedes, revelando que em menos de dois<br />
anos pretendem que esse canal represente<br />
aproximadamente 2% da facturação da DIA<br />
Portugal.<br />
Ao nível das lojas, a principal preocupação<br />
do grupo foi garantir o abastecimento e<br />
a segurança de todos, tendo a resposta à<br />
pandemia começado logo no dia 3 de Março.<br />
Anteciparam desde logo o fornecimento das<br />
suas lojas, preparando o aumento da procura<br />
de bens alimentares, procurando ao mesmo<br />
tempo manter as operações sem falhas que<br />
pudessem ocorrer. Os aumentos foram na casa<br />
dos três dígitos, revelou a directora comercial,<br />
Tirámos muitas ilações desse<br />
período o que nos permitiu uma<br />
preparação mais adequada para um<br />
desafio desta envergadura<br />
Helena Guedes, Grupo Dia<br />
ao nível dos produtos enlatados, congelados,<br />
produtos lácteos, papel higiénico e mercearia<br />
salgada. Também sentiram uma subida que já<br />
se encontrava a verificar, ao nível dos produtos<br />
de pequeno-almoço, frescos, ovos e produtos<br />
de limpeza do lar.<br />
“Estimamos que nos próximos tempos<br />
a procura dos produtos destas categorias<br />
mantenha esta dinâmica, por força do<br />
distanciamento social, dos constrangimentos<br />
na restauração e do confinamento. Muitas<br />
refeições que tradicionalmente eram feitas<br />
fora de casa, são agora feitas em casa e<br />
isso é algo que não vai mudar nos próximos<br />
tempos”, conclui Helena Guedes, referindo que<br />
o desafio será o de manter uma capacidade de<br />
resposta que respeite esta dinâmica e garanta<br />
que as lojas se encontrem abastecidas.<br />
FNAC<br />
Não só o retalho alimentar sentiu um<br />
impacto, mas também os artigos de lazer e<br />
tecnologia. No caso da FNAC, apesar de se ter<br />
visto obrigada a fechar todas as insígnias no<br />
início do confinamento, e de terem mantido<br />
abertas algumas lojas de rua ou de acesso<br />
mais directo, “rapidamente percebemos que<br />
as pessoas privilegiam o canal online, por<br />
questões de segurança e conforto”, refere<br />
Tiago Figueirôa, director de logística da FNAC,<br />
explicando que ao mesmo tempo conseguiram<br />
também garanti-las aos seus colaboradores.<br />
Apesar do grande impacto negativo causado<br />
pelo fecho temporário das lojas físicas, e a<br />
consequente suspensão das recolhas em loja,<br />
o online teve “um aumento excepcional”, tanto<br />
ao nível do site fnac.pt como do Marketplace.<br />
O aumento sentido nas vendas foi ao nível dos<br />
computadores, produtos de cozinha, gaming,<br />
jogos e brinquedos. Mais recentemente, com<br />
o desconfinamento, o ritmo do e-commerce<br />
abrandou, no entanto, mantendo-se superior<br />
aos índices pré-COVID. Tiago Figueirôa<br />
considera que este aumento “que chegou<br />
quase a quadruplicar durante este período,<br />
esteja relacionado com a necessidade das<br />
pessoas, de um momento para o outro,<br />
precisarem de se preparar e equipar com<br />
material para o teletrabalho, para o ensino<br />
à distância e até para o entretenimento em<br />
família”.<br />
O desafio para a FNAC foi garantir a entrega<br />
dentro dos prazos a que já tinham habituado<br />
os seus clientes, devido ao aumento radical<br />
das vendas. “Reforçámos as equipas do<br />
Armazém Central com recursos humanos que<br />
habitualmente estão em loja, beneficiando da<br />
versatilidade e disponibilidade das equipas<br />
FNAC”, explica, coordenando o trabalho com<br />
os parceiros de transporte para garantir o<br />
melhor serviço possível.<br />
“Ainda assim, principalmente nas primeiras<br />
semanas de confinamento, garantir o<br />
cumprimento dos prazos foi uma tarefa dura<br />
porque estávamos todos a passar por um<br />
cenário totalmente atípico e inesperado”,<br />
revela Tiago Figueirôa, acrescentando que<br />
foi necessário “ajustar algumas áreas, com<br />
particular foco no nosso armazém central,<br />
bem como garantir capacidade de resposta<br />
dos nossos fornecedores, seja de mercadoria,<br />
consumíveis ou transportes”.<br />
Outro impacto sentido foi ao nível da<br />
mudança da exigência do cliente, não só ao<br />
nível da compra, mas também da entrega, com<br />
novos moldes, “existindo uma necessidade de<br />
optimizar e adequar os recursos associados<br />
aos fluxos logísticos advindos da compra<br />
online e entrega no domicílio dos clientes ou<br />
levantamento em loja”.<br />
Rapidamente percebemos que as<br />
pessoas privilegiam o canal online,<br />
por questões de segurança e<br />
conforto<br />
Tiago Figueirôa, Fnac