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Cultura de Bancada, 18º Número

Cultura de Bancada, 18º número, lançado a 12 de agosto de 2023

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NA TERRA DE D10S

62

9h53

Aterramos em Ezeiza, Buenos

Aires, após um voo de cerca de 13 horas,

proveniente de Madrid. Entre voos de

ligação, atrasos e afins, a jornada já rondaria,

seguramente, 17 horas.

Uma vez em solo argentino, o

entusiasmo vencia, de goleada, o cansaço.

A “ilusión” motivada pela chegada ao “País

das Pampas” ajudava a elevar os níveis de

energia.

Dirigimo-nos ao hotel e, na

impossibilidade de entrarmos de imediato,

sentámo-nos no tasco mais próximo. Pedimos

a famosa Quilmes, mas foi-nos aconselhado

que trocássemos por uma 1890. Dizem

os locais que a aquisição da Quilmes por

parte dos brasileiros da Brahma acabou por

“estragar” a cerveja.

No “dia 0”, sem futebol jogado,

tínhamos um compromisso às 17 horas no

famoso bairro de La Boca e com a promessa

de uma receção à altura da ocasião. As

melhores expectativas cumpriram-se. Saímos

do Uber, esperámos uns minutos e, pouco

tempo depois, aí estava o nosso simpático

anfitrião, disposto a apresentar-nos o clube

por dentro.

Rapidamente sentimos uma

diferença atroz no trato. “El barrio es de

la gente”. E o clube também. Ainda que o

acesso ao estádio fosse exclusivo a sócios, o

nosso anfitrião rapidamente conseguiu fazer

com que entrássemos numa das “canchas”

mais importantes da história do futebol

mundial e sem que pagássemos um único

peso argentino.

Subimos ao relvado e começámos a

contemplar um palco mítico, no qual a tantas

coisas espetaculares assistimos a quilómetros

e quilómetros de distância durante anos.

Estávamos na casa de Diego Armando da

Maradona. Também de Juan Román Riquelme

ou Martín Palermo, apenas algumas das mais

mediáticas figuras de uma história riquíssima,

preenchida por craques.

Enquanto o nosso anfitrião se

sentava para desfrutar do seu mate (que,

mais tarde, provaríamos), contemplávamos

todos os recantos da caixa de bombons mais

conhecida do mundo. A mítica bancada da 12,

as grades típicas da “cancha” sul-americana

e, claro, a peculiar bancada que está sempre

de frente para a transmissão televisiva, com

a “box” em homenagem a Diego Armando

Maradona para sempre reservada. A maior

surpresa, em virtude da impossibilidade

de verificá-lo através da TV foi, com toda

a certeza, a curta distância entre a central

(sem qualquer proteção) e o terreno de jogo.

Vazio, é absolutamente impactante. Cheio,

com toda a certeza a experiência de uma vida

para qualquer adepto de futebol.

Após as fotos da praxe (e não

foram poucas), percorremos os corredores

do estádio, preenchidos por estátuas e

troféus conquistados pelo clube. O nosso

“guia” falava-nos, orgulhosamente, da

história do clube. Para além das Libertadores

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