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fé e ciência: duas linguagens para uma verdade - Centro Loyola de ...

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do conhecer no sujeito infinito. Encontramos três soluções propostas <strong>para</strong> esse problema<br />

na história da filosofia, <strong>para</strong> as quais aqui apenas acenamos:<br />

1. - objetivismo platônicos das Idéias; a teoria platônica das Idéias<br />

respon<strong>de</strong> a esse problema com a posição do inteligível puro como medida abso-<br />

luta da <strong>verda<strong>de</strong></strong> (Idéia = Verda<strong>de</strong>) que é traduzida na forma mais alta do discurso<br />

h<strong>uma</strong>no: a filosofia ou dialética na terminologia platônica (ver sobretudo o diá-<br />

logo Teeteto).<br />

2. - exemplarismo neo-platônico e cristão - Resulta da síntese entre<br />

os dois conceitos já presentes em Platão e Aristóteles e na tradição platônico-<br />

aristotélica; a inteligência (nous) faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> contemplação das Idéias, e as I-<br />

déias mesmas. Intervem aqui <strong>de</strong>cisivamente o conceito <strong>de</strong> Espírito (Nous) que<br />

contem em si as Idéias como pensadas por ele e que são os arquétipos ou exem-<br />

plares últimos <strong>de</strong> todas as coisas. Essa doutrina já se encontra no chamado Pla-<br />

tonismo médio (I e II séc. PC) é <strong>de</strong>senvolvida no neo-platonismo (III-VI séc.) e<br />

é recebida pela teologia cristã,m adquirindo sua forma clássica em Santo Agos-<br />

tinho e na teologia medieval (ver Santo Tomás <strong>de</strong> Aquino, S<strong>uma</strong> Teológica, Iª.<br />

p., q. 15; Summa contra Gentiles, lib. I, cc. 49-54).<br />

3. - tranacen<strong>de</strong>ntalismo mo<strong>de</strong>rno, no qual a doutrina platônica das<br />

Idéias e o exemplarismo platônico-cristão são, sob várias formas, transpostos pa-<br />

ra o sujeito finito sob o modo transcen<strong>de</strong>ntal que, <strong>de</strong> alg<strong>uma</strong> maneira, o infiniti-<br />

za na sua imanência. As diversas formas <strong>de</strong> relativismo da <strong>verda<strong>de</strong></strong> como empi-<br />

rismo, o historicismo, o culturalismo, o positivismo, o pragmatismo e outras, en-<br />

contram <strong>uma</strong> raiz comum na convicção da ilegitimida<strong>de</strong> lógica da passagem da<br />

medida relativa à medida absoluta no conhecimento da <strong>verda<strong>de</strong></strong>.<br />

b) A fundamentação lógica da <strong>verda<strong>de</strong></strong><br />

Esse problema não se colocava na filosofia antiga, <strong>uma</strong> vez que a correlação<br />

ser=<strong>verda<strong>de</strong></strong> e a abertura da inteligência ao ser eram pressupostos universalmente admi-<br />

tidos, com a exceção notável do Ceticismo. Daqui <strong>de</strong>corre a <strong>de</strong>finição ou, mais exata-<br />

mente, a simples enunciação da <strong>verda<strong>de</strong></strong> como "o que é": verum est quod est, sendo "o<br />

que é" i<strong>de</strong>ntificado, pela tradição platônica, com as Idéias. À hierarquia do ser corres-<br />

pondia a hierarquia da <strong>verda<strong>de</strong></strong>, coroada pela Verda<strong>de</strong> suprema (exemplo clássico a pro-<br />

va da existência <strong>de</strong> Deus pela presença da <strong>verda<strong>de</strong></strong> em nosso mente, segundo Sto. Agos-

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