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O Santuário de Nossa Senhora dos Remédios em - Repositório ...

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pensavel, as outras exigências, não tinham razão <strong>de</strong> ser, n<strong>em</strong> faziam o parque melhor, antes<br />

algumas pelo contrario o perjudicavam. Que estes reparos a nos ficavam mais caros, porque<br />

precisávamos <strong>de</strong> visitar os trabalhos, pagar viagens ao pessoal, gastar t<strong>em</strong>po, etc., etc.; e que<br />

portanto, se assim conviesse á Exma. Meza, podia fazer-se a avaliação <strong>dos</strong> ditos reparos, e se essa<br />

avaliação nos conviesse também, preferíamos in<strong>de</strong>mnisar a Exma. Meza, com a importância <strong>de</strong>lia<br />

a dinheiro, a fazer os reparos <strong>de</strong> nossa conta. Que talvez este alvitre conviesse também á Exma.<br />

Meza, porque sendo estes reparos <strong>de</strong>vi<strong>dos</strong> a um mero capricho do Snr. Aurélio, a Exma. Meza<br />

po<strong>de</strong>rá <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> os fazer, <strong>em</strong>pregando o dinheiro <strong>em</strong> obras <strong>de</strong> mais utilida<strong>de</strong>.<br />

O snr. José Perpétua partiu para Lamego, dizendo-nos que exporia á Exma. Meza a nossa proposta<br />

e nos participaria o que ocorresse. Passado t<strong>em</strong>po receb<strong>em</strong>os um bilhete postal, no qual o Sr. José<br />

Perpetua nos informava <strong>de</strong> que tinha exposto á Exma. Meza a nossa proposta, e que a mesma<br />

Exma. Meza estava nas melhores disposições <strong>de</strong> a acceitar e que ia mandar proce<strong>de</strong>r á avaliação.<br />

Ainda fiz<strong>em</strong>os uma viag<strong>em</strong> a Lamego, para nos enten<strong>de</strong>rmos com a Exma. Meza, sabermos se a<br />

avaliação tinha sido feita e se nos conviria pagar a in<strong>de</strong>mnisação, ou fazer os reparos n'aquella<br />

epocha, por ser a mais propria. Tiv<strong>em</strong>os porém a infelicida<strong>de</strong> <strong>de</strong> só encontrar um Exmo. Mezario,<br />

que <strong>de</strong> per si só, nada po<strong>de</strong>ria resolver, e retirando-nos resolv<strong>em</strong>os aguardar.<br />

Aconteceu porém que <strong>em</strong> Set<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 1902 mandamos na forma do costume, o recibo da quantia<br />

<strong>de</strong> 500$000 reis, importância da quinta prestação a receber, e <strong>em</strong> 3 d'Outubro do corrente anno foi<br />

<strong>de</strong>volvido esse recibo com um officio da Exma. Meza acompanhado da copia d'um relatório e das<br />

avaliações feitas o que <strong>de</strong>u causa ao nosso officio <strong>de</strong> 4 d'Outubro <strong>de</strong> 1902 e a esta exposição, o<br />

que escusava <strong>de</strong> fazer-se, pois que tanto a Exma. Meza, como o Snr. Aurélio sab<strong>em</strong> perfeitamente<br />

as condições <strong>em</strong> que a obra foi feita e quaes as resoluções tomadas <strong>em</strong> Agosto <strong>de</strong> 1901.<br />

A Exma. Meza sabe muito b<strong>em</strong> que um <strong>em</strong>preiteiro que t<strong>em</strong> <strong>de</strong> executar uma obra sujeita a um<br />

<strong>de</strong>terminado orçamento e <strong>de</strong>talhes, não lhe dá principio, s<strong>em</strong> ter na sua mão esses documentos,<br />

para lhe servir<strong>em</strong> <strong>de</strong> guia; e apesar da condição primeira do contracto obrigar a Exma.Meza a<br />

fazer entrega d'esses documentos no praso <strong>de</strong> <strong>de</strong>z dias a contar da data da adjudicação, ainda até<br />

hoje se não cumpriu esta disposição, n<strong>em</strong> tão pouco nós sollicitamos o seu cumprimento, porque<br />

tanto uns como outros, segundo o que se tinha combinado, julgamos nullos e <strong>de</strong> nenhum effeito<br />

s<strong>em</strong>elhantes documentos, e s<strong>em</strong>pre nos guiamos pelo contracto primitivo e suas condições. E se<br />

assim não fosse, não tínhamos quebrado a rocha a fogo, não tínhamos feito um palmo <strong>de</strong> valleta,<br />

n<strong>em</strong> aquedutos, n<strong>em</strong> meta<strong>de</strong> do movimento <strong>de</strong> terras que fiz<strong>em</strong>os para dar uma boa inclinação ás<br />

ruas, n<strong>em</strong> faríamos os encanamentos e <strong>de</strong>pósitos na gruta, n<strong>em</strong> muitas outras obras porque para<br />

nada disto havia verba <strong>de</strong>scripta no orçamento.<br />

Po<strong>de</strong>ríamos levar mais longe estas nossas consi<strong>de</strong>rações para <strong>de</strong>monstrar a nullida<strong>de</strong> <strong>de</strong> taes<br />

documentos, se para isso não bastasse a sua leitura; e estamos certos <strong>de</strong> que se a Exma. Meza, que<br />

conhece b<strong>em</strong> a questão <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o seu principio, tivesse prestado uma pouca <strong>de</strong> attenção á apreciação<br />

que o Snr. Aurélio faz <strong>dos</strong> trabalhos do parque da <strong>Senhora</strong> <strong>dos</strong> <strong>R<strong>em</strong>édios</strong>, não nos mandaria tal<br />

documento.<br />

Em conclusão: não acceitamos, n<strong>em</strong> po<strong>de</strong>mos aceitar, s<strong>em</strong>elhante apreciação feita vinte meses<br />

<strong>de</strong>pois que a Exma. Meza tomou conta <strong>de</strong> toda a obra. Estamos porém promptos a fazer to<strong>dos</strong> os<br />

reparos acima <strong>de</strong>signa<strong>dos</strong> e que foram combina<strong>dos</strong> entre nós e a Exma. Meza <strong>em</strong> Agosto <strong>de</strong> 1901,<br />

ou a pagar pelo seu justo valor o custo d'esses reparos, se a Exma. Meza assim o enten<strong>de</strong>r e a nós<br />

nos convier.<br />

Em vista do exposto, esperamos que a Exma. Meza, tomando <strong>em</strong> consi<strong>de</strong>ração a justiça que nos<br />

assiste, se dignará mandar satisfazer a importância da quinta prestação, com o acréscimo da<br />

<strong>de</strong>spesa da cobrança.<br />

Pedimos á Exma. Meza releve a <strong>de</strong>mora que t<strong>em</strong> havido na resposta ao seu officio <strong>de</strong> 2 d'Outubro<br />

ultimo, <strong>de</strong>mora motivada pelo gran<strong>de</strong> movimento que t<strong>em</strong> a casa que administramos, na presente<br />

epocha, e que não nos permittia passar <strong>em</strong> revista, com a brevida<strong>de</strong> que <strong>de</strong>sejávamos, toda a<br />

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