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oficialmente ao poder, tendo liderado a ditadura até 1938. Durante a primeira década de poder
de Kemal foram estabelecidos campeonatos nas principais cidades do país, que levariam os
campeões regionais a uma fase final. Na década de 30 surgiu a primeira liga de pontos corridos,
disputada por clubes das três principais metrópoles, Ancara (capital da era actual), Izmir e
Istambul. Foi neste período que o país islâmico trocou a escrita árabe pelo alfabeto romano, uma
das medidas para ocidentalizar este belíssimo e místico país, a par da separação do Estado da
Igreja.
Um marco foi a inauguração do estádio Inonu, com capacidade para receber 16 000
adeptos, em 1947. Desde aí, este recinto assumiu o estatuto de estádio nacional até à década de
80’, sendo o único no mundo onde se poderia mirar dois continentes.
Nos anos 50 o Futebol começou a assumir-se como peça fundamental da sociedade,
especialmente quando houve um êxodo do povo rural para as cidades. Muita gente encontrou no
jogo da bola um escape e uma forma de se entrosar com a comunidade local.
O primeiro campeonato oficial dá-se em 1959, e a partir daí o governo incentivou a
fusão de clubes do interior do país, de forma a unirem esforços para serem mais competitivos. Em
1967, o Bursaspor consegue atingir a primeira divisão pela primeira vez, e a onda de entusiasmo
contribuiu para a fundação do grupo de apoio Teksas, que este ano completa 56 anos de atividade.
Nos anos 70 o “mapa” da liga expande-se mais pelo território e o Trabzonspor assume-se como
uma real ameaça ao tridente de Istambul. Em nove anos levou seis títulos para uma cidade de 800
000 habitantes, menos de 10% da população de Istambul. Este clube é a única força do interior a
conseguir bater-se com os maiores, e representa uma significativa quantidade de clubes que têm
o sufixo “spor” no seu nome, que surgiram pela supracitada iniciativa de fusão de clubes locais.
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