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Vamos ver o Irão olhos nos olhos - Fonoteca Municipal de Lisboa

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Flash<br />

Sumário<br />

Abbas Kiarostami 6<br />

Entrevista com o realizador<br />

<strong>de</strong> “Shirin”<br />

Sleigh Bells 12<br />

Esta explosão <strong>de</strong> ruído é<br />

contagiante<br />

Ariel Pink 16<br />

Quer manter o rock vivo por<br />

mais cinco a<strong>nos</strong><br />

Jazz 22<br />

Clean Feed e Jazz Ao Centro<br />

põem Portugal no mapa<br />

Exposição 28<br />

De que falamos quando<br />

falamos <strong>de</strong> “povo”?<br />

Hans Küng 32<br />

O teólogo católico explica<strong>nos</strong><br />

o islão<br />

Nicolai Lilin 34<br />

A educação criminal <strong>de</strong> um<br />

siberiano<br />

Ficha Técnica<br />

Directora Bárbara Reis<br />

Editor Vasco Câmara, Inês Nadais<br />

(adjunta)<br />

Conselho editorial Isabel<br />

Coutinho, Óscar Faria, Cristina<br />

Fernan<strong>de</strong>s, Vítor Belanciano<br />

Design Mark Porter, Simon<br />

Esterson, Kuchar Swara<br />

Directora <strong>de</strong> arte Sónia Matos<br />

Designers Ana Carvalho, Carla<br />

Noronha, Mariana Soares<br />

Editor <strong>de</strong> fotografi a Miguel<br />

Ma<strong>de</strong>ira<br />

E-mail: ipsilon@publico.pt<br />

Prémio<br />

Hollywood tenta<br />

filmar Salinger (mais<br />

uma vez)<br />

J.D. Salinger sempre insistiu que a<br />

sua obra-prima, “The Catcher in the<br />

Rye” (“Uma Agulha no Palheiro” ou<br />

“À Espera no Centeio”, segundo as<br />

duas traduções disponíveis em<br />

português) era infilmável e impediu<br />

qualquer adaptação ao cinema.<br />

Sam Goldwyn, Jerry Lewis e Billy<br />

Wil<strong>de</strong>r estão entre os realizadores<br />

que tentaram filmar o romance,<br />

mas viram as suas intenções serem<br />

boicotadas pelo autor.<br />

Mas a morte do escritor norteamericano<br />

em Janeiro está a<br />

alimentar os produtores <strong>de</strong><br />

Hollywood <strong>de</strong> esperanças quanto à<br />

possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> adquirir os direitos<br />

<strong>de</strong> adaptação do livro, segundo o<br />

britânico “Daily Telegraph”. Uma<br />

das motivações para isso é uma<br />

carta escrita por Salinger em 1957,<br />

indicando que os direitos <strong>de</strong><br />

“Catcher in the Rye” po<strong>de</strong>riam ser<br />

vendidos após a sua morte. “É<br />

possível que um dia os direitos<br />

sejam vendidos”, escreveu Salinger.<br />

“Há a probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> eu não<br />

morrer rico. Jogo muito seriamente<br />

com a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar os direitos à<br />

minha mulher e filha como uma<br />

espécie <strong>de</strong> seguro.”<br />

Durante a sua vida, Salinger levou a<br />

cabo uma irredutível campanha<br />

para impedir “Catcher in the Rye”,<br />

escrito em 1951, <strong>de</strong> ser filmado,<br />

<strong>de</strong>screvendo a i<strong>de</strong>ia como “odiosa”.<br />

Ao longo das décadas, actores como<br />

Marlon Brando, Jack Nicholson,<br />

Leonardo DiCaprio e Tobey Maguire<br />

voluntariaram-se para o papel do<br />

adolescente Hol<strong>de</strong>n Caulfield, mas<br />

Salinger sempre reafirmou que o<br />

papel era “irrepresentável”.<br />

Alegadamente, a recusa do escritor<br />

<strong>de</strong>ve-se ao seu <strong>de</strong>sapontamento<br />

com a adaptação <strong>de</strong> um dos seus<br />

contos, “Uncle Wiggily in<br />

Connecticut”, que foi transformado<br />

em 1949 no filme “My Foolish<br />

Heart”. Foi um fracasso ao nível da<br />

crítica e da bilheteira e Salinger terá<br />

prometido nunca mais <strong>de</strong>ixar<br />

Hollywood aproximar-se das suas<br />

obras.<br />

Nuno Saraiva venceu nceu<br />

esta semana o Prémio émio<br />

Stuart <strong>de</strong> Desenho o da<br />

Imprensa, no valor or<br />

<strong>de</strong> 10 mil euros,<br />

com a ilustração<br />

publicada na capa a<br />

do Ípsilon <strong>de</strong> 12<br />

<strong>de</strong> Fe<strong>ver</strong>eiro<br />

sobre o tema “A<br />

Wraygunn preparam novo álbum,<br />

Furtado veste o avental<br />

Já passaram três a<strong>nos</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

