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Untitled - Visão Judaica

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12<br />

VISÃO JUDAICA dezembro de 2005 Kislev/Tevet 5766<br />

Homenagem ao pioneiro<br />

Max Rosenmann<br />

urante a tarde de cultura<br />

promovida pelo Instituto<br />

Bernardo Schulman,<br />

Max Rosenmann, o avô do<br />

deputado federal que tem<br />

seu nome, foi homenageado com<br />

palavras proferidas por Moisés Bronfman,<br />

um dos poucos líderes decanos<br />

da comunidade ainda em atividade.<br />

“Não tive a ventura de conhecê-lo<br />

pessoalmente, pois quando<br />

cheguei à Curitiba, ele já havia falecido<br />

há um ano. Na convivência<br />

com Bernardo Schulman, Júlio<br />

Stolzemberg, Natan Paciornik, Bernardino<br />

Schulman e muitos outros<br />

apreendi a adimirá-lo pois todos<br />

falavam de Max Rosenmann com orgulho<br />

e saudades”, iniciou.<br />

Max Rosenmann chegou a São Paulo<br />

em 1887, após ter servido por três<br />

anos no exército austro-húngaro do<br />

Imperador Francisco José. Na mesma<br />

época chegavam em São Paulo os Tepermann,<br />

Klabin, Lafer, Tabacow e<br />

Moisés Bronfman (centro) fala homenageando o pioneiro da comunidade de<br />

Curitiba, Max Rosenmann. À esquerda, Célia Galbinski, vice-presidente do<br />

Instituo Cultural bernardo Schulman e à direita, Sara Schulman (presidente<br />

do Instituto) e Martha Schulman, presidente da Kehilá<br />

outros. Rosenmann veio para Curitiba,<br />

informado de que no Paraná existia<br />

uma colonização da Europa Oriental.<br />

Descendente de família de comerciantes<br />

de cereais e apicultores ficou<br />

poucos dias na Capital e foi para Tomas<br />

Coelho, onde encontrou campo<br />

para estas atividades e foi grande incentivador<br />

da produção de centeio e<br />

apicultura. Quando se sentiu seguro,<br />

resolveu trazer seus pais e dois irmãos.<br />

Com eles chegou também a senhorita<br />

Frida Dubowy que em 1895, contraiu<br />

núpcias com Max Rosenmann. Os dois<br />

irmãos de Max faleceram de febre amarela,<br />

contraída ainda em Santos e cujos<br />

óbitos ocorreram em Curitiba e<br />

foram sepultados no cemitério Municipal<br />

de Curitiba.<br />

Bronfmann destacou que Max Rosenmann<br />

foi o esteio e pioneiro da<br />

O deputado Max Rosenmann falou em<br />

nome da família<br />

primeira imigração dos judeus ao Paraná.<br />

Ele se transferiu para Curitiba<br />

com a família. Foi um pioneiro autêntico,<br />

acolhedor, honesto, trabalhador<br />

e de bons princípios. Atraía<br />

para sua casa todos os imigrantes<br />

judeus que aqui vinham se estabelecer,<br />

onde eram sempre bem recebidos<br />

pelo casal. Em Pêssach, os recém-chegados,<br />

reuniam-se em sua<br />

casa e faziam em conjunto os matzes<br />

para celebrarem a<br />

festa. Também estavam<br />

todos juntos<br />

em sua residência<br />

nos dias de Rosh<br />

Hashná e Iom Kipur.<br />

fotos: Szyja Lorber<br />

Em 1913 já havia<br />

mais ou menos<br />

50 pessoas na coletividade<br />

e Max,<br />

junto com Bernardo<br />

Schulman, Júlio<br />

Stolzemberg,<br />

Leão Charas e Jacob<br />

Mandelmann,<br />

tomaram a iniciativa<br />

de convocar<br />

uma assembléia geral e nela fundaram<br />

a União Israelita do Paraná em<br />

27 de julho de 1913. E, evidentemente,<br />

foi eleito Presidente Max<br />

Rosenmann. Mais tarde, numa nova<br />

assembléia subscreveram-se recursos<br />

para adquirir um Sefer Torá, que<br />

rendeu de inicio 495 mil reis.<br />

Em 1914 o presidente Max Rosenmann<br />

recebe um voto de louvor<br />

por sua conduta neutra e democrática.<br />

A comunidade progredia e iniciavam-se<br />

atividades culturais, sociais,<br />

biblioteca para leituras, jogos<br />

de xadrez, etc. Ainda em 1914, com<br />

o inicio da 1ª Grande Guerra, foi criado<br />

um comitê de socorro para auxiliar<br />

as vitimas da guerra, constituído<br />

por Max Rosenmann, Salomão<br />

Guelmann, Bernardo Shulmann e outros.<br />

As senhoras Frida Rosenmann,<br />

Lúcia Friedmann e Azálea Shulmann<br />

fundaram a Sociedade Beneficente.<br />

atos importantes<br />

Moisés Bronfman destacou alguns<br />

fatos importantes. Em agosto<br />

de 1920, criou-se o Centro Israelita<br />

do Paraná, com a fusão da União<br />

Israelita, da Shalom Sion e da Sociedade<br />

Beneficente Feminina e o Centro<br />

Israelita passou a ser uma Kehilá.<br />

