17.04.2013 Views

fé e ciência: duas linguagens para uma verdade - Centro Loyola de ...

fé e ciência: duas linguagens para uma verdade - Centro Loyola de ...

fé e ciência: duas linguagens para uma verdade - Centro Loyola de ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

mo<strong>de</strong>rna, que é um conceito empírico, <strong>de</strong> natureza operatória. Ele é caracterizado pelos<br />

procedimentos gnoseológicos dos quais resulta o conjunto <strong>de</strong> fenômenos (conjunto a-<br />

berto) unidos por <strong>uma</strong> forma <strong>de</strong> legalida<strong>de</strong> universal no espaço e no tempo, segundo a<br />

<strong>de</strong>finição <strong>de</strong> Kant (KRV, B, 165; ver B, 263 e 479). O campo empírico das <strong>ciência</strong>s<br />

empírico-formais é, pois, o campo da natureza assim <strong>de</strong>finida, sendo que os fenômenos<br />

nele presentes obe<strong>de</strong>cem às seguintes condições:<br />

- ser observável segundo um processo metódico <strong>de</strong> experimentação conduzido<br />

mediante instrumentos, segundo regras, submetido a controle, e cujo resultado é codifi-<br />

cado em linguagem própria.<br />

- ser matematizável - ou seja, a linguagem formal <strong>de</strong> expressão dos fenômenos é,<br />

finalmente, <strong>de</strong> natureza matemática, formulada através <strong>de</strong> medidas, <strong>de</strong> modo que a lin-<br />

guagem dos fenômenos na <strong>ciência</strong> empírico-formal inclui um nível <strong>de</strong>scritivo e um ní-<br />

vel propriamente formal <strong>de</strong> natureza lógico-matemática.<br />

- estrutura formal da <strong>ciência</strong> - a estrutura formal ou o arcabouço lógico da <strong>ciência</strong><br />

apresenta, pois, <strong>duas</strong> características fundamentais:<br />

- sendo <strong>uma</strong> lógica matemática é essencialmente operatória, nela verificando-se <strong>de</strong><br />

modo privilegiado o caráter operatório do campo formal em geral, enquanto campo<br />

simbólico (ver Ladrière, op. cit., pp. 51-71).<br />

- por outro lado, correspon<strong>de</strong>ndo ao aspecto <strong>de</strong>scritivo da experimentação, é i-<br />

gualmente <strong>uma</strong> lógica do discurso que, no caso, assume <strong>uma</strong> estrutura nomológico-<br />

<strong>de</strong>dutiva tendo como ingredientes, em nível <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> generalida<strong>de</strong>, as teorias, as<br />

hipóteses, as leis e os conceitos.<br />

Entre a estrutura formal e o campo empírico estabelecem-se as regras <strong>de</strong> interpre-<br />

tação que permitem passar do formal ao empírico, e em cujo contexto epistemiológico<br />

se situa o problema do mo<strong>de</strong>lo intermediário entre o teórico e o empírico.<br />

O que po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>signar como objeto da <strong>ciência</strong> está, portanto, circunscrito por esse<br />

espaço epistemológico formado na articulação entre o formal e o empírico. A primazia<br />

dada a um ou a outro dá origem a filosofias da <strong>ciência</strong> diversas, <strong>de</strong> caráter i<strong>de</strong>alista ou<br />

empirista ou, em versão extrema, ao concencionalismo, <strong>de</strong>fendido no começo do século<br />

por dois gran<strong>de</strong>s físicos e historiadores da <strong>ciência</strong>, E. Mach e P. Duhen e pelo gran<strong>de</strong>

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!