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A última parte de Hebreus 6:6 emprega um segundo bloco de particípios (“de novo, e s
tão crucificando" e “exp ondo-0 à zombaria" [Hb 6:6]). Dessa vez, Paulo usou os particípios
do tem po presente. Ele repentinamente mudou do tempo passado (aoristo) para o tem po
presente, que expressa a ação em processo. O que isso indica? O tem po presente representa
a ação conforme ela se desenvolve, o que está acontecendo no m om ento da fala.
Am bos os particípios descrevem apostasia no tempo presente. Assim, a ação é vista com o
um crime que impede a renovação para o arrependimento, pois torna o apóstata inim igo
de Cristo. A pessoa crucifica o Filho de Deus novamente e O expõe à vergonha de maneira
contínua. O que isso sugere? Envergonhar Cristo é reencenar a crucifixão. Essa reencenaçào
mostra o impacto devastador e contínuo da apostasia naqueles que já foram ilum inados.
Eles não podem ser restaurados ao arrependimento por causa da atitude presente e
contínua que têm para com Cristo. Suas ações descrevem a causa da apostasia e sua atitude
contínua. Q uando rejeita a Cristo, o apóstata abraça a impossibilidade de arrependimento.
Mas, e quem não tem essa atitude? Essa pessoa tem uma chance? M as é claro! N e s
se caso, o exem plo de Pedro é útil como ilustração. Enquanto negava a Cristo três vezes,
ele de repente “se lembrou da palavra que Jesus lhe tinha dito: ‘Antes que o galo cante,
você M e negará três vezes.' E Pedro, saindo dali, chorou am argam ente" (Mt 26:75). Essa
tristeza é uma atitude completamente diferente da dos apóstatas em Hebreus 6, que crucificavam
o Filho de Deus e o envergonhavam abertamente. Além disso, 1 João 2:1 declara:
“Escrevo-lhes estas coisas para que vocês não pequem. Mas, se alguém pecar, tem os
Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo". O Advogado só pode ser útil se for aceito,
não envergonhado nem crucificado.
Em resumo, Hebreus 6:4-6 deixa claro que o público passou por toda a gama de experiências
religiosas da conversão à apostasia. O que impossibilitou alguns deles de serem renovados
para o arrependimento foi a atitude de envergonhar Cristo e, assim, encenar o processo
da crucifixão. Basicamente, essa atitude equivalia a declarar Cristo como seu inimigo. N o
entanto, com uma atitude de humilde arrependimento, como a de Pedro, o perdão é se m
pre possível. O Advogado, Cristo Jesus, está disposto a renovar-nos para o arrependimento.
O m esm o se dá no caso de Hebreus 10:26-29. Essa passagem começa com o pecado
deliberado, arbitrário e intencional. “Porque, se continuarm os a pecar de propósito, depois
de term os recebido o conhecimento da verdade, já não resta sacrifício pelos pecados”
(Hb 10:26). M ais uma vez, se descreve uma persistência presente, contínua e deliberada
no pecado, o que priva qualquer pessoa do perdão. Um grupo “pisou o Filho de Deus,
profanou o sangue da aliança com o qual foi santificado e insultou o Espírito da graça"
(Hb 10:29). Suas ações retratavam Jesus como um inimigo, com Seu sangue desprovido de
poder salvífico. Esses indivíduos insultaram e rejeitaram arrogantemente a oferta da graça
divina; e nem m esm o quiseram se arrepender, visto que dem onstraram uma atitude d e safiadora
contra Cristo e Sua obra. Portanto, o arrependimento é impossível.
Coisas melhores os esperam
Depois de uma advertência tão severa, Paulo se voltou para sua audiência com uma m u
dança de tom e palavras encorajadoras. "Quanto a vocês, meus amados, ainda que falem os
18 6 1 Hebreus: mensagem para os últimos dias