Cultura de Bancada, 20º Número
Cultura de Bancada, 20º número, lançado a 12 de dezembro de 2023
Cultura de Bancada, 20º número, lançado a 12 de dezembro de 2023
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Viagem à Madeira
Após uma difícil, dura e penosa
época na distrital, o Sport Clube de Vila Real
conquistou a subida de divisão e voltou aos
nacionais, o que normalmente significa uma
ida às ilhas.
Ansiosos pela divulgação das
séries oficiais e do calendário definitivo,
somos confrontados com três idas à ilha da
Madeira. Na verdade, anteriormente já tinha
tido o privilégio de ir ver o “Bila” à Madeira,
num jogo para a Taça de Portugal contra o
União da Madeira. Contudo, foi uma viagem
marcada à última da hora, onde viajei com
a equipa e direção. Desde então, senti que
necessitava de viver uma jornada à ilha de
maneira diferente, na companhia daqueles
que, domingo após domingo, partilham a
bancada comigo.
No dia do sorteio, com as supostas
datas definitivas em mãos, adquiri a
“passagem” para dia 25 de fevereiro, data do
jogo contra o Camacha, que curiosamente
coincidia com o meu dia de aniversário.
Poderia haver forma melhor de celebrar um
aniversário do que a assistir e apoiar o Bila na
Madeira? Duvido.
Entretanto, em outubro, eu e os
meus companheiros que já tinham adquirido
passagem para 25 de fevereiro, fomos
confrontados com a alteração da data
desse jogo. Isso naturalmente deixou-nos
revoltados, mas não resignados.
Conversamos entre nós e garantimos
outra viagem, desta vez de 3 a 6 de novembro,
para o jogo contra o Marítimo “B”, juntandonos
a mais adeptos que também tinham
comprado bilhete para esse encontro. Assim,
dia 3 de novembro, em voos diferentes,
embarcamos 6 “malucos” pelo Bila rumo à
ilha.
Desportivamente, o Sport Clube de
Vila Real encontrava-se na última posição,
sem qualquer vitória. No entanto, a esperança
de uma reviravolta viajava connosco na
bagagem, e todos acreditávamos que a
primeira vitória aconteceria na Madeira.
Chegados à ilha, vivemos uma sextafeira
de copos, amizade e Bila, com uma saída
à noite na zona histórica do Funchal, regada
com muita poncha e algumas “baixas” na
noite...
O sábado, mesmo com ressaca, não
nos impediu de visitar a pitoresca cidade
de Câmara de Lobos, onde absorvemos a
verdadeira essência madeirense, partilhando
memórias do nosso clube e absorvendo a
cultura local.
No domingo, dia do jogo, chegamos
ao Campo da Imaculada Conceição, no
Funchal, onde esperávamos ser os únicos
adeptos do Bila. Para nossa agradável
surpresa, constatamos a presença de 25 a 30
vilarrealenses sediados na Madeira e pais de
atletas na bancada.
Assistimos a um bom jogo da nossa
equipa, culminando na primeira vitória e
num sentimento de dever cumprido. No final,
adeptos e jogadores celebraram numa bela
simbiose, e senti que a nossa presença foi
vital para este resultado positivo.
Destaco também a presença de
vários membros da claque do Marítimo,
os “Templários”, que nos acompanharam
durante e após o jogo. Esta conexão foi
estabelecida numa das minhas idas à
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