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(4) nomeado “para oferecer dons e sacrifícios"; (5) apontado para oferecer sacrifícios “pelos
pecados". Em seguida, vêm as características pessoais; (6) “É capaz de se compadecer
dos ignorantes e dos que se desviam do caminho"; (7) está “rodeado de fraquezas". Além
disso, (8) “deve oferecer sacrifícios pelos pecados, tanto do povo"; (9) “como de si m esmo".
Por fim, sobre a vocação; (10) “ninguém toma esta honra para si mesmo"; (11) “a não
ser quando chamado por Deus"; (12) “como aconteceu com Arão".
Quatro características do sumo sacerdote se destacam; ele tem solidariedade para com
as pessoas (qualidades 1-3), capacidade de moderar suas emoções (qualidade 6), está su
jeito à fraqueza (qualidade 7) e, finalmente, tem a vocação do sacerdote (qualidade 12).
Discutiremos sobre cada uma antes de voltarmos a atenção às qualificações de Cristo
para essa obra.
Primeiro, o sum o sacerdote era escolhido dentre seu próprio povo. Ele devia ser um israelita
(Êx 29:9,44; Nm 18:1-7) da tribo de Levi. Arão foi nomeado como o primeiro sum o
sacerdote pelo próprio Deus (Êx 28:1). Quando certos indivíduos, como Corá e seu gru
po, ousaram nomear a si próprios e a outros para a posição de sum os sacerdotes, Deus
os destruiu (Nm 16:15-40). O sacerdócio e suas prerrogativas não eram uma questão insignificante,
como demonstrado ao rei Uzias por meio de um surto de lepra em seu próprio
corpo quando forçou entrada no templo para queimar incenso no altar (2Cr 26:16-21).
Curiosamente, durante o período do segundo templo, ou período intertestamentário, no
final do reinado asmoneu, Salomé Alexandra assumiu o trono como rainha (76-67 a.C),
mas não o sacerdócio. Por ser mulher, não poderia ser sumo sacerdote. Então, nom eou
seu filho mais velho, ícaro II, para o cargo. Seu irmão mais novo, Aristóbolo II, não aceitou
a nomeação do irmão e disputou o cargo com ele.
Portanto, observam os que o sumo sacerdote terreno sempre foi homem, escolhido do
seu próprio povo. Ele também devia mostrar solidariedade, ser israelita, descendente de
Arão, da tribo de Levi. Seu trabalho era representar outros seres hum anos diante de D eus
e oferecer dons e sacrifícios por si próprio e pelo povo. O tema da solidariedade de Cristo
para conosco surge em Hebreus 2:17,18, ressurge em Hebreus 4:14-16 e é desenvolvido
posteriormente em Hebreus 5.
Em segundo lugar, o sumo sacerdote, como Hebreus o descreve, é uma pessoa capaz de
moderar, ou seja, restringir sua própria emoção para com os ignorantes e os que se desviam.
“Ele é capaz de se compadecer dos ignorantes e dos que se desviam do caminho,
pois também ele mesmo está rodeado de fraquezas" (Hb 5:2). O sum o sacerdote ideal não
era uma pessoa muito severa, mas também não era indiferente ao pecado. Ele com partilhava
as responsabilidades gerais durante o ano (Êx 29:38-46); mas ele sozinho oferecia
os sacrifícios no Dia da Expiação (Lv 16:1-25) e carregava o Urim e o Tumim (Êx 28:30). Ele
precisava fazer todas essas coisas com autocontrole emocional.
Terceiro, embora pelo m enos às vezes o sum o sacerdote devia sentir-se frustrado com
os pecados com etidos por seu povo (basta lembrar a ocasião em que o sum o sacerdote
Eli acusou erroneamente Ana de estar bêbada [IS m 1:13,14]), ele era sujeito à fraqueza.
Hebreus 5:2 afirma que o sum o sacerdote estava “vestido", ou estava “rodeado” de fraqueza
por baixo de sua elaborada vestimenta externa (Êx 28). Essa distinção importava, pois
|741 Hebreus: mensagem para os últimos dias