Cultura de Bancada, 20º Número
Cultura de Bancada, 20º número, lançado a 12 de dezembro de 2023
Cultura de Bancada, 20º número, lançado a 12 de dezembro de 2023
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
tem e retirar também ao organismo que
tutela o futebol europeu o monopólio sobre
o mesmo. As pressões sentidas foram de tal
forma intensas que, poucos dias após este
anúncio, boa parte dos integrantes tinha já
feito marcha-atrás e abandonado a ideia. Em
virtude dessa pressão, esta primeira tentativa
viria a ficar em “águas de bacalhau”, mas
a UEFA foi célere a responder, tendo no dia
seguinte à “apresentação” deste projecto
prometido uma reformulação do quadro
competitivo da Champions. Pouco mais de
um ano volvido, a 10 de Maio de 2022, seria
aprovado esse novo modelo.
Para compreendermos com maior
amplitude o teor desta transformação,
convém que façamos uma breve retrospectiva
daquilo que foram as alterações de formato
na maior competição de clubes da UEFA
desde os seus primórdios. A Taça dos Clubes
Campeões Europeus realizou-se pela 1ª vez
na temporada 1955/1956 e, nessa época,
contava apenas com um representante de
cada país (foram 16), sendo disputada num
sistema de eliminatórias a duas mãos, desde
a 1ª ronda até à final, esta jogada num só
encontro. Nas primeiras edições os clubes
foram escolhidos por convite, mas desde o
final da década de 1950 esta Taça passou a ser
disputada apenas pelos campeões nacionais
de cada país, tendo-se este formato mantido
praticamente inalterado até aos anos 90. Foi
na temporada 1991/1992 que, pela primeira
vez, se introduziu o formato de fase de
grupos, ainda que para aceder a esta fase
da competição fosse necessário ultrapassar,
antes disso, três eliminatórias. Na temporada
seguinte a prova muda de nome, e é então
que surge o nome “Champions League”.
Durante esta década a Champions foi sendo
alvo de sucessivos ajustes, sendo um dos mais
importantes a inclusão de vice-campeões a
partir do ano de 1997, entre outras alterações
no sistema de grupos e eliminatórias, até que
chegamos ao ano de 2003, em que se passou
a disputar a competição nos moldes que hoje
conhecemos.
Depois de duas décadas sem
alterações de monta, eis que a próxima
temporada trará uma transformação radical
da prova, que passará a ser disputada por 36
equipas em lugar das anteriores 32, e contará
com uma liga única substituindo os 8 grupos
em vigor. Cada equipa realizará, pelo menos,
8 jogos contra 8 adversários diferentes, ao
invés dos 6 jogos contra 3 equipas (casa
e fora). Os clubes serão distribuídos por
quatro potes (consoante o coeficiente) e
defrontarão dois adversários de cada pote,
sendo esses mesmos adversários sorteados
consoante os resultados da ronda anterior
(vitoriosos defrontam vitoriosos, derrotados
11