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Cultura de Bancada, 18º Número

Cultura de Bancada, 18º número, lançado a 12 de agosto de 2023

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CONGRESSO EUROPEU DE ADEPTOS ‘23

FOOTBALL’S COMING HOME!

6

“Football’s coming home, it’s coming home…”

– podia ter sido esta a banda sonora de

todos aqueles que nos dias 21 a 25 de junho

chegaram ao aeroporto de Manchester para

o European Football Fans Congress #23, coorganizado

pela Football Supporters Europe e

pela Football’s Supporters Association.

Foram cerca de 350 adeptos de todo o mundo

que se deslocaram a Manchester para este

evento – Brasil, Israel, Alemanha, Espanha,

Noruega, Suécia, Escócia, Irlanda, França...

Portugal. É sabido que este Congresso é

um momento ímpar de congregação à volta

de todos os assuntos que nos interessam.

Contudo, este foi, sem sombra de dúvida, o

Congresso mais concorrido de sempre.

Foram entrevistas, painéis,

workshops, discussões, convívio, cervejas

frescas num ambiente difícil de ilustrar e

no fim, sempre o sentimento de saudade, e

ainda o evento não terminou.

Este ano, este congresso foi

marcado pelo simbolismo de ter voltado a

Inglaterra, 15 anos depois, acabando por

marcar uma fase de mudança na Football

Supporters Europe.

No primeiro dia, Old Trafford, casa do

Manchester United, acolheu uma reunião

oficial de OLAs – Oficiais de Ligação de Adeptos

- uma vez que este é agora um dos pelouros

oficiais da Football Supporters Europe, em

virtude da fusão com a SD Europe. Foi uma

reunião na qual os participantes puderam

ilustrar o panorama nos seus clubes/países

e procurar soluções para os problemas

mais frequentes com que se deparam.

Lamentavelmente, nenhum representante

português esteve presente, o que é um claro

espelho da total falta de noção das nossas

instituições acerca da importância que este

tópico pode representar no trabalho, no

terreno, dos clubes com os seus adeptos.

De notar que, ao longo de todo o

evento, foram inúmeros os momentos em que

ficou visível que o panorama europeu para os

adeptos é visto como parte indispensável do

jogo, e que o próprio panorama inglês está

de boa saúde e a anos-luz do que se vive em

países como Portugal. Demonstra, sobretudo,

que o nosso caminho se prevê longo.

A presença do presidente da UEFA

foi um dos momentos que ilustrou o salto

qualitativo do lugar que neste momento é dos

adeptos – o presidente da UEFA, Aleksander

Čeferin, foi convidado para discursar na

abertura deste evento. As suas palavras

foram sóbrias e realistas. A única promessa

deixada foi a da existência de trabalho pela

frente, e que era mais oficial que nunca

que este trabalho tem de ser feito com os

adeptos sentados à mesa. Houve ainda lugar

a um momento simbólico, onde Aleksander

Čeferin pediu, em discurso directo, desculpa

aos adeptos por tudo o que se tem passado

e todos os atropelos aos seus mais básicos

direitos - numa clara referência à última

final da UEFA Champions League que teve

lugar no Stade de France, onde os adeptos

do Liverpool temeram assustadoramente (e

mais uma vez....) pela sua integridade física.

Seria até legítimo achar que

esta presença no congresso podia ser um

proforma, uma aparição sem seguimento, ou

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