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Cultura de Bancada, 18º Número

Cultura de Bancada, 18º número, lançado a 12 de agosto de 2023

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seguimos para a zona de Avellaneda.

Começámos por visitar o

Libertadores de América, casa do

Independiente, mas infelizmente o estádio

estava encerrado. Tivemos que nos contentar

em “matar o tempo” no bar do estádio, já

que faltavam algumas horas para o encontro

seguinte, entre Racing e Tucumán.

Mudámos de “poiso” e deslocamonos

para mais perto do estádio Presidente

Perón, vulgarmente conhecido como

“Cilindro de Avellaneda”. Lá como cá, a hora

(19h de uma segunda-feira) não permitiu

que o estádio enchesse, exceção feita à

zona da Barra Brava, uma das melhores da

Argentina. Mais uma vez, mesmo com as

bancadas algo despidas, o espetáculo fora

de campo superou largamente aquilo que se

verificou dentro das quatro linhas. É também

no Cilindro de Avellaneda que está um dos

“campos exteriores” mais famosos do futebol

argentino, com várias crianças a privilegiarem

debaterem-se nas bancadas ao invés de

estarem atentas ao rumo dos acontecimentos

no relvado: houve até um momento em

que uma dessas bolas, pontapeada por um

potencial futuro jogador, entrou no relvado.

À nossa frente, uma imagem forte, típica do

futebol argentino: um pai, com o seu filho

bem pequeno, a “alentar” o seu Racing,

porque dizer o nome do clube que ama será

tão importante como “papá” ou “mamá”.

Se, por um lado, a vontade de partilhar a

experiência era tremenda, não é menos

verdade que a intensidade e autenticidade

daquilo que vivemos torna exigente a missão

de colocar por palavras tudo aquilo que ali

sentimos. Pessoalmente, a certeza é só uma:

a de que voltarei.

Por Afonso C.

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