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La - Herencia

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documentos citados acima, na Convensão da<br />

Biodiversidade, na Agenda para Ação da<br />

Conferência Mundial de Ciência, no Programa<br />

Internacional de Direitos Humanos, na<br />

Declaração das Nações Unidas para o Milênio<br />

(DNUM) e no Plano de implementação de<br />

Johannesburg (PIJ), dos quais os governos da<br />

Bolívia, Brasil e Peru são signatários.<br />

Os Princípios éticos apontam dois direitos<br />

básicos relativos à disseminação de<br />

conhecimento. Trata-se do "direito de ter<br />

acesso a informações relevantes para o<br />

desenvolvimento sustentável e o direito de<br />

participar de decisões coletivas" (2005, p.5).<br />

Como "resposta para ajudar as sociedades na<br />

Região MAP a encontrar esses direitos", o<br />

Comitê Científico elenca onze princípios<br />

éticos, "fortemente influenciados pelo guia de<br />

pesquisas sociais da UNESCO e pela<br />

declaração do Instituto Interamericano de<br />

Pesquisa de Mudanças Globais - IAI para<br />

conflitos de interesse e conduta" (p.5).<br />

Atentamos aqui para dois desses princípios; o<br />

primeiro: "os pesquisadores devem fornecer<br />

informações adequadas em todas as<br />

publicações e bancos de dados de forma que<br />

seus métodos e resultados possam ser<br />

apropriadamente acessados e avaliados. Os<br />

limites de confiabilidade e aplicabilidade<br />

devem ser claros" (2005, p.6); e o outro, "deve<br />

ser oferecido acesso aos resultados da<br />

pesquisa aos participantes e à sociedade<br />

regional, apresentados de forma clara e com<br />

linguagem que eles possam entender" (p.6).<br />

Observe-se que os direitos e princípios<br />

defendidos pelo Comitê Científico apontam<br />

que a população seja informada sobre<br />

questões ambientais e de saúde, sobretudo.<br />

Mas também, apontam que os encontros<br />

MAPs sejam um espaço de discussão,<br />

encaminhamentos e soluções de interesse de<br />

toda a comunidade, com a voz, o quanto<br />

possível, da população, em especial de<br />

representantes dos índios, dos castanheiros,<br />

dos trabalhadores rurais, dos ribeirinhos, dos<br />

seringueiros, dos comerciantes, dos<br />

trabalhadores urbanos, entre outros atores<br />

sociais.<br />

Outro aspecto a enfatizar é a autogestão e<br />

governabilidade das comunidades. A esse<br />

respeito nos informa a Declaração de Cobija,<br />

decorrente do VI Foro Trinacional MAP -<br />

Fortaleciendo las raices de un futuro común de la<br />

región MAP, realizado de 20 a 22 de julho de<br />

2006, em Cobija (Bolívia):<br />

"…la Iniciativa MAP promueve la participación<br />

efectiva de las sociedades regionales en la<br />

gobernancia, entendida como el proceso social,<br />

económico y político que asumen las sociedades<br />

hacia su autogestión, como por ejemplo, la gestión<br />

compartida de la cuenca del río Acre y otros<br />

programas en construcción como el Plan<br />

Integrado de Defensa Civil de la Región MAP y<br />

las reformas curriculares de la enseñanza básica<br />

en la Región MAP. De esta manera, la Iniciativa<br />

MAP representa una experiencia de<br />

integración hacia la unidad de naciones<br />

sudamericanas" (p.2, grifo nosso).<br />

Evidencia-se nesse excerto que há uma<br />

administração compartilhada entre os<br />

governos locais e instituições de ensino e<br />

pesquisa, organizações não-governamentais,<br />

associações e representantes dos demais<br />

atores sociais. Essa administração autogestiva<br />

pode propiciar uma integração das<br />

comunidades, que compartilham problemas<br />

ambientais, políticos, de saúde, econômicos,<br />

educacionais, culturais bastante semelhantes,<br />

e, por conseguinte, iniciativas conjuntas para<br />

mitigá-los.<br />

O fragmento abaixo, também da Declaração<br />

de Cobija, revela o reconhecimento e o apoio<br />

à Iniciativa MAP por parte de autoridades do<br />

Peru e do Acre, em especial acerca da<br />

transparência dos trabalhos desenvolvidos<br />

pela Iniciativa e de sua importância na<br />

governabilidade dessa região fronteiriça e na<br />

integração regional.<br />

"El mensaje del representante del Perú, Sr.<br />

Fortunato Quesada, Cónsul de Perú en Río<br />

Branco, estuvo orientado a poner el tema de la<br />

calidad de educación como relevante para<br />

un MAP más efectivo, por su importancia<br />

en la gobernabilidad y transparencia. <strong>La</strong>s<br />

acciones de facilitación del transporte y el<br />

intercambio monetario ayudarán a dar mayor<br />

dinamismo a la integración trinacional. El<br />

Secretario del Medio Ambiente del Estado de<br />

Acre, Sr. Carlos Edegard Deus, enfatizó que el<br />

Gobierno del Acre considera que la Iniciativa MAP<br />

tiene un papel creciente en la integración regional<br />

y está apoyando las actividades de este foro y de<br />

mini MAPs específicos" (p.2, grifo nosso).<br />

Entendemos que Sr. Fortunato Quesada, ao<br />

atentar para a qualidade da educação na<br />

Região, aponta para algo que merece atenção<br />

de todos os profissionais envolvidos na<br />

Iniciativa MAP, pois o sucesso dos diversos<br />

trabalhos em andamento - ou, a redução dos<br />

problemas sociais - depende do êxito da<br />

política educacional assumida pelo poder

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