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lembrar o caso enigmático que acontecera
após o assassinato de Gabriele Sandri e de
como ele é lembrado até hoje por toda a
gente, independentemente do clube. Já em
Portugal, é difícil superar o obstáculo da
rivalidade em prol de causas coletivas ou
contra a repressão, havendo geralmente uma
falta de respeito entre os vários grupos ultras
que muitas vezes aplaudem as “desgraças
alheias”.
Espero pessoalmente que esta
mentalidade mude, e, é claro, olhando
positivamente para o futuro, deixo um elogio
para iniciativas valorosas que ultrapassam
as cores, como a luta contra o “Cartão do
Adepto” da “Associação Portuguesa de
Defesa do Adepto”.
Uma outra característica única
dos grupos Ultras portugueses é a presença
e participação noutras modalidades
desportivas dos seus clubes, como andebol,
hóquei, voleibol, basquetebol e futsal.
Esta peculiaridade é possível graças à
especificidade dos clubes portugueses,
que são bastante ecléticos, algo incomum
para nós italianos, exceto em casos raros
e pontuais que, por certo, não alcançam as
proporções do fenómeno português.
Por fim, não podemos deixar de
constatar o apoio e uma certa simpatia dos
adeptos portugueses em relação aos grupos
Ultras. De maneira geral, o arquétipo do
adepto médio oriunda socialmente de um
estrato popular, pouco “chique” e “social”, ao
contrário do que, infelizmente, temos vindo a
assistir cada vez mais nos estádios italianos.
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