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seguimos para a zona de Avellaneda.
Começámos por visitar o
Libertadores de América, casa do
Independiente, mas infelizmente o estádio
estava encerrado. Tivemos que nos contentar
em “matar o tempo” no bar do estádio, já
que faltavam algumas horas para o encontro
seguinte, entre Racing e Tucumán.
Mudámos de “poiso” e deslocamonos
para mais perto do estádio Presidente
Perón, vulgarmente conhecido como
“Cilindro de Avellaneda”. Lá como cá, a hora
(19h de uma segunda-feira) não permitiu
que o estádio enchesse, exceção feita à
zona da Barra Brava, uma das melhores da
Argentina. Mais uma vez, mesmo com as
bancadas algo despidas, o espetáculo fora
de campo superou largamente aquilo que se
verificou dentro das quatro linhas. É também
no Cilindro de Avellaneda que está um dos
“campos exteriores” mais famosos do futebol
argentino, com várias crianças a privilegiarem
debaterem-se nas bancadas ao invés de
estarem atentas ao rumo dos acontecimentos
no relvado: houve até um momento em
que uma dessas bolas, pontapeada por um
potencial futuro jogador, entrou no relvado.
À nossa frente, uma imagem forte, típica do
futebol argentino: um pai, com o seu filho
bem pequeno, a “alentar” o seu Racing,
porque dizer o nome do clube que ama será
tão importante como “papá” ou “mamá”.
Se, por um lado, a vontade de partilhar a
experiência era tremenda, não é menos
verdade que a intensidade e autenticidade
daquilo que vivemos torna exigente a missão
de colocar por palavras tudo aquilo que ali
sentimos. Pessoalmente, a certeza é só uma:
a de que voltarei.
Por Afonso C.
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