A primeira diretoria era composta<br />

por: Presidente - Max Rosenmann;<br />

Vice Presidente - Salomão<br />

Guelmann; Secretário - Bernardo<br />

Shulmann; Assuntos Sionistas - Júlio<br />

Stolzemberg; Tesoureiro - Frederico<br />

Flacks. Max Rosenmann recebeu<br />

o Título de Sócio Honorário do<br />

Centro Israelita do Paraná.<br />

O casal Rosenmann teve cinco filhos:<br />

Bernardo, casado com Otília<br />

Rosenmann; Gitia, casada com Henrique<br />

Wharhaftig; Regina, casada<br />

com Bernardino Schulmann; Maricá,<br />

casada com Manoel Beiguelman; Amália,<br />

casada com Santiago Itzcovich.<br />

Foram todos muitos ativos na comunidade,<br />

inclusive as mulheres, na<br />

Wizo e na beneficência.<br />

Bronfman, ao final, lastimou que<br />

Max Rosenmann não tenha sobrevivido<br />

para ver o sucesso dos netos e<br />

até bisnetos, que atuam na Engenharia,<br />

Direito, Medicina, Política, Finanças,<br />

Odontologia e na atuação<br />

no Ishuv do Paraná. "Max Rosenmann,<br />

foi provavelmente o maior líder<br />

da nossa Comunidade e nós aqui<br />

devemos muito a ele", disse.<br />

O presidente da Federação Israelita do<br />

Paraná, Isac Baril fez a entrega dos livros<br />

doados pela Conib para a Biblioteca<br />

Bernardo Schulman por intermédio do<br />

Centro de Cabala do Brasil. Os livros, 23<br />

volumes do Zohar, mais conhecido como a<br />

Cabalá, foram recebidos pela presidente<br />

da instituição, Sara Schulman<br />

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O LEITOR<br />

ESCREVE<br />

Qualidade e preocupação<br />

Prezados Senhores:<br />

Foi com grata satisfação que vimos a matéria<br />

sobre nossa Peguishá Artzit e a menção do nosso<br />

programa das Classes Brasileiras de Ayanot,<br />

em Israel, no jornal <strong>Visão</strong> <strong>Judaica</strong>.<br />

Agradecemos, pois, cumprimentando a equipe<br />

do jornal por sua qualidade e pela preocupação<br />

com a divulgação de nossas atividades<br />

em geral.<br />

Toda rabá.<br />

Myrian Mau Roth Presidente de Na’amat Pioneiras<br />

Brasil São Paulo - SP<br />

Em defesa de Israel<br />

Prezados amigos:<br />

Sua preocupação e indignação, absolutamente<br />

legítimas, são necessárias para abrir os olhos<br />

do mundo quanto às ameaças ao povo e ao<br />

Estado de Israel. Mas, da minha pequena compreensão<br />

sobre o assunto, acredito no que li<br />

há alguns anos de um primeiro-ministro israelense.<br />

No começo dos anos 80, o Sr. Menachen<br />

Begin mandou destruir instalações de reatores<br />

nucleares num país vizinho, ação depois reclamada<br />

na ONU, porque tal produção de energia<br />

seria exclusivamente para fins pacíficos. O governante<br />

preferiu prevenir. A força aérea de<br />

Israel acabou com tudo. E o Sr. Begin, como<br />

que vaticinando igual ao velho Jeremias, afirmou<br />

que “nunca mais haverá um holocausto<br />

em Israel”. E eu acredito nisso. O povo israelense<br />

sabe se defender, não obstante a ação<br />

teimosa de alguns radicais que insistem em<br />

matar inocentes. Mas Holocausto, nunca mais<br />

acontecerá. Varrer Israel do mapa, como apregoam<br />

alguns, não tem a menor graça. Acabouse<br />

o tempo da escravidão, da dispersão e do<br />

Holocausto. Agora o que temos é uma Nação<br />

forte e preparada. É só lembrar as guerras dos<br />

“Seis Dias” e do “Iom Kipur”. O mais é fanatismo<br />

e terrorismo, o que obriga Israel a ações<br />

antiterror. Continuo solidário com sua indignação.<br />

Se eu fosse israelense, com certeza estaria<br />

nas fileiras do melhor exército do mundo.<br />

Abraços.<br />

Tagore Wotton de A. Madruga Brasília - DF<br />

Publicação consistente<br />

Aos editores de <strong>Visão</strong> <strong>Judaica</strong>:<br />

Raras vezes se vê uma publicação como a<br />

<strong>Visão</strong> <strong>Judaica</strong>: consistente intelectualmente<br />

e abordando temas muitas vezes no Brasil<br />

considerados tabus. Certamente seus leitores<br />

não são do tipo que gostam de ver “figurinhas”,<br />

mas aqueles que desfrutam de textos<br />

densos, aprofundados e que suscitam a<br />

reflexão e resgatam a inteligência.<br />

João Luiz Neves Editor de Diplomacia &<br />

Negócios Curitiba - PR<br />

Para escrever ao jornal <strong>Visão</strong> <strong>Judaica</strong> basta<br />

passar um fax pelo telefone 0**41 3018-8018<br />

ou um e-mail para<br />

visaojudaica@visaojudaica.com.br

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