O Santuário de Nossa Senhora dos Remédios em - Repositório ...
O Santuário de Nossa Senhora dos Remédios em - Repositório ...
O Santuário de Nossa Senhora dos Remédios em - Repositório ...
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
4:000$000 reis para o começo <strong>de</strong> duas torres lateraes ao frontespício do magestoso t<strong>em</strong>plo, <strong>de</strong>pois<br />
<strong>de</strong> ter maduramente consi<strong>de</strong>rado:<br />
I o Que o tosco, amesquinhado e redículo torreão do sino do real <strong>Santuário</strong> <strong>dos</strong> <strong>R<strong>em</strong>édios</strong>, situado<br />
junto da casa da residência do Capellão à maneira <strong>de</strong> sineta <strong>de</strong> casa <strong>de</strong> quinta, <strong>de</strong>stoava completa e<br />
sensivelmente da gran<strong>de</strong>za e magesta<strong>de</strong> <strong>de</strong> tão venerando como venerado sanctuário com<br />
estranhável <strong>de</strong>scrédito do bom gosto <strong>de</strong> seus inteligentíssimos administradores.<br />
2 o Que a urgência nessas duas torres fora já reconhecida por mêzas anteriores a 1849, como se<br />
prova pela acta da sessão <strong>de</strong> 28 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 1849, presidida pela então Bispo <strong>de</strong> sau<strong>dos</strong>a<br />
m<strong>em</strong>ória, D. José <strong>de</strong> Moura Coutinho, na qual se resolveu dar começo ás duas torres logo que<br />
estivesse terminada a casa da residência do capellão.<br />
3 o Que esta obra era reclamada pela opinião pública sensata e <strong>de</strong>sapaixonada, que não podia ver<br />
s<strong>em</strong> dolorosa indignação aquelle magestoso e veneradíssimo t<strong>em</strong>plo inaugurado <strong>em</strong> 1750 pelo<br />
ben<strong>em</strong>érito cónego José Pinto Teixeira, e favorecida exuberant<strong>em</strong>ente pelas esmolas <strong>de</strong> fieis<br />
<strong>de</strong>votos <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> trêz províncias, continuasse a estar privada do principal ornamento<br />
essencialíssimo <strong>de</strong> t<strong>em</strong>plo christão:<br />
4 o Que para conclusão <strong>de</strong> obra tão urgent<strong>em</strong>ente reclamada, muito havia a esperar do zelo, pieda<strong>de</strong><br />
e <strong>de</strong>voção para com a Santíssima Virg<strong>em</strong> <strong>dos</strong> <strong>R<strong>em</strong>édios</strong>, que mais avultadas esmolas dariam <strong>em</strong><br />
vista <strong>de</strong> tão acertada como syimpathica e pie<strong>dos</strong>a applicação.<br />
E prova <strong>de</strong> syimpathia que tiveram essas duas artisticamente encetadas torres está n aquella jamais<br />
excedida ou equiparada esmola da romag<strong>em</strong> principal (1:404$545) <strong>em</strong> épocha <strong>de</strong> crise geral, pouco<br />
antes claramente manisfestada nas romarias do Senhor da Afflicção e do senhor do Calvário.<br />
Prova-o igualmente a subida esmola <strong>dos</strong> primeiros e <strong>dos</strong> últimos mezes do findo anno económico.<br />
Se as <strong>dos</strong> mezes intermédios não correspon<strong>de</strong>ram é porque o excessivamente chuvoso inverno<br />
anterior não consentiu a <strong>de</strong>vota frequência do real <strong>Santuário</strong>. Não pouco para isso influiu também<br />
o calamitoso <strong>de</strong>sastre do fallecimento do nunca assas chorado capellão o Reverendo Manuel<br />
Gonçalves da Costa, que por suas não vulgares virtu<strong>de</strong>s promovia a <strong>de</strong>voção para com a<br />
Santíssima Virg<strong>em</strong> <strong>dos</strong> <strong>R<strong>em</strong>édios</strong> reconhecidas e sensivelmente protectora da nobre e pie<strong>dos</strong>a<br />
cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lamego [...].<br />
Para constar lavrou-se esta acta, que eu Manuel António Lopes Roseira, secretário subscrevi e<br />
assinei.<br />
Viscon<strong>de</strong> <strong>de</strong> Arneiros; Manuel António Lopes Roseira; Franscisco Fortunato Vaz Pereira <strong>de</strong><br />
Magalhães; Joaquim António <strong>de</strong> Freitas; Sebastião José <strong>de</strong> Abreu; José <strong>dos</strong> Santos Monteiro;<br />
Franscisco José <strong>de</strong> Abreu Júnior; António Nunes Ricca».<br />
DOC. N° 69<br />
1882 . Agosto . 20<br />
Visita <strong>dos</strong> Reis <strong>de</strong> Portugal ao Real <strong>Santuário</strong><br />
"Actas das Sessões... 1880-1895", fis. 6-6v.<br />
«Acta da sessão <strong>de</strong> 20 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 1882<br />
Presi<strong>de</strong>nte o Juiz Exm° Viscon<strong>de</strong> <strong>de</strong> Arneiróz. Presentes, os mesários no fim <strong>de</strong>sta assigna<strong>dos</strong>. Lida<br />
e approvada a acta da sessão antece<strong>de</strong>nte, disse o Juiz que annunciava à Meza com Júbilo<br />
cor<strong>de</strong>alíssimo que suas Reaes Magesta<strong>de</strong>s na visita, com que se dignaram honrar, no dia 15 do<br />
corrente, este Real Sanctuário, ouvindo no t<strong>em</strong>plo missa celebrada pelo Exm° bispo D. António da<br />
Trinda<strong>de</strong> Vasconcellos Pereira <strong>de</strong> Mello. Tinham-lhe a elle Juiz, benevolamente manisfestado<br />
66