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LIVRO ELIEZER - ta valendo (6 de julho) - Insight

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JOSÉ CLÓVIS DITZEL<br />

Há<br />

pessoas que são ótimas parceiras para uma pescaria. Existem outras, porém,<br />

com as quais se po<strong>de</strong> con<strong>ta</strong>r para caçar leões na selva. Este é o caso <strong>de</strong> Clóvis Ditzel, <strong>de</strong>stemido e<br />

inseparável companheiro e figura <strong>de</strong>cisiva no gran<strong>de</strong> safári da Vale do Rio Doce, quando precisamos<br />

sair no encalço <strong>de</strong> novos mercados internacionais em quadrantes tormentosos e temerários. Ditzel foi<br />

um dos homens <strong>de</strong> ouro da CVRD, aqueles que empres<strong>ta</strong>ram <strong>ta</strong>lento e obstinação ao soerguimento<br />

da companhia. Por<strong>ta</strong>nto, ele merece todo o meu respeito, admiração e reverência. É um dos mais<br />

nobres cavaleiros da “Or<strong>de</strong>m dos Valerianos”.<br />

De origem polonesa e alemã – parte <strong>de</strong> sua família veio da região do Volga –, ele nasceu no<br />

interior do Paraná. Também cursou engenharia na Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Paraná. Mas uma diferença<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>z anos em nossas ida<strong>de</strong>s – para sorte <strong>de</strong> Ditzel a favor <strong>de</strong>le – impediu que nos conhecêssemos<br />

nos bancos acadêmicos. No início da década <strong>de</strong> 60, tocando na banda da CVRD, precisávamos<br />

<strong>de</strong> alguém com notório conhecimento técnico e gran<strong>de</strong> capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> organização. Por intermédio<br />

<strong>de</strong> engenheiros amigos em comum cheguei ao seu nome – na época, ele trabalhava na norte-americana<br />

Armco, em São Paulo. Até hoje, Ditzel faz questão <strong>de</strong> relembrar o nosso primeiro encontro, no<br />

meu escritório em Vitória. Na ocasião, eu <strong>de</strong><strong>ta</strong>lhei a estratégia que havíamos elaborado para a expansão<br />

da empresa. Em rápidas palavras, falei da expansão da ativida<strong>de</strong> mineral, da construção <strong>de</strong> um<br />

gran<strong>de</strong> porto para ampliar as expor<strong>ta</strong>ções <strong>de</strong> minério, dos contratos internacionais <strong>de</strong> longo prazo e<br />

da ins<strong>ta</strong>lação <strong>de</strong> escritórios no exterior. Revelei todas as projeções para os saltos na produção <strong>de</strong><br />

minério. Ditzel virou-se para mim e disse: “Mas este é um projeto para 50 anos”. “Não”, respondi.<br />

“Temos <strong>de</strong> fazer tudo em 25 anos”. Se pensarmos que Carajás, o gran<strong>de</strong> marco da consolidação da<br />

Vale, entrou em operação em 1985, creio que chutei bem.<br />

Inicialmente, Ditzel comandou uma obra na mina <strong>de</strong> I<strong>ta</strong>bira. Cerca <strong>de</strong> um ano após entrar na<br />

CVRD, foi convocado para trabalhar no projeto <strong>de</strong> construção do Porto <strong>de</strong> Tubarão. Durante os<br />

quatro anos em que fiquei na MBR, Ditzel permaneceu na Vale do Rio Doce. Sorte minha e da<br />

212 CONVERSAS COM <strong>ELIEZER</strong>

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