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2022.1 LES. Hebreus

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su rp re e n d e n te m e n te , m as co n o sco (isto é, com os leitores) e com Paulo, o autor da carta.

Pela fé, e n te n d e m o s (H b 11:3). E ssa s palavras exp re ssam um a perspectiva intelectual

de um a realidade de fé. E n te n d e m o s que o U niverso (literalm ente os m undos) foi criado

p e la p a la vra de D eus. A criação só pode ser com preendida m ediante a fé, afirm ava P aulo.

A lé m disso , o que é visív e l não foi feito de coisas que são visíveis. Em outras palavras,

o m u n d o da criação é visível, m as sua origem , não. Sua origem é com preendida intelectu

a lm e n te a p e n a s pela fé.

Q u a l é e ssa o rig e m in v isív e l? Foi ex nihilo, “do nada", que D eus criou o U niverso v isív

e l? O te x to diz: “O v isív e l v e io a existir das coisas que não sã o visíveis" (Hb 11:3), o que

sig n ific a q u e as c o isa s que não sã o visíve is não sã o necessariam ente inexistentes. Por

e xem p lo, s ó p o rq u e não v e m o s o vento, não significa que ele não exista. Será que as cois

a s in visíve is d a s q u a is o s m u n d o s visíveis foram feitos sã o um a referência à “palavra de

D e u s *? S e a ssim fo r, e ssa é um a a lu sã o clara ao relato da criação em G ênesis í, onde a palavra

de D e u s é a fo n te da criação (a e xp re ssã o “Então D e u s d isse " se repete em Gn 1:3,6,

9 ,1 1 ,1 4 , 20, 24, 2 6 ). Em o u tra s palavras, o m undo se n so ria l deriva de um poder que perm

anece in a c e ssív e l a o s n o sso s sentidos: a poderosa palavra criativa de Deus. N e ssa p e rspectiva,

há um a e x p lica ção m e lh o r para o verso 3.

Em vez de se referir à criação a partir do nada, P aulo u so u um a estrutura paralela para

enfatizar a in visib ilid a d e da palavra divina. O bserve o s três conjuntos de ideias corresp

o n d e n te s e in ter-relacionad as em H ebreus 11:3:

A “o U n iv e rso " (3a) - A ' “o v isível” (3b )

B “foi fo rm a d o " (3a) - B ' “veio a e xistir" (3b)

C “pela p alavra de D e u s" (3a) - C “coisas que não são visíve is” (3 b )

Ou, de outra form a: [A] “Pela fé, e n te n d e m os que o U n ive rso [B] foi form ado [C] pela

p a la vra de D eus, [A'] de m aneira que o visível [B’J veio a existir das coisas [C ] que não

sã o v isív e is" (H b 1 1 :3 ). A ssim , ve m o s que a palavra in visíve l de D e u s criou o U n iverso v i­

sível. E ssa co m p re e n sã o d o verso corrobora a preocupação de P aulo de que seu público

se o rie n ta sse p e la s c o isa s não vistas, porém esperadas. “Ora, a fé é a certeza de coisas

que se esperam , a convicção de fatos que não se ve e m " (H b 11:1). Em sum a, p o d e m o s d i­

zer q u e a p a la vra in v isív e l de D e u s produziu m u n d o s visíve is e n o sso U niverso. Isso não

sig n ific a q u e D e u s n ã o criou, nem poderia criar ex nihilo, m as ap e n a s que e sse texto parece

dizer o u tra coisa.

P e rg u n ta s para re fle xão: P ela fé, nós, a ssim com o P a u lo e a audiência de H ebreus, e n ­

te n d e m o s q u e D e u s criou o s m u n d o s por m eio de Su a palavra poderosa, porém invisível.

1 . 0 q u e você acha q u e m o tivou N o é a co n stru ir um a arca, a p e sa r de não ter h avid o a n ­

tes enchente, nem c h u v a ?

2. O q u e você a cha q u e m o tivo u A b ra ã o a partir para um país que ele não tinha conhecid

o nem e x p lo ra d o ?

3 .0 que você acha q u e m o tivo u M o is é s a trocar um a vida de “p re stígio " no palácio do

E g ito por u m a vid a “m ise rá ve l" com a g e ra ção d o Ê x o d o ?

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