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LIVRO ELIEZER - ta valendo (6 de julho) - Insight

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JOSÉ PITELLA JUNIOR<br />

As<br />

gran<strong>de</strong>s amiza<strong>de</strong>s moram nas recordações. Quando relembro os tempos <strong>de</strong> juventu<strong>de</strong><br />

em Curitiba, o período <strong>de</strong> sangue, suor e lágrimas da Vale do Rio Doce ou a majestosa edificação<br />

<strong>de</strong> Carajás, José Pitella Junior está presente. Preciso dizer algo mais? Preciso. Falar <strong>de</strong> Pitella é obrigatoriamente<br />

resga<strong>ta</strong>r alguns dos momentos mais felizes e represen<strong>ta</strong>tivos <strong>de</strong> minha vida.<br />

Nossa amiza<strong>de</strong> veio ao mundo em 1943. Eu cursava o primeiro ano <strong>de</strong> engenharia em Curitiba;<br />

Pitella, àquela altura, já es<strong>ta</strong>va no terceiro ano da Escola <strong>de</strong> Engenharia – mais <strong>ta</strong>r<strong>de</strong>, seria por muitos<br />

anos um dos mais brilhantes professores do curso, lecionando na ca<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> es<strong>ta</strong>bilida<strong>de</strong> da construção.<br />

Passamos a conviver com mais proximida<strong>de</strong> porque ele e seu pai, o velho Pitella, costumavam<br />

almoçar no res<strong>ta</strong>urante do hotel on<strong>de</strong> eu morava. Foram inúmeras as <strong>ta</strong>r<strong>de</strong>s em que nós três ficamos<br />

conversando por horas. Sauda<strong>de</strong>s, sauda<strong>de</strong>s, sauda<strong>de</strong>s!<br />

Depois, quando eu já es<strong>ta</strong>va na Vale do Rio Doce, não foram poucas as vezes em que tentei<br />

persuadi-lo a trabalhar na empresa. Após inúmeras investidas, no fim <strong>de</strong> 1963 enviei um emissário a<br />

Curitiba com a incumbência <strong>de</strong> não vol<strong>ta</strong>r a Vitória sem o “sim” <strong>de</strong> Pitella, então professor da Escola <strong>de</strong><br />

Engenharia da Universida<strong>de</strong> do Paraná. No início <strong>de</strong> 1964, Pitella viajou ao Rio <strong>de</strong> Janeiro para conversar<br />

comigo e só voltou a Curitiba para buscar mulher e filhos. Finalmente, fisguei o gran<strong>de</strong> engenheiro.<br />

Porém, ainda não seria <strong>de</strong>s<strong>ta</strong> vez que trabalharíamos juntos. Pitella entrou na empresa em março <strong>de</strong> 1964,<br />

poucos dias antes <strong>de</strong> eu ser afas<strong>ta</strong>do pelo governo mili<strong>ta</strong>r. Cheguei a sondá-lo para que ele fosse junto<br />

comigo trabalhar na mon<strong>ta</strong>gem da MBR, mas a nova direção da Vale não abriu mão <strong>de</strong> sua contra<strong>ta</strong>ção.<br />

Pitella construiu uma sólida trajetória <strong>de</strong>ntro da Vale. Entre suas inúmeras ativida<strong>de</strong>s, como<br />

superinten<strong>de</strong>nte-geral do controle conduziu o início do processo <strong>de</strong> informatização da empresa, incluindo<br />

a mo<strong>de</strong>rnização dos procedimentos contábeis, da área financeira, do serviço <strong>de</strong> ações, dos<br />

recursos humanos etc. Em 1970, na condição <strong>de</strong> represen<strong>ta</strong>nte da CVRD, foi eleito diretor da Usina<br />

Si<strong>de</strong>rúrgica da Bahia no período <strong>de</strong> sua implan<strong>ta</strong>ção. Acumulou o cargo com a assessoria dire<strong>ta</strong> da<br />

presidência da Vale. Era apenas um aquecimento para sua gran<strong>de</strong> jornada <strong>de</strong>ntro da companhia.<br />

214 CONVERSAS COM <strong>ELIEZER</strong>

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