?fe^5"BSo^ - Centro de Documentação e Pesquisa Vergueiro
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A "DOURADA"<br />
PREFERÊNCIA<br />
PERDE<br />
Segundo Elza Berquó, pes-<br />
quisadora da UNICAMP, das razões<br />
que levaram à queda da fecundida<strong>de</strong><br />
marital, a principal é o uso <strong>de</strong> métodos<br />
anticoncepcionais (3). Estudos recen-<br />
tes <strong>de</strong>monstram que 2/3 das mulheres<br />
"O controle da natalida<strong>de</strong><br />
apareceu em diversos dis-<br />
cursos como a solução para<br />
vários males nacionais".<br />
usam algum tipo <strong>de</strong> método anticon<br />
cepcional, <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma faixa etária<br />
<strong>de</strong> 15 a 44 anos. Diferente do que este<br />
dado po<strong>de</strong> isoladamenic traduzir, en-<br />
contramos que em cada cinco mulheres<br />
que usam algum método anticoncep-<br />
cional quatro optaram por apenas dois<br />
<strong>de</strong>les: a pílula e a esterilização <strong>de</strong>finiti-<br />
va, em geral sem indicação e orientação<br />
a<strong>de</strong>quada.(4)<br />
A pílula é o método mais co-<br />
nhecido : 99% das mulheres entre 15 e<br />
44 anos o conhecem, 70% já experi-<br />
mentaram pelo menos uma vez, mas<br />
apenas 25% o elegeram como método<br />
contraceptivo. Somente na região Sul é<br />
que a pílula atinge 54% da preferência<br />
feminina. Os métodos naturais são<br />
usados por apenas 4% da população<br />
usuária dos métodos contraceptivos no<br />
Brasil, contra 41%. das mulheres dos<br />
países do primeiro mundo. O DIU e o<br />
Diafragma são pouco conhecidos e <strong>de</strong><br />
difícil acesso principalmente pela po-<br />
pulação <strong>de</strong> baixa renda.(5)<br />
CIO<br />
OS CORPOS EM SILEN-<br />
No Brasil, o método mais usa-<br />
do é a esterilização feminina. Esta pre-<br />
ferência revela uma série <strong>de</strong> aspectos<br />
importantes. O crescimento da pre-<br />
ferência por este método é recente e<br />
veloz; em alguns estados, como São<br />
Paulo, o número <strong>de</strong> usuários pratiôa-<br />
mente dobrou em apenas oito anos. No<br />
Nor<strong>de</strong>ste, na análise das faixas etárias<br />
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Até 1960, o nível <strong>de</strong> reprodução brasileira mameve-se estável, por<br />
volta <strong>de</strong> 6,2 filho/mulher, apresentando uma pequena queda em torno 1965<br />
a 1967 e diminuindo consi<strong>de</strong>ravelmente até 1980, quando vamos encontrar<br />
uma taxa <strong>de</strong> 3,4 filhosImulher.<br />
Na região Norte, na década <strong>de</strong> 60/70, a taxa <strong>de</strong> fecundida<strong>de</strong> total<br />
foi <strong>de</strong> 8,15, a maior do Brasil. Na década seguinte (70/80) ocorreu uma re-<br />
dução <strong>de</strong> 21%, registrando-se o número <strong>de</strong> filhos/mulher <strong>de</strong> 6,45(12lA taxa<br />
<strong>de</strong> crescimento da década, no Brasil, foi <strong>de</strong> 2.5%, o que representou uma re-<br />
dução na intensida<strong>de</strong> <strong>de</strong> crescimento na or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 14%.<br />
.<br />
CUIRA<br />
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