12.08.2023 Views

Cultura de Bancada, 18º Número

Cultura de Bancada, 18º número, lançado a 12 de agosto de 2023

Cultura de Bancada, 18º número, lançado a 12 de agosto de 2023

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

arame farpado no topo para poder estar na

Tribuna Popular.

A partir do momento em que as

equipas subiram ao relvado, assistimos ao

maior espetáculo de bancada das nossas

vidas. Um estádio em pé durante 90 e muitos

minutos, um apoio incessante em todas as

bancadas e muita, muita pirotecnia, inclusive

foguetes, com o jogo em pleno decurso. Quem

gosta de futebol, quem gosta de espetáculos

de bancada, tem que ter obrigatoriamente o

Gigante de Arroyito na sua “bucket list”.

“Para ser un Canalla si necesita un

poco de locura”, cantavam, em uníssono, as

bancadas de um estádio completamente a

abarrotar.

O Rosario esteve por duas vezes na

frente e só não levou as bancadas ao êxtase

total porque realmente nunca deixaram de

estar ao longo de todo o encontro, mas o

Boca conseguiu fazer o empate no décimo

minuto de compensação.

Sem grande tempo para lamentar

o empate (que realmente lamentámos

por aquelas gentes), apanhámos o nosso

Remis – serviço em tudo idêntico ao de táxi

– e partirmos novamente com destino ao

aeroporto, desejando que não houvesse

grande atraso na saída para Buenos Aires de

forma a chegarmos ao Monumental Nuñez a

tempo.

Uma vez aterrados no Aeroparque,

que fica precisamente na avenida do

Monumental Nuñez, faltava cerca de meia

hora para o jogo. Apressámo-nos a encontrar

um táxi que nos levasse até casa dos “Millo”

e corremos desenfreadamente cerca de 1

quilómetro até ao controlo mais próximo.

Desde logo se notou a diferença do River no

panorama argentino: bem mais organizado

e rigoroso em termos de segurança, de tal

forma que tivemos que exibir os nossos

cartões de sócio à segurança e, só chegados

ao torniquete, pudemos usar os cartões

(supostamente não transmissíveis) dos

detentores dos lugares no Monumental.

Entrámos com o encontro a ponto

de começar, o estádio completamente cheio

e em apoteose para o “clássico” com o

Independiente. Com um ambiente menos

“familiar” que o Gigante de Arroyito mas

igualmente frenético, o Monumental é

tudo aquilo de que nos apercebemos: uma

“selva”, no bom sentido, a “céu aberto”. A

grandiosidade de um dos maiores palcos

do futebol argentino é difícil de descrever

e ainda mais impactante se tornou tendo

em conta que já tínhamos visitado o estádio

no dia anterior, com as bancadas despidas.

As novas bancadas, mais perto do relvado,

vieram aumentar ainda mais a pressão

exercida sobre quem sobe ao relvado do

Monumental. Nessa noite, que o digam os

67

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!