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Cultura de Bancada, 20º Número

Cultura de Bancada, 20º número, lançado a 12 de dezembro de 2023

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para sermos campeões” e “viva o alho, viva o alho e xyz vai para o caralho”. Uma das memórias

mais bonitas destes tempos é a tradição do capitão de equipa entrar em campo com um peluche

à Leixões, o qual atirava para a claque. No final do jogo, o peluche era devolvido na rouparia para

que o ritual se repetisse duas semanas depois. Tudo isto aconteceu durante cerca de três anos.

Há então um interregno no movimento organizado de apoio leixonense, interrompido

em 1992. Dois jogos antes da meia-final da Taça de Portugal, disputada no Mar contra o Porto,

surgem os “Heróis do Mar”, criados por estudantes das secundárias de Matosinhos que curtiam

as ondas Psycho Billy e Oi!. A faixa tinha o nome do grupo em cima e em baixo “Ultra Leixões”,

sendo que cantavam sobretudo “we are hooligans” e “é pra a esquerda allez, é pra direita allez,

é pra cima allez, é pra baixo allez allez, allez Leixões allez”. O jogo da Taça ficou marcado por

incidentes na bancada, nos quais se envolveram elementos do grupo, e a verdade é que o mesmo

não durou para além daquela tarde.

A situação do clube piora com a descida à “rua escura”, a II Divisão B, em 93/94. Por

essa altura, três adolescentes oriundos da Rua Conde São Salvador, que tinham o costume de ir à

bola com a família, decidiram criar um grupo de apoio, composto por 20/30 leixonenses da zona

da rua da praia nova. Denominaram-se de “Strogonoff’s” e pintaram a sua faixa principal numa

empresa de plásticos. Apresentavam-se com coletes iguais, utilizavam tochas e potes de fumo,

inovando com o uso de tiras de plástico e cascatas de papel higiénico. O grupo que manteve

actividade durante dois anos, estava sediado no café do pai de um elemento e organizou algumas

deslocações, viajando no autocarro emprestado pela Escola de Condução Beira-Mar até Viana do

Castelo, Sandim e Freamunde, por exemplo.

Em 1996 surgem os Ultras Leixões, fundamentalmente composto por malta dos bairros

de Carcavelos, Cruz de Pau, Biquinha e de Sendim. Era malta “pesada”, que muitas vezes não

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