O Santuário de Nossa Senhora dos Remédios em - Repositório ...

partindo da gruta se dirige ao lago, na extensão de trinta metros aproximadamente. Decima
segunda - O lago é atravessado por uma ponte rústica construída de pedra, ferro e cimento,
conforme indicam os desenhos e medição. Para que offereça todas as condições de segurança,
observar-se-há o preceituado na condição decima primeira. Decima terceira = A construção da
gruta dar-se-hão todas as dimenções indicadas nos desenhos, tendo-se em vista a maior perfeição
na construção das stalactites e stalagmites de forma que imitem bem o natural. Será construída de
cantaria alvenaria ordinária stalagmites stalaquetites, simento e ferro para vigamento, observandose
ainda para todas as suas condições de segurança o prescripto na indicação decima primeira.
Decima quarta = Preocupações comuns a todas as obras de pedra. As pedras devem ser depostas
de modo que haja prefeito travamento entre umas e outras. As juntas verticaes, resultantes da
justaposição de diversas pedras não devem corresponder ás que são formadas pelo contacto de
duas pedras contiguas, collocadas, superior ou inferiormente ás primeiras, não devera haver juntas
verticaes nos anglos reentrantes e salientes dos muros de suporte para a abobada da gruta; as
pedras que as formarem farão sempre parte dos dois pavimentos. Decima quinta - O arrematante
obriga-se a cumprir as condições mencionadas n'este caderno de encargos e sujeita-se as clausulas
e condições geraes da empreitada de obras publicas de vimte e oito de abril de mil oito centos
oitenta e sete. É o que se continha no referido caderno de encargos. E logo pelo segundo outorgante
arrematante Joaquim Monteiro da Costa foi dito que se obriga a fazer a referida construção do
parque da Real Irmandade de Nossa Senhora dos Remédios na forma por que se acha escnpto e
autorizado nesta escriptura. Pelos primeiros outorgantes, Juiz, Secretario, Thesoureiro e mesários
da actual mesa da Irmandade foi dito que aceitam a presente escriptura e obrigação de construção
do parque no monte de Santo Estevam na forma porque se acha autorizada. Assim o disseram
outorgaram e aceitaram, do que presto fé. Foram testemunhas José Joaquim Ribeiro, casado,
solicitador e Manuel de Castro, solteiro, maior, proprietário e pharmaceutico, todos desta cidade,
que assignaram com os outorgantes, depois de a todos ser lida em voz alta por mim, Sancho
Guedes de Magalhães, tabellião, a subscrevi escrevi e assigno em publico e raso.
António Pinto Ayres de Lemos; Manuel Pinto Montenegro Cameiro;Manuel da Silva Quintella;
Pe. Manuel Marques Pereira; Francisco Pereira Rebello; José Cardoso da Silva; Manuel Mana
Cardozo; Manuel de Carvalho Lagarto; Joaquim da Assumpção Ferreira; Jeronymo Monteiro da
Costa; José Joaquim Ribeiro; Manuel de Castro; (?); Sancho Guedes Magalhães».
DOC. N° 88
1899 . Setembro . 24.
Inspecção das obras do parque
"Livro de Sessões... 1897"fl.l4-14v. (tp)
«Presidência o Exm° Juiz D. Deão
Como a arrematante das obras do parque pedisse para que a gruta constante do projecto d obras e
já interiormente complecta fosse mandada examinar pela Mesa a fim d'esté reconhecer do estado de
solidar de obra deliberou-se convidar o chefe de secção das obras públicas com residência nesta
cidade e juntamente os mestres de obras Perpétua e Rufino a fim de procederem à respectiva
vistoria e ouvir a opinião dos mesmos .
Foram incumbidos os Exmos Mesários Dr. Quintella e Rufino de se entenderem com os possuidores
da Quinta denominada do Dr. Contente sobre a aquisição amigável do referido terreno bem
assim os Exms Mesários Padre Marques e secretário de ouvirem a Exm a Sra. D.Améha Carmine
sobre a aquisição do souto e outros terrenos que lhe pertencemos e estão situados na rectaguarda
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