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Ellen G. White abordou o tema do repouso tratado em Hebreus 4:9 em um resum o da
vida do grande reformador inglês João Wesley: “Em tempo de grandes trevas espirituais,
George Whitefield e os irmãos Wesley apareceram como portadores da luz de Deus. Sob
o dom ínio da igreja estabelecida, o povo da Inglaterra havia caldo em tal declínio religioso
que dificilmente se poderia diferenciar do paganismo. A religião natural era o estudo
favorito do clero e incluía a maior parte de sua teologia. As classes mais elevadas zom bavam
da religiosidade e se orgulhavam de estar acima do que diziam ser fanatismo religioso.
A s classes inferiores eram totalmente ignorantes e entregues ao vício, enquanto a igreja
já não tinha coragem nem fé para apoiar a causa esmorecida da verdade.
"A grande doutrina da justificação pela fé, tão claramente ensinada por Lutero, foi quase
completamente perdida de vista e substituída pelo princípio católico de confiar nas boas
obras para a salvação. Whitefield e os Wesley, que eram m em bros da igreja estabelecida,
buscavam sinceramente o favor de Deus e haviam sido ensinados que isso deveria ser conseguido
mediante uma vida virtuosa e pela observância das ordenanças da religião. [...]
“W esley e seus companheiros chegaram a ver que a verdadeira religião está no coração
e que a lei de Deus envolve tanto os pensam entos quanto as palavras e ações. C onvictos
da necessidade de pureza de coração, assim como da correção da conduta exterior,
buscaram com zelo levar uma nova vida. Com oração e diligentes esforços, em penhavam -
se para dom inar os males do coração natural. Levavam uma vida de renúncia, caridade
e auto-hum ilhação, observando com grande rigor e exatidão todas as m edidas que acreditavam
poder ajudá-los a conseguir o que mais desejavam: uma santidade que pudesse
garantir o favor de Deus. Contudo, não alcançaram o objetivo que procuravam. Foram
inúteis seus esforços para se libertarem da condenação do pecado ou para neutralizar seu
poder. Essa foi a mesma luta que Lutero havia experimentado em sua cela no convento
em Erfurt. A mesma questão lhe havia torturado a alma - ‘Como pode o hom em ser justo
para com D e u s?’ (Jó 9:2). [...]
“Ao voltar para a Inglaterra, Wesley, sob a instrução de um pregador morávio, chegou
a um entendim ento mais claro da fé bíblica. Ficou convencido de que deveria renunciar
toda confiança em suas próprias obras para a salvação e que devia confiar com pletam ente
no “Cordeiro de Deus, que tira o pecado do m undo” (Jo 1:29). Em uma reunião da S o
ciedade Morávia de Londres, foi lida uma declaração de Lutero, descrevendo a m udança
que o Espírito de Deus realiza no coração do crente. Ao ouvi-la, acendeu-se a fé na alma
de Wesley. [...] 'Senti que confiava em Cristo, somente em Cristo, para a salvação; e foime
concedida a certeza de que Ele havia tirado meus pecados, sim, os meus, e me salvado
da lei do pecado e da morte’.
“Durante longos anos de exaustivos esforços, de rigorosa renúncia, censura e hum i
lhação próprias, W esley havia se mantido firme em seu único propósito de buscar a Deus.
Por fim, ele O encontrou; e descobriu que a graça que tinha se esforçado tanto para alcançar,
por meio de orações e jejuns, obras de caridade e abnegação, era um dom que
poderia ser adquirido 'sem dinheiro e sem preço'” (Is 55:1; O Grande Conflito, p. 253-256).
Jan • Fev • Mar 2022
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