6.5. CÁLCULO DO ÍNDICE DE CONDIÇÕES DE VIDA - ICVDe acordo com o SGE (BRASIL, 2011 d) o ICV é um indicador que visarepresentar as mudanças percebidas, em termos das condições de vida, dasfamílias nos territórios rurais, que permite análises comparativas, tanto ao longo dotempo como entre territórios distintos, sem depender da disponibilidade eatualização dos dados secundários. É composto por três dimensões, chamadas de“instâncias”: 1) fatores que favorecem o desenvolvimento; 2) características dodesenvolvimento; e 3) efeitos do desenvolvimento. A cada instância associam-seoito indicadores, cada indicador baseou a elaboração de um ou mais quesitos emum questionário, que serão utilizados para o cálculo do ICV do Território Rural.Esses indicadores são avaliações registradas em escalas de cinco pontos, desde1=péssimo até 5=ótimo em algumas variações.O universo definido para a pesquisa do ICV constitui-se pela população ruralresidente nos municípios que compõem o Território. A unidade amostral foi definidocomo o domicílio rural conforme definido pelo IBGE, que desenvolve continuamenteum mapeamento do território nacional, considerando desde as unidades defederação até os municípios, os quais são subdivididos em Setores Censitários.Para cada Setor Censitário o IBGE registra, além da localização georreferenciada,os elementos humanos que o compõem: indivíduos, domicílios, famílias, entreoutras. Assim, o sorteio de Setores Censitários é uma forma de compor amostras depessoas geograficamente distribuídas, cujas características são conhecidas elocalizáveis. Tecnicamente, em amostra probabilística, a chance de uma unidadeamostral fazer parte da amostra é conhecida e maior que zero (BRASIL, 2011 d).A pesquisa realizada no Território da Transamazônica entrevistou 285famílias agricultoras em cinco setores censitários dos municípios de Vitória do Xingu(1), Altamira (2), Medicilândia (1) e Uruará (1).6.5.1. Dimensão 1: Fatores do desenvolvimentoA primeira dimensão de análise do ICV trata-se dos fatores que favorecem odesenvolvimento, onde são analisadas questões como mão de obra familiar ematividade dentro ou fora da unidade; área da unidade de produção familiar;escolaridade, condições da moradia, acesso a mercados, acesso a políticas públicas65
(Pronaf, bolsa-família, etc.), acesso a crédito e assistência técnica, e presença deinstituições que favorecem o desenvolvimento rural.O cálculo desse índice atingiu valor de 0,488, que em uma escala de cincoestágios, de “baixo” a “alto”, obteve um índice médio (Figura 16).Fat. Desenvolvimento: 0,488MédioNº. de famílias trabalhandoPresença de instituiçõesMão de obra familiar0,5630,592Acesso a assistência técnica0,3850,667Área utilizada para produção0,3120,3050,526Acesso a crédito0,322Escolaridade0,4390,682Programas de governoAcesso aos mercadosCondições de moradiaEscala:0,00 - 0,20 = Baixo0,20 - 0,40 = Médio Baixo0,40 - 0,60 = Médio0,60 - 0,80 = Médio Alto0,80 - 1,00 = AltoFigura 16 - Fatores de desenvolvimento para o Território da Transamazônica.A agricultura praticada no Território da Transamazônica se utiliza em suamaior parte da mão de obra da própria família para a realização das atividades noestabelecimento rural. Desta forma, pode-se observar que os índices relacionados àquantidade de famílias trabalhando e a utilização de mão de obra existentes nestasunidades de produção foi considerado médio. A área utilizada para a produção foiconsiderada pelos agricultores entrevistados suficientes para a implantação doscultivos e criações desejadas, mas algumas observações quanto ao tamanho daterra foram constatadas, principalmente como um fator limitante ao desenvolvimentoda propriedade.Outros fatores decisivos no desenvolvimento territorial, sobretudo incidindodiretamente na vida da família são a escolaridade, as condições de moradia e oacesso aos mercados. Observa-se que os índices alcançados variam entre médio emédio alto, denotando uma situação razoável destes indicadores nas comunidades,entretanto a história da presença do Estado brasileiro e suas políticas nascomunidades do território têm sido destacadas como deficitária. Nos últimos anos66
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