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O Santuário de Nossa Senhora dos Remédios em - Repositório ...

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áqulle senhor que as plantas estavam mortas, talvez porque a plantação não fosse feita segundo a<br />

arte, mas o que elle não viu, ou fez que não viu, foi que esses arbustos tinham rebentado junto ao<br />

caule o que provava que estavam b<strong>em</strong> pega<strong>dos</strong>, e que a percentag<strong>em</strong> da mortalida<strong>de</strong> era muito<br />

reduzida. Notou ainda o Snr. Aurélio a falta alli <strong>de</strong> um ou dois aquedutos, mas venficou-se nao<br />

haver lugar para elles.<br />

Ao lado esquerdo do t<strong>em</strong>plo, junto á muralha do adro, passa a estrada municipal. Esta estrada foi<br />

por nós levantada, dando-se-lhe mais l,50m <strong>de</strong> largura, a pedido da Exma. Meza, que nada teve<br />

que pagar por este trabalho, que não estava orçado.<br />

Nas trazeira do t<strong>em</strong>plo encontra-se uma rua <strong>em</strong> angulo recto, paralela ao adro, com <strong>de</strong>z metros <strong>de</strong><br />

largura. Esta rua foi marcada na altura <strong>em</strong> que estava o terreno, e tanto assim é que havia uma<br />

pequena rua que a ligava ao largo <strong>de</strong> recreio proximo. A Exma Meza enten<strong>de</strong>u que se esta rua<br />

fosse rebaixada até ao parapeito do outro, ficaria melhor. Concordamos com isso, e apesar da<br />

gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>spesa que nos acarretava esta alteração, fiz<strong>em</strong>os a obra, conforme os <strong>de</strong>sejos da Exma.<br />

Meza. Por este rebaixo tiv<strong>em</strong>os <strong>de</strong> cortar a fogo mais <strong>de</strong> seiscentos metros cúbicos <strong>de</strong> rocha<br />

duríssima, e a pico <strong>de</strong> pedreiro para cima <strong>de</strong> quinhentos metros cúbicos <strong>de</strong> pirraça. Estes volumes<br />

foram transporta<strong>dos</strong> a uma distancia <strong>de</strong> cento e cinquenta metros e mais. Não éramos obriga<strong>dos</strong> a<br />

fazer esta obra assim, n<strong>em</strong> ella tinha verba <strong>de</strong>scripta no orçamento do Snr. Aurélio. Com o rebaixo<br />

<strong>de</strong>sta rua não era possível a rua <strong>de</strong> ligação com o largo proximo por causa da differença <strong>de</strong> nivel.<br />

Descendo o parque pelo lado direito do escadorio l<strong>em</strong>bramos á Exma. Meza a construção da rua<br />

que <strong>de</strong>sce perto da casa do jardineiro. Esta rua não obe<strong>de</strong>ceu aos perfis do Snr. Aurélio e no dizer<br />

<strong>de</strong> alguns visitantes ficou pelo peso <strong>de</strong> prata, até chegar á gruta, disse o Snr. Aurélio que tudo<br />

estava b<strong>em</strong> e a Exma. Meza confirmou. Quando entravamos na gruta, um <strong>dos</strong> senhores Mezarios<br />

disse-nos que quando mandáss<strong>em</strong>os fazer os reparos, mandáss<strong>em</strong>os também concertar com<br />

betonilha o pavimento superior e exterior da gruta, e um outro pediu-nos que <strong>de</strong>itáss<strong>em</strong>os algum<br />

saibro no largo da mesma gruta, ao que a tudo do melhor grado ace<strong>de</strong>mos, ficando assim<br />

resolvi<strong>dos</strong> os oitavo e nono reparos.<br />

Chega<strong>dos</strong> ao lago, o Snr. Aurélio disse que a ponte estava mais curta. Este assumpto já fica<br />

tratado n'outro logar e se por ventura tivesse <strong>de</strong> haver alguma in<strong>de</strong>mnisação, seriamos nós qu<strong>em</strong><br />

teríamos direito a ella, pela differença do custo. Nota mais o Snr Aurélio a falta <strong>de</strong> um bordo no<br />

lago, mas fiz<strong>em</strong>os-lhe ver, que aquelle <strong>de</strong>talhe tinha sido pura phantasia do nosso <strong>de</strong>senhador, pois<br />

quando o senhor Mezario nos procurou no nosso escriptorio, <strong>de</strong>u-lhe indicações para fazer assim<br />

os croquis e cortes <strong>de</strong>stina<strong>dos</strong> á approvação superior, mas que elle Snr. Aurélio b<strong>em</strong> <strong>de</strong>via saber<br />

que um lago não era um tanque com rebordo, e que precisava <strong>de</strong> ter vegetação até á beira d'agua,<br />

sendo até junto d'ella que se faz a plantação <strong>de</strong> vegetais pantanosos. Aquelle tão <strong>de</strong>cantado bordo,<br />

á maneira das bordas d'um alguidar, além <strong>de</strong> ser um erro d'officio, tornava o lago muito<br />

<strong>de</strong>sgracioso; mas o Snr. Aurélio, completamente leigo nestes assumptos, não quer saber <strong>de</strong> regras,<br />

acha que o lago com o bordo fica muito mais bonito e consegue que a Exma. Meza o applauda!...<br />

Anuímos a fazer o lindo bordo, como estava indicado no corte, e assim foi resolvido o <strong>de</strong>cimo<br />

reparo. _<br />

Um <strong>dos</strong> senhores Mezarios diz-nos que ha um pouco <strong>de</strong> revestimento <strong>de</strong>sprendido nas pare<strong>de</strong>s do<br />

lago, e posto que a causa d'esse <strong>de</strong>sprendimento fosse o <strong>em</strong>bate <strong>dos</strong> barcos, compromett<strong>em</strong>o-nos a<br />

fazer este undécimo reparo.<br />

O Snr. Aurélio e o seu auxiliar me<strong>de</strong>m o lago e <strong>de</strong>claram que t<strong>em</strong> maior capacida<strong>de</strong> cubica, mas<br />

logo <strong>em</strong> seguida diz<strong>em</strong> que a conta estava errada e que a capacida<strong>de</strong> é menor. Parece-nos que não<br />

acertaram ainda a contar, mas ou sejam elles ou sejamos nós que estamos <strong>em</strong> erro, o lago não po<strong>de</strong><br />

ter maior capacida<strong>de</strong> do que a que t<strong>em</strong>, mas se fosse possível dar-lhe maior capacida<strong>de</strong>, teriamol-o<br />

feito muito maior, s<strong>em</strong> que exigíss<strong>em</strong>os in<strong>de</strong>mnisação alguma pelo acréscimo. Este reparo não<br />

ficou resolvido na ocasião, mas se realmente o lago tiver uma capacida<strong>de</strong> inferior a 1385 metros<br />

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