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SCMedia News | Revista | Setembro 2020

A revista dos profissionais de logística e supply chain.

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16<br />

setembro <strong>2020</strong> SCM Supply Chain Magazine 17<br />

No final, sentiu-se uma aprendizagem: “a<br />

FNAC ajustou o seu negócio para fazer face<br />

às necessidades dos clientes, não só ao nível<br />

operativo, como também ao nível da gama<br />

disponível, tendo já a vertente estratégica<br />

do negócio omnicanal trabalhada há vários<br />

anos”, sendo que ao nível do fluxo logístico já<br />

existia um trabalho efectuado previamente,<br />

pelo que será necessário “dar continuidade à<br />

sua concretização de forma ainda mais rápida”,<br />

conclui o director de logística.<br />

Wook<br />

Com as pessoas confinadas nas suas casas,<br />

algumas delas com mais tempo livre, também<br />

a leitura aumentou, mas também passou<br />

por uma fase má. Rui Aragão, director de<br />

e-commerce da Wook, conta-nos esta história.<br />

“O impacto global do confinamento<br />

na venda de livros foi, e continua a ser,<br />

brutalmente negativo”, visto os pontos<br />

habituais de compra para os cliente terem<br />

fechado temporariamente, enquanto os<br />

espaços comerciais que se mantiveram abertos<br />

se depararam “com a absoluta ausência<br />

de clientela”, explica, fundamentando que<br />

de acordo com os dados fornecidos pela<br />

associação do sector, as quebras atingiram os<br />

40% nesse período.<br />

No entanto, relativamente ao online, a<br />

situação foi diferente, e se nas primeiras<br />

semanas após a declaração do estado de<br />

emergência tenham sentido uma quebra<br />

por as prioridades dos consumidores<br />

se encontrarem nos bens de primeira<br />

necessidade, nas seguintes semanas a procura<br />

por livros cresceu. “O cenário manteve-se<br />

ao longo dos meses de Março, Abril e Maio,<br />

registando-se não só o aumento da frequência<br />

de compra dos nossos mais de um milhão de<br />

clientes registados, mas também pela adesão<br />

de milhares de novos clientes, muitos deles a<br />

efectuar a sua primeira compra on-line nesta<br />

época”, revela ainda Rui Aragão.<br />

O principal impacto verificado foi ao nível da<br />

operação logística, com as rigorosas medidas<br />

de protecção, nomeadamente ao nível do<br />

distanciamento físico e a redução do número<br />

de elementos por equipa, resultando numa<br />

inevitável quebra de produtividade. Ao nível<br />

do transporte de last mile, no entanto, não<br />

sentiram um grande impacto, tendo mantido<br />

o serviço de entrega no dia seguinte na<br />

maior parte das encomendas expedidas. “Os<br />

únicos constrangimentos registados foram<br />

com alguns envios internacionais para alguns<br />

dos países que implementaram restrições à<br />

circulação de mercadoria”, explica o director<br />

de e-commerce, comentando que a Wook<br />

expede regularmente para mais de uma<br />

centena de países.<br />

O cenário manteve-se ao longo<br />

dos meses de Março, Abril e Maio,<br />

registando-se não só o aumento<br />

da frequência de compra dos<br />

nossos mais de um milhão de<br />

clientes registados, mas também<br />

pela adesão de milhares de novos<br />

clientes<br />

Rui Aragão, Wook<br />

Ao nível da leitura, nas primeiras semanas o<br />

TOP de vendas continha livros de auto-ajuda<br />

e actividades infantis, “reflectindo o impacto<br />

do confinamento forçado em que muitos dos<br />

nossos clientes se encontravam”. Com o passar<br />

das semanas, a procura começou a inclinar-se<br />

para ficção, romances, biografias, poesias, e<br />

também livros de culinária, visto as pessoas<br />

terem passado a cozinhar mais em casa. Rui<br />

Aragão conta ainda que houve “um best seller<br />

improvável: A Peste, de Albert Camus, que<br />

vendeu – e continua a vender – de forma<br />

surpreendente nestes dias”.<br />

Leroy Merlin<br />

Outra prática que se desenvolveu durante o<br />

confinamento foi o conceito de produtos de<br />

uso caseiro, como jardinagem e bricolagem,<br />

pelo que procurámos compreender como foi<br />

a variação sentida pela Leroy Merlin, que tal<br />

como o retalho alimentar também se manteve<br />

aberta devido aos seus serviços essenciais.<br />

José Miranda, director de operações supply<br />

chain, explica que a prioridade foi garantir<br />

a disponibilidade dos produtos da Leroy<br />

Merlin para as famílias, colaboradores e PMEs<br />

e diferentes entidades que graças a esta<br />

disponibilidade puderam continuar a operar e<br />

a servir as necessidades da população.<br />

Implementaram “um novo modelo de<br />

negócio focado nas vendas à distância e no<br />

apoio personalizado ao cliente através de<br />

canais alternativos”, explica o responsável,<br />

desde a Venda de Livre Serviço, na qual<br />

o cliente faz as suas compras de forma<br />

autónoma e com o mínimo contacto pessoal<br />

com os colaboradores da loja, podendo<br />

recorrer a métodos alternativos para obter<br />

apoio e aconselhamento durante o processo<br />

de compra. Houve também uma maior<br />

aposta nas vendas online, com atendimento<br />

personalizado via chat ou telefone e entregas<br />

click & drive ou ao domicílio.<br />

“Durante as semanas de maiores limitações<br />

na deslocação de pessoas, a grande maioria<br />

das entregas de encomendas ao domicílio<br />

não tiveram qualquer custo para os nossos<br />

clientes”, explicou José Miranda, como aposta<br />

na responsabilidade social. Nessa altura<br />

sentiram uma quebra nas vendas físicas,<br />

compensadas pelo canal online, “ainda que<br />

esse crescimento não tenha sido suficiente<br />

para compensar o abrandamento das vendas e<br />

número de clientes em lojas”, mas revela que

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