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Cultura de Bancada, 20º Número

Cultura de Bancada, 20º número, lançado a 12 de dezembro de 2023

Cultura de Bancada, 20º número, lançado a 12 de dezembro de 2023

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no estrangeiro. Nesse verão, miúdos do Bairro dos Pescadores resolvem criar a sua claque com

o nome “Putos do Mar”, tendo andado pela Cidade a perguntar quem se queria juntar a eles e

a distribuir fichas de inscrição. Pintaram material e foram para a bancada fazer o melhor que

sabiam, algo que aconteceu em meia dúzia de jogos. Eram tempos de gente com vontade, mas de

muita inconsistência. Julgo que, durante os anos na “rua escura”, faltou por cá fundamentalmente

um projecto bem estruturado. Apesar disso, o Leixões sempre teve muito apoio em casa e fora,

sendo o “abono de família” para os visitados e “assustador” para os visitantes, sendo raro o jogo

que não dava estalo. Poucos eram os grupos de apoio existentes na II Divisão B e menos ainda

eram os que cá vinham, salvo excepções como, por exemplo, os Fama Boys e os Green Devils.

Ainda em 2002/2003 aparecem os “Red Demons”, criados na Escola Básica Prof.

Óscar Lopes, no bairro da Cruz de Pau. O professor Bruno foi transferido da Industrial para lá,

onde começou a fazer actividades extracurriculares com jovens problemáticos na pintura de

camisolas com técnicas de Graffiti. Numa dessas sessões o professor ouve falar pela primeira

vez em “Red Demons” e, questionando o aluno, o mesmo explicou-lhe que era uma ideia de

criar uma nova claque para o L.S.C., tendo o nome Red Demons surgido numa aula de Inglês (no

ano letivo precedente), com ajuda de uma professora. A partir daí, Bruno Sampaio começa a

desenvolver a ideia, tendo também criado o logo e desenhado material. Trocaram-se as atividades

extracurriculares de pintura pelo “Espaço Red Demons”, dando assim um cariz ainda mais social a

um projeto dum grupo de apoio. Para tal e muito mais, contribuiu a professora Aurora Anastácio,

que era à altura a diretora da Escola e uma leixonense ferrenha. Aproveitando o espaço, a nova

geração Ultra era cultivada com reuniões do grupo, criação de cânticos, desenho e pintura de

material e coreografias, etc. O apoio vocal e a pirotecnia improvisada com extintores, com tochas

artesanais feitas de prata e bolas de Ping-pong, ou até mesmo com cal comprada em drogarias,

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