Estudos de Caso
Como escrever e utilizar Estudos de Caso para ensino e aprendizagem no setor público.
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entanto, a definição e a consecução de objetivos de políticas públicas
representam o cerne da atividade pública. Uma preocupação a ser
considerada na criação de estudos de caso é que eles podem chamar a
atenção para questões altamente políticas e contenciosas – aspecto que
será discutido em maior profundidade na próxima seção. O que é
importante considerar aqui é que governos devem tirar proveito de suas
experiências com políticas públicas, aprender com elas e transferir o que
aprenderam para que seja usado em forma de insumo em esforços futuros.
Situações que requerem respostas emergenciais
A gama de respostas emergenciais do setor público parece ilimitada.
À medida que as organizações públicas adotam abordagem mais
resiliente a riscos percebidos (pandemias) e a desastres naturais
previstos (furacões, incêndios), desenvolvem também um corpo de
conhecimentos sobre soluções. Geralmente respostas emergenciais
seguem requisitos internos associados à manutenção de registros e à
elaboração de relatórios e avaliações posteriores. Grandes incidentes
quase sempre geram investigações do que aconteceu, do que deu errado
e, em menor medida, do que deu certo. Pode-se argumentar que
respostas emergenciais são tão extensamente documentadas que os
estudos de caso têm pouco a oferecer nesse contexto. Em termos de
investigação sobre um incidente, isso provavelmente é correto. No
entanto, os estudos de caso são de um valor inestimável para a
transferência desse conhecimento de uma área especializada para outra.
Seu objetivo não é identificar erros ou apresentar um quadro detalhado
para a tomada de decisão no futuro ou ajustes nas respostas. Ele busca
documentar práticas adotadas para a solução de problemas, de modo
que outras pessoas possam aprender coisas úteis, e provocar uma
discussão em torno de opções que poderiam ter sido feitas pelos atores
envolvidos na situação.
Não aponte erros. Encontre uma solução.
Henry Ford
Estudos de caso e discussões sobre eles geralmente enfocam
erros cometidos. O elemento central da discussão não deve
ser registrar erros, mas, sim, identificar soluções práticas para
problemas. É fácil criticar o pensamento de outra pessoa,
porém, é muito mais difícil apresentar suas próprias soluções
originais. Talvez o maior desafio seja ver o que há no caso e nos
erros cometidos que os profissionais podem usar para melhorar
sua própria organização antes que o mesmo erro seja cometido
– no seu próprio território.
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