que os Wraygunn <strong>nos</strong><br />

mostraram o seu “Shangri-<br />

La” e, inevitavelmente, o<br />

povo tem sauda<strong>de</strong>s do<br />

rock’n’roll da banda <strong>de</strong><br />

“Drunk or stoned”. Pois<br />

não terá <strong>de</strong> esperar muito<br />

mais. Os Wraygunn estão<br />

neste momento em ensaios<br />

e é certo que em 2011<br />

editarão o quarto álbum da<br />

sua discografia. Depois <strong>de</strong><br />

“Soul Jam” (2001),<br />

“Eclesiastes s 1.11 1.11” (2004) e<br />

“Shangri-La” a” (2007), esse<br />

será necessariamente ariamente um<br />

álbum diferente. rente.<br />

“Chegámos a um ponto em<br />

que a Raquel el [Ralha] é a<br />

compositora a maioritária”,<br />

<strong>de</strong>clara Paulo ulo Furtado ao<br />

Ípsilon, acrescentado escentado que,<br />

com as canções ções e letras da<br />

vocalista, as s quatro<br />

compostas por ele próprio<br />

– “consegui finalmente<br />

compor um m tango!”,<br />

exclama – e as <strong>de</strong> Pedro<br />

Vidal, homem em com história<br />

feita <strong>nos</strong> Blind ind Zero e que se<br />

tem ocupado do da guitarra<br />

“pedal steel” l” <strong>nos</strong> Wray<br />

Gunn (ouvimo-lo mo-lo em<br />

“Shangri-La”), a”), “este era o<br />

momento certo erto para voltar<br />

aos ensaios, , <strong>de</strong>pois do<br />

tempo passado ado a trocar<br />

emails com<br />

i<strong>de</strong>ias.”<br />

Primeira<br />

avaliação ao o<br />

novo material: ial: “Todas as<br />

primeiras músicas são<br />

mais calmas”. s”.<br />

Consi<strong>de</strong>ração ão <strong>de</strong> quem<br />

conhece a sua ua própria<br />

banda: “Mas s acho que<br />

chegará um m momento<br />

em que começamos meçamos a<br />

ficar nervosos sos e<br />

viramos todos dos para<br />

coisas mais<br />

‘uptempo’”. .<br />

Paralelamente, nte,<br />

Furtado anda da<br />

ocupado como mo Legendary<br />

Tigerman, o que não<br />

surpreen<strong>de</strong>. Depois da<br />

distribuição <strong>de</strong> “Femina”, o<br />

seu último álbum, em<br />

Espanha, este será também<br />

lançado em França pela<br />

Sony, o que implica um<br />

intenso trabalho<br />

promocional que culminará<br />

numa digressão marcada<br />

para Setembro.<br />

Mais surpreen<strong>de</strong>nte será o<br />

“hobby” <strong>de</strong> Furtado que<br />

saltará brevemente para a<br />

esfera pública. A partir da<br />

próxima semana,<br />

assistiremos ao nascimento<br />

<strong>de</strong> um blogue culinário.<br />

Paulo Furtado não revela<br />

ainda o título, mas adianta<br />

que que “a i<strong>de</strong>ia é mostrar<br />

coisas muito simples,<br />

ilustradas com fotografias e<br />

a própria receita”. “Mas<br />

porquê?”, perguntam<br />

aqueles que nunca<br />

conseguiram imaginar o<br />

frenético rock’n’roller<br />

<strong>de</strong> avental entre<br />

tachos e panelas.<br />

Precisamente<br />

porque o vocalista<br />

dos Wraygunn é<br />

homem que<br />

gosta <strong>de</strong> se<br />

preparar preparar<br />

iguarias iguarias<br />

li literatura portuguesa<br />

é<br />

má na cama?”. A<br />

es escolha foi feita por um<br />

júr júri formado por Alex<br />

Go Gozblau, vencedor da<br />

edi edição <strong>de</strong> 2009, Susana<br />

San Santos, João Paulo Cotrim<br />

e Jaime Ja Almeida, da Casa<br />

da<br />

Imprensa.<br />

Paulo Furtado, isto é, Legendary Tigerman, isto é,<br />

Wraygunn<br />

na cozinha, com ou sem<br />

avental. “É algo que sempre<br />

gostei <strong>de</strong> fazer e comecei a<br />

sentir que po<strong>de</strong>ria ter<br />

alguma piada partilhar<br />

isso.” Sim, porque a<br />

primeira receita po<strong>de</strong> ser<br />

um simples folhado <strong>de</strong><br />

carne e espinafres, mas<br />

Furtado tem cartas na<br />

manga, Ou não apontassem<br />

as suas preferências<br />

gastronómicas para a<br />

cozinha francesa e para a<br />

“soul soul food food” do sul dos<br />

Estados<br />

Unidos.<br />

“Alligator,<br />

anyone?”<br />

Mário Lopes

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